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Lá vou eu outra vez…

por Olympus Mons, em 01.12.20

É como observar maluqinhos num zoo...

Neste mundo de fascismos e fascistas esquerdoides não vejo luz ao fundo do túnel. Mas enfim, lá vou eu.

As duas únicas perguntas que interessa fazer sobre alterações climáticas é qual o ECS em que a pessoa acredita e qual o RCP que acredita representar o futuro.  ECS é equilibrium climate sensitivity pelo duplicação do conteúdo de CO2 na atmosfera (para 560 ppm). Se perguntar à ciência (AR5 do IPCC das nações Unidas) eles dirão que será algo como entre 1.5C e 4.5C. Ou seja é como dizer a alguém adulto que sei que vai morrer entre os 30 anos e os 200 anos. Muito útil, como podem ver. Eu acredito nos modelos empíricos (mais de 100 anos de dados) que atiram esses valores para o lower bound e alguns até para algo como 1.4, 1.7C.  Ou seja, vamos dormir descansados.

Mas esta imagem representa a segunda pergunta. Qual o RCP, ou como se lê do lado direito uma mistura com os SSP, que são algo novo. Até agora só tínhamos o RCP que é representative concentration pathways da “pressão” que o CO2 iria fazer em Wm2. Por isso tínhamos o 2.0, o 4.2, 6 que eram os watts por metro quadrado que daria algo como metade do valor em aumento da temperatura. Os RCP não nos diziam que tipo de sociedade conseguiria fazer essa pressão toda sobre o sistema climático com CO2 que levaria então a esse desiquilibrio radiativo de x graus. O SSP veio corrigir isso e Shared Socioeconomic Pathways aí estão.

O ponto é: OK. Só escrevo este post com esta imagem do estudo Burgess et al 2020, para vos chamar a atenção para o lado direito da imagem. Junto com RCP e SSP está,  na parte de baixo, as projeçoes de entidades internacionais que tem como missão projectar consumos de energia e formas que produzem CO2, como a EIA  ou BP  que são tidos como os as referências a calcular consumos para o futuro.  E são referência pela razão óbvia de serem eles que terão que encontrar e produzir essas formas de energia no futuro.  Como podem ver pela imagem, enquanto os “cientistas” se divertem com cenários completamente absurdos e que não representam em nada as trajetórias das sociedades modernas na emissão de CO2, no mundo real projecta-se valores de emissão de CO2 no futuro muito mais baixos e realistas. Logo todo o histerismo é infundado.

Lembrar que, por exemplo, enquanto o RCP8.5,  usado em 75% de todos os estudos científicos publicados, apontaria para o quintuplicar, sim quintuplicar!, do uso do carvão como forma de energia a EIA informa que o pico foi atingido em 2013 mantendo-se assim para as próximas décadas antes de começar a desaparecer. – Revelador.

 

 

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NOAA ...paciência para estes gajos

por Olympus Mons, em 23.12.15

 

NOAA 

ao ler artigos no público, expresso, etc, --- Procure sempre este acrónimo. NOAA, NOAA, NOAA, NOAA.

Por norma quando ouve dizer que 2015 vai ser o ano mais quente de sempre… convém lembrar algumas coisas. O que quer mesmo dizer? Isto:

 

2015 Será o ano mais quente de sempre por centésimas de grau, no ano de um dos maiores El Nino (*1) de sempre  e mesmo assim somente num (1) dos 7 datasets que processam dados de temperatura á superfície  e que é precisamente o dataset que sofreu alterações estatísticas muito duvidosas (*2) nos últimos anos sendo agora oficialmente o único que não mostra a pausa de 17 anos no aquecimento global que invalida totalmente a teoria do alarmismo de aquecimento global e em claro contraste com os dados de analise por satélite que monitorizam todo o planeta (atmosfera) nos últimos 40 anos(!) e que colocam 2015 em terceiro ou quarto lugar.

 

*1 – O último Super El Nino, o de 1998, aumentou a temperatura global do planeta em 1ºC, o mesmo que todo o século XX!

*2 – NOAA fez mais uma correção estatística aos datasets. Ora essas correções do NOAA são sempre para aquecer os últimos anos, em análises que ignoram que os error bars são maiores do que variação mostrada. Ridículo. NOAA faz correções para as estações meteorológicas que mais influências humanas sofreram contaminando assim depois todo o dataset, mesmo as estações boas que reconhecidamente não sofreram alterações ou influencias externas. Quando só analisados dados das estações “boas” conclui-se que a recente análise de NOAA acrescenta 50% de aquecimento nas últimas análises. Eliminando esse bias as estações boas estão em consonância com as medições por satélite… que mostram pausa nos últimos 17 anos.

 

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Os novos Climate Deniers!

por Olympus Mons, em 19.12.15

 

Existem alturas em que é inevitável falar sobre o assunto das alterações climáticas.

Que fique claro que a questão hoje em dia é eminentemente politica, como naturalmente deve ser. A politica e das maiores invenções da humanidade mas, ou se calhar por essa razão, não tem nada a ver com a verdade. Sempre que em política se fala de verdade é de tremer e fugir: Política como atividade de responsabilidade, e governativa, é a forma como se constrói uma narrativa que se aproxime do centro da sensibilidade de uma determinada população de forma promover uma determinada atuação ou resolução. Sem Politica não se fazia nada e cada grupo viva a sua verdade entrando continuamente em conflito com a verdade do outro grupo. É assim simples. No caso da política ambiental, que é à escala do planeta, ainda mais fuzzy será essa sensibilidade e mais murky o discurso deve ser. Isso eu entendo. E como nasce um idiota a cada segundo e já não morre um a cada segundo como no passado, estas coisas resultam.

Depois é necessário entender que um dos resultados práticos desta charada toda a que se assiste é conseguir a efetivação real e consumptiva com energias alternativas e o necessário investimento para se atingir esse fim. O custo com os combustíveis fósseis não vai baixar muito dos valores mínimos históricos. As sociedades são medidas pelo seu nível de consumo energético e se nós queremos evoluir enquanto civilização humana a energia deve ter ser tao ubíqua, tão acessível como o ar que respiramos e ter basicamente o mesmo preço. Este paradigma tem que ser atingido. É basicamente aquela coisa das civilizações interplanetárias terem de ter níveis de consumo energéticos ao nível do consumo de estrelas.  É mais ou menos essa a lógica. Por isso não tenho traumas com a tanga que hoje em dia se propaga e no fundo até tem o meu apoio.

Outra coisa diferente é fábula vs confabulação. Contem-me a fábula que eu acho piada, peçam-me a confabulação (que eu finja e imite o acreditar) e não esta no meu ADN. Aliás, não está no ADN de pessoas do espectro mais à direita.

 

Mas isto vem a propósito de um facto curioso sobre esta conversa das alterações climáticas. A direita quando acredita em algo até conta uma fábula mas não exige, não é normativa, querendo com que toda a gente finja que acredita, se torne believer, em resumo que pratique confabulação.  A direita conta a fábula e limita-se a dizer que é assim porque sim, que é como é e pronto. E ou estás no barco ou não estás. Ora a esquerda não. A esquerda exige participação ativa. 

Tem piada esta semana ver Naomi Oreskes, que é como que uma porta-voz da histeria sobre as alterações climáticas, a acusar, precisamente, os pais do movimento de serem climate deniers! – James Hansen, Emanuel Kerry, Tom wigley….  Oh meu Deus isto é melhor que a fox comedy.

 

Estão a ver, é que Hansen, kerry, etc. limitam-se a ter um raciocínio lógico. Se nós acreditamos que o atual conteúdo de CO2 na atmosfera está e vai ser destrutivo para o planeta então temos que começar a resolver o assunto o mais rápido possível e não será com acordos insípidos como os de Paris mas sim com uma aposta massiva na única forma de energia capaz de ter output sem ser intermitente - Energia nuclear! E Já! --- Ora, estão a ver politicamente a combinação, certo? – Nuclear, esquerdismo, ambientalismo… por falar em ódios de estimação.

                                                                

Como é óbvio, toda aquela gente com poder de decisão em Paris não acreditava verdadeiramente no estado de alarmismo que existe relativo ao conteúdo de CO2 na atmosfera. Lá no fundo o cérebro deles, dos que entendem a ciência, computa que a sensibilidade do sistema climático é menor e que os feedbacks positivos sobre a adição do CO2 que estamos a fazer. Mas não deixa de ser curioso que até quem acredita demais tem que ter cuidado com o que diz. Tem que cumprir a anuir à cartilha or else… delicioso.

Hansen e afins, os homens da velha guarda, acreditam mesmo que o planeta está em desequilíbrio radiativo logo temos que actuar – e na opinião unanime de quem percebe da capacidade de produção energética actual só há uma alternativa – ir com toda a pressa e em força para o nuclear. Quem levanta a mão a favor?

 

 

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Mário Centeno, Ministro das finanças de Portugal, 2 de Dezembro de 2015:

 

Não podemos "transpor conclusões de artigos científicos para a legislação nacional, porque se tentar fazer isso é um passo para o desastre"

 

Aqui está a afirmação de Mário Centeno que provavelmente alguma vez concordarei a 100%... Mas se pensam que este post é sobre política nacional estão enganados. É sobre política mas internacional e mais propriamente política climática. E no mundo real não no mundo dos artigos científicos da AGW as coisas são ligeiramente diferentes. Ligeiramente

Nem vou repetir algumas das coisas que já aqui escrevi noutros posts relacionado com este assunto. Mas vou lembrar um pequeno facto. Aliás podem usar como remate para qualquer debate sobre alterações climáticas. E se quiserem entender porque cientistas (sim climatologistas, meteorologistas, físicos, etc) tem tantas dúvidas este é um exemplo de antologia. Aqui vai.

 

Inale e agora exale. Esse CO2 que exalou aí está e por aqui há de ficar muitos séculos. Não se esconde, não vai a lado e está ai para fazer a sua coisa maléfica ao clima:  Agora, o século XX viu um incremento de temperatura sensivelmente de 1 grau. Esse aumento teve o seguinte padrão: de 1910 a 1940 aumento de temperatura de 0.4C (primeiro aquecimento), de 1940 a 1970 (a longa pausa) 0.0C e de 1970 a 2000 (aumento que AGW adora) um aumento de 0.6C.  Ora o aumento do CO2 de partes por milhão ppm foi o seguinte:

 

      a. De 1910-1940 o conteúdo de CO2 na atmosfera foi de 300ppm para 311ppm (aumento de 11%) e assistiu a um aumento temperatura 0.40ºC ( 40%).

 

      b. De 1940 – 1970 com o advento da industrialização passou de 311ppm para 325ppm e a temperatura do planeta nem mexeu. Mais, nós emitíamos quantidades brutais de CO2 para a atmosfera e de 1940 a 1960 e as partes por milhão ficaram exatamente iguais (311ppm). Para onde foi esse CO2 todo?  De 1960 a 1970 passaram de 311ppm para 325ppm (em 10 anos) e a temperatura nem mexeu!

     

     c. De 1970 – 2000 passou de 325ppm para 370ppm (45%) e temperatura aumentou 0.6ºC (60%).

 

Já estou a ouvir alguns a dizerem… veja como o ponto c. demonstra a correlação… pois mas então expliquem também o ponto d.

 

     d. De 2000 – 2015 passou de 370ppm para quase 400ppm (30% aumento das emissões) e o aumento da temperatura foi de 0.0ºC.

 

 

Por amor de Deus… estão a ver o problema? Estão a ver porque o Mário Centeno tem razão?!

 

 

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Boring...!

por Olympus Mons, em 02.12.15

Nestas alturas de conferências climáticas desligo quase completamente do assunto. Não que o assunto da sensibilidade do planeta à indução de CO2 na atmosfera não seja importante e deva (mesmo!) ser alvo de muita ciência e investimento. O problema é que tudo o que lemos sobre este assunto hoje em dia é politica e muito pouco tem a ver com a questão ciêntifica. Mas convém ir lembrando algumas coisitas…

 

 

 

  1. Não existe aquecimento global nos últimos 15 anos. Se eu disser isto numa televisão a maioria das pessoas achará que sou doido. No entanto é um facto não uma opinião. E essa ausência, essa pausa como lhe chamavam os céticos ou Hiatus como lhe chama agora o IPCC no AR5, é extremamente (para não dizer impossível) de explicar à luz de um planeta em desequilíbrio radiativo como afirmam quem defende que o Aquecimento global é uma catástrofe eminente.

 

  1. O planeta está a aquecer desde o fim do período medieval chamado de a pequena idade do gelo há 300 anos. Esse período foi provavelmente o período mais frio de todo o holoceno (10,000 anos) e desde essa altura o planeta está a recuperar a sua temperatura. O outro período quente foi há mil anos atrás e se não havia termómetros como sabemos se não tinha uma temperatura superior há de hoje em dia? - E na verdade o planeta ou está a aquecer ou a arrefecer. Nunca se mantem verdadeiramente estável.

 

  1. As pessoas confundem coisas como: O agosto mais quente de sempre (desde 1850) ou o dia de um mês específico mais quente… um dia destes chegamos à hora do dia especifico mais quente de sempre (1850). Tanto o clima como a meteorologia são oscilações. Logo se está num período quente é uma questão de tempo até que seja o mês ou o dia mais quente…. Óbvio.

 

  1. Quando se apregoou que 2014 tinha sido o ano mais quente desde 1850… na verdade foi um dos datasets (dos 7 ou 8 que existem) e na verdade foi por… centésimas de grau. Estão a ver o que é centésimas de grau?!?! Mas na verdade a afirmação é correta… contudo esta oscilação positiva infinitesimal da temperatura é contrária á teoria do aquecimento global…. Ponto final!

 

  1. Conclusão:

 

  • A pausa ou Hiato continua e isso desfaz qualquer alarmismo climático.
  • Cada novo assesment das nações unidas, do IPCC, baixa a baliza mais baixa do provável aquecimento global. O último coloca em algo como 1.9C (com valor máximo de 4C) para a duplicação do CO2 e esse valor não só está próximo da realidade observada como coloca a questão no patamar do “who gives a shit”. 1.4C será o valor do aumento de temperatura devido a duplicação do CO2 na atmosfera sobre valores pré era industrial num contexto de perfeito equilíbrio radiativo.
  • A realidade observada diz que o aquecimento desde que existem datasets de dados recolhidos por satélite se mantém nos 0,16C por década e pronto é isso que se observa. Aumentou 0.85C desde 1880 e vai aumentar pouco mais do que 1C até ao final desta década.
  •  Este ano vamos, como nos últimos 15 anteriores, acabar com uma anomalia de 0.2C . Este mês de novembro 2015 terminou com uma anomalia de 0,33. Ou seja o planeta doesn’t give a shit.
  • Os valores do ano para quem se quiser divertir: UAH V6 Global Temperature Update para novembro de  2015:

 

YR MO GLOBE NH SH TROPICS
2015 01 +0.28 +0.40 +0.16 +0.13
2015 02 +0.17 +0.30 +0.05 -0.06
2015 03 +0.16 +0.26 +0.07 +0.05
2015 04 +0.08 +0.18 -0.01 +0.09
2015 05 +0.28 +0.36 +0.21 +0.27
2015 06 +0.33 +0.41 +0.25 +0.46
2015 07 +0.18 +0.33 +0.03 +0.47
2015 08 +0.27 +0.25 +0.30 +0.51
2015 09 +0.25 +0.34 +0.17 +0.55
2015 10 +0.43 +0.64 +0.21 +0.53
2015 11 +0.33 +0.43 +0.23 +0.53

 

 

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COP 21 – Paris (Alterações Climáticas)

por Olympus Mons, em 29.11.15

 

 

Lideres mundiais que já não o serão dentro de muito pouco tempo, alguns deles, sendo dos mais implicados nestes processo mas em vias de abandonar os cargos (como Obama, após não ter feito nada relativo ao assunto em mãos) vão chegar começar a chegar a paris nas próximas horas e dias.

 

Vêm para prometer grandes cortes nas emissões de Co2.  Armados de siglas como INDC (Intended Nationally Determined Contribution ) e 20-20 policies prometem grandes cortes na emissões de CO2 até 2025 ou 2030. Grandes volumes, quase 33gt de CO2 (wow)… 33gt é muita coisa. No entanto, feitas as continhas, estas promessas extremamente difíceis de cumprir vão impedir o aquecimento global na módica quantia de…. 0.2C. Sim, estão a ler bem, dito seja por Lomborg (0.17C) seja pelo MIT no Energy and Climate Outlook (0.20C). tudo isto impede o aquecimento em 1/5 de grau!

Assim, para que se atinga em 2100 um aumento de 2.7C (pelos cálculos da nações unidas) só falta o resto.  O resto é multiplicar isto que vai ser acordado em Paris por …. 100! Sim, 100 vezes mais.

Ou seja 3000 gt de CO2 cortados. Isto são os cálculos das nações unidas (UNFCCC).

 

 

Na verdade vão-se juntar todos para falar de transferências de biliões dos orçamentos de uns estados para outros mais pobres, vai-se falar de impostos de taxas para suportar essa transferência de capital de umas regiões do planeta para outras, os ex países emergentes que agora deverão ser utilizadores pagadores vão roer a corda o máximo que conseguirem, os habituais pedinchas vão exigir biliões em nome da justiça climática.

 

Por mim acho ótimo tudo o que seja alicerçar o desenvolvimento de energias alternativas que não seja subsidiando, algo que toda a gente já concorda que não será a solução.

 

Naturalmente quem tem espirito de funcionário publico (que muitos funcionários públicos não têm) gosta é desta conversa, desta confabulação das taxas, subsídios e impostos. A verdadeira solução ficará a cargo de empreendedores, como sempre, que continuam na persecução de formas mesmo baratas de produzir energias alternativas.  Mas esses não são para aqui chamados. 

 

Como dizia o outro ontem: vão estar 40,000 em Paris? Na convenção no Texas sobre novas formas de extração de combustível fóssil estiveram há dias 105.000!

 

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A hipocrisia dos ambientalistas

por Olympus Mons, em 15.07.14

 

Quanto mais preocupado com o ambiente… menos faz em prol do mesmo.

 

Típico da esquerda. Um estudo britânico revela que as pessoas que mais se dizem preocupados com o ambiente e com as questões das alterações climáticas… menos energia poupam! Sim, é mesmo assim.

Seja nesta questão, seja em questões de diversidade étnica-cultural como em vários posts tenho mostrado… a esquerda (assumindo que o ambientalismo de boca vem sempre aliado a posições politicas de esquerda) é sempre marcada por essa dissonância cognitiva brutal entre o que postula e o comportamento que evidencia.

Tenho escrito e rescrito que a esquerda é definida, acima de tudo, acima do resto, e acima da verdade… pela hipocrisia. Aliás pela hipocrisia e pela Inveja.

 

Neste caso, um estudo do governo britânico sobre energia , Savings, beliefs and demographic change  (https://www.gov.uk/government/uploads/system/uploads/attachment_data/file/326075/Electricity_Survey_2_-_Savings__beliefs__demographics_150514.pdf) revela-nos, tal como anteriormente os estudos de Eric Kaufmann sobre diversidade, a hipocrisia da esquerda. Entre vários exemplos revela o estudo que :

 

“Taken all together, householders who strongly agreed they were not worried about climate change because it was too far in the future in fact used less electricity rather than more, counter to the hypothesis that households concerned about climate change use less electricity.”

 

 

Toda esta lógica de uma esquerda vocal, ouvida e quase venerada como estando certa, progressista e apropriada na sua visão do mundo e depois contrastando o modo como os mesmo actuam no mundo real, no mundo do Ventromedial Prefrontal Cortex e do Orbifrontal Cortex onde as decisões se tornam auto-referenciais é um assunto a ser levado a sério.

 

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Os cegos e os que não querem ver

por Olympus Mons, em 09.03.14

Segurem-me que eu ainda faço um paper e submeto ao jornal of antrophology.

 

A mente humana não tolera vazios. E o maior vazio na actualidade antropológica é toda a confusão na pré-história europeia… Não. Temos que ser precisos. O mistério é quem eram e de onde veio a linhagem genética masculina europeia, os R1b da europa ocidental. Para a maior parte dos historiadores, antropologistas e paleo-geneticista europeus e norte-americanos existem uma verdade que lá ao fundo no cérebro os chateia. Essa verdade (e como verdade leia-se a história mais plausível), essa coisa que não se diz,  é somente esta:

 

 Os R1B da europa ocidental, vieram pelo norte de África provenientes do Cáucaso, com uma língua que não era indo – europeia mas era parecida, que vieram com o Haplogrupo mtdna H (ou pelo menos parte). Que entraram na europa pela península ibérica, que na ambientação a esta nova  casa atingiram o seu apogeu no estuário do Tejo, que partiram dali como bell beakers (a primeira vez que se viu humanos em contexto de cultura) que dominaram a europa ocidental e mais tarde o mundo.

 

Quem fizer um paper com isto que vos vou escrever tem os holofotes do mundo antropológico sobre si.

 

R1b – Estepes e Médio Oriente (R1b1)

Entre 12 mil anos e 8 mil anos atrás os r1b eram a Sub Clade M343 originária do Cáucaso e foram descendo vindo do Mar negro e do Mar Cáspio, pelo médio oriente. Esta deve ter sido um período histórico curioso, porque se foram cruzando com pessoas de outras haplogrupos (G, J, E) e como as misturas autosomal (load genético que determina nosso aspecto físico) eram menores podiam identificar-se bem uns aos outros como membros da mesma tribo  e claramente identificar quem não era.

Toda a gente assumiu durante anos (e ainda se faz um esforço brutal para fechar os olhos) que os R1b M335 (Anatólia) foram atrás dos G2a na conquista da europa como agricultores do neolítico mas a verdade é que não se encontram R1bs nem por cima nem por baixo do mar negro, nem no resto da europa durante o neolítico. Na europa aparecem muito depois há 5,000 mil anos atrás (como R1b bell beaker).

 

R1b África – Enquanto neste inicio do neolítico (9-8 mil anos) os G2A da Anatólia partiram pelo mediterrâneo norte para conquistar a europa como agricultores os R1b partiram pelo mediterrâneo sul (Africa).  Os  V88 (R1b1c)  acabaram  Curiosamente a meio de África  e os  R1b M269 (R1b1a - nós europeus) passámos pelo Egipto e foram para a Argélia.  Já num post anterior falei sobre o tutankhamun, o National Geographic e o facto de a imagem que eles mostraram numa das imagens da descodificação genética era de um r1b. Lembram-se? Começa a fazer sentido. Se as autoridades egípcias revelassem os resultado das análises genéticas à sua múmia (que se recusam determinantemente a fazer- porque será?) teria interesse saber se ele (caso se confirme ser R1b) se era de V88 (que acabaram em algumas tribos da África central e hoje devido ao admixture são negros) ou M269 ( que acabaram na Europa).

 

No meu post anterior , Por (não) falar em alterações climáticas,  está um mapa climático de todo o período holoceno.  Se lá forem ver reparam no período de climate optimum 8-6 mil anos atrás em que as condições de habitabilidade no norte de África eram muito boas. Mas depois podem reparar, algo como há 6200 anos atrás,  aquele longo período de frio (na europa), que significou para os R1b que estavam no norte de África, tal como para os agricultores do neolítico mais a norte na europa (devido ao Frio) , um período de grandes dificuldades devido ao avanço brutal do Sahara e do  clima quente e seco.

Fica a curiosidade de que (provavelmente claro) os R1b passaram pelo Egipto antes do aparecimento das primeiras dinastias Egípcias  e que o inicio do bell beaker na Europa começou exactamente no mesmo período do inicio das dinastias arcaicas no antigo Egipto. Que tem em comum? Verifiquem no meu post anterior quando começa o segundo Holoceno Climate Optimum.

 

Os R1b começam a  passar o mediterrâneo para a península ibérica. E mais especificamente para lá do guadiana (rio Ana) ou seja para Portugal.  Em África ficou o legado genético e linguístico (nos berberes e Tamazights) . 

Não sei dizer muito sobre estes. Não sei  nada sobre a história deles (nem acho que se tenha feito esses estudos genéticos em profundidade) . Mas sei que, primeiro, têm um número muito elevado de MtDna do haplogrupo H tal como a globalidade dos europeus ( e ao contrário dos outros na região)  e claro que sabemos  que são o grupo paleolítico do norte de África (habitantes originais)  e que a sua língua ancestral se assemelha e muito ás línguas ibéricas ancestrais (que já lá vamos).  Evidente que com tudo o que passaram nos milénios seguintes nada  terá restado da linhagem R1b, primeiro pela evasão dos J2 que deram nos cartagineses e muito recentemente pelos seus habitantes actuais, os árabes (E3b)  que estão lá há meia dúzia de dias. Mas como sabemos homens e elementos do sexo feminino não dá muita hipótese da linhagem ter sobrevivido. Claro que a linhagem Mtdna, do haplogrupo H, por lá ficou e bem implantada (também explica esse mistério). Matam-se os homens mas obviamente que não as mulheres, como bem sabemos.  Apesar de já haver muito DNA H na europa  (vieram com os Agricultores G  do neolítico) a verdade é que a sua dessiminação é concomitante com a dos bell beaker R1b e que por exemplo, as populações do actual pais Basco sofreram uma substituição do seu Mtdna K pelo H por volta dessa altura.  

 

 Os R1b quando passaram o mediterrâneo para o lado de cá acabaram em Portugal. Não devia ser um grupo muito grande. Mas por alguma razão passaram para lá do rio guadiana e muito rápido para lá do Tejo. Na verdade já cá habitavam humanos (por isso os portugueses tem ainda dois genes únicos no mundo) mas a verdade é que pouco depois (1000 anos?) existia a cidade de Zambujal em torres vedras (ver o post Eu que nem tenho nada a ver com esta área!), existiam pequenas aldeias fortificadas ao longo do estuário do tejo, e imensas e vibrantes destes aglomerados a sul de Évora.

E nessa altura, estes povos amantes das suas placas de 15 cm, estavam a fazer os potes do bell-beaker. Potes estes que tem semelhanças muito grandes com outros potes anteriores ao bell beaker...  sim advinhou. os potes de barro do norte de Africa! Como os retirados do cemitério de Skhirat. 

Alem disso, pelo norte de Africa encontram-se setas em imensos locais, setas muito parecidas com as setas dos R1b Bell Beakers, que como sabemos eram os arqueiros deste periodo.

 

Mas a verdade é que pouco tempo depois estão a espalhar a cultura, a hierarquia, a ordem social, a cerveja e o meade,  por essa europa fora e a espalhar a linhagem R1b pela europa ocidental. A europa deixou de ser grupelhos de pessoas a viver mais ou menos juntos para ter cultura.

 

Os que cá ficaram, do estuário do Tejo  e da cidade de Zambujal transformaram nos Oestrimnios e sul do Tejo, a partir do vibrante grupo a sul de Évora, nos Coinios.   

Algum tempo depois eram aqui os Kunettes (algarve) os  Celtici (Alentejo) e keltoi e  os do norte do Tejo em Lusitanos.   E os Tartessos…. Os tartessos e a sua língua é outra das grandes confusões que é resolvida pela vinda dos R1b por África.

 

R1b e a confusão da língua.

A  língua tartessiana. E a confusão toda que existe na comunidade linguística por causa dos Bascos e do tartessiano e dos celtas. 

Quem entende o que eu acabei de descrever pode perceber a confusão.

Este língua, e os textos das placas de Mesas do Castelinho (Almodôvar) ou fonte velha, estão ainda hoje não classificados e sendo registado as suas semelhança com outras paleo-línguas ibéricas, basco e …antiga língua berbere. 

Contudo, como John Koch defende tem também grandes semelhanças com o celta (quando se elimina a coisa estúpida de achar que celta, celta mesmo é o celta  da Irlanda, provavelmente a ultima parte a ser celtificada) e com sequencias inteiras da língua Indo-europeia porque na verdade os R1b vieram com uma língua Indo-europeia tal como nessa altura os R1A vinham pela europa central com outra, muito parecida, língua indo –europeia.

 

 Confessadamente a língua basca continua envolvida em enigma . porque é de todas a que menos relação tem com qualquer elemento  indo-europeu.  Mas não será de todo impossível imaginar que tendo sofrido uma verdadeira substituição do MtDna (mitocondrial DNA) do haplogrupo K para o H (que menciono acima) nestes 5 mil anos que por alguma razão tenham mantido a estrutura da antiga língua e seja essa a razão pela qual mantem tantos traços distintivos das língua Pie (proto Indo european). Aliás essa passagem PIE-Celta-Basco  é abordada por Gianfranco Forni (Evidence for Basque as an Indo-European Language) , que de uma língua original tenha adquirido traços celtas (na verdade R1b e Indo-europeia) trazidos pelos lusitanos quando substituíram aquele load genético referido atrás.  Por isso existem todas as questões levantadas por Theo Vennemann,  e  também todas a vezes que se tenta associar o Basco a línguas do Cáucaso (de onde originam os R1b e os R1a) , ao Katvelian e tchetcheno, etc. – Sim as língua europeias antigas eram um mixórdia de inputs e talvez por isso tenham sido homogeneizadas com facilidade por uma língua mais estruturada geograficamente como as língua Indo-Europeia.

 

 

Assim, esta confusão toda das línguas Paleo-ibéricas, com os traços locais, dos fenícios e outros, mas também com traços Celtas e Indo-europeus, só existe porque não se assume que os R1b da Europa ocidental vieram por África, se calhar até apanhando elementos dos berberes, mantendo traços característicos e distintos relativos ao Indo-europeu puro dos R1a e dos Kurgan da cultura Corded Ware que se deslocavam pela europa Central - Quando se encontraram não deve ter sido um problema muito complicado para os cérebros dos R1b aceitarem, assumirem e assimilarem, línguas indo-europeias (outras).

No fundo eram, pelo menos em parte, também as suas, somente destituídas de uma miríade de elementos diferentes foneticamente.

E por isso, deste substrato bell beaker e R1b, nascem os celtas, com os seus escudos em forma e V, com espadas em folha, as lanças ibéricas com forma ogival…tal como a dos irlandeses. É só parar de olhar para a história de Hallstatt e La Tène (de onde se julgava ter vindo os Celtas) e olhar para realidade.

 

Bela história Olympus… mas que provas tens?

Ah! Várias. Mas isso é o próximo post.  Porque temos que falar de HLA (Human Leukocyte  Antigens) para dar a estocada final …. E alguém sabe porquê?

 

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Por (não) falar em alterações climáticas.

por Olympus Mons, em 02.03.14

 

 

 

 

Eu não sei porque os agricultores do HP G2A substituíram em grande parte os caçadores Recolectores  HP C por essa  Europa fora. Como dizia o outro não estava lá, não vi.

 

Contudo espanta-me como não se refere as alterações climáticas. Aliás, não me espanta. Porque como sabemos este período interglaciar é marcado por um “estabilidade” incrível da temperatura e só os malandros dos capitalistas com o seu petróleo barato é que estão a aumentar a temperatura do planeta. Realmente…!

 

Mas voltando ao mundo real.

Quem olha para esta imagem não pode deixar de pensar nos danos tremendos que o LIA (little Ice age – do lado direito da imagem) provocou na idade média na europa -Dark Ages, a idade das trevas.  Provocou fome, miséria, peste e morte terríficas por essa europa fora.

  

olhando para a imagem consegue-se ver o período de 2 mil anos em que as colheitas fabulosas por essa Europa fora, quando as temperaturas deviam ser bem mais elevadas que nos nossos dias, levaram ao sucesso dos agricultores do neolítico (8-6 mil anos). Colheira atrás de colheita terão levado a que esses agricultores fossem vistos como parceiros preferidos pelas mulheres. Uma população caçadora-recolectora tem uma criança de 4 em 4 anos, enquanto uma população agricultora tem filhos quase de ano a ano.

 

Mas logo a seguir podem ver as alterações climáticas brutais que ocorreram.  Se  400 anos de frio provocou o que provocou em populações mais desenvolvidas na idade média,  aqueles  quase 1,5 mil anos de  Big Ice Age  devem ter sido devastadores para aqueles  agricultores. Ano após ano de falhanço de colheitas deve ter sido arrasador.  Bem mais de um milénio disto deve ter dizimado estas populações a um mínimo. E não deve ter sido coincidência o aparecimento dos primeiros  conglomerados populacionais maiores (proto-cidades e vilas)

 – Escusam de andar aí a pensar que foram os R1b e os R1A que lhes trataram da saúde ( J ).

 

Por esta altura só devia haver um sítio na europa onde se estava bem. Na europa do sul.  E aqui, a sul do Douro então devia ser maravilhoso. Dava para caçar, pescar, plantar e até prospectar. Quando há 5 mil anos atrás voltou o tempo da Vida louca, o segundo período do Holocene optimum apareceu então os bell-beaker de Portugal  (R1b) e o pessoal dos machados do Leste Europeu (R1a).  Este período assistiu ao aparecimento das grandes civilizações a norte do mediterrâneo e à queda dos mesmos. Se calhar aqueles períodos a azul, de frio, podem ter ajudado á festa e terá sempre sido acompanhado por movimentos de populações. Tal como o aparecimento do império Romano coincidiu com novo período de clima optimum (Roman climate optimum). Tal como o pequeno período à azul terá coincidido com a sua queda.

 

Claro que não só o clima contribuiu para os eventos. Mas deve ter dado uma ajuda.

 

Coincidências e clima. É o que é. Mas isso era antes do Aquecimento Global por causas antropogénicas.  Todos esses períodos desapareceram como que por artes mágicas. Agora é só Hockey sticks!

 

 

 

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É a pausa senhores, a pausa...

por Olympus Mons, em 21.01.14

 

 

Não discuto o Aquecimento Global provocado por causas antropogénicas!  Não discuto Alterações climáticas provocadas pela indução de CO2 na Atmosfera, Não discuto alterações a fenómenos atmosféricos. Não discuto para além dos meus dois posts (é só clicar no tag aquecimento global).  Não é isso que me interessa. O que for é.  O que me interessa é o mecanismo através do qual se ignora a memória. Interessa-me todo este processo que está a acontecer, esta transformação na percepção do fenómeno em si.

 

Ainda recentemente a mínima alusão que indiciasse uma fagulha de cedência a qualquer céptico climático (aqueles que acreditam que o sistema climático não é de todo tão sensível ao Co2 como o pintam) era motivo das maiores ataques.  Editores de revistas perderam empregos, professores foram afastados e anos e anos de construção de reputação e carreira foram destruídos num único texto prontamente publicado nas revistas de referência. A perversão ao processo de  peer review só agora está a ser analisada para espanto e sideração de muitos cientistas de outras áreas, homens como Lindzen, Douglass, viram os seus papers levarem anos até serem publicados, quando os rebutal eram por vezes publicados imediatamente até na mesma edição.  

 

Mas, dizia eu. Há um par de anos mencionar a pausa (the pause), o facto de não haver aumento da temperatura global há 15 anos, era motivo para ser imediatamente vilipendiado em alguns dos meios em que este assunto é discutido.

 

Subitamente a pausa aparece no relatório quinquenal das nações unidas (AR 5 do IPCC), trenberth (assim o Lenine do AGW) fala abertamente do missing heat e agora, espanto do espanto, a revista Nature ( assim o pravda) , aquela que até tem como política oficial recusar-se publicar qualquer paper que contradiga a versão oficial publicou a 15 de Janeiro  Climate Change: the case of the missing heat…. O quê? WTF!

 

Jeff Tollefson de forma muito casual faz muitos do argumentos que até ontem eram feitos durante anos pelos deniers com consequências muito nefastas para os mesmos. Estes fenómenos de transição é que me fascinam. Como é que se passa do:  é verde, é verde, é  verde… este amarelo é muito bonito, não é?

 

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Água mole...

por Olympus Mons, em 01.12.13

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Quem já leu alguns dos meus posts já sabe que pese embora as pessoas possuam as diversas áreas de Brodmann no cérebro e as usem (a não ser que tenha uma lesão numa delas) a verdade é que não da mesma maneira e intensidade, algo parecido com o facto de toda a gente ter dois membros superiores mas a verdade é que uns são canhotos e outros destros.  As pessoas de direita vivem plenamente a sua AOV (amygdala, OFC e VMPFC) e as pessoas de esquerda adoram marinar na IAD (insula, ACC e DLPFC).

 

Para entender esta ligação da “ausência” da VMPFC nos processos de aferição do postular político das pessoas de esquerda basta…

 

“People with damage to the ventromedial prefrontal cortex still retain the ability to consciously make moral judgments without error, but only in hypothetical situations presented to them. There is a gap in reasoning when applying the same moral principles to similar situations in their own lives. The result is that people make decisions that are inconsistent with their self professed moral values.[3]

 

 

Mas agora, após os meus últimos posts, lembrei-me de um estudo do ano passado  “

 damage to ventromedial prefrontal cortex increases credulity for misleading advertising” onde se traduz essa insuficiência para algumas avisos…

 

Applying the findings to real-life situations, people with damage to the vmPFC:

 

1 - are more vulnerable to fraud schemes or financial scams

 

2 - have “compartmentalized minds” where discordant ideas are able to be held in mutual agreement

 

3 - are prone to believe their own assertions even in the face of contradictory evidence

 

4 - lack the ability to detect signals that normally steer people away from inappropriate decisions

 

In summary, the authors suggest that damage to the vmPFC, which helps to regulate doubt versus belief processes, may result in an increase in a person’s vulnerability to be deceived.

 

O VMPFC é a parte do cérebro que (conscientemente) avisa que algo não está bem, que a bota não bate com a perdigota, que determinado assunto não passa o smell test! – Aqui inicia-se um estado latente de cepticismo até que o numero de positivos  vença o tal cepticismo.

 

Isto em contraste com quem instintivamente prefere outro caminho. Sim, meus caros, você ou vai por aqui ou pela ACC (anterior Cingulate) e vai dar ao outro lugar. Algo como … Upon detection of a conflict, the ACC then provides cues to other areas in the brain to cope with the conflicting control systems… que no caso da esquerda demasiadas vezes é ao DLPFC para ajudar a resolver a dissonância cognitiva. Aliás, por isso a esquerda é tão verbalmente articulada, muito por força do DLPFC, assim como elaborada no conteúdo, muito pela força dessa troca entre o DLPFC (que cria a treta) e a ACC (que faz a monitorização dessa treta detectando os erros) ou se quiser  whereas ACC and DLPFC interact with each other to resolve conflict through attentional modulation (chamado assobiar para o lado) .  Com alguém de esquerda mesmo quando se tratam de dissonâncias cognitivas novas é só dar um tempinho que após algumas interacções entre a ACC e o DLPFC ela vai ser resolvida – Sim, chama-se hipocrisia.

 

Com o ataque que hoje em dia se assiste ás diversas formas de cepticismo, voltando a denominação de por exemplo denier a quem se atreve a duvidar da severidade das alterações climáticas,  significa que estamos mesmo no mundo da submissão do AOV ao IAD.

 

enfim…

 

 

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...And Its a travesty that we don't!

por Olympus Mons, em 25.11.13

“Perfect Math plus bad assumptions still makes bullshit! …while error in math exist… the failure of models to match the real world far more likely due to wrong assumptions”

 

…Isto vindo de Gavin Schmidt o mais temido dos defensores dos modelos e da teoria do desequilíbrio radiativo por indução de Co2 na atmosfera.

 

 

Pedi autorização ao Pedro Faria para fazer o post com base no comentário dele ao meu post  “Pensamento abstracto … ou porque o Aquecimento global é coisa de esquerda” e ele graciosamente acedeu. Assim:

 

Primeiro gostava de dizer ao Pedro que, quando o tema são as alterações climáticas, não é vantajoso colocar como referência nem o Guardian, nem o Skeptical Science do Dana Nuccitelli, porque isso equivale a falar de economia e citar o jornal Avante. Seria como eu colocar referência ao Mail ou ao WattsUpwithThat. Não há necessidade (pese embora em ética o WUWT dê baile ao SS). Tal como falar sobre o sumário for policy maker pouco mais que isso também é. 

 Ok, mas vamos lá por partes:

 

Quando diz "que não existe qualquer efeito no clima ou em fenómenos atmosféricos relacionados com o aumento da temperatura global do planeta" e fala do AR5 esta-se a referir exactamente a quê? É que lendo apenas o sumário para Policy Makers é bastante explicito:

 

Pedro,  estou a dizer (tentar pelo menos) duas coisas:

A primeira que o problema da atribuição do CO2 nesse tal aumento da temperatura está longe, muito longe mesmo, de ser resolvido. Não se sabe qual a parte do aquecimento dos nosso dias se deve ao CO2 ou ao PDO , AMO, efeitos do ElNino,  LaNina,  alterações  na circulação da ligação entre oceano-atmosfera (processo naturais),  etc –  É 10% ou 90%?

A segunda é mais importante. É importante porque no próprio AR5 está expresso, sendo uma grande alteração desde o AR4 de 2007. E o que lá diz é que é não é de todo possível atribuir a qualquer fenómeno atmosférico, na sua frequência ou intensidade a influencia do actual aquecimento.

Mas isto não é o mais giro. O mais giro, como Roger Pielke Jr. (que não é propriamente um denier)  explicou recentemente ao congresso americano, mesmo assumindo que tudo o que os modelos postulam for verdade (atenção modelos!) levará pelo menos mais 50 anos até os impactos sobre fenómenos atmosféricos como os furacões se revelem por cima da variabilidade natural do clima!

E quem diz que até estamos no período (como espectável quando o planeta aquece) de mais baixa actividade de, por exemplo, furacões não é um blog é o NHC (National Hurricane Center nos estados unidos - www.nhc.noaa.gov) porque é isso que os dados revelam (data is a bitch!).  Não só não existe tendência  nenhuma de aumento desde 1900, como aliás nunca se viveu tanta tempo sem pelo menos um furacão de grau 3 atingir a costa dos EUA. Não existe memória.

 

 

"Warming of the climate system is unequivocal, and since the 1950s, many of the observed changes are unprecedented over decades to millennia. The atmosphere and ocean have warmed, the amounts of snow and ice have diminished, sea level has risen, and the concentrations of greenhouse gases have increased (see Figures SPM.1, SPM.2, SPM.3 and SPM.4). {2.2, 2.4, 3.2, 3.7, 4.2–4.7, 5.2, 5.3, 5.5–5.6, 6.2, 13.2}", pg. 2 http://www.climatechange2013.org/images/uploads/WGI_AR5_SPM_brochure.pdf

 

 

O aquecimento é inequívoco. Mas não é desde os anos 50... É desde 1750, desde o fim da Little Ice age (LIA), período que é consensual ser o ponto mais frio de todo o holoceno ( 10,000 anos).  Está a ver? Muito antes de as concentrações de CO2 poderem ter qualquer impacto na temperatura global do planeta já este estava a recuperar do seu período mais frio de sempre (provavelmente devido ao Maunder minimum do sol). Como é que se sabe então que parou de recuperar e agora está a aquecer devido ao CO2? O aumento da temperatura entre 1910-1940 (antes do CO2) é tão acentuado como o aquecimento entre 1970-1995 (depois do CO2) … Se não foi o CO2 o que provocou o período de 1910-1940 então o que foi?

 

mais abaixo na pg. 3 lê-se

 

"The globally averaged combined land and ocean surface temperature data as calculated by a linear trend, show a warming of 0.85 [0.65 to 1.06] °C3, over the period 1880 to 2012, when multiple independently produced datasets exist. The total increase between the average of the 1850–1900 period and the 2003–2012 period is 0.78 [0.72 to 0.85] °C,

based on the single longest dataset available4 (see Figure SPM.1). {2.4}".

 

Está a ver o truque, não está Pedro? Se comparar o período de 1850-1900 com 1910-1920, o aumento é de 0,2C e se comparar com 1930-1940 é de 0,4C etc. – Mas se não era o CO2, então o que estava àquela altura a provocar esse aumento da temperatura?  Já agora, dando crédito aos paleo-proxies se comparasse o período de 1750-1800 com o período 1850-1900 também terá um aumento de 0,muitos! Está a ver a lógica?

 

 

Ah, já sei, está-se a referir a um famoso gráfico que mostra que a temperatura estabilizou nos ultimos 15 anos e que aparecem em diaris serios como o Daily Mail, e.g. esta noticia http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2217286/Global-warming-stopped-16-years-ago-reveals-Met-Office-report-quietly-released--chart-prove-it.html

Meu caro, voce nao pode ignorar toda a serie com mais de 100 anos e escolher um periodo de apenas 15 anos. Pode ler uma refutacao desse tipo de argumentos aqui http://www.theguardian.com/environment/2012/oct/16/daily-mail-global-warming-stopped-wrong e aqui em forma grafica se quiser perceber o erro que esta a fazer http://www.skepticalscience.com/pics/SkepticsvRealistsv3.gif

 

 

E a PAUSA ( como é conhecido agora) é um facto. GISS mostra uma paragem no aquecimento global de (12 anos e 6 meses); Hadcrut3 (16 e 3 meses) ; Hadcrut4 (12 anos e 6 meses) ;  Hadsst2 (16 anos e 6 meses) .

Por satélite UAH (8 anos e 6 meses - o ÚNICO que é dirigido por climate diners!) ; RSS (16 anos e 3 meses) ….  Se quiser falar de tendências indistintas de ruído então podemos estar a falar de duas décadas sem qualquer aquecimento.

Também está no AR5. Só não no for policy.  Mas o problema da pausa, ou seja da ausência de aquecimento nos últimos 15 anos é complicado de explicar porque de acordo com os cânones todos da teoria do aquecimento global por indução de CO2 não devia ser possível. A teoria do aquecimento global por CO2 implica que retenção desses Wm2 na atmosfera se expresse num aumento contínuo da temperatura global. Não fosse assim e nem esta conversa do aquecimento global sairia dos cantos obscuros das faculdades. A variabilidade natural do clima poderia eventualmente dar uns aninhos sem aumento… mas 10? 15? 20? --- Impossível.

Se nenhum modelo consegue replicar a realidade observada então é porque o modelo não vale de nada. Não existem corridas de simulação dos GCM que mostrem paragens de 12, 15, 17 (o tal numero mágico) porque isso quebra a “fisica” do próprio modelo.

 

Para terminar.  

Aquilo que referi no meu post original é que já nem é um assunto muito interessante para mim.  Não pretendo que qualquer leitor mude de opinião porque há muito tempo que isto deixou de ser um assunto científico e é assunto de crença, de fé!

 

 Eu entendo. Entendo que para quem lidava com esta questão científica e subitamente reparou no aumento da temperatura do planeta após o climate shift de 1976, altura em que nem o PDO ou AMO se sabia que existia, passa a ter toda a propriedade para acreditar que está perante a confirmação com as suas crenças. Imagine, que subitamente passa de ser dos mais obscuros cientistas do portfólio para passar à vida louca das conferências em Bali, para os microfones do mundo, entrevistas e programas de televisão … torna-se quase impossível não entrar na onda  - Políticos, dinheiro, boa vida = a público enganado.

 

Fora dos sound bites começa a ser consensual que os modelos afinal estão a estimar muito por cima o aquecimento espectável, que um aumento de temperatura abaixo dos 2C só traria benefícios para o planeta e para as suas formas de vida e que em qualquer dos casos é muito mais razoável a adaptação (adaptation vs mitigation) às condições (reais ou não) que aí vierem, como aliás se tem vindo calmamente a adaptar no ultimo século, sem sequer notar até à muito pouco tempo que sequer o planeta estava a aquecer.

 

 

 

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  Para desenjoar...

 

  A esmagadora maioria das pessoas não sabe que não existe qualquer efeito no clima ou em fenómenos    atmosféricos relacionados com o aumento da temperatura global do planeta. Para que fique claro, não se detecta na precipitação, não se detecta um incremento de extremos climatéricos, nem nos ciclones, tempestades tropicais, furacões …etc. -  Só o comento aqui porque este facto é reconhecido agora no relatório das nações unidas, IPCC AR5 que saiu na semana passada (o equivalente a o jornal Avante admitir que o capitalismo até resulta).

 

Aliás, devo dizer que este assunto, na actual condição (*), é um assunto objectivamente morto. A maioria das pessoas não sabe que não existiu aquecimento global nos últimos 15 anos e esse hiato não é passível de ser explicado pelos modelos climáticos onde, aliás, sempre e exclusivamente o assunto verdadeiramente existiu,  impregnado  nos meandros insondáveis dos GCM (global circulation models) e dos mais complexos AOGCMs ( junção de oceano e atmosfera - HadCM3, EdGCM, GFDL CM2.X, ARPEGE-Climat). Se o planeta está (estivesse) realmente em desequilíbrio radiactivo não se consegue então explicar como é que não se regista um aumento global da temperatura. Assim simples e agora também reconhecido no referido relatório das nações unidas. Deixo de parte as tentativas torques de se dizer que o aquecimento se está a esconder nos oceanos abaixo dos 700 metros… já nem tenho pachorra.

 

Mas isso não é o interessante.

 Interessante é como é que um assunto que nunca existiu (na prática) esteve quase a ser fulcral nas nossas vidas. Como?  Porque num mundo de esquerda isso é possível. Esse é o poder do DLPFC (dorsolateral prefrontal cortex) da esquerda. O DLPFC é responsável pelo pensamento abstracto e toda esta conversa das alterações climáticas sempre foi isso mesmo: Um problema abstracto (que não quer dizer que não seja real!).

 E para a esquerda o abstracto torna-se real, concreto e palpável. Para qualquer problema o contributo do DLPFC é a atribuição de valor abstracto.  Num exemplo caricatural uma pessoa de direita só comeria alimentos com elevado sabor que estão gravados na OFC/VMPFC e uma  pessoa de esquerda morreria à fome porque a comida tem muitas calorias e isso não é saudável. O conceito de valor de uma alimentação que não tenha muitas calorias (abstracto) é dado pela DLPFC.

 Mas quando não se alicerça essa abstracção em valor concreto ela não é verdadeiramente transcrita como expectancy outcome (lá iremos um dia).  Para tentar envolver as pessoas de direita nesta conversa do aquecimento global, os inteligentes do marketing nos grupos ambientalistas e spin doctors políticos começaram a associar eventos atmosféricos ao tal aquecimento global.  E essa conexão as pessoas de direita entendem - O  valor (negativo) de levar com um furação em cima é real e está bem registado na OFC (orbifrontal cortex)!

 O problema é que se para alguém de esquerda basta associar dois eventos abstractos e eles passam a ser reais, para as pessoas de direita não (!).  Tem mesmo que ser material. E tal como expliquei no inicio e agora “confessado” pelo próprio IPCC, não existe relação entre extremos atmosféricos e toda esta problemática das alterações climáticas). Não está nos dados.  Not in the data! E as pessoas de direita gostam muito do in the data, porque a data não tem estados de alma.

A esquerda nunca deveria ter tramado, nunca deveria ter mentido. Dizer que dentro de 50 anos o efeito do aquecimento iria ser visível nos fenómenos atmosféricos é muito mais funcional, e aceitável, para alguém de direita do que que mentir (ok, forçar a realidade até ao ridículo) e objectivamente ajuntar eventos que não existe a mais pequena das provas que estejam nesta altura associados. Um erro, porque o primeiro assemelha-se a expectency outcome  (ora , vá ao Google) que a direita computa muito bem ( na VMPFC) e não os fictive outcomes que a esquerda consegue com uma facilidade estonteante considerar como autêntico (por vezes acerta).

 

Já agora o problema científico existe. E o problema é:  Se ao adicionar CO2 à atmosfera estas moléculas vão reter infravermelhos (calor) então como irá responder o sistema climático? Que acontecerá a esses Wm2 (forcing) a mais que por aqui ficam? Para a direita aplica-se a física: Ao duplicar o conteúdo de CO2 de 280 ppm (partes por milhão) para 500ppm o planeta aquecerá 1.2C (muito bom para o planeta) para a esquerda vai suceder um conjunto de feedbacks positivos (que são fictive outcomes) sobre os tais 1.2C que farão com que o planeta em desequilíbrio radiactivo aumente a temperatura global do planeta em 3C, 4C ou 5C (muito mau). A realidade parece estar a dar (como na esmagadora maioria da vezes) razão às pessoas de direita.

 

*Com a pausa (AKA the pause) de 15 anos no aumento da temperatura e que parece estar aí para continuar, se a temperatura global do planeta não voltar a aumentar nos próximos 5 anos este assunto será esquecido com a mesma rapidez com que a SARS que nos ia matar a todos foi. E tal como SARS pode é voltar dentro de uns anos with a vengence.  O leit motiiv deste post não é se é verdadeiro o desequilíbrio radiactivo do planeta- É como cada fenótipo encara este fenómeno.

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