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Eles...!

por Olympus Mons, em 28.11.13

Conferência organizada pelo Bloco Esquerda. 

Vê muita diversidade étnico-cultural nesta foto?

 

 

No seguimento do meu post  “Reality is a bitch e sobre o que já tinha escrito em  “A esquerda e a dissonância cognitiva… ou a cara da hipocrisia”  convém lembrar o que Eric Kaufmann descobriu recentemente (como se fosse a maior surpresa do mundo).  Como esclareço num destes meus Posts a esquerda (pela ACC) tem uma capacidade invejável de resolver dissonâncias cognitivas. Ou seja é tremendamente hipócrita.

Ora o que Kaufmann agora descobriu para espanto geral (desde que esse geral não seja de pessoas de direita, porque esses já o sabem há séculos!) que as pessoas de esquerda tem exactamente a mesma tendência para fugir da diversidade étnica-cultural que as pessoas de direita.  Pegando nas pessoas que se auto-identificavam como de esquerda /direita ele descobriu que 61% de “liberals” e 64% de “conservatives” fugiram de zonas que registaram aumentos de diversidade cultural nos últimos anos.  Aliás, passada a barreira dos 10% de multiculturalidade subitamente mudam-se para zonas mais brancas. É mesmo assim: Mais brancas. Chama-se white flight.

 

A questão de fundo será: como lidar com as pessoas que nesta altura controlam a agenda política mundial, controlam aquilo que serão as percepções e formação pedagógica, imagística nos media e terminologia comunicacional e até conseguem impor normativos morais (prescritivos para os outros) do que é correto dizer … e depois quando se concretiza o que postulam não o vivem, procurando viver precisamente no espaço e tempo que são o oposto daquilo que exigem que os outros vivam. Como lidar com isto?  

 

A questão não é: como é possível que os meninos do BE vivam em zonas tradicionais de Lisboa em vez de viver em zonas de elevada diversidade étnico-cultural. Porque não vivem na Damaia e zonas onde essa diversidade é mais acentuada.

 

A questão é: porque nós, os outros, deixamos! -   “If you’re not angry, you haven’t been paying attention.”

 

 

 

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Ele há momentos...!

por Olympus Mons, em 27.11.13

I often think it’s comical
How nature always does contrive
That every boy and every gal
That’s born into this world alive
Is either a little Liberal
Or a little Conservative

W. S. Gilbert  - século XIX

 

 

Convém lembrar onde começou a derrocada da visão do mundo que a esquerda tentou vender durante muito tempo. A visão de que acima de tudo o resto é o ambiente que forma as pessoas, neste caso a sua visão política. 

Se tivéssemos que escolher um momento escolhíamos o início dos anos 90 quando Thomas Bouchard munido de uma lista de 10,000 pares de gémeos decidiu investigar se era o meio ou os genes que essencialmente determinavam a opção política. A Bouchard sai-lhe a sorte grande quando reparou que tinha no lote 88 gémeos idênticos e 44 fraternos que tinham sido criados em ambientes completamente diferentes. Aí entrou o gráfico abaixo:

 

 

 

Se nos dois primeiros eixos o ambiente poderá ter sido o vector determinante nas últimas duas barras não. Aqueles 130 tinham sido criados em ambientes díspares e mesmo assim, os que eram geneticamente iguais mantinham uma correlação brutal. Contava Bouchard que um deles até tinha sido criado pelo líder do partido democrata local e desde cedo tinha estado envolvido no ambiente do partido mas ao atingir a maturidade virou republicano. Era algo que o jovem não conseguia explicar. Hoje em dia, como aqui tantas vezes explico, até já está perfeitamente estabelecido por FMRI (ressonância magnética) estes fenómenos.

 

Conhecido como a experiencia de Colin firth.  Em 2010 o actor fez um repto para os cientistas descobrirem o que havia de errado com o cérebro  das pessoas que discordavam politicamente dele (quem não é de esquerda... tinha um problema no cérebro!):

 

"I took this on as a fairly frivolous exercise: I just decided to find out what was biologically wrong with people who don't agree with me and see what scientists had to say about it and they actually came up with something".

 

 

O resto da história já sabe quem leia os meus posts.  Investigadores da  University College London aceitaram  o repto e começaram por descobrir as diferenças entre Amygdala e ACC , depois Ryota  Kanai deu mais forma a essas diferenças e schreiber e outros seguiram com trabalho.

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Eu até digo que já nem gosto de falar sobre este assunto…

Contudo, sempre que se menciona esta conversa das alterações climátivas lá vem o comentário do aumento do nível do mar (que na verdade tem subido 2mm ano – por este andar vai acabar por subir 20 cm no final do século como aliás já subiu 20cm por século desde o LIA (little Ice Age). Mas , dizia eu, lá vem sempre a conversa do …

 

De Nunes a 26.11.2013 às 12:12

Mas já agora: "aumento de temperatura abaixo dos 2C só traria benefícios para o planeta e para as suas formas de vida" é uma afirmação muito discutível... vá dizer isso a pessoal nas ilhas do pacífico e vai ver o que lhe fazem.

 

Bem, o que me fariam não sei. Mas sei que já não se usa as ilhas do pacifico nesta conversa das alterações climáticas. A razão em grande parte deve-se a  Paul Kench e a Arthur Webb. É que chega sempre uma altura em que alguém vai verificar o que ocorre no mundo real. E aí…

 

Abstract

Low-lying atoll islands are widely perceived to erode in response to measured and future sea-level rise. Using historical aerial photography and satellite images this study presents the first quantitative analysis of physical changes in 27 atoll islands in the central Pacific over a 19 to 61 yr period. This period of analysis corresponds with instrumental records that show a rate of sea-level rise of 2.0 mm yr− 1 in the Pacific. Results show that 86% of islands remained stable (43%) or increased in area (43%) over the timeframe of analysis. Largest decadal rates of increase in island area range between 0.1 to 5.6 ha. Only 14% of study islands exhibited a net reduction in island area. Despite small net changes in area, islands exhibited larger gross changes. This was expressed as changes in the planform configuration and position of islands on reef platforms. Modes of island change included: ocean shoreline displacement toward the lagoon; lagoon shoreline progradation; and, extension of the ends of elongate islands. Collectively these adjustments represent net lagoonward migration of islands in 65% of cases. Results contradict existing paradigms of island response and have significant implications for the consideration of island stability under ongoing sea-level rise in the central Pacific. First, islands are geomorphologically persistent features on atoll reef platforms and can increase in island area despite sea-level change. Second, islands are dynamic landforms that undergo a range of physical adjustments in responses to changing boundary conditions, of which sea level is just one factor. Third, erosion of island shorelines must be reconsidered in the context of physical adjustments of the entire island shoreline as erosion may be balanced by progradation on other sectors of shorelines. Results indicate that the style and magnitude of geomorphic change will vary between islands. Therefore, island nations must place a high priority on resolving the precise styles and rates of change that will occur over the next century and reconsider the implications for adaption.

 

Ain’t reality a bitch?!

 

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...And Its a travesty that we don't!

por Olympus Mons, em 25.11.13

“Perfect Math plus bad assumptions still makes bullshit! …while error in math exist… the failure of models to match the real world far more likely due to wrong assumptions”

 

…Isto vindo de Gavin Schmidt o mais temido dos defensores dos modelos e da teoria do desequilíbrio radiativo por indução de Co2 na atmosfera.

 

 

Pedi autorização ao Pedro Faria para fazer o post com base no comentário dele ao meu post  “Pensamento abstracto … ou porque o Aquecimento global é coisa de esquerda” e ele graciosamente acedeu. Assim:

 

Primeiro gostava de dizer ao Pedro que, quando o tema são as alterações climáticas, não é vantajoso colocar como referência nem o Guardian, nem o Skeptical Science do Dana Nuccitelli, porque isso equivale a falar de economia e citar o jornal Avante. Seria como eu colocar referência ao Mail ou ao WattsUpwithThat. Não há necessidade (pese embora em ética o WUWT dê baile ao SS). Tal como falar sobre o sumário for policy maker pouco mais que isso também é. 

 Ok, mas vamos lá por partes:

 

Quando diz "que não existe qualquer efeito no clima ou em fenómenos atmosféricos relacionados com o aumento da temperatura global do planeta" e fala do AR5 esta-se a referir exactamente a quê? É que lendo apenas o sumário para Policy Makers é bastante explicito:

 

Pedro,  estou a dizer (tentar pelo menos) duas coisas:

A primeira que o problema da atribuição do CO2 nesse tal aumento da temperatura está longe, muito longe mesmo, de ser resolvido. Não se sabe qual a parte do aquecimento dos nosso dias se deve ao CO2 ou ao PDO , AMO, efeitos do ElNino,  LaNina,  alterações  na circulação da ligação entre oceano-atmosfera (processo naturais),  etc –  É 10% ou 90%?

A segunda é mais importante. É importante porque no próprio AR5 está expresso, sendo uma grande alteração desde o AR4 de 2007. E o que lá diz é que é não é de todo possível atribuir a qualquer fenómeno atmosférico, na sua frequência ou intensidade a influencia do actual aquecimento.

Mas isto não é o mais giro. O mais giro, como Roger Pielke Jr. (que não é propriamente um denier)  explicou recentemente ao congresso americano, mesmo assumindo que tudo o que os modelos postulam for verdade (atenção modelos!) levará pelo menos mais 50 anos até os impactos sobre fenómenos atmosféricos como os furacões se revelem por cima da variabilidade natural do clima!

E quem diz que até estamos no período (como espectável quando o planeta aquece) de mais baixa actividade de, por exemplo, furacões não é um blog é o NHC (National Hurricane Center nos estados unidos - www.nhc.noaa.gov) porque é isso que os dados revelam (data is a bitch!).  Não só não existe tendência  nenhuma de aumento desde 1900, como aliás nunca se viveu tanta tempo sem pelo menos um furacão de grau 3 atingir a costa dos EUA. Não existe memória.

 

 

"Warming of the climate system is unequivocal, and since the 1950s, many of the observed changes are unprecedented over decades to millennia. The atmosphere and ocean have warmed, the amounts of snow and ice have diminished, sea level has risen, and the concentrations of greenhouse gases have increased (see Figures SPM.1, SPM.2, SPM.3 and SPM.4). {2.2, 2.4, 3.2, 3.7, 4.2–4.7, 5.2, 5.3, 5.5–5.6, 6.2, 13.2}", pg. 2 http://www.climatechange2013.org/images/uploads/WGI_AR5_SPM_brochure.pdf

 

 

O aquecimento é inequívoco. Mas não é desde os anos 50... É desde 1750, desde o fim da Little Ice age (LIA), período que é consensual ser o ponto mais frio de todo o holoceno ( 10,000 anos).  Está a ver? Muito antes de as concentrações de CO2 poderem ter qualquer impacto na temperatura global do planeta já este estava a recuperar do seu período mais frio de sempre (provavelmente devido ao Maunder minimum do sol). Como é que se sabe então que parou de recuperar e agora está a aquecer devido ao CO2? O aumento da temperatura entre 1910-1940 (antes do CO2) é tão acentuado como o aquecimento entre 1970-1995 (depois do CO2) … Se não foi o CO2 o que provocou o período de 1910-1940 então o que foi?

 

mais abaixo na pg. 3 lê-se

 

"The globally averaged combined land and ocean surface temperature data as calculated by a linear trend, show a warming of 0.85 [0.65 to 1.06] °C3, over the period 1880 to 2012, when multiple independently produced datasets exist. The total increase between the average of the 1850–1900 period and the 2003–2012 period is 0.78 [0.72 to 0.85] °C,

based on the single longest dataset available4 (see Figure SPM.1). {2.4}".

 

Está a ver o truque, não está Pedro? Se comparar o período de 1850-1900 com 1910-1920, o aumento é de 0,2C e se comparar com 1930-1940 é de 0,4C etc. – Mas se não era o CO2, então o que estava àquela altura a provocar esse aumento da temperatura?  Já agora, dando crédito aos paleo-proxies se comparasse o período de 1750-1800 com o período 1850-1900 também terá um aumento de 0,muitos! Está a ver a lógica?

 

 

Ah, já sei, está-se a referir a um famoso gráfico que mostra que a temperatura estabilizou nos ultimos 15 anos e que aparecem em diaris serios como o Daily Mail, e.g. esta noticia http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-2217286/Global-warming-stopped-16-years-ago-reveals-Met-Office-report-quietly-released--chart-prove-it.html

Meu caro, voce nao pode ignorar toda a serie com mais de 100 anos e escolher um periodo de apenas 15 anos. Pode ler uma refutacao desse tipo de argumentos aqui http://www.theguardian.com/environment/2012/oct/16/daily-mail-global-warming-stopped-wrong e aqui em forma grafica se quiser perceber o erro que esta a fazer http://www.skepticalscience.com/pics/SkepticsvRealistsv3.gif

 

 

E a PAUSA ( como é conhecido agora) é um facto. GISS mostra uma paragem no aquecimento global de (12 anos e 6 meses); Hadcrut3 (16 e 3 meses) ; Hadcrut4 (12 anos e 6 meses) ;  Hadsst2 (16 anos e 6 meses) .

Por satélite UAH (8 anos e 6 meses - o ÚNICO que é dirigido por climate diners!) ; RSS (16 anos e 3 meses) ….  Se quiser falar de tendências indistintas de ruído então podemos estar a falar de duas décadas sem qualquer aquecimento.

Também está no AR5. Só não no for policy.  Mas o problema da pausa, ou seja da ausência de aquecimento nos últimos 15 anos é complicado de explicar porque de acordo com os cânones todos da teoria do aquecimento global por indução de CO2 não devia ser possível. A teoria do aquecimento global por CO2 implica que retenção desses Wm2 na atmosfera se expresse num aumento contínuo da temperatura global. Não fosse assim e nem esta conversa do aquecimento global sairia dos cantos obscuros das faculdades. A variabilidade natural do clima poderia eventualmente dar uns aninhos sem aumento… mas 10? 15? 20? --- Impossível.

Se nenhum modelo consegue replicar a realidade observada então é porque o modelo não vale de nada. Não existem corridas de simulação dos GCM que mostrem paragens de 12, 15, 17 (o tal numero mágico) porque isso quebra a “fisica” do próprio modelo.

 

Para terminar.  

Aquilo que referi no meu post original é que já nem é um assunto muito interessante para mim.  Não pretendo que qualquer leitor mude de opinião porque há muito tempo que isto deixou de ser um assunto científico e é assunto de crença, de fé!

 

 Eu entendo. Entendo que para quem lidava com esta questão científica e subitamente reparou no aumento da temperatura do planeta após o climate shift de 1976, altura em que nem o PDO ou AMO se sabia que existia, passa a ter toda a propriedade para acreditar que está perante a confirmação com as suas crenças. Imagine, que subitamente passa de ser dos mais obscuros cientistas do portfólio para passar à vida louca das conferências em Bali, para os microfones do mundo, entrevistas e programas de televisão … torna-se quase impossível não entrar na onda  - Políticos, dinheiro, boa vida = a público enganado.

 

Fora dos sound bites começa a ser consensual que os modelos afinal estão a estimar muito por cima o aquecimento espectável, que um aumento de temperatura abaixo dos 2C só traria benefícios para o planeta e para as suas formas de vida e que em qualquer dos casos é muito mais razoável a adaptação (adaptation vs mitigation) às condições (reais ou não) que aí vierem, como aliás se tem vindo calmamente a adaptar no ultimo século, sem sequer notar até à muito pouco tempo que sequer o planeta estava a aquecer.

 

 

 

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A REALIDADE É UMA “BITCH”

por Olympus Mons, em 22.11.13

 

E os falhanços da esquerda são um given da vida moderna.

 

 

 

 

 

Relação entre diversidade de um bairro e sua coesão e relacionamento interpessoal.

 

 

Hoje em dia assiste-se muito ao falhanço de variadas áreas da esquerda. Como a psicologia. Seja a psicologia social ou agora da, pasme-se, psicologia comunitária (!?). Sim, tinham que criar uma disciplina que estudasse formas de se tornar as comunidades mais diversas, mais multifacetadas e simultaneamente mais coesas e inclusivas.

O problema é que todo o output desta disciplina vai no sentido contrário aos objectivos da própria disciplina. Desde os trabalhos de Steve Sailer até Robert Putnan todos, para espanto total das suas mentes politicamente correctas descobrem que não se consegue de todo ter o melhor dos dois mundos. Ou tens uma comunidade coesa ou tens uma comunidade diversificada.  Diversificar étnico-culturalmente determinada comunidade leva invariavelmente à redução da confiança (mesmo dentro de pessoas da mesma raça), do altruísmo, cooperação, etc.  – Agora até andam ás voltas com modelos computorizados que invariavelmente retornam resultados perfeitamente óbvios:

 

These findings are sobering. Because homophily and proximity are so ingrained in the way humans interact, the models demonstrated that it was impossible to simultaneously foster diversity and cohesionin all reasonably likely worlds.” In fact, the trends are so strong that no effective social policy could combat them, according to Neal. As he put it in a statement, “In essence, when it comes to neighborhood desegregation and social cohesion, you can't have your cake and eat it too.

 

 

Eu bem vos tenho dito… este pessoal anda todo iludido. E o problema é que não vai desistir.

Daí que seja importante explicar estas coisas. Explicar o que é elevada diversidade biológica (HBD) nas populações humanas e que esta implica que as pessoas (pelo menos uma parte considerável) tem o direito de viver com pessoas que tenham o mesmo estereótipo que elas próprias e desse modo até, porque não, promover que independentemente da raça ou  cultura, desde que confortáveis com determinadas normas descritivas (descriptive vs Normative) do grupo possam viver no mesmo “bairro”. Como sabemos (se lerem os meus posts) até o mais empedernido direitolas aquilo que o perturba será sempre o Norm violations, independentemente da cor ou cultura de quem pratica a violação.  São estes “Bairros” de pessoas que se reconhecem e identificam umas com as outras  que verdadeiramente promovem a visão do desenvolvimento humano.

 

“Human development is the expansion of people’s freedoms to live long, healthy and creative lives; to advance other goals they have reason to value; and to engage actively in shaping development equitably and sustainably on a shared planet. People are both the beneficiaries and the drivers of human development, as individuals and in groups.”

 

 

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Relativo ao casamento homossexual - Tenho amigos homossexuais (oque se calhar não podem dizer muitos dos que suportam o casamento homossexual) e faço-lhes este discurso e na essência eles concordam.

 

 As relações homossexuais não parecem produzir relações de longa duração fomentadas pela oxitocina. Para pessoas que são contra o casamento homossexual, esta é a referência. Oxitocina (OT) cria laços que são únicos e específicos, porque são feitos da mesma matéria que são feitos os laços de uma mãe para os filhos. A Oxitocina entre um casal é o correspondente entre um homem e uma mulher desse laço maternal.  Relações com base neste péptido são as relações progressistas a nossa espécie após o paleolítico, não o contrário.

 

Após 150 mil anos de relações sexuais muitas vezes violentas (por exemplo até nas sociedades pré islâmicas cada mulher servia em média 9 homens ) as mulheres aprenderam esse truque: Se conseguires que um homem esteja ao pé de ti o tempo suficiente para lhe conseguires transmitir oxitocina suficiente (as mulheres são verdadeiras fábricas de) na mesma altura em que lhe baixas os níveis de testosterona, ele vai criar vínculos com a mulher que sustentam um casamento de longa duração. Toda a estratégia feminina desde esse ponto passa a ser como controlar o comportamento do parceiro de forma a baixar os níveis de testosterona dele a quando em ambiente familiar para que as relações entre todos os membros de uma família (pai, mae e filhos) sejam sedimentadas com oxitocina. Isto leva à cultura Dad, à cultura de elevado rearing da parte dos pais aos filhos, à cultura conservadora da família em que esta se constitui num bloco consistente entre todos … e (aparentemente – últimos estudos) leva a uma atitude mais defensiva para com todos os que estão fora dos grupos em que se sentem confortáveis (daí a manifestações mais agressivas para outgroups que pode levar à xenofobia). Mas não pode ter uma coisa sem a outra! – Não existe. Famílias estáveis de longa duração e de elevado rearing para com os filhos levam a atitudes mais agressivas para outgoups e a maior lealdade para grupos com os quais se identificam (lealdade, patriotismo, etc).

E assim,

Uma coisa é garantir os direitos civis de homossexuais. Aceite como fenómeno social de direito próprio e destinto há que garantir os direitos dos mesmos. Isso é uma coisa. Outra é esfregar na cara das pessoas que vivem em ambientes altamente alicerçados em OT o casamento gay , sendo que isso não passa de uma estratégia (inconsciente?) de destruição da estrutura social dos Dads do neolítico, pela epigenética remanescente dos Cads do paleolítico. Não tem nada a ver com direitos dos homossexuais a viverem a sua identidade, tem a ver com a expectável caminhada dos Cads para a destruição dos alicerces das sociedades do neolítico que em grande medida estão assentes na família e na propriedade. Concedo que uma sociedade alicerçada meramente nos cânones dos Dads do neolítico fará com que quem seja a epigenética, a manifestação desses alelos do load paleolítico sinta que este mundo não é o seu…

Contudo, atacar as estruturas fundamentais do mundo dos Dads também não é boa ideia. Estes assentam sob mecanismos recrutados pela Amygdala e esta serve para codificar pistas (cues) externos que se constituírem ameaça suscitam reação. Ou seja, enquanto as acções dos Cads esquerdoides não tiverem expressão no mundo real, enquanto são estados de alma, enquanto são manifestações emocionais do eu Cad, não suscitará grandes reações.  Quando começa a ter… let the games begin. – E não vai ser bonito.

 

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Porque será que me ocorreu isto?

por Olympus Mons, em 18.11.13

Relacionado com o meu post anterior, ou talvez não  ;-) , lembrei-me do estudo de Hendrika H. van Hell sobre o Canábis no  cérebro (Evidence for involvement of the insula in the psychotropic effects of THC in humans) .

 

Ler o estudo é só Insula e ACC, Insula e ACC, Insula e ACC! - Se calhar não existe relação entre as atitudes da esquerda para com esta droga e a sensibilidade da esquerda à IAD (Insula-ACC- DLPFC). Pois sim abelha…!

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A onda de Garrett McNamara

por Olympus Mons, em 17.11.13

 

 

 

Ontem estive numa palestra com o Garrett McNamara.  Um homem agradável e de uma simplicidade apelativa.

 Todavia  não tive dúvida de qual a visão dele do mundo.

Toda a oratória dele foi  “Live the moment”… “that weird stuff in your brain bring the past and the future you got to push it away (alta interoceptividade) ”…   A gut feeling told me (insula Interoceptividade)” … “I could feel and hear my heart (insula e Interoceptividade)”…

 

Ele é a Ioga (praticar Ioga aumenta imenso os níveis de interoceptividade), as várias alterações de sentido na vida dele  até o não saber verdadeiramente o que vai fazer a seguir

 

Fazer o que ele faz tem que ter uma grande insensibilidade à Amygdala e uma capacidade de trabalhar as várias variáveis que ocorrem naqueles momento em que que surfa as ondas (Working Memory - DLPFC).  Todos os eventos de perigo extremo na sua vida não ficaram registados indelével na Amygdala e no Orbifrontal Cortex e assim nada ficou verdadeiramente inprint  com Maveriks nem com o perigo  ao surfar tsunamis provocados pela queda dos glaciares no Alaska ou com a sorte ao sobreviver ao lip da onda no túnel de 6 metros em Jaws que subitamente abriu para ele miraculosamente escapar.

 

Mas Garrett McNamara lembra-nos porque aquele fenótipo existe.  Quantos de nós não adoraria acordar um dia às 4 da manhã e passar um dia com ele? Sem  McNamaras não se testava o limite do dia. Pode não ter o impacto dos limites que são ultrapassados pela colaboração dos grandes endeavours (como a dos astronautas que sempre foram de direita) mas trazem algo de inspirador ao dia a dia de todos nós.

 

McNamara garante que não vai morrer numa onda… lamentavelmente meu caro eu não teria tanta certeza!

 

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Pudesse eu...!

por Olympus Mons, em 15.11.13

Pudesse eu ensinar uma lição a Portugal e seria a diferença entre raciocínio teórico e raciocínio prático.

 

Quem veja televisão em Portugal e a linguagem da televisão em Portugal, quem ouça os seus pundits desde Bagão Félix a Marcelo Rebelo de Sousa, de Constança Cunha e Sá a líderes e ex líderes políticos, de conversas de café a linguajar da rua… tudo, tudo em Portugal é sobre raciocínio teórico. Tudo.

E desde Aristóteles  a Kant e Hume todos eles, todos eles, sabiam que havia ali uma diferença incrível nos tipos de raciocínio. E em Portugal, essa armadilha do pensamento teórico é quase uma doença. E agora que a ressonância magnética nos mostrou que efectivamente tem caminhos completamente diferentes era bom que alguém em Portugal mostrasse isso. É que estrategicamente o ultimo produto de raciocínio prático (aplicado à política) que por aqui vemos foi o plano…. Da troika! Vejam bem, tiveram que vir estrangeiros elaborar aquele que é o output natural do raciocínio prático que é um Plano!

 

Como a selecção Nacional que parece teórica, anda alí à volta, volta mas não faz nada de prático.

 

Mas deixem-me explicar a diferença:

Relembrando que passam por pathways neurológicos completamente diferentes, Pensamento teórico dedica-se a considerações que recomendam, que justificam, a aceitação de determinada asserção de que algo é ou não é. Ou seja reflecte sobre a “verdade” de determinadas proposições, se elas podem ser aceites, sendo assim totalmente sobre a nossa crença de e sobre algo! Austeridade é boa? É Má? Estamos em espiral recessiva, o crescimento é que é bom, o consumo interno é que é essencial, não é a exportação, o Sporting é que merecia ganhar o jogo com o Benfica, retirar rendimentos aos reformados é errado, etc.  

 

Raciocínio prático, ao contrário, não está preocupado com o ser “verdade” ou digno de aceitação, mas sim com o valor das acções, fazendo considerações se determinadas acções são as adequadas, tem valência e valor suficiente para ser realizadas, para ser executadas. Ou seja tudo na reflexão prática é sobre means/end para realizar um determinado output que é um plano. Assim foi com o FMI em 82, com as regras da atribuição de subsídios comunitários e agora com o plano da troika. Uma vergonha é um povo que não consegue sequer desenhar um plano para se salvar. 

 

Assim, estas duas formas de raciocínio tem um subject matter diferente e tem consequências diferentes…Reflexão teórica é  sobre o que determinada pessoa deve acreditar e produz impacto nas crenças dessa pessoa mas não aborda as suas intenções (de certa forma é materialmente inútil).  Por contraste o raciocínio prático leva à acção. Assim é prático não só no seu subjet matter como nos seus temas.

 Outra vez para não haver dúvidas… Raciocínio Teórico modifica as nossas crenças e Raciocínio prático modifica as nossas intenções!

 

Assim …. Gooollllloooo, é gooollllo Cristinao Ronaldo ! é GOLO! Ronaldo, Ronaldo. Golo à Suécia!

 

Estávamos a falar do quê?

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Já sabíamos, não era?

por Olympus Mons, em 15.11.13

“was commonly associated  with both types of deception (pretending to know and

pretending not to know), whereas activity of the anterior cingulate

cortex (ACC) was only associated with pretending not to know.

Regional cerebral blood flow (rCBF) increase in the ACC was

positively correlated with that in the dorsolateral prefrontal cortex

only during pretending not to know. These results suggest that the

lateral and medial prefrontal cortices have general roles in

deception, whereas the ACC contributes specifically to pretending

not to know.”

 

 

 

Toda a gente mente.

E por mais que os estudos associem o DLPFC (e como aqui vamos ver a ACC) à mentira e ao engano (deception)   de outros, não faz sentido dizer a mentira está unicamente ligado á esquerda IAD (insula-ACC- DLPFC).  Aquilo que se sabe é que estando mais ligados à AOV, as pessoas de direita sofrerão uma penalização emocional maior. Até prova em contrário fico-me por aqui nesse assunto.

A onde não paro é na crença que a esquerda tem uma predilecção para um tipo específico de mentira. E é um tipo de mentira que me irrita. Irrita e irrita: O modo como reescreve os eventos. Nos estereótipos da esquerda está aquela coisa do apagar pessoas das imagens, reescrever descaradamente eventos históricos. Nos debates tudo é rescrito ao momento actual. Por isso este estudo de Abe et al é tão interessante.

 

A Mentira da esquerda não é fingir que sabe alguma coisa. A especialidade da esquerda é fingir  que não sabia, que não viu, que não foi assim.

 

Elucidativo!

 

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Não esquecer...

por Olympus Mons, em 10.11.13

 

Para a Tina por nao ter respondido ao tina a 03.11.2013 às 15:18




“The Role of the Ventromedial Prefrontal Cortex in Abstract

State-Based Inference during Decision Making in Humans

Alan N. Hampton,1 Peter Bossaerts,1,2 and John P. O’Doherty1,2

1Computation and Neural Systems Program and 2Division of Humanities and Social Sciences, California Institute of Technology, Pasadena, California 91125

Many real-life decision-making problems incorporate higher-order structure, involving interdependencies between different stimuli,  actions, and subsequent rewards. It is not known whether brain regions implicated in decision making, such as the ventromedial

prefrontal cortex (vmPFC), use a stored model of the task structure to guide choice (model-based decision making) or merely learn action  or state values without assuming higher-order structure as in standard reinforcement learning. To discriminate between these possibilities,

we scanned human subjects with functional magnetic resonance imaging while they performed a simple decision-making task with higher-order structure, probabilistic reversal learning. We found that neural activity in a key decision-making region, the vmPFC, was more consistent with a computational model that exploits higher-order structure than with simple reinforcement learning. These results suggest that brain regions, such as the vmPFC, use an abstract model of task structure to guide behavioral choice, computations that may underlie the human capacity for complex social interactions and abstract strategizing.”





Sempre gostei deste estudo de Hampton de 2006. Penso que descreve bem o estereótipo da ideologia de esquerda e da Direita.  Descrimina muito bem os pathways da IAD (esquerda) e da AOV (Direita).  No fundo o que este estudo nos diz é que na AOV (Amygdala, Orbifrontal cortex e ventromedial prefrontal cortex) está muito mais do que meramente RL (reiforcement learning como os macaquinhos) e existem modelos abstractos bem mais complexos. E nessa complexidade da AOV está uma estruturante, inexorável, inabalável atenção, uma expectativa do positivo, à ocorrência dos expected outcomes que se concretizam e em última análise aos sucessos da vida e das escolhas. Simultaneamente mostra os caminhos da IAD (Insula, ACC e Dorsolateral prefrontal cortex) e a relação que tem com as expectativas de insucesso, com uma expectativa à priori do incorrecto, do insucesso e uma continua activação (que naturalmente pode ser útil) de mecanismo de mudança.

 


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E as CADettes?

por Olympus Mons, em 10.11.13

 

 

 

 

Na imprensa, atribui-se sempre a correlação entre Cads e características físicas atractivas. Mas não é de todo exacta. Veja-se Brad pitt. Um Dad que vive no meio de 6 filhos.

Aquilo que define um Cad (falo especificamente no contexto das relações entre sexos) é o maquiavelismo. Obviamente que se o homem for muito atraente conseguirá mais facilmente carregar em alguns botões femininos mas não é de todo essa a característica dominante.  Maquiavelismo - O emprego da astúcia e da duplicidade para atingir um fim.  Não é por mero acaso que nas descrições antropológicas de sociedades primitivas Cad, como os Yonomano, aparece inúmeras vezes a palavra maquiavelismo. Mas I digress

Quando observamos o comportamento de jovens do sexo feminino hoje em dia,  e na ausência de normas descritivas (ética normativa vs ética descritiva), estas tendem umas para um comportamento de pendor  CADettes outras de pendor DADettes quando na verdade muita da imprensa adora classificar as mulheres como um fenótipo único.  Se googlar  esta questão dos Cads vs Dads das primeiras coisas que encontrará é que as mulheres preferem os Cads para namorar e os Dads para casar. E seja pelos trabalhos de Kristina Durant seja de Susan Aitken tudo parece indicar que assim seja. Na verdade, na semana anterior à ovulação as mulheres sentem-se bastante mais atraídas por Cads.  E convém também dizer que como demonstrado nos trabalhos de Aitken, as mulheres são sempre capazes de identificar o elevado maquiavelismo dos Cads ficando assim demonstrado que é uma estratégia das mulheres e não propriamente serem ludibriadas pelos malandros dos Cads. São-no por opção.  Pior mesmo é que durante a ovulação considerarem que apesar de os identificar e saberem  não ser confiáveis verdadeiramente  acham que isso é para com as outras mas que não se vai aplicar a elas (!?).  

 

 

Ok, convém fazer um caveat lector, nunca evidenciado por quem escreve sobre estes assuntos – Quem ler atentamente o trabalho de Krisitina  Durante  até ao fim (que jornalista não faz!) ela mostra que toda esta conversa se aplica especificamente a CADettes (fãs de Cads) e não tem efeito evidente sobre as DADettes (fãs de Dads).  O fenómeno é observado em mulheres de elevado self-monitoring (mulheres influenciáveis pelo ambiente circundante), por norma marcadas por menarca (primeira menstruação) em idade precoce. Existiram elementos femininos nos estudos que ao não possuir aquelas características (elevada correlação com menarca mais tardia) eram absolutamente imunes aos Cads. Convém também dizer isto!    E, Curiosamente,  existe uma correlação muito forte entre ter essa menarca muito cedo e o tipo de pai que se tem.  Filha de Cad, tem-na cedo e desenvolve características de maturidade sexual muito precocemente. Filha de Dad (pai presente e de elevado investimento) não demonstra nem uma menarca cedo nem maturidade sexual. Ser filha dos primeiros parece preparar desde muito cedo as meninas para se sentirem confortáveis no namoro (icos) e na procura de parceiro desde tenra idade ao passo que a presença (física e psicológica) paterna elícita uma atitude feminina bem mais restritiva para com elementos do sexo masculino. E a relação destas diferentes atitudes com os restantes aspectos do resto das suas vidas já é sobejamente conhecido.

Aquilo que eu não sei é se o comportamento CADette é uma adaptação comportamental que resulta de uma aferição da realidade (ambiente familiar) que influencia a expressão genética ou se, como muitos defendem, se trata de um quase imperativo epigenético (expressão genética que vai junto com o código genético passado dos pais para filhos e que os determina como certos genes se expressam) .

Já agora convém lembrar que Cad germina na abundancia de recursos. Daí que seja essencialmente nas sociedades ocidentais que existam Cads. E Cad singra no mundo actual, é um sinal dos tempos … Mas não as CADettes! – Estas no essencial estão a pagar o preço. Muita da pobreza e problemas sociais actuais são profundamente marcados pelas dificuldades financeiras inerentes a famílias monoparentais (que é como quem diz ele não está lá e não contribui) e só não é muito pior devido à existência de métodos anticonceptivos e interrupções voluntárias de gravidez. Mas por exemplo nos estados unidos estas já correspondem (mães solteiras) a 30% das famílias americanas… Mas onde está o pai? É o preço do Liberalism social.

Assim, parece inacreditável, que tal como nas sociedades Cads primitivas onde se nota que no essencial o maior esforço de aquisição de recursos cabe às mulheres (cerca de 80%) à primeira oportunidade que Cad tem de singrar enquanto modelo toma as duas atitudes que lhes são intrínsecas: Primeiro elícita à “aldeia” suporte a sua prole (através da evocação de apoios sociais) e deixa para as mulheres o trabalho (o custo físico e financeiro) de criar os filhos sozinha.  E eles? - Votam no Bloco de Esquerda e acham que para “criar uma criança é necessário uma aldeia”… desde que não eles.

 

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Cads Vs Dads - Ou o feitiço das mulheres

por Olympus Mons, em 06.11.13

 

 

 

 

Muitos vos dirão que Dad é o produto do neolítico que levou ao domínio dos homens Dad após 50,000 anos de subalternização perante os Cads e por consequência o início da civilização humana.  Eu digo-vos antes que é o resultado do feitiço das mulheres :Foi o truque feminino da oxitocina que originou a civilização humana. Ou pelo menos será o contributo menos reconhecido. 

 

 

 

 

 

  Humm, Cads e Dads. Este será o primeiro de alguns Posts sobre este assunto. Só não sei quantos.

 

Sou grande fã de Cochran & Harpending (The 10,000 Year Explosion: How Civilization Accelerated Human Evolution) que defendem que os ultimos 10,000 anos, desde o desenvolvimento da agricultura,  provocaram um conjunto muito maior de adaptações genéticas para lidar com as alterações ao modo de vida do que hoje em dia ainda se diz.

 

Mas que é isto dos cads Vs Dads?

 

 Antes da revolução do neolítico (10,000 anos), ou seja da sedentarização da espécie pela agricultura, as sociedades penderiam ora para sociedades Cad (pai) ou para sociedades Cad (pulha). Nem vou contestar a pertinência da classificação mas é o que é, e ela deriva da classificação dada pelos antropologistas nos seus estudos das sociedades primitivas. Ora encontravam sociedades (poucas) com um pendor Dad ( Pai - elevado investimento parental) ou eram sociedades Cad (pulha – Marcadas por um reduzido investimento parental).  Os pigmeus (cujos homens passam 60% do seu tempo com os filhos ao colo)  e os bosquímanos (bushmans- os tais do filme os deuses devem estar loucos) são sociedades Dad e os Yonomani da amazonia e as tribos da papua nova-Guiné sendo Cads.

Mas estes são povos isolados. Com toda a admixture de ADN que ocorreu durante milénios nas migrações indo-europeias (essencialmente nestas) carregamos os genes, ou a capacidade de expressão genética, de uns e de outros. Mas nessa expressão uns são Cads (essencialmente) e outros são Dads (essencialmente) no modo como se exprimem os seus genes, os seus SNPS e alelos. - Uns são a expressão genética do paleolítico (cads) outros são a expressão genética do Neolitico (Dad).

Do ponto de vista das relações humanas muito se alterou: A vivência Cad, de elevada testosterona e vasopresina provocada pela excessiva vivência em grupo de homens do paleolítico, deu lugar à agricultura e ao cansaço masculino (Cad não se cansa… 80% do intake calórico é trazido pelas mulheres que trabalham de sol a sol) e permitiu às mulheres (algumas?) encher os homens de Oxitocina (que as mulheres são verdadeiras fábricas). Houve um momento, historicamente pivot em que figurativamente o homem se deixou abraçar pela mulher junto ao fogo na presença do filho recém-nascido... e essa explosão de oxitocina  criou o Dad moderno e gerou a família.  A oxitocina feminina criou laços entre o elemento masculino, ela própria e os filhos que só são criados pela Oxitocina. Este é o feitiço das mulheres. Os laços pair-bonding que a oxitocina cria inclui os filhos e a necessidade que aquele sente de estar junto dos elementos com essa quase inquebrável relação – Família. Só a agricultura trouxe distância entre os homens suficiente para que a oxitocina pudesse fazer o seu feitiço feminino pois homem é testosterona sendo que esta tem uma característica – Destrói a oxitocina!

Até à idade do bronze (3000 AC) houve esta prevalência das sociedades Dad, foi o primado das aldeias isoladas, pequenos redutos de pessoas onde todos se conheciam, onde todos cooperavam, sem deixar de estar centrados na família. Acredito que muitas das definições ancestrais de paraíso, do Eden, vem desta altura (para quem é direita), tanto como o imaginário do Eden, para quem é Cad vem do vivência do paleolítico.  Mas as populações humanas cresceram e dispersaram-se e ai entrou o outro lado da Oxitocina: Conjuntamente com a importância dos meus também se iniciou a competição com os outros  (Oxitocina não gosta do outsider) e competição é coisa que necessita da testosterona para vencer. Durante milénios assim foi (desde a idade do ferro). E são milénios em que as mulheres viveram esta contradição entre a necessidade de ter o investimento paternal e ao mesmo tempo não permitir que morra todo o espírito competitivo masculino de forma a ganhar mais recursos para a sua prole. Assim, cad somos todos sendo só necessário adicionar os nossos níveis de testosterona e colocar-nos em dinâmicas de grupos de homens. Mas alguns de nós estamos geneticamente expressos, por adaptação ao neolítico acredito eu, para ser mais sensíveis à oxitocina.

 

Assim, desde a idade do bronze que estas duas psicologias masculinas têm estado em competição e é aquilo que se designa a história da humanidade. Mas se olharmos com atenção o factor ao qual menos relevância se tem dado é à actuação das mulheres, quer como mães a sensibilizar a prole à Oxitocina quer ao intake desta nos compostos hormonais dos homens à sua volta.

 

Mas isto dos Cads e Dads dá para vários posts e talvez valha a pena elaborar um pouco mais.

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