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barradeferro

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Constitutional verbosity and social trust

Abstract

A common argument in the trust literature is that high-trust cultures allow efficient commercial contracts to be shorter, covering fewer contingencies. We take this idea to the topic of social contracts. Specifically, we ask whether social trust affects the length and detail of constitutions. Cross-country estimates suggest that national trust levels are indeed robustly and negatively associated with the length of countries’ constitutions.

Christian Bjørnskov e  Stefan Voigt

 

Constitutional design and economic performance

Abstract

This paper is motivated by the belief that some cultural traits favor economic performance more than others. One trait examined is the ease with which individuals in a community drift away from the spirit of the law for their own benefit; this, it is argued, generates verbose legislation and high-transaction-cost institutions with deleterious effects on economic performance. An empirical comparison between the number of articles in a country's constitution, as a proxy for length and lack of simplicity, and economic performance as measured by GDP per capita finds that no country with a high GDP per capita has a long constitution or, restated, that long constitutions are invariably associated with low levels of GDP per capita.

Alvaro A. Montenegro

 

 

Não gosto de conversa da treta.

 

Sendo fã de HBD (High biologic diversity) e da maravilha que é haver humanos com tantas características e fenótipos diferentes, estava a falar com um amigo sobre variações entre raças e ele repetia sempre que podia a conversa de Lewontin: Esta sendo que há mais diferenças genéticas entre duas pessoas da mesma raça do que entre raças diferentes (distribuição da variação genética). Na verdade 85% das diferenças ocorrem entre pessoas da mesma raça.

Após algumas explicações mais científicas ele só percebeu quanto eu lhe expliquei da seguinte forma:

Do meu lado esquerdo estão 2 Pitbulls e do meu lado direito estão 2 caniches. Na verdade existe uma maior diferença genética entre os dois pitbulls do que entre cada um dos dois cães de raça diferente! Por isso podes ter a conversa que quiseres sentado desse lado. Mas quando eu te disser para passares para trás de mim, podes ter a certeza que vais passar pelo lado dos caniches e não pelo lado onde estão os Pitbulls!

Penso que ele entendeu!

 

Nota: seja altura, cor da pele, etc, todos estes traits humanos são controlados por 1, 2, 5 genes não mais que isso (ou seja um numero muito pequeno). Por isso as diferenças (quantitativas) nos genes são irrelevantes.

 

18 Ago, 2014

Não sou só eu...!

 

 

Sempre considerei que não tinha nada a conversar com a Joana Amaral Dias. Mas enganei-me.

Finalmente consegui ler a entrevista que deu ao Jornal I.  (http://www.ionline.pt/artigos/portugal/entrevista-joana-amaral-dias-esta-dividir-ps-uma-questao-emocional).

 

 

Quais são as principais diferenças, na sua estruturação psicológica, entre pessoas de direita e de esquerda?

As pessoas de esquerda e direita têm personalidade, cognição e emoções diferentes. São em grande parte essas características que determinam as formas de ver o mundo. Aquilo que nós sabemos sobre o cérebro é que a sua parte que convencionamos chamar racional, que na realidade não existe dessa forma, tem uma função extremamente reduzida e um poder bastante diminuto. O trabalho de António Damásio é sobre essa relação e demonstra que, mesmo quando as decisões são estritamente racionais, se a nível cerebral existe uma lesão em que a parte emocional do cérebro não está a funcionar bem, essas decisões estritamente racionais ficam comprometidas. Negar que as pessoas constroem perspectivas do mundo, e consequentemente visões políticas, em primeiro lugar porque são pessoas e têm uma personalidade com determinadas formas de cognição e emoções, penso que é negar a condição humana. A civilização pode ter mudado, mas se calhar não somos tão diferentes dos seres humanos da "Ilíada" ou da "Odisseia".

 

 

 

Não concordarei totalmente com o modo como coloca a questão (..extremamente reduzida e um poder bastante diminuto) mas globalmente concordo.

 

Outro factor que ela parece desconhecer é que essas diferenças cognitivas são essencialmente genéticas (onde foi ela buscar essa dos 18 meses?!). Ou que existem diferenças físicas no cérebro de ambos os fenótipos, diferenças endocrinologicas , etc,etc. Ou seja a divergência é bem mais profunda do que aquilo que ela parece antecipar… mas ok. Talvez ela investigue.

 

 

Ou se ela passar por aqui aconselho urgente a leitura do mais recente trabalho sobre esta questão: Differences in negativity bias underlie variations in political ideology

http://www.psych.nyu.edu/vanbavel/lab/documents/Jost.etal.2014.BBS.pdf 

 

Ficam algumas questões de fora, mas é um resumo brilhante daquilo que hoje em dia se sabe…!

 

 

 

Não é novidade de que gosto “disto”!

Este novo estudo de Daniel Gómez-Sánchez (PLoS ONE 9(8): e105105. doi:10.1371/journal.pone.0105105) vem mostrar que existia uma diversidade enorme de DNA mitocondrial (pelo menos deste) no tempo do Neolítico e que não se pode assumir uma continuidade ibérica na disseminação da Cultura e genes Bell beaker (que eu adoro) pela europa fora porque existe essa aparente descontinuidade ou falta de homogeneidade genética no Mtdna (mitocondrial DNA).

Os Bell Beaker tinham uma componente muito acentuada de haplogrupo mtdna H (as Helenas) que não se encontram por exemplo nas amostras de DNA das caves de El Matador no norte de Espanha nas amostras de há 4.5 mil anos atrás. A punchline do estudo é que não é assim tão simples falar da disseminação a partir da península ibérica dos bell Beaker…. ao que muitos estão a chamar a atenção imediatamente para as amostras de NPO (neolithic Porttugal)! – Mais de 50% do DNA é H!

Olhem para a imagem acima e mais ao menos a meio para o lado direito encontram NPO (Neolithic Portugal) com uma percentagem de mtdna H brutal! Se e marca dos bell beaker (BBC… do lado esquerdo) era a marca genética das Helenas (haplogrupo H .. e já agora dos R1b) então o que muitos estão a notar é que estes realmente partiram de Portugal (do estuário do Tejo) e foram seguindo uma rota junto ao mar, pais basco, Aquitânia, Britanny , e ilhas britânicas (… ou o percruso dos R1b) não tendo necessariamente de ter ido logo para este, para o resto da península ibérica. Sim Mtdna H, Y-R1b e a cultura dos Bell beakers… Tudo a partir de Portugal.

 

O grande mistério continua por isso a ser quem eram as Helenas e como é que os R1b aqui (aqui é Portugal!) apareceram. Se o seu ponto de origem é no Mar cáspio, mar negro… como aparecem subitamente há 6-7 mil anos atrás em Portugal e como é que a partir de aqui se tornaram a linhagem genética dominante na Europa Ocidental e EUA!