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barradeferro

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Primeiro vamos clarificar o que é, geneticamente, qualquer europeu. Os europeus estão geneticamente, como demonstrado por Fst (fixation índex),  muito perto uns dos outros. Raramente acima de 0.05 (somos todos geneticamente muito parecidos e misturados).  

 

Na Verdade Europeu é tudo o que vai de Russos até gregos. Puxamos os romenos mais para dentro e estão dentro do saco. Sim, Turco está mesmo do outro lado… lá para o fundo.

 

Novamente se nota um cluster interno europeu com os Portugueses, Espanhóis e Itália do norte e, ao lado, com o pessoal da Toscânia (Itália) mesmo colados a nós (e a Itália do sul lá para o outro lado).  

 

Os Franceses fazem a ponte dos ibéricos e NIT (north Italians) para os CEU

O pessoal do centro oeste da europa junta-se num cluster Ceu (Utah Whites) que congrega em britânicos, alemães, Suecos, dinamarqueses Balcãs, etc.  

 

Pode-se dizer que o Bielorussos fazem ponte entre os CEU e o pessoal mais a norte, como os finlandeses, lituanos e russos.

 

Os gregos estão fazem ponte um outro grupo que também é europeu, os Judeus askanazim, Sefarditas e até os judeus marroquinos. No meio desses estão os italianos do sul (Sicília, etc).

Os cipriotas fazem a ponte para o médio Oriente.

 

Depois temos os extremos: Os chuvash da Rússia nos urais (geneticamente completamente fora do baralho) e os bascos do outro lado (mas até bem perto dos portugueses) e no fim, também fora baralho e lá para os quartos dos fundos isolados estão os Sardos (sardenha)

 

Claro que os sub cluster europeus que acima falei colocam o Fst a rondar os 0.01... É quase como se fossem todos primos. Quase, porque por exemplo os suecos ou os Noruegueses são mesmo todos primos uns dos outros.

 

 

 

 

 

Lideres mundiais que já não o serão dentro de muito pouco tempo, alguns deles, sendo dos mais implicados nestes processo mas em vias de abandonar os cargos (como Obama, após não ter feito nada relativo ao assunto em mãos) vão chegar começar a chegar a paris nas próximas horas e dias.

 

Vêm para prometer grandes cortes nas emissões de Co2.  Armados de siglas como INDC (Intended Nationally Determined Contribution ) e 20-20 policies prometem grandes cortes na emissões de CO2 até 2025 ou 2030. Grandes volumes, quase 33gt de CO2 (wow)… 33gt é muita coisa. No entanto, feitas as continhas, estas promessas extremamente difíceis de cumprir vão impedir o aquecimento global na módica quantia de…. 0.2C. Sim, estão a ler bem, dito seja por Lomborg (0.17C) seja pelo MIT no Energy and Climate Outlook (0.20C). tudo isto impede o aquecimento em 1/5 de grau!

Assim, para que se atinga em 2100 um aumento de 2.7C (pelos cálculos da nações unidas) só falta o resto.  O resto é multiplicar isto que vai ser acordado em Paris por …. 100! Sim, 100 vezes mais.

Ou seja 3000 gt de CO2 cortados. Isto são os cálculos das nações unidas (UNFCCC).

 

 

Na verdade vão-se juntar todos para falar de transferências de biliões dos orçamentos de uns estados para outros mais pobres, vai-se falar de impostos de taxas para suportar essa transferência de capital de umas regiões do planeta para outras, os ex países emergentes que agora deverão ser utilizadores pagadores vão roer a corda o máximo que conseguirem, os habituais pedinchas vão exigir biliões em nome da justiça climática.

 

Por mim acho ótimo tudo o que seja alicerçar o desenvolvimento de energias alternativas que não seja subsidiando, algo que toda a gente já concorda que não será a solução.

 

Naturalmente quem tem espirito de funcionário publico (que muitos funcionários públicos não têm) gosta é desta conversa, desta confabulação das taxas, subsídios e impostos. A verdadeira solução ficará a cargo de empreendedores, como sempre, que continuam na persecução de formas mesmo baratas de produzir energias alternativas.  Mas esses não são para aqui chamados. 

 

Como dizia o outro ontem: vão estar 40,000 em Paris? Na convenção no Texas sobre novas formas de extração de combustível fóssil estiveram há dias 105.000!

 

 

Vai hoje tomar posse o  XXI Governo constitucional, mas provavelmente o I governo constitucional do novo regime.  Este novo regime emana do mesmo quadro constitucional, logo não havendo uma rutura normativa (pelo menos não ainda) mas claramente sendo um novo regime do ponto de vista descritivo.

 

Não sendo nada de dramaticamente diferente significa que somente se governa em Portugal tendo uma maioria na assembleia da república. A perda dessa maioria significa o fim do governo. Foi esta a opção do PS (e não só de António Costa) e será este o novo regime. Mas que fique claro. Essa alteração descritiva do regime significa: 

a. Que o XXI governo tem toda a legitimidade, conferida e emanando da assembleia da república e unicamente provinda desse órgão. Não existe realmente uma política previamente sufragada pelo povo português mas ainda assim legitima porque o povo português elege deputados e não deu maioria clara a um dos projetos político

 

b. Que este governo cairá em todo e qualquer momento se não for suficiente a maioria parlamentar que o suporta. Ou seja, se suceder que o país, não o PS ou o Governo, necessite da aprovação em assembleia da república de um determinado documento pode e deve ter a aprovação do PSD e do CDS-PP… mediante a natural apresentação do pedido de demissão do governo ao presidente da república.

 

 

c. Que devem as elites do país começar o debate relativo às necessárias alterações constitucionais que tentem promover e facilitar a ocorrência de maiorias absolutas em Portugal. O regime anteriormente vigente, nascido do 25 de Novembro de 1975, tinha essa convenção de normalização pelo arco da governabilidade para permitir o governabilidade, mesmo que relativa, de minorias na assembleia. Com o fim dessa convenção novos mecanismos de garante da governabilidade mínima devem ser analisados.

 

Boa sorte ao XXI governo constitucional e ao I governo do regime nascido a 10 de Novembro. Fica uma frase desse dia:

 "Quem hoje votar pelo derrube do Governo legítimo não tem legitimidade para mais tarde vir reclamar sentido de responsabilidade..”

 

 

A esquerda não consegue antecipar perigos. Faze-lo é gerar expected outcomes de forma inata e claramente isso não é natural a quem é de esquerda. Esta para, olha para o que está à sua volta e decifra inconformidades. São coisas diferentes, são processos cognitivos que seguem caminhos neuronais (pathways) bastante dissimilares quando não antagonistas. Ou és carne ou és peixe.

 

A europa tem um problema (sempre teve) no que concerne ao seu futuro: Chama-se esquerda. Tem uma vantagem em relação ao seu presente: Chama-se Esquerda (sim, não é erro). Agora que tem outro ainda, se fosse possível gostaria de explicar este novo perigo (ou problema) às pessoas de esquerda para que não achem que quando “lá chegarem” logo resolvem o assunto...

 

A europa tem um problema com o Islão (a seguir noutro post falarei sobre o problema com os islamitas). A europa é secular (eu sou) porque ao longo dos anos foi (relativamente) fácil ver-se livre da intromissão da religão nos “affairs” terrenos. As religiões cristãs são demasiado esotéricas e abstratamente entretidas consigo próprias e com os seus cânones para verdadeiramente se intrometer na gestão diária dos seus seguidores. Não é o caso do Islão. O islão é normativo. Descreve em demasiado detalho o "que é" e  o que "tem de ser". Tudo no islão é moralidade normativa e pouco é moralidade (ou realidade) descritiva. A moralidade descritiva é sinal de maturidade (normativa vs descritiva tenho um post algures). A Moralidade normativa é o sinal da idade média. 

É tanto mais funcional uma sociedade ou grupo de pessoas quanto mais “normas” descritivas (que não são lei!) houver e que guiem e encopassem a vida das pessoas. São as tradições e convenções, sim e porque não muitas vezes até preconceitos, que a esquerda detesta e desafia a toda a hora sem verdadeiramente ter noção das consequências. São as coisas que as pessoas “saibam” que deve ser assim (dando espaço à ligeira discordância visto a penalização ser meramente a proscrição da imagem no grupo) e não coisas que as pessoas tenham necessariamente que cumprir sob ameaça de severas penalizações no contexto do “norm violation” puro e duro.

Quando a esquerda (ou o Islão mesmo sendo estes conservadores) destrói um cânone ocidental (mesmo que preconceito) abre a porta a praticas diferentes e multiculturais que curiosamente nunca são relativas ou particularmente adaptaveis.

 Alguém gostou da inquisição? – Pois o Islão aponta sempre para a excomunhão, para o apostata, para a conversão ou penalização severa. E estas punições estão perfeitamente, longa e deliciosamente descritas em detalhe de como e quando devem ser aplicadas. Escravidão de mulheres e crianças, concubinato forçado, decapitações e afins estão perfeitamente enquadradas e justificadas. Basta ler o livro,” the Damm book they read all the time”.  No islão não há não praticante… como não há vegetarianos não praticantes.

 

O islão descreve em detalhe o “como tem que ser” e quando assim acontece não há muita manobra para se relativizar como por exemplo na religião crista. Para o islão o inimigo não é o Cristão… é o Agnóstico e o ateu. A europa e feita de seculares, de agnósticos e ateus. Estes tem duas hipóteses. Ou se convertem (mesmo que seja ao Cristianismo) ou a morte. O Cristão só tem que se submeter, aceitar a superioridade do Islão e …. Pagar a coima, o jizya. -  Estão a ver o que é ter uma minoria a viver na europa, na europa rica, que acha que tem todo o direito do mundo e o direito divino (e tem de acordo com a sua religião) de pedir a todos os cristãos que lhes paguem um subsídio, um rendimento mínimo garantido? É pior do que ter uma mesma minoria (comunistas) que acharam que tinham todo o direito do mundo aos recursos e propriedade de terceiros em nome da igualdade. Estes novos engenheiros sociais acham que tem todos esses mesmos direitos porque assim está escrito numa panóplia enorme de normas que regem a vida de todos no mundo chamado de Corão.

 

E nada é deixado verdadeiramente ao acaso. Os muçulmanos não são pessoas que nascem “más”. Não são seres humanos distintos dos outros, ansiosos por matar inocentes. Se lhes perguntarem, na esmagadora maioria (como em qualquer lugar) irão sentir o desconforto e a dissonância cognitiva que resulta de atos que por norma os humanos tem como inerente à sua natureza ser avessos (ex. matar).

Mas perguntem-lhes por essa europa se…. Querem a implementação da sharia (?) – Não, essa é enganadora (pese embora fiquemos sempre surpreendidos) perguntem sim se um muçulmano devia viver sob a égide do Corão (que descreve ao detalhe essa vivencia), perguntem se concordam que quem não é praticante de religião é infidel, Perguntem se deve existir um califado e perguntem se não é o dever sagrado (baya’a) de qualquer muçulmano ajudar a implementar o novo califado (o oitavo) e jurar-lhe obediência acima de tudo o resto, perguntem se todo o mundo não deve em algum ponto no futuro estar sob dominio do islão e… não existirá a mínima hipótese de ele dizer que não.  Coitado nem saberá como responder para não se entalar. E por muito boa pessoa que ele seja, este é o veiculo da sua vivencia na terra e quando tiver que ser não terá outra hipótese que não seja aderir aos comandos que receber.

Não há vegetarianos não praticantes. E o esforço de não chamar Estado Islâmico mas sim Daesh é exatamente pelo facto de assim que houver um califado (estado islâmico) os muçulmanos ainda mais obrigados à sharia estão (que não existe desde a queda final do império otomano). – O estado islâmico é como passar do comunismo como conceito para o comunismo após a revolução de 1917.

 

O mais parecido com o que estamos a viver na europa agora foi o imperialismo soviético e o islão deve ser analisado à mesma luz como o comunismo foi á luz kantiana e no contexto do Corão comunista redigido por Karl Marx. O islão, na parte que nos concerne, não é uma religião é um projeto de vida.

 

Simples, simples é perceber que o problema da europa com o islão é igual ao problema que a europa teve com o comunismo soviético.

E hoje em dia há comunistas que no essencial são meramente religiosos... o que resta saber, como no caso dos jihadistas, é como se vão comportar no dia em existirem grupos armados para novamente implementar revoluções finais do proletariado. Convém lembrar que até há muito pouco tempo os "terroristas" das FARC eram convidados às festas do Avante. - Pois é!

 

 

 

Pese embora ainda não tenha tido tempo de escrever sobre o problema europeu com o Islão, o problema com os islamitas (que é diferente) e com os terroristas (que já escrevi) convém ir notando algumas coisas. Uma das mais importantes é que embora a sociedade Belga em geral, com a sua obtusidade e interoceptividade típica não interprete e abalize a sua multiculturalidade, os mais conservadores … e nada mais conservador que os militares, mantém uma impressionante homogeneidade europeia. As forças armamadas Belgas são compostas quase exclusivamente por belgas de ancestralidade europeia.

Como é óbvio isso cria muita urticaria a certos grupos e nenhum é mais de esquerda que o da sociologia. Isto a propósito naturalmente das operações antiterroristas na Bélgica e por exemplo deste estudo de Janeiro deste ano que incita a corrigir esse grave erro na sociedade Belga. Essencialmente a introdução de mais elementos da população muçulmana nas forças armadas e policiais. Claro que esse é o caminho!

 

 

Ethnic diversity in the Belgian armed forces

http://www.researchgate.net/publication/264881952_Ethnic_diversity_in_the_Belgian_armed_forces

 

 

Numa altura em que falamos da formação de governos “da esquerda” em Portugal tenho pena que não faça parte da cultura geral algumas “obviedades”. Uma das mais importantes foi-nos dada precisamente por van Prooijen (post anterior relativo a Political Extremism Predicts Belief in Conspiracy Theories). Nunca me esqueço que ele confirmou uma das pérolas que associamos à esquerda:

Mais no passado, verdade, mas ainda acontece hoje dia, muitas vezes o debate entre esquerda e direita acaba no “sim, sim, todos iguais … mas todos pobres”. E sempre que se observa esses debates, a seguir á asserção que a igualdade leva á pobreza generalizada, se reparem … a esquerda remete-se ao silêncio ou diz algo para mudar o assunto.
Ao longo do tempo a Direita acabou por considerar que esse argumento estava ganho. Acontece que não é esse o caso. Não. É que para alguém de esquerda é mesmo mil preferível serem todos pobres desde que iguais do que menos pobres mas mais desiguais. Não há duvida que dentro dos testes de SVO (social value Orientation) existe uma clivagem entre os Proselfs e os Prosocials, sendo que qualquer relação politica feita leva ao óbvio. Proselfs são predominantemente de Direita e Prosocials são de esquerda.


Um estudo de van Prooijen de 2012, demonstra precisamente o que refiro acima.
Este estudo dele mostra que a esquerda valoriza tanto, mas tanto, a igualdade e que promovem a igualdade a um tal nível que é valida mesmo que esta signifique Injustiça para todos (…even when equality implies injustice for all). Isto na extrema-esquerda é patológico!


Injustice for All or Just for Me? Social Value Orientation Predicts Responses to Own Versus Other’s Procedures

In two experiments, the authors investigated how differences in social value orientation predict evaluations of procedures that were accorded to self and others. Proselfs versus prosocials were either granted or denied an opportunity to voice an opinion in a decision-making process and witnessed how someone else was either granted or denied such an opportunity. Consistent with the hypothesis, procedural evaluations of both proselfs and prosocials were influenced by own procedure when other was granted voice, but only proselfs were influenced by own procedure when other was denied voice. These findings were particularly attributable to prosocials’ tendency to evaluate a situation where no-voice procedures are applied consistently between persons more positively than proselfs. It is concluded that proselfs are focused on procedural justice and injustice for self more than prosocials, whereas prosocials value equality in procedures more than proselfs—even when equality implies injustice for all.

 

 

 

No shit, Sherlocks!

 

 

 Muitas pessoas se esquecem, ou não gostam de lembrar, que a extrema-esquerda é igual à extrema-direita. O facto de em Portugal a extrema-direita praticamente não existir e a extrema-esquerda ser de uma total ubiquidade não muda em nada esse facto. O bloco de esquerda é em tudo semelhante à frente nacional Francesa.

E isto não é tanga.

Os dois (na verdade os 3 mas não digo qual o terceiro) partilham características comuns. Exemplos:

 

Primeiro: o extremismo político (de ambos os espectros!) está correlacionado com teorias da conspiração.  E nem vale a pena perder tempo aqui. São exatamente iguais. está aqui :Political Extremism Predicts Belief in Conspiracy Theories,  de Proojjen et al.

 

Segundo:  de um lado e de outro está perfeitamente correlacionado com emoções negativas (não hão de ser esganiçadas as meninas) e outgroup Derogation – não são é os mesmo grupos. Se perguntar a alguém de extrema-direita sobre grupo de imigrantes verá que as posições relativas a esse grupo são hostis e se perguntar a alguém de esquerda são amistosas… mas agora pergunte a alguém de extrema esquerda sobre grupos da sua própria sociedades como por exemplo católicos, empresários, banqueiros e as reações são exatamente as mesmas que os de direita tem em relação a por exemplo imigrantes ou homossexuais.  Somente decorre que um é derrogatório para com grupos que ofendam o status quo (tradições, cânones, etc) como é o caso de imigrantes e o outro contra grupos que defendam esse status quo. Mas a reação é exatamente a mesma.

 

Terceiro:  A cura. Peçam à catarina e ao jerónimo que lhe expliquem mecanicamente (ver post sobre a diferença entre pensamento mecânico e pensamento nomological) como é que “então fariam”. Simples.

Não é que elenquem razões para se justificar ou justificar as suas politicas, ou como abaixo alerta, enumerate reasons for their policy preferences. É mesmo dizer passo a passo como fariam, ou seja o desmontar daquilo que é conhecido como Mechanism thinking vs  Nomological network.

 

Um exemplo de um estudo que aborda esta temática (hoje dia há centenas) …

 

Political Extremism Is Supported by an Illusion of Understanding

 Abstract

People often hold extreme political attitudes about complex policies. We hypothesized that people typically know less about such policies than they think they do (the illusion of explanatory depth) and that polarized attitudes are enabled by simplistic causal models. Asking people to explain policies in detail both undermined the illusion of explanatory depth and led to attitudes that were more moderate (Experiments 1 and 2). Although these effects occurred when people were asked to generate a mechanistic explanation, they did not occur when people were instead asked to enumerate reasons for their policy preferences (Experiment 2). Finally, generating mechanistic explanations reduced donations to relevant political advocacy groups (Experiment 3). The evidence suggests that people’s mistaken sense that they understand the causal processes underlying policies contributes to political polarization.

 

 Simples não é?   Pois, mas isto dava poucos conteúdos para televisão, jornais e blogs… logo vamos lá abusar do nomological que isso é que dá boa televisão.

Ok. Mas por favor entendam que uma coisa é boa televisão outra e governar ou tomar decisões seja de que ordem for.

 

 

 

Sabem porque quando um deputado do Bloco de esquerda é espancado por um cigano (passa a ter memória episódica) muda o seu discurso e passa a pedir atuações e choice behaviour que apelam as consequências do tal evento que lhe ficou marcado na memória?

Pela razão oposta que faz com que a esquerda não tenha medo do regresso da troika. Não lhes doeu verdadeiramente (pelo menos fisicamente). Mas eu explico.

 

Existe alguma falta de interpretação sobre os eventos políticos da nossa parte. Sempre que alguém de inclinação politica mais à direita fala ou escreve na média fá-lo sempre com referência a consequências futuras nefastas. Não resulta. Não quando se fala com alguém de esquerda.

Ou é, naturalmente, algo simples de elaborar e fácil de discernir ou então está a falar para o boneco. Achar que um Galamba, ou uma isabel Moreira, ou Catarina Martins, ou Francisco lousã ou até, aparentemente, um António Costa (não, este é diferente) vai ficar impressionado com o expected outcome da conversa de destratado orçamental é uma pura perca de tempo.

 

Não é falta de inteligência (obvio) falta de sentido de responsabilidade ou inconsciência (menos óbvio), ou até loucura (já depende da definição). É só que não são esses os mecanismos e processos cognitivos preferenciais e inerentes a quem é de esquerda. Só isso. Também não entro num plenário do PC e acho que os vou convencer das virtudes do capitalismo. E se não o faço então por que razão o grande argumento que nós fazemos é para pessoas que tem as preferências cognitivas semelhantes? Para nos convencer ainda mais? - Pode fazer sentido desde que seja para cerrarmos fileiras.

 

No cérebro, os mecanismos de choice behaviour são grandemente influenciados por a Amygdala, Orbifrontal e Insula. Quem lê os meus posts anteriores sabe que se associa (eu acima de todos os outros) a direita à AOV (Amydala-Orbifrontal- VMPFC) e a esquerda à IAD (Insula-ACC-Dlpfc). 

Neste contexto da ameaça e incerteza da austeridade a insula não deve contribuir muito. Visto que contribui somente  com estados internos do corpo (homeostáticos) e memória futura desses estados internos. Ora, se a austeridade não tiver criado, frio, fome, dor então não está registada como memória episódica (autorreferencial) não elícita grandemente a Insula e não conta para este rosário de antecipação de consequências nefastas as escolhas.  

 

Já a amygdala (que as pessoas de direita têm maior) é responsável por nos processos de choice behaviour trazer tanto a memória declarativa (lembrar o que aconteceu no passado) assim como o RMC (Reward Mediate conditioning)  que é o “se voltas a cometer este erro vai doer” e assim  juntar as pontas para levar as coisas a um bom porto num  “appropriate action-outcome associations” que deverá promover o expected outcome bom (positivo). Não quer dizer que seja sempre assim, quer sim dizer que por norma acontece aquilo (expected outcome).

Não é por mero acaso que em situações de incerteza se vota à direita.

 O que acabei de explicar é exatamente a razão por que assim acontece. Em situações de incerteza, que os humanos detestam, a amygdala acende como um pirilampo para resolver o problema… Se fores de direita. De esquerda só se o teu rabo estiver diretamente em risco. Caso contrário vais filosofar para o DLPFC e ACC. 

Assim. Conversas do papão do regresso da troika só fariam sentido se o povo português (pelo menos o de esquerda) tivesse passado fome, frio, doenças (temperatura corpo) etc. , e convenhamos, 7% de contração do PIB não é suficiente para deixar verdadeiramente marcas. Tinha que ser algo a rondar os 50% da saída de Portugal do euro.

 

Assim, querem livrar-se da esquerda durante longos e bons anos? – Esqueçam o Costa, ponham o Jerónimo em São Bento!

 

18 Nov, 2015

Bascos e Sardos!

 

Aliás, no seguimento do post anterior será óbvio que tinha que me referir agora à Sardenha. No Post anterior é, no PCA superior direito, aquela mancha roxa do lado esquerdo.  Nesta imagem ao lado é a mancha azul. Tal como quando nos referimos aos Bascos estavamos a falar de gentes de “outro planeta” relativo à Espanha, também quando falamos da Sardenha estamos a falar … do "tal planeta" à parte.

 

Que tem em comum? Sardos e Bascos são a mais fiel representação genética dos agricultores do neolítico, pessoal do levante que trouxe a agricultura para a europa. Os sardos ainda mais EEF puros, Early Eastern Farmers, do que os próprios Bascos porque os bascos sofreram mais alguma admixture resultante das invasões dos povos do norte da europa. E essa marca lá ficou. Mas seja como for a componente de genes que ambos possuem muito similares aos genes dos agricultores do Neolitico (10-5 mil anos atrás) é muito elevada (genes autossomas, que tanto o pai como a mãe passam à descendência).

 

 

 

Porém, uma diferença grande entre os Sardos e os Bascos é que os primeiros mantêm uma percentagem grande de linhagem patriarcal (Y-dna) do haplogrupo genético I2*/I2a do norte do Cáucaso (como os Bósnios e Croatas) e é o local da europa ocidental com a maior percentagem de homens da linhagem genética masculina verdadeiramente associada aos agricultores do neolítico … o haplogrupo G2A. Os bascos são quase todos da linhagem patriarcal R1b (sitio em todo o mundo com maior percentagem, cerca de 90%) o que é estranhíssimo e um dos maiores mistérios atuais da pré-história. Como é que estes são a representação genética dos agricultores EEF e na verdade não possuem a descendência masculina destes (mas sim dos outros misteriosos R1b que também não se sabe como é que sendo do caucaso  subitamente aparecerem aqui (europa ocidental) e eliminam praticamente todas as outras linhagens masculinas (tanto dos caçodores colectores como dos EEF).

Mas qual é o segundo sitio em toda a europa com maior percentagem de G2a? - A Cantábria, em espanha, que é mesmo colada ao pais basco! Os R1b substituiram totalmente os G2a no Pais Basco mas não na Cantabria. aliás percentagem também relativamente elevada em Portugal (6%), sendo 13% em Évora (13%) por onde provavelmente os EEF entraram em Portugal (entre os rios) e na Guarda  (10%) visto que hoje em dia é nas regioes montanhosas de toda a europa onde se encontram as maiores percentagens deste haplogrupo genético (alpes, Tirol, serra da estrela...). É para onde fogem os acossados, certo?.

Não é por mero acaso que Otzi, o homem de 5000 anos, tinha uma flecha enfiada no ombro e foi morto por uma pancada na cabeça...

Curiosidades…

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