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Junkies

por Olympus Mons, em 05.01.16

 

 

Dizia à dias Jonathan Haidt que um Libertarian não passa de um Liberal que foi assaltado, que foi  Mugged, pela realidade.

Não deixa de ser verdade. Muitas vezes os libertarian, que tanto se lê por exemplo no Insurgente, não passam em alguns dos casos de pessoas mais próximas do bloco de esquerda na perceção dos cânones sociais mas sem toda a tónica na sensibilidade do harm/care e do Fairness/reciprocity ou equality.

 

Veio me isto à memória porque há dias li o recente estudo de Van de vyer et al How the

July 7, 2005, London Bombings Affected Liberals’ Moral Foundations and Prejudice.

 

O estudo é curioso porque tendo acesso a questionários de cerca de 2500 pessoas no reino unido demonstra com uma clareza impressionante como, após um atentado (no caso o de londres), as posições politico-morais de pessoas de extrema-esquerda (liberals) ficam exatamente iguais às das pessoas de direita. Que curiosamente não se alteram em nada. Após um atentado as pessoas de esquerda tem valores de cânones morais descritivos iguais às pessoas de direita, tem o mesmo endorsement de in-group que as pessoas de direita sempre tiveram, a mesma posição de fairness Foundation nas atitudes politicas e até a atitude e preconceito para com muçulmanos.

Mas talvez o mais incrível é que a posição das pessoas de direita não muda. Em nenhuma das barras. A sua posição matem-se exatamente igual antes e depois de um atentado.

 

Eric kaufman já nos tinha demonstrado que as pessoas de extrema-esquerda são as que mais endorsement dão por exemplo à multiculturalidade mas curiosamente são as primeiras a abandonar o bairro quando essa multiculturalidade chega com a carrinha das mudanças ao sítio onde vivem.

Agora percebemos todo o postering moral que a esquerda gosta de se intoxicar com (endorfinas, ou seja opiáceo endógeno) não passa de incapacidade de avaliar a realidade. Mas tal como no caso da multiculturalidade, quando esta realidade lhe bate à porta acordam de maneira estrondosa.

 

Fica a pergunta. Se a esquerda não passa da direita vivendo numa bolha de ilusão com o intuito de se auto endorfinizar… porque lhes damos tanta atenção nas sociedades modernas?

 

 

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Douglas Murray

por Olympus Mons, em 23.12.15

 

Agora que se aproxima o fim do ano:

Este ano descobri Douglas Murray.  A par de pessoas como Nial Ferguson que sigo faz algum tempo, este ano descobri  para meu deleite mais este, tal como Nial, refrescante escocês.

 

 

          https://www.youtube.com/watch?v=jbsfdreLwT8

          https://www.youtube.com/watch?v=xPNWZg0jZwY

 

Inteligente, Gay e de direita, é um dos vários antibióticos contra um fenómeno que devassa o mundo e que parece estar a espalhar-se a uma velocidade estonteante.

 Um fenómeno global em que a estupidez é aceite como uma característica perfeitamente normal, funcional e até produtiva. Veja-se a Catarina Martins.

Uma total incapacidade de cognitive reflection parece grassar no mundo. Bom exemplo é o New York times publicar coisas como overdose mata mais de meio milhão de pessoas por ano nos EUA. Uma total ausência de noção de factos e de realidade. Qualquer pessoa que viva neste mundo sabe que seria impossível numa população de 300 milhões ter meio milhão a morrer ao ano de Overdose mesmo que não faça a mais pequena ideia sobre o assunto -  Alguém deve investigar se não estão a nascer consideravelmente mais idiotas por minuto do que a proverbial unidade.

 

Um dia à noite, coloque uns auriculares e divirta-se.

         https://www.youtube.com/watch?v=8XwFWRRyMsk

 

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TAP.... for dummies na COSTA portuguesa.

por Olympus Mons, em 22.12.15

 

TAP - Não me é usual comentar em post este tipo de tema. Mas no caso da TAP abro uma exceção. Isto surge de um comentário do “zé Laranja” sobre o facto de eu considerar que a esquerda fala muito "à esquerda", mas como todo a gente decide "à direita". A diferença entre os dois é o momento em que isso ocorre sendo que os segundos fazem-no com base em expected outcomes que antecipadamente computam (muitas vezes corretamente mas naturalmente nem sempre) e os primeiros de forma algo bayesiana, fazem um processo em que as coisas são continuamente reavaliadas até que chegam à conclusão na maioria das vezes são iguais à conclusão e processo de decisão que a direita tomou lá atrás. O problema, é que nem sempre os resultados de uma decisão tomada lá atrás é o mesmo de uma decisão tomada extemporaneamente muito tempo depois.

 

A TAP, vai continuar privatizada. Claro que vai!

 

A TAP vai continuar privatizada e com a maioria do capital privado, porque o mercado, ou os mercados, aonde a TAP labora, ou seja a indústria à qual pertence, está em mudança. A probabilidade da TAP sobreviver sem ser no contexto completamente liberalizado em que a sua indústria se tornou é efetivamente 0%. E, curiosamente se houve entidade ou entidades que destruíram completamente a hipótese de continuar a haver companhas aéreas de bandeira foram as instituições Europeias que permitiram todas as liberdades do mundo às low costs (e provavelmente bem) e como tal a TAP, como outras empresas noutras indústrias, tem que se reinventar.  

A TAP sendo uma empresa que exporta mais de 80% do seu produto, sendo uma empresa que vende em mercados à volta do planeta inteiro, tem que possuir o dinamismo necessário à sobrevivência na concorrência direta com todos os que providenciam a mesma oferta que a TAP. Isto é o epicentro do conceito de concorrência sendo o oposto do conceito de estatal que existe para servir os interesses de uma determinada subpopulação.

Só se sobrevive na indústria do transporte aéreo se houver sinergias com outras empresas com domínio de outros mercados (essencialmente mercados internos grandes), se houver uma simplificação total de processos que permitam a venda, o lidar com a procura, num mundo de Marketing e canais Digital, se houver uma oferta de experiencia a bordo inovadora e moderna (como novos aviões) … tudo coisas que são muito, mas muito, difíceis fazer quando se está na esfera dos interesses de um estado e quando até o dialogo de decorre é, à luz de um mundo moderno, disfuncional.

 

Claro que a TAP vai continuar privada, claro que vai fomentar grandes sinergias com a AZUL, claro que vai incrementar parcerias com empresas do grupo gateway do neeleman para efeitos de metasearches e OLAs, claro que vai fazer interline e code-share com a jetblue e vai implementar novos conceitos de retailing e branding sales  em conjunção com estas e outras entidades, etc.

 

Ora, com isto é claro que vai reduzir a sua participação no PIB (que é considerável) vai reduzir pessoal e pagar menos ordenados em Porgugal, vai comprar menos bens e serviços em Portugal, sim, mas pelo menos vai existir. E vai estar aqui a contribuir para a riqueza do país versus nem existir -  Porque essa é mesmo a outra opção. É só que o Antonio Costa vai levar algum tempo a perceber isto. 

 

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Tão betinhos que somos!

por Olympus Mons, em 19.12.15

No meu post

 Nostradamus 3.5 ... Ou o modo como a direita não aprende (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/nostradamus-3-5-ou-o-modo-como-a-21098)

 

Enfatizava coisas como:

 


   o golpe de estado (sort of)" que a esquerda está a fazer ao país não é porque vai tomar o poder e governar à esquerda mas sim porque vai tomar o poder e governar sem grande distinção da direita!”

 

 

Nem algumas semanas depois, quando ouvimos falar de como a extrema esquerda afinal engole sapos com bastante facilidade, fica aqui estas perolas da nossa direita parlamentar. Realmente costa sabe o que está a fazer…

 

Analisaremos caso a caso”, garante ao Observador o porta-voz, Filipe Lobo d’ Ávila. “Se o PS apresenta as nossas coisas, temos que votar a favor. Não votaremos contra propostas que nós próprios apresentámos. Além disso, temos que ter em atenção aquilo com que nos tínhamos comprometido com as pessoas”, secunda Telmo Correia

 

 

Parabens ao usurpador.

 

 

 

 

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Os novos Climate Deniers!

por Olympus Mons, em 19.12.15

 

Existem alturas em que é inevitável falar sobre o assunto das alterações climáticas.

Que fique claro que a questão hoje em dia é eminentemente politica, como naturalmente deve ser. A politica e das maiores invenções da humanidade mas, ou se calhar por essa razão, não tem nada a ver com a verdade. Sempre que em política se fala de verdade é de tremer e fugir: Política como atividade de responsabilidade, e governativa, é a forma como se constrói uma narrativa que se aproxime do centro da sensibilidade de uma determinada população de forma promover uma determinada atuação ou resolução. Sem Politica não se fazia nada e cada grupo viva a sua verdade entrando continuamente em conflito com a verdade do outro grupo. É assim simples. No caso da política ambiental, que é à escala do planeta, ainda mais fuzzy será essa sensibilidade e mais murky o discurso deve ser. Isso eu entendo. E como nasce um idiota a cada segundo e já não morre um a cada segundo como no passado, estas coisas resultam.

Depois é necessário entender que um dos resultados práticos desta charada toda a que se assiste é conseguir a efetivação real e consumptiva com energias alternativas e o necessário investimento para se atingir esse fim. O custo com os combustíveis fósseis não vai baixar muito dos valores mínimos históricos. As sociedades são medidas pelo seu nível de consumo energético e se nós queremos evoluir enquanto civilização humana a energia deve ter ser tao ubíqua, tão acessível como o ar que respiramos e ter basicamente o mesmo preço. Este paradigma tem que ser atingido. É basicamente aquela coisa das civilizações interplanetárias terem de ter níveis de consumo energéticos ao nível do consumo de estrelas.  É mais ou menos essa a lógica. Por isso não tenho traumas com a tanga que hoje em dia se propaga e no fundo até tem o meu apoio.

Outra coisa diferente é fábula vs confabulação. Contem-me a fábula que eu acho piada, peçam-me a confabulação (que eu finja e imite o acreditar) e não esta no meu ADN. Aliás, não está no ADN de pessoas do espectro mais à direita.

 

Mas isto vem a propósito de um facto curioso sobre esta conversa das alterações climáticas. A direita quando acredita em algo até conta uma fábula mas não exige, não é normativa, querendo com que toda a gente finja que acredita, se torne believer, em resumo que pratique confabulação.  A direita conta a fábula e limita-se a dizer que é assim porque sim, que é como é e pronto. E ou estás no barco ou não estás. Ora a esquerda não. A esquerda exige participação ativa. 

Tem piada esta semana ver Naomi Oreskes, que é como que uma porta-voz da histeria sobre as alterações climáticas, a acusar, precisamente, os pais do movimento de serem climate deniers! – James Hansen, Emanuel Kerry, Tom wigley….  Oh meu Deus isto é melhor que a fox comedy.

 

Estão a ver, é que Hansen, kerry, etc. limitam-se a ter um raciocínio lógico. Se nós acreditamos que o atual conteúdo de CO2 na atmosfera está e vai ser destrutivo para o planeta então temos que começar a resolver o assunto o mais rápido possível e não será com acordos insípidos como os de Paris mas sim com uma aposta massiva na única forma de energia capaz de ter output sem ser intermitente - Energia nuclear! E Já! --- Ora, estão a ver politicamente a combinação, certo? – Nuclear, esquerdismo, ambientalismo… por falar em ódios de estimação.

                                                                

Como é óbvio, toda aquela gente com poder de decisão em Paris não acreditava verdadeiramente no estado de alarmismo que existe relativo ao conteúdo de CO2 na atmosfera. Lá no fundo o cérebro deles, dos que entendem a ciência, computa que a sensibilidade do sistema climático é menor e que os feedbacks positivos sobre a adição do CO2 que estamos a fazer. Mas não deixa de ser curioso que até quem acredita demais tem que ter cuidado com o que diz. Tem que cumprir a anuir à cartilha or else… delicioso.

Hansen e afins, os homens da velha guarda, acreditam mesmo que o planeta está em desequilíbrio radiativo logo temos que actuar – e na opinião unanime de quem percebe da capacidade de produção energética actual só há uma alternativa – ir com toda a pressa e em força para o nuclear. Quem levanta a mão a favor?

 

 

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Mário Centeno, Ministro das finanças de Portugal, 2 de Dezembro de 2015:

 

Não podemos "transpor conclusões de artigos científicos para a legislação nacional, porque se tentar fazer isso é um passo para o desastre"

 

Aqui está a afirmação de Mário Centeno que provavelmente alguma vez concordarei a 100%... Mas se pensam que este post é sobre política nacional estão enganados. É sobre política mas internacional e mais propriamente política climática. E no mundo real não no mundo dos artigos científicos da AGW as coisas são ligeiramente diferentes. Ligeiramente

Nem vou repetir algumas das coisas que já aqui escrevi noutros posts relacionado com este assunto. Mas vou lembrar um pequeno facto. Aliás podem usar como remate para qualquer debate sobre alterações climáticas. E se quiserem entender porque cientistas (sim climatologistas, meteorologistas, físicos, etc) tem tantas dúvidas este é um exemplo de antologia. Aqui vai.

 

Inale e agora exale. Esse CO2 que exalou aí está e por aqui há de ficar muitos séculos. Não se esconde, não vai a lado e está ai para fazer a sua coisa maléfica ao clima:  Agora, o século XX viu um incremento de temperatura sensivelmente de 1 grau. Esse aumento teve o seguinte padrão: de 1910 a 1940 aumento de temperatura de 0.4C (primeiro aquecimento), de 1940 a 1970 (a longa pausa) 0.0C e de 1970 a 2000 (aumento que AGW adora) um aumento de 0.6C.  Ora o aumento do CO2 de partes por milhão ppm foi o seguinte:

 

      a. De 1910-1940 o conteúdo de CO2 na atmosfera foi de 300ppm para 311ppm (aumento de 11%) e assistiu a um aumento temperatura 0.40ºC ( 40%).

 

      b. De 1940 – 1970 com o advento da industrialização passou de 311ppm para 325ppm e a temperatura do planeta nem mexeu. Mais, nós emitíamos quantidades brutais de CO2 para a atmosfera e de 1940 a 1960 e as partes por milhão ficaram exatamente iguais (311ppm). Para onde foi esse CO2 todo?  De 1960 a 1970 passaram de 311ppm para 325ppm (em 10 anos) e a temperatura nem mexeu!

     

     c. De 1970 – 2000 passou de 325ppm para 370ppm (45%) e temperatura aumentou 0.6ºC (60%).

 

Já estou a ouvir alguns a dizerem… veja como o ponto c. demonstra a correlação… pois mas então expliquem também o ponto d.

 

     d. De 2000 – 2015 passou de 370ppm para quase 400ppm (30% aumento das emissões) e o aumento da temperatura foi de 0.0ºC.

 

 

Por amor de Deus… estão a ver o problema? Estão a ver porque o Mário Centeno tem razão?!

 

 

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Parece que afinal vão todos pelo teu caminho...!

 

 

 

 

 

 

 

 

Após os atentados desta sexta feira passadas, 13 de Novembro, tenho estado a observar os comentários, tanto nos media como nos jornais online e blogs, a alusão à reação dos estados unidos e do mundo ocidental nem geral na sequência dos atentados do 11 de Setembro e posterior guerra no Iraque, como responsabilidade direta por estes actos de terrorismo na europa. Lá vem a conversa do Bush, do Blair e afins.

Não tem mal nenhum. Muito do que eu aqui escrevo é precisamente para elencar de exemplos em que na verdade podemos (mas não devemos) olhar para o esquerdismo (todo) como uma forma de impairment cognitivo (em nada relacionado com a inteligência). Por isso esta narrativa que fazem não tem mal nenhum. O mal é que ninguém lhes faça cair a ficha.

 

Aquilo que me aborrece é que ninguém responda imediatamente inquirindo-os se já repararam que quem faz atentados na europa não é nem Afegão (e existem muitos por aí), nem iraquiano (então não eram esses que se deviam vingar) ou até, sequer, palestiniano (!). Quem faz atentados são hispano-marroquinos (de primeira ou segunda geração), Brito-paquistaneses e na frança essencialmente magrebinos.  

 

Não lhes cai a ficha e pensar que se calhar a gravação que repetem incessantemente possa estar errada?

 

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13 de Novembro de 2015

por Olympus Mons, em 14.11.15

 

 

Estamos a enfrentar o Estado Islâmico ou o Islão?

 

 

Nem é assim tão difícil de descobrir. É só não confabular, o que em termos práticos significa calar a esquerda. A frança tem já quase 10% da sua população muçulmana, cerca de 5 milhões, basta ignorar tweets, opinion makers, líderes religiosos na europa, lideres políticos de países de maioria muçulmana e, em geral, estados de alma do momento…. E basta meramente ir perguntar a essa população o que acha dos atentados de ontem. Estes e outros. E não deve ser agora. Deve ser feito dentro de um ano. - Aquilo que depois de tratados os dados estatísticos dessa sondagem resultar será a resposta se enfrentamos o ISIS ou o Islão.

 

Também não interessará particularmente a resposta dos muçulmanos mais velhos que esses não fazem atentados. Tem que ir perguntar aos jovens entre os 16 e 35 anos o que eles pensam dos atentados.

 

E já que falamos da diferença entre grupos, visto que de acordo com os estudos da Pew Global que tenho lido (especialmente o de Julho de 2015), o receio mais acentuado do extremismo islâmicos nos seus países está grandemente enraizados nas pessoas mais velhas ou ideologicamente mais à direita (com diferenças de até 30pp) , convém também, já agora, perguntar aos franceses de idades entre os 18 e 30 anos e ideologicamente mais de esquerda se… e agora? já sentem o receio?

 

Este post terá continuidade... 11:21h

 E esta pergunta é importante. Porque logo a seguir aos atentados ao Charlie Hebdo e ao mercado Kosher, a opinião dos franceses em geral e em particular as de franceses de inclinação ideológica de esquerda aumentou de forma considerável. Por isso estes escalar não são um crescendo de resposta dos extremistas a um incremento por parte da sociedade francesa de islamofobia.

O que nos reserva o futuro?

O que fizermos dele, desde que se mantenha em mente que a diversidade cultural é tóxica e funciona de forma muito semelhante às células cancerígenas.

Por norma não referencio autores de direita, até porque em algumas das vertentes e áreas de investigação que aqui abordo nem existe outra espécie que não seja de esquerda. Seja Eric kaufmann, seja mesmo Jonathan Haidt ou Joshua green.  Nesta altura convém mencionar Robert D Putnan , que já mencionei no A REALIDADE É UMA “BITCH” (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/6497.html) .

Putnan é dos , se não o, mais influente sociologo politico vivo. Desde Obama até todo e qualquer instituto social, tem-no ou aos seus trabalhos como referência. 

Já agora, Putnan foi muito criticado por ter publicado dados em 2000 mas só em 2007 publicou as conclusões. Porquê? Porque os dados demonstravam que tudo que andava a ser publicado, todas as teorias e tangas esquerdoides do contact hypothesis  e da Conflict theory eram invalidadas pelos seus dados. Como tal fez aquilo que qualquer esquerdoide faz, porque pode e só eles o podem fazer sem perder completamente a reputação científica, escondeu dados.    Mas escrevia eu sobre os trabalhos da psicologia comunitárias que assentam muito sobre os trabalhos de Putnan:

 “….O problema é que todo o output desta disciplina vai no sentido contrário aos objectivos da própria disciplina. Desde os trabalhos de Steve Sailer até Robert Putnan todos, para espanto total das suas mentes politicamente correctas descobrem que não se consegue de todo ter o melhor dos dois mundos. Ou tens uma comunidade coesa ou tens uma comunidade diversificada.  Diversificar étnico-culturalmente determinada comunidade leva invariavelmente à redução da confiança (mesmo dentro de pessoas da mesma raça), do altruísmo, cooperação, etc.  – Agora até andam às voltas com modelos computorizados que invariavelmente retornam resultados perfeitamente óbvios:

 

These findings are sobering. Because homophily and proximity are so ingrained in the way humans interact, the models demonstrated that it was impossible to simultaneously foster diversity and cohesion “in all reasonably likely worlds.” In fact, the trends are so strong that no effective social policy could combat them, according to Neal. As he put it in a statement, “In essence, when it comes to neighborhood desegregation and social cohesion, you can't have your cake and eat it too.

 

Reparem, isto é escrito por pessoas que em Portugal votariam no Bloco de esquerda, se é que isso serve de referência para alguma coisa.

A minha pergunta inicial era se estávamos a enfrentar o ISIS ou o islão.  A nossa sobrevivência cultural depende da resposta. E é bom que não confabulem no momento de a ouvir (!). Se é que alguém vai verdadeiramente alguma vez fazer a pergunta.

 

Mas sobre Putnan não ficaremos por aqui.  Antes de "ler" a reposta à pergunta infra mencionada, temos que perceber o que Putnan nos diz com “Diversity and trust within communities “ - Mas isso fica para outro post.

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 Tinha prometido fazer antes update ao post Nostradamus 3.0 mas não resisto antes em escrever o Nostradamus 3.5.

Isto a propósito das notícias de hoje de que o acordo da esquerda afinal contempla a manutenção da austeridade na plenitude do seu conteúdo …

 Tal como fui avisando em diversos comentários …

 

 

  ” o golpe de estado (sort of)" que a esquerda está a fazer ao país não é porque vai tomar o poder e governar à esquerda mas sim porque vai tomar o poder e governar sem grande distinção da direita!”

 

Fico sempre exasperado e algo desiludido quando observo a “direita” a não entender o que é a “esquerda” e nestas circunstâncias (Syriza, Democraty party, terceiras vias, etc) ficar à espera que a esquerda se comporte na real forma, matéria e teor, do seu discurso e narrativa.

 

 No mais vernáculo dos “Eh Pá!” só me resta fazer “facepalm”.

 

 Tal como tenho tentado alertar, isto significa que toda a conversa a que temos assistido nas ultimas semanas por parte de comentarista ideologicamente mais chegados à direita de como um governo de esquerda com o PS+BE+PCP/PEV advinha um descalabro económico e que dentro de pouco tempo cá teremos de volta os credores e a troika e inenarráveis catástrofes é o erro da direita. Esse menosprezar da esquerda, quase paternal, como se olhássemos para eles com um sorriso condescendente nos lábios.

 

Atenção (!):

Ser de esquerda é meramente uma preferência neurocognitiva, acentuada, pelos pathways dorsais () no neocortex em detrimento dos processos inerentes aos pathways ventrais. Quanto mais à esquerda a pessoa é mais isola os progressos cognitivos (Ventrais- amygdala, VMPFC e OFC) que são responsáveis por estados autorreferenciais e autobiográficos. No entanto sejas de esquerda, direita ou marciano quando o assunto deixa de ser uma narrativa abstrata e passa a ser um processo de decisões (decisition making) toda a gente, mas toda a gente, usa a parte ventral do cérebro e acaba por globalmente tomar as mesmas decisões (com um determinado grau de variância). Por isso se diz que a direita é egoísta (porque é sempre autorreferencial) e a esquerda é Hipócrita ( porque diz uma coisa mas depois faz outra).  Já há mais de 2 séculos que o pai da direita, Edmund Burke, nos assegurava que ser de direita não é uma filosofia (como é  a esquerda) é uma atitude de vida

 

“Conservatism is not so much a philosophy as an attitude, a constant force, performing a timeless function in the development of a free society, and corresponding to a deep and permanent requirement of human nature itself."[5]

 

Quando estes eventos surgem a direita tem que aprender a colocar o foco na hipocrisia (!) sendo que o evidenciar desta, o deixar claro ao publico o que a esquerda tem dito de forma programática sobre a realidade,   é a verdadeira arma e antidoto que a direita tem contra a esquerda.

Os dois artigos cujos links tenho no final deste post são emblemáticos. É que quando a esquerda não se comporta, nos processos de decisão, como os anormais irresponsáveis que parece indiciar o seu discurso ficamos, nós todos, muito irritados por afinal eles fazerem aquilo que nós desde o início dizíamos que tinha que ser feito e que nos era de todo impensável não ser dessa forma. Pategos!

  

http://observador.pt/opiniao/acabou-a-austeridade-reformados-vao-ter-aumento-de-18-euros/

 http://observador.pt/opiniao/a-minha-austeridade-e-melhor-do-que-a-tua/

 

Update 6/11/2015 : é disto que eu estou a falar.  I S T O. É assim que se faz:

Escreve num comentário um leitor do observador (Jorge Dinis).

O governo PSD/CDS, insensível, psicopata, fascista e mais não sei o quê, aumentou as pensões mínimas, sociais e rurais de 189€, 227€ e 246€ (em 2011) para respectivamente 201€, 241€ e 262€ (em 2015), um aumento anual médio de 3€, 3,5€ e 4€. Já o governo unido da esquerda (PS/BE/CDU) vai subir, respectivamente, estas pensões 0,3%, em 60 cêntimos, 72 cêntimos e 78 cêntimos. Assim se vêm o respeito pela dignidade dos que menos têm.

 

 

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O regime

por Olympus Mons, em 20.06.14

 

 

O Rui Ramos escreve algo que devia ser óbvio para toda a gente.

O PS é o regime e só está o regime verdadeiramente sossegado quando o PS está no poder.

 

http://observador.pt/opiniao/consenso-se-ps-mandar/

 

Aliás, também já escrevi que todo este processo de ajustamento teria sido bem mais sossegado se tivesse estado o PS a fazer o ajustamento. Mas azar o nosso não foi o caso e como tal tivemos que levar com uma volumetria de direito à indignação a que teríamos sido claramente poupados.

 

Mas o mais estranho, ou não,  é que depois ficam todos muito preocupados com a saúde da nossa democracia devido aos níveis de abstenção e não participação dos cidadãos nos actos eleitorais.  Mas esta gente sabe como funciona uma democracia e quais os verdadeiros problemas que fazem com ela seja mais forte ou mais fraca?

 

Nem que somente 10% dos eleitores votassem não estaria em perigo a democracia. Não se essa votação decorrer com representativa de toda a sociedade e dos mecanismos da democracia. Ou seja se for permitido aos 90% de Ill informed anularem-se ao distribuírem-se pelos diversos partidos e os well informed dentro dos 2 partidos (que por norma são sempre 2 – um dia explico porquê) com rotação governativa poderem escolher o melhor candidato…ou aquilo que lhes for mostrado (ou eles percepcionarem ) como tal.  Isto é democracia, quer se goste quer não.

 

O perigo para, e as deformidades da, democracia ocorrem sempre que deixar de haver este “erro” aleatório no modo como as pessoas votam e passa a haver “erros” sistemáticos, passa a haver bias vincados no modo como se influência (ou manipula) quer os ill informed quer os well informed. A manipulação de qualquer destes vectores influencia a qualidade da democracia. É aqui que é medida a qualidade da DEMOCRACIA. Algo que por exemplo os americanos há muito sabem e por isso é que nos EUA as pessoas (ou se quiser os well Informed) oscilam entre os dois partidos escolhendo eleger o candidato que, num determinado ponto, ocupa melhor o centro (median voter theorem) do sentir do país (que oscila um bocado de um lado para o outro) sendo permitida à ignorância explanar todo o seu esplendor e muito dos media (locais, regionais ou nacionais) promoverem tanto quanto possível a elucidação das suas massas, estando estes perfeitamente identificados – Sim o que o New York Times ou o Washington Post diz é dirigido a recentrar os constituintes de Esquerda e o que o New York Post e o Washington Times é para fazer o mesmo para os de direita. Toda gente sabe ao que vêm. Não existe esta bullshit para idiota consumir (que traz o tal bias sistemático) de fingir que são jornalistas isentos a tentar de forma intrinsecamente filosófica encontrar o tal equilíbrio. Tanga.  Por exemplo na televisão ou se fala esquerdalhês mesmo que a tentar passar uma mensagem de direita ou nem lá se entra!

 

 

Quando num país comunicacional (no sentido lato) existe um bias tão forte para a esquerda e quando existe um partido que é de facto o dono do regime, implica que a nossa democracia, a democracia de Soares e Co, é e sempre foi mesmo assim… fraquinha!

 

 

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