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I - Portugueses… (primeiro os europeus atuais)

por Olympus Mons, em 30.11.15

 

Primeiro vamos clarificar o que é, geneticamente, qualquer europeu. Os europeus estão geneticamente, como demonstrado por Fst (fixation índex),  muito perto uns dos outros. Raramente acima de 0.05 (somos todos geneticamente muito parecidos e misturados).  

 

Na Verdade Europeu é tudo o que vai de Russos até gregos. Puxamos os romenos mais para dentro e estão dentro do saco. Sim, Turco está mesmo do outro lado… lá para o fundo.

 

Novamente se nota um cluster interno europeu com os Portugueses, Espanhóis e Itália do norte e, ao lado, com o pessoal da Toscânia (Itália) mesmo colados a nós (e a Itália do sul lá para o outro lado).  

 

Os Franceses fazem a ponte dos ibéricos e NIT (north Italians) para os CEU

O pessoal do centro oeste da europa junta-se num cluster Ceu (Utah Whites) que congrega em britânicos, alemães, Suecos, dinamarqueses Balcãs, etc.  

 

Pode-se dizer que o Bielorussos fazem ponte entre os CEU e o pessoal mais a norte, como os finlandeses, lituanos e russos.

 

Os gregos estão fazem ponte um outro grupo que também é europeu, os Judeus askanazim, Sefarditas e até os judeus marroquinos. No meio desses estão os italianos do sul (Sicília, etc).

Os cipriotas fazem a ponte para o médio Oriente.

 

Depois temos os extremos: Os chuvash da Rússia nos urais (geneticamente completamente fora do baralho) e os bascos do outro lado (mas até bem perto dos portugueses) e no fim, também fora baralho e lá para os quartos dos fundos isolados estão os Sardos (sardenha)

 

Claro que os sub cluster europeus que acima falei colocam o Fst a rondar os 0.01... É quase como se fossem todos primos. Quase, porque por exemplo os suecos ou os Noruegueses são mesmo todos primos uns dos outros.

 

 

 

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COP 21 – Paris (Alterações Climáticas)

por Olympus Mons, em 29.11.15

 

 

Lideres mundiais que já não o serão dentro de muito pouco tempo, alguns deles, sendo dos mais implicados nestes processo mas em vias de abandonar os cargos (como Obama, após não ter feito nada relativo ao assunto em mãos) vão chegar começar a chegar a paris nas próximas horas e dias.

 

Vêm para prometer grandes cortes nas emissões de Co2.  Armados de siglas como INDC (Intended Nationally Determined Contribution ) e 20-20 policies prometem grandes cortes na emissões de CO2 até 2025 ou 2030. Grandes volumes, quase 33gt de CO2 (wow)… 33gt é muita coisa. No entanto, feitas as continhas, estas promessas extremamente difíceis de cumprir vão impedir o aquecimento global na módica quantia de…. 0.2C. Sim, estão a ler bem, dito seja por Lomborg (0.17C) seja pelo MIT no Energy and Climate Outlook (0.20C). tudo isto impede o aquecimento em 1/5 de grau!

Assim, para que se atinga em 2100 um aumento de 2.7C (pelos cálculos da nações unidas) só falta o resto.  O resto é multiplicar isto que vai ser acordado em Paris por …. 100! Sim, 100 vezes mais.

Ou seja 3000 gt de CO2 cortados. Isto são os cálculos das nações unidas (UNFCCC).

 

 

Na verdade vão-se juntar todos para falar de transferências de biliões dos orçamentos de uns estados para outros mais pobres, vai-se falar de impostos de taxas para suportar essa transferência de capital de umas regiões do planeta para outras, os ex países emergentes que agora deverão ser utilizadores pagadores vão roer a corda o máximo que conseguirem, os habituais pedinchas vão exigir biliões em nome da justiça climática.

 

Por mim acho ótimo tudo o que seja alicerçar o desenvolvimento de energias alternativas que não seja subsidiando, algo que toda a gente já concorda que não será a solução.

 

Naturalmente quem tem espirito de funcionário publico (que muitos funcionários públicos não têm) gosta é desta conversa, desta confabulação das taxas, subsídios e impostos. A verdadeira solução ficará a cargo de empreendedores, como sempre, que continuam na persecução de formas mesmo baratas de produzir energias alternativas.  Mas esses não são para aqui chamados. 

 

Como dizia o outro ontem: vão estar 40,000 em Paris? Na convenção no Texas sobre novas formas de extração de combustível fóssil estiveram há dias 105.000!

 

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Portugueses...

por Olympus Mons, em 26.11.15

 

E pronto. isto são os portugueses genéticamente (autosomal) . Quem consegue descrever o que esta imagem mostra?

 

 

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I governo constitucional do novo regime

por Olympus Mons, em 26.11.15

 

Vai hoje tomar posse o  XXI Governo constitucional, mas provavelmente o I governo constitucional do novo regime.  Este novo regime emana do mesmo quadro constitucional, logo não havendo uma rutura normativa (pelo menos não ainda) mas claramente sendo um novo regime do ponto de vista descritivo.

 

Não sendo nada de dramaticamente diferente significa que somente se governa em Portugal tendo uma maioria na assembleia da república. A perda dessa maioria significa o fim do governo. Foi esta a opção do PS (e não só de António Costa) e será este o novo regime. Mas que fique claro. Essa alteração descritiva do regime significa: 

a. Que o XXI governo tem toda a legitimidade, conferida e emanando da assembleia da república e unicamente provinda desse órgão. Não existe realmente uma política previamente sufragada pelo povo português mas ainda assim legitima porque o povo português elege deputados e não deu maioria clara a um dos projetos político

 

b. Que este governo cairá em todo e qualquer momento se não for suficiente a maioria parlamentar que o suporta. Ou seja, se suceder que o país, não o PS ou o Governo, necessite da aprovação em assembleia da república de um determinado documento pode e deve ter a aprovação do PSD e do CDS-PP… mediante a natural apresentação do pedido de demissão do governo ao presidente da república.

 

 

c. Que devem as elites do país começar o debate relativo às necessárias alterações constitucionais que tentem promover e facilitar a ocorrência de maiorias absolutas em Portugal. O regime anteriormente vigente, nascido do 25 de Novembro de 1975, tinha essa convenção de normalização pelo arco da governabilidade para permitir o governabilidade, mesmo que relativa, de minorias na assembleia. Com o fim dessa convenção novos mecanismos de garante da governabilidade mínima devem ser analisados.

 

Boa sorte ao XXI governo constitucional e ao I governo do regime nascido a 10 de Novembro. Fica uma frase desse dia:

 "Quem hoje votar pelo derrube do Governo legítimo não tem legitimidade para mais tarde vir reclamar sentido de responsabilidade..”

 

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Problema da Europa com o Islão…

por Olympus Mons, em 24.11.15

 

A esquerda não consegue antecipar perigos. Faze-lo é gerar expected outcomes de forma inata e claramente isso não é natural a quem é de esquerda. Esta para, olha para o que está à sua volta e decifra inconformidades. São coisas diferentes, são processos cognitivos que seguem caminhos neuronais (pathways) bastante dissimilares quando não antagonistas. Ou és carne ou és peixe.

 

A europa tem um problema (sempre teve) no que concerne ao seu futuro: Chama-se esquerda. Tem uma vantagem em relação ao seu presente: Chama-se Esquerda (sim, não é erro). Agora que tem outro ainda, se fosse possível gostaria de explicar este novo perigo (ou problema) às pessoas de esquerda para que não achem que quando “lá chegarem” logo resolvem o assunto...

 

A europa tem um problema com o Islão (a seguir noutro post falarei sobre o problema com os islamitas). A europa é secular (eu sou) porque ao longo dos anos foi (relativamente) fácil ver-se livre da intromissão da religão nos “affairs” terrenos. As religiões cristãs são demasiado esotéricas e abstratamente entretidas consigo próprias e com os seus cânones para verdadeiramente se intrometer na gestão diária dos seus seguidores. Não é o caso do Islão. O islão é normativo. Descreve em demasiado detalho o "que é" e  o que "tem de ser". Tudo no islão é moralidade normativa e pouco é moralidade (ou realidade) descritiva. A moralidade descritiva é sinal de maturidade (normativa vs descritiva tenho um post algures). A Moralidade normativa é o sinal da idade média. 

É tanto mais funcional uma sociedade ou grupo de pessoas quanto mais “normas” descritivas (que não são lei!) houver e que guiem e encopassem a vida das pessoas. São as tradições e convenções, sim e porque não muitas vezes até preconceitos, que a esquerda detesta e desafia a toda a hora sem verdadeiramente ter noção das consequências. São as coisas que as pessoas “saibam” que deve ser assim (dando espaço à ligeira discordância visto a penalização ser meramente a proscrição da imagem no grupo) e não coisas que as pessoas tenham necessariamente que cumprir sob ameaça de severas penalizações no contexto do “norm violation” puro e duro.

Quando a esquerda (ou o Islão mesmo sendo estes conservadores) destrói um cânone ocidental (mesmo que preconceito) abre a porta a praticas diferentes e multiculturais que curiosamente nunca são relativas ou particularmente adaptaveis.

 Alguém gostou da inquisição? – Pois o Islão aponta sempre para a excomunhão, para o apostata, para a conversão ou penalização severa. E estas punições estão perfeitamente, longa e deliciosamente descritas em detalhe de como e quando devem ser aplicadas. Escravidão de mulheres e crianças, concubinato forçado, decapitações e afins estão perfeitamente enquadradas e justificadas. Basta ler o livro,” the Damm book they read all the time”.  No islão não há não praticante… como não há vegetarianos não praticantes.

 

O islão descreve em detalhe o “como tem que ser” e quando assim acontece não há muita manobra para se relativizar como por exemplo na religião crista. Para o islão o inimigo não é o Cristão… é o Agnóstico e o ateu. A europa e feita de seculares, de agnósticos e ateus. Estes tem duas hipóteses. Ou se convertem (mesmo que seja ao Cristianismo) ou a morte. O Cristão só tem que se submeter, aceitar a superioridade do Islão e …. Pagar a coima, o jizya. -  Estão a ver o que é ter uma minoria a viver na europa, na europa rica, que acha que tem todo o direito do mundo e o direito divino (e tem de acordo com a sua religião) de pedir a todos os cristãos que lhes paguem um subsídio, um rendimento mínimo garantido? É pior do que ter uma mesma minoria (comunistas) que acharam que tinham todo o direito do mundo aos recursos e propriedade de terceiros em nome da igualdade. Estes novos engenheiros sociais acham que tem todos esses mesmos direitos porque assim está escrito numa panóplia enorme de normas que regem a vida de todos no mundo chamado de Corão.

 

E nada é deixado verdadeiramente ao acaso. Os muçulmanos não são pessoas que nascem “más”. Não são seres humanos distintos dos outros, ansiosos por matar inocentes. Se lhes perguntarem, na esmagadora maioria (como em qualquer lugar) irão sentir o desconforto e a dissonância cognitiva que resulta de atos que por norma os humanos tem como inerente à sua natureza ser avessos (ex. matar).

Mas perguntem-lhes por essa europa se…. Querem a implementação da sharia (?) – Não, essa é enganadora (pese embora fiquemos sempre surpreendidos) perguntem sim se um muçulmano devia viver sob a égide do Corão (que descreve ao detalhe essa vivencia), perguntem se concordam que quem não é praticante de religião é infidel, Perguntem se deve existir um califado e perguntem se não é o dever sagrado (baya’a) de qualquer muçulmano ajudar a implementar o novo califado (o oitavo) e jurar-lhe obediência acima de tudo o resto, perguntem se todo o mundo não deve em algum ponto no futuro estar sob dominio do islão e… não existirá a mínima hipótese de ele dizer que não.  Coitado nem saberá como responder para não se entalar. E por muito boa pessoa que ele seja, este é o veiculo da sua vivencia na terra e quando tiver que ser não terá outra hipótese que não seja aderir aos comandos que receber.

Não há vegetarianos não praticantes. E o esforço de não chamar Estado Islâmico mas sim Daesh é exatamente pelo facto de assim que houver um califado (estado islâmico) os muçulmanos ainda mais obrigados à sharia estão (que não existe desde a queda final do império otomano). – O estado islâmico é como passar do comunismo como conceito para o comunismo após a revolução de 1917.

 

O mais parecido com o que estamos a viver na europa agora foi o imperialismo soviético e o islão deve ser analisado à mesma luz como o comunismo foi á luz kantiana e no contexto do Corão comunista redigido por Karl Marx. O islão, na parte que nos concerne, não é uma religião é um projeto de vida.

 

Simples, simples é perceber que o problema da europa com o islão é igual ao problema que a europa teve com o comunismo soviético.

E hoje em dia há comunistas que no essencial são meramente religiosos... o que resta saber, como no caso dos jihadistas, é como se vão comportar no dia em existirem grupos armados para novamente implementar revoluções finais do proletariado. Convém lembrar que até há muito pouco tempo os "terroristas" das FARC eram convidados às festas do Avante. - Pois é!

 

 

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Sociology of belgiuns

por Olympus Mons, em 23.11.15

 

Pese embora ainda não tenha tido tempo de escrever sobre o problema europeu com o Islão, o problema com os islamitas (que é diferente) e com os terroristas (que já escrevi) convém ir notando algumas coisas. Uma das mais importantes é que embora a sociedade Belga em geral, com a sua obtusidade e interoceptividade típica não interprete e abalize a sua multiculturalidade, os mais conservadores … e nada mais conservador que os militares, mantém uma impressionante homogeneidade europeia. As forças armamadas Belgas são compostas quase exclusivamente por belgas de ancestralidade europeia.

Como é óbvio isso cria muita urticaria a certos grupos e nenhum é mais de esquerda que o da sociologia. Isto a propósito naturalmente das operações antiterroristas na Bélgica e por exemplo deste estudo de Janeiro deste ano que incita a corrigir esse grave erro na sociedade Belga. Essencialmente a introdução de mais elementos da população muçulmana nas forças armadas e policiais. Claro que esse é o caminho!

 

 

Ethnic diversity in the Belgian armed forces

http://www.researchgate.net/publication/264881952_Ethnic_diversity_in_the_Belgian_armed_forces

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A Patologia do Igualitarismo

por Olympus Mons, em 20.11.15

 

 

Numa altura em que falamos da formação de governos “da esquerda” em Portugal tenho pena que não faça parte da cultura geral algumas “obviedades”. Uma das mais importantes foi-nos dada precisamente por van Prooijen (post anterior relativo a Political Extremism Predicts Belief in Conspiracy Theories). Nunca me esqueço que ele confirmou uma das pérolas que associamos à esquerda:

Mais no passado, verdade, mas ainda acontece hoje dia, muitas vezes o debate entre esquerda e direita acaba no “sim, sim, todos iguais … mas todos pobres”. E sempre que se observa esses debates, a seguir á asserção que a igualdade leva á pobreza generalizada, se reparem … a esquerda remete-se ao silêncio ou diz algo para mudar o assunto.
Ao longo do tempo a Direita acabou por considerar que esse argumento estava ganho. Acontece que não é esse o caso. Não. É que para alguém de esquerda é mesmo mil preferível serem todos pobres desde que iguais do que menos pobres mas mais desiguais. Não há duvida que dentro dos testes de SVO (social value Orientation) existe uma clivagem entre os Proselfs e os Prosocials, sendo que qualquer relação politica feita leva ao óbvio. Proselfs são predominantemente de Direita e Prosocials são de esquerda.


Um estudo de van Prooijen de 2012, demonstra precisamente o que refiro acima.
Este estudo dele mostra que a esquerda valoriza tanto, mas tanto, a igualdade e que promovem a igualdade a um tal nível que é valida mesmo que esta signifique Injustiça para todos (…even when equality implies injustice for all). Isto na extrema-esquerda é patológico!


Injustice for All or Just for Me? Social Value Orientation Predicts Responses to Own Versus Other’s Procedures

In two experiments, the authors investigated how differences in social value orientation predict evaluations of procedures that were accorded to self and others. Proselfs versus prosocials were either granted or denied an opportunity to voice an opinion in a decision-making process and witnessed how someone else was either granted or denied such an opportunity. Consistent with the hypothesis, procedural evaluations of both proselfs and prosocials were influenced by own procedure when other was granted voice, but only proselfs were influenced by own procedure when other was denied voice. These findings were particularly attributable to prosocials’ tendency to evaluate a situation where no-voice procedures are applied consistently between persons more positively than proselfs. It is concluded that proselfs are focused on procedural justice and injustice for self more than prosocials, whereas prosocials value equality in procedures more than proselfs—even when equality implies injustice for all.

 

 

 

No shit, Sherlocks!

 

 

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Porque os extremistas são todos iguais…

por Olympus Mons, em 19.11.15

 Muitas pessoas se esquecem, ou não gostam de lembrar, que a extrema-esquerda é igual à extrema-direita. O facto de em Portugal a extrema-direita praticamente não existir e a extrema-esquerda ser de uma total ubiquidade não muda em nada esse facto. O bloco de esquerda é em tudo semelhante à frente nacional Francesa.

E isto não é tanga.

Os dois (na verdade os 3 mas não digo qual o terceiro) partilham características comuns. Exemplos:

 

Primeiro: o extremismo político (de ambos os espectros!) está correlacionado com teorias da conspiração.  E nem vale a pena perder tempo aqui. São exatamente iguais. está aqui :Political Extremism Predicts Belief in Conspiracy Theories,  de Proojjen et al.

 

Segundo:  de um lado e de outro está perfeitamente correlacionado com emoções negativas (não hão de ser esganiçadas as meninas) e outgroup Derogation – não são é os mesmo grupos. Se perguntar a alguém de extrema-direita sobre grupo de imigrantes verá que as posições relativas a esse grupo são hostis e se perguntar a alguém de esquerda são amistosas… mas agora pergunte a alguém de extrema esquerda sobre grupos da sua própria sociedades como por exemplo católicos, empresários, banqueiros e as reações são exatamente as mesmas que os de direita tem em relação a por exemplo imigrantes ou homossexuais.  Somente decorre que um é derrogatório para com grupos que ofendam o status quo (tradições, cânones, etc) como é o caso de imigrantes e o outro contra grupos que defendam esse status quo. Mas a reação é exatamente a mesma.

 

Terceiro:  A cura. Peçam à catarina e ao jerónimo que lhe expliquem mecanicamente (ver post sobre a diferença entre pensamento mecânico e pensamento nomological) como é que “então fariam”. Simples.

Não é que elenquem razões para se justificar ou justificar as suas politicas, ou como abaixo alerta, enumerate reasons for their policy preferences. É mesmo dizer passo a passo como fariam, ou seja o desmontar daquilo que é conhecido como Mechanism thinking vs  Nomological network.

 

Um exemplo de um estudo que aborda esta temática (hoje dia há centenas) …

 

Political Extremism Is Supported by an Illusion of Understanding

 Abstract

People often hold extreme political attitudes about complex policies. We hypothesized that people typically know less about such policies than they think they do (the illusion of explanatory depth) and that polarized attitudes are enabled by simplistic causal models. Asking people to explain policies in detail both undermined the illusion of explanatory depth and led to attitudes that were more moderate (Experiments 1 and 2). Although these effects occurred when people were asked to generate a mechanistic explanation, they did not occur when people were instead asked to enumerate reasons for their policy preferences (Experiment 2). Finally, generating mechanistic explanations reduced donations to relevant political advocacy groups (Experiment 3). The evidence suggests that people’s mistaken sense that they understand the causal processes underlying policies contributes to political polarization.

 

 Simples não é?   Pois, mas isto dava poucos conteúdos para televisão, jornais e blogs… logo vamos lá abusar do nomological que isso é que dá boa televisão.

Ok. Mas por favor entendam que uma coisa é boa televisão outra e governar ou tomar decisões seja de que ordem for.

 

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Yuuppiii- O fim da austeridade

por Olympus Mons, em 19.11.15

 

 

Sabem porque quando um deputado do Bloco de esquerda é espancado por um cigano (passa a ter memória episódica) muda o seu discurso e passa a pedir atuações e choice behaviour que apelam as consequências do tal evento que lhe ficou marcado na memória?

Pela razão oposta que faz com que a esquerda não tenha medo do regresso da troika. Não lhes doeu verdadeiramente (pelo menos fisicamente). Mas eu explico.

 

Existe alguma falta de interpretação sobre os eventos políticos da nossa parte. Sempre que alguém de inclinação politica mais à direita fala ou escreve na média fá-lo sempre com referência a consequências futuras nefastas. Não resulta. Não quando se fala com alguém de esquerda.

Ou é, naturalmente, algo simples de elaborar e fácil de discernir ou então está a falar para o boneco. Achar que um Galamba, ou uma isabel Moreira, ou Catarina Martins, ou Francisco lousã ou até, aparentemente, um António Costa (não, este é diferente) vai ficar impressionado com o expected outcome da conversa de destratado orçamental é uma pura perca de tempo.

 

Não é falta de inteligência (obvio) falta de sentido de responsabilidade ou inconsciência (menos óbvio), ou até loucura (já depende da definição). É só que não são esses os mecanismos e processos cognitivos preferenciais e inerentes a quem é de esquerda. Só isso. Também não entro num plenário do PC e acho que os vou convencer das virtudes do capitalismo. E se não o faço então por que razão o grande argumento que nós fazemos é para pessoas que tem as preferências cognitivas semelhantes? Para nos convencer ainda mais? - Pode fazer sentido desde que seja para cerrarmos fileiras.

 

No cérebro, os mecanismos de choice behaviour são grandemente influenciados por a Amygdala, Orbifrontal e Insula. Quem lê os meus posts anteriores sabe que se associa (eu acima de todos os outros) a direita à AOV (Amydala-Orbifrontal- VMPFC) e a esquerda à IAD (Insula-ACC-Dlpfc). 

Neste contexto da ameaça e incerteza da austeridade a insula não deve contribuir muito. Visto que contribui somente  com estados internos do corpo (homeostáticos) e memória futura desses estados internos. Ora, se a austeridade não tiver criado, frio, fome, dor então não está registada como memória episódica (autorreferencial) não elícita grandemente a Insula e não conta para este rosário de antecipação de consequências nefastas as escolhas.  

 

Já a amygdala (que as pessoas de direita têm maior) é responsável por nos processos de choice behaviour trazer tanto a memória declarativa (lembrar o que aconteceu no passado) assim como o RMC (Reward Mediate conditioning)  que é o “se voltas a cometer este erro vai doer” e assim  juntar as pontas para levar as coisas a um bom porto num  “appropriate action-outcome associations” que deverá promover o expected outcome bom (positivo). Não quer dizer que seja sempre assim, quer sim dizer que por norma acontece aquilo (expected outcome).

Não é por mero acaso que em situações de incerteza se vota à direita.

 O que acabei de explicar é exatamente a razão por que assim acontece. Em situações de incerteza, que os humanos detestam, a amygdala acende como um pirilampo para resolver o problema… Se fores de direita. De esquerda só se o teu rabo estiver diretamente em risco. Caso contrário vais filosofar para o DLPFC e ACC. 

Assim. Conversas do papão do regresso da troika só fariam sentido se o povo português (pelo menos o de esquerda) tivesse passado fome, frio, doenças (temperatura corpo) etc. , e convenhamos, 7% de contração do PIB não é suficiente para deixar verdadeiramente marcas. Tinha que ser algo a rondar os 50% da saída de Portugal do euro.

 

Assim, querem livrar-se da esquerda durante longos e bons anos? – Esqueçam o Costa, ponham o Jerónimo em São Bento!

 

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Bascos e Sardos!

por Olympus Mons, em 18.11.15

 

Aliás, no seguimento do post anterior será óbvio que tinha que me referir agora à Sardenha. No Post anterior é, no PCA superior direito, aquela mancha roxa do lado esquerdo.  Nesta imagem ao lado é a mancha azul. Tal como quando nos referimos aos Bascos estavamos a falar de gentes de “outro planeta” relativo à Espanha, também quando falamos da Sardenha estamos a falar … do "tal planeta" à parte.

 

Que tem em comum? Sardos e Bascos são a mais fiel representação genética dos agricultores do neolítico, pessoal do levante que trouxe a agricultura para a europa. Os sardos ainda mais EEF puros, Early Eastern Farmers, do que os próprios Bascos porque os bascos sofreram mais alguma admixture resultante das invasões dos povos do norte da europa. E essa marca lá ficou. Mas seja como for a componente de genes que ambos possuem muito similares aos genes dos agricultores do Neolitico (10-5 mil anos atrás) é muito elevada (genes autossomas, que tanto o pai como a mãe passam à descendência).

 

 

 

Porém, uma diferença grande entre os Sardos e os Bascos é que os primeiros mantêm uma percentagem grande de linhagem patriarcal (Y-dna) do haplogrupo genético I2*/I2a do norte do Cáucaso (como os Bósnios e Croatas) e é o local da europa ocidental com a maior percentagem de homens da linhagem genética masculina verdadeiramente associada aos agricultores do neolítico … o haplogrupo G2A. Os bascos são quase todos da linhagem patriarcal R1b (sitio em todo o mundo com maior percentagem, cerca de 90%) o que é estranhíssimo e um dos maiores mistérios atuais da pré-história. Como é que estes são a representação genética dos agricultores EEF e na verdade não possuem a descendência masculina destes (mas sim dos outros misteriosos R1b que também não se sabe como é que sendo do caucaso  subitamente aparecerem aqui (europa ocidental) e eliminam praticamente todas as outras linhagens masculinas (tanto dos caçodores colectores como dos EEF).

Mas qual é o segundo sitio em toda a europa com maior percentagem de G2a? - A Cantábria, em espanha, que é mesmo colada ao pais basco! Os R1b substituiram totalmente os G2a no Pais Basco mas não na Cantabria. aliás percentagem também relativamente elevada em Portugal (6%), sendo 13% em Évora (13%) por onde provavelmente os EEF entraram em Portugal (entre os rios) e na Guarda  (10%) visto que hoje em dia é nas regioes montanhosas de toda a europa onde se encontram as maiores percentagens deste haplogrupo genético (alpes, Tirol, serra da estrela...). É para onde fogem os acossados, certo?.

Não é por mero acaso que Otzi, o homem de 5000 anos, tinha uma flecha enfiada no ombro e foi morto por uma pancada na cabeça...

Curiosidades…

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Gostava imenso de ter mais tempo para escrever um pouco mais sobre estas questões de genética populacional. Tanto a nível pré-histórico (Paleolítico, neolítico, idade do ferro, Bronze, etc.) como numa perspetiva inovadora sobre eventos históricos, estas análises estão a mudar a nossa visão do mundo.

Até para aliviar um bocado as temáticas abordadas nos últimos dias. Ok.

Escrevo isto porque tive a ler the Italian genome reflects the history of Europe and the Mediterranean basin  e na verdade a diferença, o fixation Index, entre um italiano do Norte e um italiano do sul é por exemplo maior que a diferença entre um Português e um alemão. Ou entre um irlandês e um alemão (ou pelo menos parte considerável da Alemanha).  Fst 0.0013 é igual ou maior que a maioria (mais de 50%) de todas as combinações entre os povos europeus.

 

Já escrevi no post (De Catalães a Bascos. Duas coisas bem diferentes) sobre a independência da Catalunha que estes não se diferenciam geneticamente em nada (ou quase) dos espanhóis de Madrid. Mas, na verdade num mundo de incertezas em que vivemos existiria no futuro hipoteticamente um “Pais” que seria composto por Portugal, Espanha e…. Norte de Itália. Aliás, existe em várias análises PCA (principal componente)  de genes e polimorfismos comuns que criam este cluster de pessoas.   

EthnicityGedrosiaSiberianNW_AfricSE_AsianAtlantic_MedNorth_Europ
Espanha6.000.503.250.2054.3521.95
Norte Italia5.760.282.800.2639.3624.61
Portugal6.330.216.240.2847.1422.28

 

EthnicityS_AsianE_AfricSW_AsianE_AsianCaucasusS_Saharan
Espanha0.200.055.200.007.750.60
Norte Italia0.060.395.440.2920.200.54
Portugal0.730.774.890.0910.580.46

 

Com estas percentagens de genes destes clusters geográficos, como apresentado no quadro acima, as analises de principal components criam um cluster de pessoas que são geneticamente “mais” parecidas. Assim haveria um país de pessoas geneticamente "mais próximas" composto pela peninsula ibérica e norte de itália (Pidmonte,lombardia,romangna, etc). Aliás como outros "paises" podem surgir noutras areas geográficas da europa.

Alias, nota-se em Portugal o numero elevado de genes do norte de Africa, que na verdade ninguem sabe se são antigos (paleolitico/neolitico) ou da invasão arabe sec. VII-X (só por si isto dava um post enorme). Sendo sempre esse o traço distintivo que uso mesmo sem ver a nacionalidade no 23andMe se é português (procuro cerca de 6% de genes do norte de Africa), assim como uso a percentagem de genes negros (S_Saharan) para saber se estamos perante um Portugues (0.5%) ou um Brasileiro  de origem portuguesa (3.5%).

Deste ponto em diante dava para escrever um livro....

 

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Gun Run Brrrt

por Olympus Mons, em 16.11.15

Gun Run Brrrt

Até pelo que escrevi no post anterior, sempre que oiço alguém a apelar à tolerância fico sem saber a quem se referem. Presumo que não aos que combatem pela ISIS. Por mim, numa altura destas só desejo aqueles que estão em Raqqa e arredores, um…: 

Feliz dia Gun Run Brrrt  daqui até ao inferno!

Sinceramente desejo àquela escumalha do ISIS que, agora mesmo e nos próximos tempos, oiçam de dia e de noite Brrrt,  Brrrt    Brrrt    Brrrt       Brrrt      Brrrt      Brrrt       Brrrt.

:-)

 

 

Update (17.11.2015) : Muitas pessoas não entenderão este post, por isso vou explicar. Bombardear com bombas inteligentes alvos do ISIS traduz-se numa morte de jihaistas em que estes nem vão perceber o que lhes aconteceu. Em momento algum tem noção do seu destino.

Coisa bem diferente é o Gun Run Brrrt de um A-10. São aviões de ataque ao solo que disparam 4500 balas de 30mm em menos de 1 minuto. É algo de estranho e nem se ouve propriamente os tiros. Aquilo que se ouve é algo como o barulho de uma ave qualquer de outro mundo, um brrrt brrrt que quase parece biológico.

Quem ouve o brrt brrt sabe que o inferno está para chegar. Quem olha e vê os dois reatores na cauda que quase parecem olhos enormes ou o plasma que se forma à frente do avião quando dispara e que parece um cuspir de fogo de um dragão sabe que o seu dia chegou.  Parece que, mesmo os Jihadistas que anseiam pelo paraíso, sentem verdadeiro pânico quando ouvem o brrt brrt antes do impacto plasmático da chuva de balas que viajam a velocidades alucinantes. É esse medo, semelhante ao de algumas das vitimas em paris que eu desejo sinceramente que eles sintam antes de irem para o inferno que os carregue (!).

 

Para quem se interesse:  https://www.youtube.com/watch?v=NvIJvPj_pjE

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Vamos deixar claro umas coisas:

 A europa tem um problema com o Islão. E também terá um problema com os islamitas que não é exatamente o mesmo que o anterior. E, depois, ainda por cima, tem um problema com a laia de filhos da mãe iguais aos que perpetraram os atos a que todos assistimos em Paris.

 

Mas desta vez vamos focar-nos nos últimos.

Eu sei que muita gente, ideologicamente mais perto de mim, tem muita dificuldade em aceitar o que eu digo a seguir. Somos muito sensíveis ao disgust e adeptos do ingroup e loyalty e em circunstâncias como estas em que somos atacados temos a tendência de começar a afiar as espadas e a entrar em lógicas de guerra.

 

Contudo temos que entender que estes animais em nada se distinguem dos outros animais no passado. Os animais que nos anos 60 até os finais dos anos 90 eram, primeiro de extrema-direita, depois de extrema-esquerda, separatistas e agora no novo milénio radicais islâmicos, sempre prontos a retificarem a sua autoestima do nível fossa séptica matando deliberadamente civis. É exatamente o mesmo perfil. Com sorte acabam traficantes ou bandidos em geral e por aí ficam até acabar a sua vida miserável.

 

Com azar, para nós todos, aderem a grupos radicais, lamentavelmente muitas vezes nas próprias prisões. No passado eram grupos com nomes como  Ordine Nuovo , Charles  Martel Group, IRA, Red Brigades;  Baader-Meinhof, Carlos the Jackal; Action directe, etc. em sítios como Itália, Grécia, Alemanha, Espanha e claro França.  Estes bostas sempre fizeram parte da história da europa, por isso é tão errado querer agora imputar a sua existência ao incremento de pessoas que professam o islão na europa. Esse é outro problema.

 

Da retórica social extrema a esta retórica Islamo-califada não vai grande diferença. Novamente o que está em questão é uma nova ordem, um novo amanhã, uma alteração completa da ordem estabelecida, tradicional, que não entende as agruras e sofrimento dos meninos… buh buh. Tal como os outros no passado recente a verdade é que estes energúmenos nem as tradições que pretendem ser os arautos de, conseguem verdadeiramente viver e respeitar. Nem os extremistas da esquerda queriam ser ou trabalhadores agrários ou operários industriais (mesmo que melhor pagos) nem estes bostas querem verdadeiramente viver a autenticidade das tradições dos seus pais e países de origem. Não é por mero acaso que nunca regressam aos paises de origem dos pais para lutar nas Jihads lá do sitio. Isso não lhes diz nada.  Assim como os de extrema-esquerda eram adolescente de classe média convertidos também estes o são, convertidos, após adolescências a mamarem copos e a “womaning”, ou pelo menos a tentar. Até no facto de arranjarem parceiros do sexo oposto dentro do círculo restrito de amigos que professam a mesma ideologia, ao invés de no meio de ondem dizem emanar e representar – Terrorista não casa com elementos da sua nacionalidade e origem como manda as tradições islâmicas mas sim com as irmãs e amigas dos outros convertidos, seja qual for a sua origem. São conhecidas os relatos de pessoas mais devotas ao islão a sua deceção por perceberem que os jihadistas europeus no médio oriente não cumprirem quase em nada os mais elementares cânones da religião (homossexualidade, pornografia, álcool, etc).

 

Também é conhecida, como no passado os de extrema-esquerda ou extrema-direita, o narcisismo latente. O implacável sentimento de querer fazer algo para ser notado e reconhecido. Se não houver ação em que estes se sintam protagonistas é sabido que os níveis da sua participação decrescem rapidamente. Não são chineses não com a tradicional paciência. Nem são os gedrósia (irão, Paquistão, Afeganistão) que afirmam que os ocidentais podem ser donos dos relógios mas eles são donos do tempo. Nada.  Estes só pensam em viver fábulas que são pagas e bem custosas, vivendo uma validação artificial das suas vidinhas tendo depois como contraparte o terem que executar actos como os de Paris.  Na verdade são só uns inúteis manipuláveis e cheios de Displacement.

 

Muitas vezes se diz que sofrem de alienação e Displacement, o que penso ser verdade.  Mas no sentido puramente freudiano - São baldes de esterco tão cheios de inveja e shadenfreud, tão cheios de frustração sexual tão repletos de complexos de inferioridade que não lhes restam na ausência de qualquer talento para a transformar em sublimação (como na arte) acabam por se transformar nestes agentes de morte e destruição na tentativa de ganhar alguma identidade.

 

Assim. Por favor não digam os nomes dos cães. Quero lá saber como se chamavam ou de quem eram filhos. São filhos da Puta e chega.

 

 

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Hit Reset!

por Olympus Mons, em 15.11.15

Homeland - Quinn tells it like it is.

 https://www.youtube.com/watch?v=vApBZlaePec

 

Este pedaço, este pequeno segmento de uma serie televisiva consegue fazer um resumo simples e conciso de toda situação com o DAESH no Iraque e Siria. O resto é conversa.

E a partir do minuto  1.47 ele diz tudo!

 

Sim, hit reset é a solução.  Mas para o Daesh.

E o ISIS, ou Daesh,  é uma coisa, o Islamismo outra, o Islão ainda outra, e a meia dúzia de lunáticos que praticou aqueles actos em Paris ainda outra bem mais prosaica e bem mais perto do que já conhecíamos. Mas isso é matéria mais extensa.

 

Update 15.11.2015 :  Parece que os franceses tambem concordam. Turn Raqqa into a parking lot... 

French aircraft have carried out strikes on the Syrian city of Raqqa, a stronghold of Islamic State militants, the defence ministry says. A command post and training camp were destroyed, a statement said.

 

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Parece que afinal vão todos pelo teu caminho...!

 

 

 

 

 

 

 

 

Após os atentados desta sexta feira passadas, 13 de Novembro, tenho estado a observar os comentários, tanto nos media como nos jornais online e blogs, a alusão à reação dos estados unidos e do mundo ocidental nem geral na sequência dos atentados do 11 de Setembro e posterior guerra no Iraque, como responsabilidade direta por estes actos de terrorismo na europa. Lá vem a conversa do Bush, do Blair e afins.

Não tem mal nenhum. Muito do que eu aqui escrevo é precisamente para elencar de exemplos em que na verdade podemos (mas não devemos) olhar para o esquerdismo (todo) como uma forma de impairment cognitivo (em nada relacionado com a inteligência). Por isso esta narrativa que fazem não tem mal nenhum. O mal é que ninguém lhes faça cair a ficha.

 

Aquilo que me aborrece é que ninguém responda imediatamente inquirindo-os se já repararam que quem faz atentados na europa não é nem Afegão (e existem muitos por aí), nem iraquiano (então não eram esses que se deviam vingar) ou até, sequer, palestiniano (!). Quem faz atentados são hispano-marroquinos (de primeira ou segunda geração), Brito-paquistaneses e na frança essencialmente magrebinos.  

 

Não lhes cai a ficha e pensar que se calhar a gravação que repetem incessantemente possa estar errada?

 

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13 de Novembro de 2015

por Olympus Mons, em 14.11.15

 

 

Estamos a enfrentar o Estado Islâmico ou o Islão?

 

 

Nem é assim tão difícil de descobrir. É só não confabular, o que em termos práticos significa calar a esquerda. A frança tem já quase 10% da sua população muçulmana, cerca de 5 milhões, basta ignorar tweets, opinion makers, líderes religiosos na europa, lideres políticos de países de maioria muçulmana e, em geral, estados de alma do momento…. E basta meramente ir perguntar a essa população o que acha dos atentados de ontem. Estes e outros. E não deve ser agora. Deve ser feito dentro de um ano. - Aquilo que depois de tratados os dados estatísticos dessa sondagem resultar será a resposta se enfrentamos o ISIS ou o Islão.

 

Também não interessará particularmente a resposta dos muçulmanos mais velhos que esses não fazem atentados. Tem que ir perguntar aos jovens entre os 16 e 35 anos o que eles pensam dos atentados.

 

E já que falamos da diferença entre grupos, visto que de acordo com os estudos da Pew Global que tenho lido (especialmente o de Julho de 2015), o receio mais acentuado do extremismo islâmicos nos seus países está grandemente enraizados nas pessoas mais velhas ou ideologicamente mais à direita (com diferenças de até 30pp) , convém também, já agora, perguntar aos franceses de idades entre os 18 e 30 anos e ideologicamente mais de esquerda se… e agora? já sentem o receio?

 

Este post terá continuidade... 11:21h

 E esta pergunta é importante. Porque logo a seguir aos atentados ao Charlie Hebdo e ao mercado Kosher, a opinião dos franceses em geral e em particular as de franceses de inclinação ideológica de esquerda aumentou de forma considerável. Por isso estes escalar não são um crescendo de resposta dos extremistas a um incremento por parte da sociedade francesa de islamofobia.

O que nos reserva o futuro?

O que fizermos dele, desde que se mantenha em mente que a diversidade cultural é tóxica e funciona de forma muito semelhante às células cancerígenas.

Por norma não referencio autores de direita, até porque em algumas das vertentes e áreas de investigação que aqui abordo nem existe outra espécie que não seja de esquerda. Seja Eric kaufmann, seja mesmo Jonathan Haidt ou Joshua green.  Nesta altura convém mencionar Robert D Putnan , que já mencionei no A REALIDADE É UMA “BITCH” (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/6497.html) .

Putnan é dos , se não o, mais influente sociologo politico vivo. Desde Obama até todo e qualquer instituto social, tem-no ou aos seus trabalhos como referência. 

Já agora, Putnan foi muito criticado por ter publicado dados em 2000 mas só em 2007 publicou as conclusões. Porquê? Porque os dados demonstravam que tudo que andava a ser publicado, todas as teorias e tangas esquerdoides do contact hypothesis  e da Conflict theory eram invalidadas pelos seus dados. Como tal fez aquilo que qualquer esquerdoide faz, porque pode e só eles o podem fazer sem perder completamente a reputação científica, escondeu dados.    Mas escrevia eu sobre os trabalhos da psicologia comunitárias que assentam muito sobre os trabalhos de Putnan:

 “….O problema é que todo o output desta disciplina vai no sentido contrário aos objectivos da própria disciplina. Desde os trabalhos de Steve Sailer até Robert Putnan todos, para espanto total das suas mentes politicamente correctas descobrem que não se consegue de todo ter o melhor dos dois mundos. Ou tens uma comunidade coesa ou tens uma comunidade diversificada.  Diversificar étnico-culturalmente determinada comunidade leva invariavelmente à redução da confiança (mesmo dentro de pessoas da mesma raça), do altruísmo, cooperação, etc.  – Agora até andam às voltas com modelos computorizados que invariavelmente retornam resultados perfeitamente óbvios:

 

These findings are sobering. Because homophily and proximity are so ingrained in the way humans interact, the models demonstrated that it was impossible to simultaneously foster diversity and cohesion “in all reasonably likely worlds.” In fact, the trends are so strong that no effective social policy could combat them, according to Neal. As he put it in a statement, “In essence, when it comes to neighborhood desegregation and social cohesion, you can't have your cake and eat it too.

 

Reparem, isto é escrito por pessoas que em Portugal votariam no Bloco de esquerda, se é que isso serve de referência para alguma coisa.

A minha pergunta inicial era se estávamos a enfrentar o ISIS ou o islão.  A nossa sobrevivência cultural depende da resposta. E é bom que não confabulem no momento de a ouvir (!). Se é que alguém vai verdadeiramente alguma vez fazer a pergunta.

 

Mas sobre Putnan não ficaremos por aqui.  Antes de "ler" a reposta à pergunta infra mencionada, temos que perceber o que Putnan nos diz com “Diversity and trust within communities “ - Mas isso fica para outro post.

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13.11.2015 ... horas antes dos atentados.

por Olympus Mons, em 14.11.15

 

MARINE LE PEN TOPS ANOTHER FRENCH PRESIDENCY POLL

 

 

The Front National party in France are moving one step closer to seriously challenging for the country’s presidency. A new opinion poll reveals that their leader, nationalist firebrand Marine Le Pen, has topped yet another poll ahead of the elections in 2017

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13.11.2015

por Olympus Mons, em 14.11.15

Paris - Não me parece que tenha terminado. Os avisos dos serviços secretos Britânicos indicavam concretamente ataques no reino unido. Não me surpreenderá se  este “fim-de-semana” não tiver acabado ainda…

 

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Último Update à grécia

por Olympus Mons, em 12.11.15

 

 

último update (12.11.2015) ao meu Post Grécia(http://barradeferro.blogs.sapo.pt/grecia-19251) de 13.1.2015

 

"Grécia está hoje paralisada devido à greve geral contra austeridade de Tsipras"

 

LOL!

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Narcissistas e narrativas

por Olympus Mons, em 11.11.15

 

24 horas depois de António costa e (mais importante ainda / sarc) 24 horas depois do meu post anterior em que no fim alertava para uma expectável alteração da narrativa politica dando esperança a quem ainda goste ou gostasse do anterior regime (aquele antes da golpada do António Costa) não é que se sabe que António Costa, em entrevista à revista Visão, afirma nem mais nem menos que isto:  

 

“"Não me passa pela cabeça que este ressabiamento nervoso que a direita apresenta neste momento não lhe passe ao fim de uns meses e que não passe a ter uma postura responsável."

 

Porque não lhe perguntam o óbvio?!. 

Mas, a que postura responsável se poderá estar a referir AC que não seja à sua pretensão de ter os partidos à esquerda a viabilizar a sua política social e à direita o PSD e ou CDS-PP a viabilizar quaisquer necessidades que surjam de aprovação na assembleia de tratados ou decretos que de forma alguma poderá esperar ter aprovação do BE e do PCP, ou quiçá e mais provável ainda de necessidades de ajustamentos às políticas económico-financeiras decorrentes de um choque Syrizico com a realidade?

 

Costa, depois de ter usurpado a possibilidade de António José Seguro concorrer às legislativas, depois de ter acedido ao poder mudando regras que eram intrínsecas à democracia nascida no 25 de Novembro… acha mesmo que está tão ungido de poderes especiais que irá conseguir fazer e nada mais legitimo do ponto de vista dele, ter o PSD e ou o CDS a garantir os restantes mecanismos que ele necessitará para governar e que ele já hoje em dia acha que a extrema-esquerda não lhe garantirá por mais do que alguns meses. Realmente só conheço outro personagem tão sofredor de perturbação narcisística da personalidade que acharia isto normal. Chama-se José Sócrates.

 

Update 11/11/2015: Agora aparecem vários tweets a dizer que foi isto que Mario Centeno acabou de dizer na entrevista à RTP..

No debate foi César, hoje Centeno confirma: o PS achava mesmo que levava o voto da coligação quando fosse fundamental. Ahahahahahahahah

ou

A vergonha não tem limites: Mário Centeno espera pelos votos do CDS e do PSD na aprovação das medidas com que estes concordem.

 

 Um grande e incomensurável .... What the FUCK!!!!

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Roleta...

por Olympus Mons, em 10.11.15

Ainda para concluir o meu post anterior faz sentido retirar mais este bocado do meu post http://barradeferro.blogs.sapo.pt/o-milagre-da-agregacao-16243, datado de 09.06.14:

 

"Assim se dá razão ao Marquis de Condorcet que avançou com a tal lei dos números grandes. Esta é a vantagem da democracia. Pese embora por vezes algo corra mal, se deixar a roleta ir rolando e deixar os well informed ir decidindo verdadeiramente o caminho,  acaba sempre por ir dar ao “expected value” do que é melhor para o povo em geral e que será tão melhor quantas mais vezes deixar a roleta rolar…"

 

Após 40 anos, António Costa, logo ele acima de todos, quer eliminar esse expected value e voltar a por o contador a zero.  Curioso...que ele bem avisou que o Syriza é que era bom. 

 

 

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Como já escrevi num post, em democracia é essencial que se deixe a ignorância (enquanto medida por PIQ – Political IQ) seguir a regra dos grandes números. Espalha-se pelo espectro político e anula-se. Não querendo ofender considero que a extrema-esquerda faz parte da ignorância dos ill informed -Essa foi a lição que o Tsipras e o Syriza nos deram (até pela rapidez com que “viraram” social democratas!).

 

 

 

Escrevi eu na altura em http://barradeferro.blogs.sapo.pt/o-milagre-da-agregacao-16243:

“E a ignorância é importante porque esta implica que se deixa que de forma não sistemática, sem erros sistemáticos (e isso é importante!), que os ignorantes se anulem. Em ciência política é assumido que as pessoas, o povo, não sabe por norma do que está a falar ou das variáveis intrínsecas das várias partes que compõem uma política. Logo pendem de forma algo aleatória (na minha opinião por favorecimento de uma determinada preferência cognitiva) para um lado ou para o outro. - Se deixarmos que isto aconteça, o que é conhecido como a lei de números grandes (law of large nunbers) implica que os 90% que votam e não percebem nada do assunto (ill informed-  e este nome é horrível para caracterizar quem tem mais que fazer da vida, qualquer que seja a razão, do que seguir fenómenos políticos) vão votar de forma a anular-se uns aos outros e serão os restantes 10% (mais ou menos) que ao tomar uma decisão decidem o futuro do país (os well informed).

O meu problema é que António Costa pode ter introduzido um erro sistémico de utilização a seu favor dos votos dos “Well Informed” visto ter utilizado uma insciência, um desconhecimento efetivo sobre os seus planos de agremiação de todas as forças políticas menos votadas, que perderam as eleições, para aceder ao poder e assim perverter um sentido geral de voto da população.

O “erro sistemático” foi assim introduzido quando costa utiliza os votos dos “well informed” (que não faziam mesmo a mínima ideia do que ele iria fazer, relembre-se o espanto geral nos dias subsequentes à eleição) para perverter a ordem (do centro ou centrão se preferir) e tomar o poder de assalto.

Explicando -  Num sistema politico nunca é de brincar com essa “população” dos well informed porque no fundo eles são os Xn da lei dos grandes números nesta equação. Após 40 anos de “observações” (era essa a tal tradição que tanto se falou), após X1 (eleição1), X2 (eleição2), X3 (eleição 4) eles representam o average das “observações” que deram acesso ao poder sendo assim o E(X) – ou seja o expected value da random variable que realmente importa dentro do referido sistema - quando se preverte isto, a equação tem um erro.

 

O que Costa fez, seja quais forem as consequências para o futuro, foi inserir um erro nesta equação e como tal não surpreenderá ninguém que ela se transforme em algo inútil. A partir de agora vamos criar observações da população para uma nova equação. E isto não deveria ser feito pelo maior perdedor da eleições. Isso é torna este momento politico ainda mais estranho. Permitir que alguem que acedeu ao poder do seu partido de uma forma, digamos, menos lisa e que a seguir a ter uma derrota estrondosa nas eleições do seu pais decide fazer uma alteração destas ao regime é, no minimo, de todo desaconselhavel para a saude da democracia.  

 

Para quem gostasse do anterior regime (que não era o meu caso) ainda há uma esperança.

Uma coisa é certa, este novo regime vai ser polarizado. E não me pareça que o perfil português se dê muito bem com estes extremos. E sendo assim vamos assistir, se tudo correr bem ao PS a uma tentativa muito mais rápido do que muitos considerarão possível nesta altura, de querer voltar à anterior ética descritiva do anterior regime ou estado politico (que já de si era do PS). A questão é se o PSD/CDS o farão devido à natureza mais carmática da direita em que que aquilo que ontem fizeste tem que corresponder a consequências hoje (boas e más). Vai ser interessante observar até que ponto a direita, se isto acontecer, cerra fileiras e faz os país esquerdista pagar o preço (e por consequência todo o país). Ou se por outro lado deixará o pragmatismo politico imperar e deixará voltar, pelo menos até certa medida, o antigo regime.

 

Caveat (alarme): Paulo Portas, Paulo Portas, Paulo Portas!!!

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Uma curiosidade.

                Nada na Catalunha, na minha forma de ver o mundo, justifica a intenção de independência destes. Não é porque num determinado momento na história a minha região detém mais recursos que a média do meu país que eu devo pedir a independência. Penso, verdadeiramente, ser esse o fator motivador preponderante na Catalunha. Nem a língua é assim tão diferente, nem a sua história (pode ser ignorância minha) nem a sua genética é em nada diferente do resto da Espanha, pelo menos da Espanha “Madrilena” . Nada.

 Dito isto se querem mesmo ser independentes basta que se estabeleça o preço a pagar e pronto. Sair do Euro e da União parece-me ser o preço ajustado para se justificar, pelo menos nos mínimos olímpicos (já não há pachorra para sangue), essa alteração das fronteiras de um país…

 

Olhando para o quadro abaixo, sobre cluster de genes em análise autosomal vemos que não existe praticamente diferença. O Fst populacional (um dia falamos nisto),  a diferença nos genes entre eles é mínima (deve ser algo como 0.0001) ou algo do género.

EthnicityGedrosiaSiberianNW_AfricanSE_AsianAtlantic_MedNorth_EuropeanS_AsianE_AfricanSW_Asian
Espanha6.000.503.250.2054.3521.950.200.055.20
Catalunha6.350.002.150.2547.3328.480.200.083.73
E_AsianCaucasusS_Saharan
0.007.750.60
0.0511.080.25

 

 

Ora, já se passarmos para os Bascos, ui, isso sim, já é uma história diferente. Os Bascos são mesmo, mesmo, um “país” à parte. Em qualquer análise PCA (principal componente) que se analise os genes dos Bascos eles aparecem sempre como um cluster à parte. Nem se juntam à Europa do Norte nem do Sul. 

 

Neste PCA são as mancha castanha avermelhada na parte central mais para baixo, por cima do Amarelo. Reparem como não possuem traços comuns ao admixture que encontramos nos outros povos da europa e do mundo.

 

 

 

 

 

 

 

 

EthnicityGedrosiaSiberianNW_AfricanSE_AsianAtlantic_MedNorth_EuropeanS_AsianE_African
País Basco8.700.000.000.0071.1020.300.000.00

 

SW_AsianE_AsianCaucasusS_Saharan
0.000.000.000.00
    

 

Os bascos nunca se misturaram com ninguém em 5 mil anos, a sua língua é a única língua europeia que não é PIE (proto indo europeia), mistério dos mistérios, são quase todos descendentes do R1B (tem quase todos esse polimorfismo nos genes) como linhagem de sangue patriarcal  (Y-DNA).

Não entendo como os bascos (espanhóis e franceses) não são um país independente, se o quiserem ser claro.

 

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Generational changing of the guard

por Olympus Mons, em 09.11.15

 

Abordo ligeiramente o tema do Generational changing of the guard  no post anterior.  Ou seja aquilo que é conhecido em política como o change of the guard. Em política é considerado sempre como um momento muito perigoso.

 Deixem-me por a questão assim: Já o disse. Acho os políticos pessoas, por norma, tão inteligentes que deixam que o “povo” os considere estúpidos ou de alguma forma seres diminuídos moralmente. Na verdade tudo o que o “povo” por norma considera maléfico é na verdade um pilar essencial ao “bem” que fazem ao mundo. Se não gostam do mundo político podem sempre optar pelo seu antidoto… o mundo em guerra.

Mas digo isto porque uma das acusações que o “povo” faz aos políticos é que são farinha do mesmo saco… sim, por favor que assim seja! Pleaaasssseeee! -- Ao longo da sua vida os políticos tem tendência a cruzar-se e, muitas vezes porque as instituições deliberadamente os forçam a viver no mesmo espaço, vão encontrando-se e cruzando momentos, escolas dos filhos, eventos sociais, etc. e é frequente criarem-se pontes, troca de número de telemóveis e festas de aniversários, que permitem que ao longo do tempo criem laços de comunicação cordial para haja espaço para que eles façam aquilo que é suposto um político fazer quando a distância programática não é demasiado separada – comunicar e procurar acordos.

 

Ora, quando existe este mudar da guarda é sempre um momento em que se perde alguma dessas cumplicidades e é o momento em que os regimes se permutam (quando não revoluções).  

Quem acreditar que o acordo entre o PS e o BE e PCP se baseia em novas cumplicidades então talvez tudo possa correr menos mal… quem acredita que é meramente o Costa e seus mais próximos acólitos a querer ir para o poder então…. Buckle up, buckaroo!.

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O novo regime

por Olympus Mons, em 09.11.15

 

 

Quando observo o panorama político ao dia de hoje tenho algumas asserções imediatas.

 Primeiro que à semelhança do que tem sucedido noutros países nos últimos anos a clivagem, o cisma, ente pessoas de esquerda e direita vai ser uma realidade marcante em Portugal durante muito tempo.

Portugal vivia uma benignidade resultante do combate ao período pós revolucionário em que o centro era o epicentro de toda a política em Portugal, permitindo por parte dos well informed a permutação de qual das duas forças politicas tinha conjunturalmente o poder, e essa era a nossa proteção contra a atuação dos ill informed . O PS desde ontem (e não só o António Costa) cravou uma nova realidade. Que fique claro que essa é a responsabilidade deles.

Quando em vários locais do mundo ocidental se regista um acréscimo brutal de desagravo e agressividade para com as forças políticas do outro lado do espectro politico se calhar era uma questão de tempo até o fenómeno chegar a Portugal. O problema é que quem por norma inicia estes processos (esquerda) parece sempre acabar por ficar surpreendido com a eternização dessa realidade para além do lhes convém. Caso típico é, como sempre, os EUA.

O valor de “warmth” para com a outra força politica (conservador vs Liberal, ou republicano vs democrata) sempre foi, mais ou menos, ameno e consistente até meio do mandato de Bush II onde começou a declinar de forma muito acentuada (lembrar das imagens de Bush Nazi, etc.). Quando Obama assumiu o controlo da administração americana passou, para as pessoas de esquerda, a “estar tudo bem” e tem sido com grande “apreensão” que repararam que afinal o dislike entre as forças politica afinal ainda se agudizou muito, mas muito, mais (passou de quase 40% para menos de 20%!). Para alguém de esquerda como é que é (era) possível que as pessoas de direita agora não vissem como estava tudo bem e era altura de todos adorarem o novo totem da esquerda. Mas que gente mais mal formada e mal-intencionada. Contudo esta nova realidade, hoje, é aceite como a nova normalidade nos EUA.

 

Em Portugal da segunda metade desta década ou és de esquerda ou és de direita. Não haverá partido (s) de charneira. Isto tudo implica que, muito provavelmente, em Portugal o arco da governação não voltará a governar sem maioria parlamentar e se tudo correr como nos outros países o CDS não voltará a ser opção para o PS se coligar ficando este sempre dependente de acordos com um conjunto de agremiações politicas à sua esquerda que do ponto de vista programático lhe são muito diferentes ou quiçá até alienígenas no conteúdo da praxis politica (onde está muito perto do PSD).  

Mas o mundo irá dar muitas voltas e, tão certo como o destino, quando lhe for conveniente o PS irá querer voltar ao velho regime (que é o seu e se nada mais é só irónico que seja ele a destrui-lo) e ficará profundamente ofendido e indignado que os partidos à sua direita sejam tão “irresponsáveis” que não coloquem os interesses da nação acima dos seus interesses partidários.  Ser socialista é ser suficientemente de esquerda para não perceber sequer o que o Karma é,  ser socialista é não perceber que para alguns, ou “outros”, aquilo que tens hoje nunca é desassociado do que fizeste ontem.

O problema é que nestes processos é depois muito difícil voltar a atrás. Em especial com essa variável em ação neste momento em Portugal que é em política sempre um momento muito perigoso: Generational changing of the guard.  Conhecido como a morte das amizades. Observem os young turks dos dois lados e vejam, como por norma, existe uma agressividade e desprezo latente na atitude.

 

 Quanto a António costa…hhummm, talvez seja melhor abordar o que ele fez num próximo post.

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Pessoas que eu gostava de ouvir mais...

por Olympus Mons, em 07.11.15

 

Uma delícia este senhor ontem na TVI a desmascarar (ligeiramente porque quis ser cordial) a Constança cunha e Sá, ao pedir-lhe que enunciasse onde o governo tinha ido muito longe no liberalismo económico e ela responde nas privatizações. Ao que ele respondeu que todas aquelas estavam no memorando do PS!

A expressão da CCS foi… impagável.

 

 

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 Tinha prometido fazer antes update ao post Nostradamus 3.0 mas não resisto antes em escrever o Nostradamus 3.5.

Isto a propósito das notícias de hoje de que o acordo da esquerda afinal contempla a manutenção da austeridade na plenitude do seu conteúdo …

 Tal como fui avisando em diversos comentários …

 

 

  ” o golpe de estado (sort of)" que a esquerda está a fazer ao país não é porque vai tomar o poder e governar à esquerda mas sim porque vai tomar o poder e governar sem grande distinção da direita!”

 

Fico sempre exasperado e algo desiludido quando observo a “direita” a não entender o que é a “esquerda” e nestas circunstâncias (Syriza, Democraty party, terceiras vias, etc) ficar à espera que a esquerda se comporte na real forma, matéria e teor, do seu discurso e narrativa.

 

 No mais vernáculo dos “Eh Pá!” só me resta fazer “facepalm”.

 

 Tal como tenho tentado alertar, isto significa que toda a conversa a que temos assistido nas ultimas semanas por parte de comentarista ideologicamente mais chegados à direita de como um governo de esquerda com o PS+BE+PCP/PEV advinha um descalabro económico e que dentro de pouco tempo cá teremos de volta os credores e a troika e inenarráveis catástrofes é o erro da direita. Esse menosprezar da esquerda, quase paternal, como se olhássemos para eles com um sorriso condescendente nos lábios.

 

Atenção (!):

Ser de esquerda é meramente uma preferência neurocognitiva, acentuada, pelos pathways dorsais () no neocortex em detrimento dos processos inerentes aos pathways ventrais. Quanto mais à esquerda a pessoa é mais isola os progressos cognitivos (Ventrais- amygdala, VMPFC e OFC) que são responsáveis por estados autorreferenciais e autobiográficos. No entanto sejas de esquerda, direita ou marciano quando o assunto deixa de ser uma narrativa abstrata e passa a ser um processo de decisões (decisition making) toda a gente, mas toda a gente, usa a parte ventral do cérebro e acaba por globalmente tomar as mesmas decisões (com um determinado grau de variância). Por isso se diz que a direita é egoísta (porque é sempre autorreferencial) e a esquerda é Hipócrita ( porque diz uma coisa mas depois faz outra).  Já há mais de 2 séculos que o pai da direita, Edmund Burke, nos assegurava que ser de direita não é uma filosofia (como é  a esquerda) é uma atitude de vida

 

“Conservatism is not so much a philosophy as an attitude, a constant force, performing a timeless function in the development of a free society, and corresponding to a deep and permanent requirement of human nature itself."[5]

 

Quando estes eventos surgem a direita tem que aprender a colocar o foco na hipocrisia (!) sendo que o evidenciar desta, o deixar claro ao publico o que a esquerda tem dito de forma programática sobre a realidade,   é a verdadeira arma e antidoto que a direita tem contra a esquerda.

Os dois artigos cujos links tenho no final deste post são emblemáticos. É que quando a esquerda não se comporta, nos processos de decisão, como os anormais irresponsáveis que parece indiciar o seu discurso ficamos, nós todos, muito irritados por afinal eles fazerem aquilo que nós desde o início dizíamos que tinha que ser feito e que nos era de todo impensável não ser dessa forma. Pategos!

  

http://observador.pt/opiniao/acabou-a-austeridade-reformados-vao-ter-aumento-de-18-euros/

 http://observador.pt/opiniao/a-minha-austeridade-e-melhor-do-que-a-tua/

 

Update 6/11/2015 : é disto que eu estou a falar.  I S T O. É assim que se faz:

Escreve num comentário um leitor do observador (Jorge Dinis).

O governo PSD/CDS, insensível, psicopata, fascista e mais não sei o quê, aumentou as pensões mínimas, sociais e rurais de 189€, 227€ e 246€ (em 2011) para respectivamente 201€, 241€ e 262€ (em 2015), um aumento anual médio de 3€, 3,5€ e 4€. Já o governo unido da esquerda (PS/BE/CDU) vai subir, respectivamente, estas pensões 0,3%, em 60 cêntimos, 72 cêntimos e 78 cêntimos. Assim se vêm o respeito pela dignidade dos que menos têm.

 

 

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Nostradamus 3.0

por Olympus Mons, em 02.11.15

Tsipras e Syriza passaram de Che a Willy Brandt em 6 meses! vamos ver estes.

 

 

*Só para ir fazendo updates ao longo dos próximos meses.

 

 

 

 

 

 

 

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