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barradeferro

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12 Nov, 2020

Spins e memes

 

O MUNDO DOS PATETAS

 

 


-Reagan ganhou a presidência porque tinha feito um acordo com os Iranianos para que os reféns não fossem libertados antes das eleições, que ganhou.

-George W Bush para muitos democratas não ganhou as eleições foi nomeado pelo supremo Tribunal (SCOTUS)  “selected, not elected”.

-Trump ganhou as eleições porque a América Masculina, Branca e acima de tudo Racista se uniu contra a progressista mulher Hillary Clinton. Racismo não passará!

Quer isto dizer que pelo menos há 40 anos que os democratas nos EUA não aceitam o resultado das eleições.  Daí que todos os presidentes Republicanos tenham sido alvo de caricatura que é imediatamente transformada em meme e disseminada pelo planeta.

Toda a estrutura de poder comunicacional que chega a Portugal, para dizer a verdade a toda a europa, começa nos think thanks em Washington (Brookings Institution, Center for American Progress, etc) que são de extrema esquerda (ou Liberals).  Estas organizações definem o spin e passam estas narrativas minutos depois para as redações do New York Times, Washington post, Associated Press and Reuters que por sua vez passam os memes/Spin para as BBC deste mundo que por sua vez definem na precisão os textos que são escritos nos media portugueses e são lidos pelos pivot nas TV portuguesas de forma no essencial acéfala e sem qualquer substrato crítico horas depois das instruções dos tais think Tanks.

No mundo de hoje, este processo está tão bem oleado que se concretiza em horas, não em dias!

A imprensa era uma “rede” horizontalizada no seu início e como todas as redes deixadas aos seus próprios mecanismos, como necessariamente é imposto pelas proteções todas que goza na liberdade de imprensa, vai aos poucos hierarquizando, cada vez mais, ficando com hierarquias cristalizadas e solidificadas (NYT, WasPos, AP, BBC, etc) até ao ponto de maturação. O Ponto de maturação de uma rede é o ponto em que os seus “nodes” (NYT, AP, etc) estão tão solidificados que qualquer ameaça, qualquer tentativa de criar novos nodes, é recebida com excessiva reação e até violência verbal. – Porque a verdade das redes é que têm toda a razão em ser paranoicas porque, estranhamente, basta a criação de um punhado de novos nodes para perderem imediatamente o seu poder e desmoronar.  

Dúvidam? Veja-se o poder do Twitter de um único homem-  Donald Trump.

 

Um dos factores a observar na polarização nos EUA será a dimensão das deserções de influenciadores Republicanos e Conservadores cedendo à pressão social que se vai seguir e que já se sente.

Um dos pontos relevante é que os Democratas e esquerdoides em geral nos EUA, procuram, melhor dizendo afligem-se, pelo silêncio de algumas das personalidades republicanas que, do ponto de vista deles, já deveriam estar a secundar o “can´t we get along now?”  

 Durante dias aproveitaram uma frase de James Baker para apontar que ele, que tinha liderado a equipa de Bush na contestação de Al Gore, não achava que as situações fossem iguais (óbvio que não: um era recontagem outra é averiguação de fraude).  É importante para a esquerda que 70% dos votantes em Trump considerem que as eleições não foram livres e justas. Chateia-os que nem toda a gente alinhe pelo Kayfabe deles...

Contudo mesmo Baker, seguindo as peugadas do mitch mcconnell, Lindsey Graham, Ted Cruz, etc – vem clarificar qual a posição dele. Na entrevista de hoje deixa claro coisas como:

“Sadly, Americans too often don’t get straight information from pollsters. When this is done knowingly or intentionally, it could be considered a form of voter suppression. For weeks this fall, Americans received a daily dispatch telling them that Donald Trump was facing a loss of near-historic proportions. At the same time, we were confidently assured that Democrats would take control of the Senate and add to their lead in the House. We were also assured that the pollsters had corrected their well-noted mistakes of 2016, when they predicted that Hillary Clinton would become the 45th president.”

James A. Baker III was U.S. secretary of state (1989-92) and treasury secretary (1985-88) led presidential campaigns for Gerald Ford, Ronald Reagan and George H.W. Bush.

Ah pois é. --  The roof is on fire, the Roof is on fire, Burn Mf....!

Passado o tempo mínimo de nojo… A indústria farmacêutica anuncia todos os sucessos do mundo na produção de uma vacina contra o Sars-covid19.

President Donald Trump has signed four executive orders aimed at cutting prescription drug prices in the US.”

  Uma coincidência, de certeza. Mas como dizia o outro, não acredito em conspirações, mas também não acredito em coincidências.

 

Mas nada disto é novo.  As coisas são como são e muito pouco se pode fazer em relação a isso. O que se pode fazer é garantir que funciona para os dois lados.
As pessoas de esquerda (liberals and democrats) acham que, “prontos, agora que chegámos ao poder vamos lá voltar ao respeitinho e calar a boca”. Mas não me parece que voluntariamente isso vá acontecer nos EUA com os republicanos. Biden não é Obama com toda a simbologia que isso tinha. E isso está a enganar os Democratas nos EUA. Basta ver como a imprensa está a “prop up” Biden como fez com Obama. Não é a mesma coisa e não vai resultar.

Daí que, mais do que a eleição do Trump ou Biden nesta altura tudo se prende com as eleições dos senadores da Georgia que vão decidir quem controla o senado. Os apoiantes de Trump não vao “ver a luz esquerdoide”  e anuir à  bondade e virtude da administração Biden.  Vao sim construir os seus próprios mecanismos de resistência.

E Uma das coisas que provavelmente irá acontecer se os Republicanos continuarem a controlar o Senado será uma comissão de inquérito às farmacêuticas relativo á divulgação de informação sobre uma vacina. Nem interessa se foi intencional ou material o timing, mas vão surgir “whistle blower” a dizer que propositadamente as farmacêuticas não revelaram a informação antes do dia das eleições como vingança por Donald Trump ter tornado os preços dos medicamentos nos EUA acessíveis a toda a gente e essencialmente aos mais pobres. Sim, que a esquerdalhada ignorou.

Penso que vai haver uma resistência real e efetiva nos EUA, calma, passiva mas viciosa, que vai culminar com a reeleição de um presidente Republicano, quiçá Donald Trump, dentro de 4 anos.

 

Ainda na senda do …oh, agora que estamos de volta ao poder: can’t we all get along?

Para memória futura. Tenho que tentar fazer vários posts antes das “clarificações”. É que ou muito me engano ou vai começar as exigências da “normalização” da vida politica e social Norte-Americana.

 Como tudo o que é de esquerda, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Não há princípios, há causas. Essa é a génese dos seus fascismos e totalitarismo.

Quero registrar (para poder ver depois se estava certo ou errado) antes das ocorrências. Como sabemos o nosso cérebro é muito enganador em hindsight.

O caso do Julgamento do General Flynn :
Nunca vi algo tao perto de um golpe institucional nos EUA como o caso do julgamento do quase conselheiro de Trump, General Flynn. A questão neste post não é o caso em si. - A questão é o comportamento dos democratas. Nas democracias, O poder executivo acusa, o poder Judicial julga. Não se pode ter o poder judicial a fazer as duas coisas. Algo que toda a gente concordará.

Ora, no dia em que o poder executivo decidiu que não iria acusar mais o General Flynn e pedia ao Juiz para o absolver e soltar, o Juiz em questão, Juiz Sullivan faz uma coisa inacreditável. – Recusa-se a deixar cair a acusação.  Deu-se ao luxo de fazer com que o Sistema judicial além de julgar também acusa(!).

Imediatamente a defesa do general recorre em urgência, e incrédula, para o tribunal de apelação e obviamente a decisão dos 3 juízes de serviço é dar ordem ao juiz  para cumprir de imediato com o pedido da defesa (levando o juiz uma descasca).
Como o Juiz sabe que na totalidade de juízes daquele tribunal (en bank) a maioria é democrata, pede uma decisão “en bank” (todos).  - Este tribunal en bank ao invés de manter a decisão dos 3 juízes anteriores e acabar com esta aberração refugia-se numa pequena “technicality” para não tomar a decisão antes das eleições americanas porque seria visto como a dar razão às queixas de Trump que o general tinha sido alvo de "entrapment” e mau comportamento do FBI.

A questão deste meu post é só esta: O Juiz Sullivan e os democratas ou não vão deixar sequer que este caso, este verdadeiro golpe de estado na democracia americana, suba ao Supremo tribunal porque no supremo os juízes, mesmo os juízes democratas, iriam dar uma sentença agressiva e cilindrar o Juiz Sullivan e os Juízes do tribunal de Apelação ou, por outro lado, aceitam o espancamento para que seja lavrada a decisão. -  É que, era só o que faltava agora que controlam o departamento de Justiça haja a veleidade de juizes republicanos (sim, há ferrenhos democrátas e ferrenhos Republicanos) recusar fechar casos pendentes que sejam altamente politicos e contra os Democratas. É aquela coisa da esquerda que eles podem, já os outros... Daí que o caso tenha que morrer rápido, rápido.

Eu prevejo que o caso voltará rapidamente ao tribunal do juiz Sullivan e, com um sorriso nos lábios, irá ditar a libertação do general Flynn.  

A imprensa não falou sobre o assunto, não houve gritos de revolta nem estados de alma ,pela saúde da democracia americana.

Agora que estão de volta ao poder: Oh, can’t we all get along?!

Muito do que está errado, aquilo que faz valas comuns futuras, passa por coisas como esta capa do expresso.

<== sim, aqui mesmo, começa a bolha, a tanga, a narrativa... O keyfabe dos próximos 4 anos.

Diz alí. "O centrista que perdeu a mulher, a filha, o filho, teve um aneurisma e não desisitiu" .... oh, tão fofinho. Devemos começar a idolatrar já ou é para esperar um pouco mais? 

 

 

Joe biden, não é o homem que cheira meninas de 14 anos, que agarra inapropriadamente mulheres, que tem acusações de assédio sexual, cheio de bagagem racista, que votou todas as coisas que no essencial a esquerda hoje em dia tem como anátemas da história recente dos EUA, que diz mentiras como que foi preso a caminho de ver Mandela, que lutou ao lado do civil rights movement e ninguém o viu lá… Não.  Joe Biden é o menino de coro que singrou apesar das agruras da vida. Oh, tão fofinho.

O kayfabe inicia-se assim, como aconteceu com Clinton ou Obama.

Acabámos (e quando escrevo isto Biden ainda não é presidente) de sair de 4 anos da mais inacreditável resistência a um presidente dos EUA. Foram os 4 anos em que os democratas rasgaram discursos do estado da nação do presidente, gabavam-se de mesmo sendo liders do congresso não falar com o presidente durante mais de um ano, assim que adquiriram a maioria e controlo do congresso começaram imediatamente o processo de impeach mesmo sem provas de nada (primeiro era a Rússia, depois a Ucrânia), governadores democratas estavam á vontade para dizer que o presidente só devia visitar o seu estado com um exercito de guarda-costas, que o presidente não era bem-vindo ao seu estado, democratas eleitos chamaram todo o tipo de nomes e adjetivos ao presidente em pleno mandato .

Jornalistas,  que desde o inicio escreveram editoriais a dizer nunca permitir a normalização de Donald Trump, escreveram as maiores barbaridades sobre o presidente e quando na sua presença deram-se ao luxo de fazer todo o tipo de perguntas “loaded” e carregadas de insidiosas sugestões e até se deram ao luxo de o afrontar e chamar todo o tipo de adjetivos.

Contudo, assim que uma aproximação à sua ideologia chega ao poder passam a exigir imediatamente a normalização da vida política e social.

Cant we all get along?! – Desta vez acho que vão ter uma surpresa.

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