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barradeferro

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31 Jan, 2022

o CHEGA dos 10%

Capture mapa CHEGA.PNG

 

O chega, o Chega.
Tornou-se um partido nacional.  De certa forma ao contrário do que acontecia com os partidos de esquerda fetiche como o BE ou o LIVRE e agora junta-se o IL. 

Ser fetiche, como IL ainda é também, tem as suas vantagens porque como todas as empresas que jogam em mercados nicho safam-se melhor do quem vai ao jogo mais genericamente.  Vá à Guarda, Vila Real, castelo branco e Coimbra e o IL não significa nada. Vá ao centro de Lisboa, onde se elege muitos deputados, e o IL chegou a ter 13% e 15% em algumas freguesias.

Penso que a matriz do CHEGA não foge muito do que foi feito em Espanha com o VOX e não acredito que consiga fugir ao cordão sanitário que lhe vai ser feito (tal como em Espanha) durante alguns anos.  Todos estes partidos servem para tentar recentrar os espectros políticos, a perceção social da comunidade portuguesa, num centro mais à direita do que aquilo que se assistiu desde o 25 de Abril. O futuro passa por nos libertarmos se não do regime do 25 de Abril pelo menos de o colocar com todas as coisas boas que trouxe como um mero passo na história, mas que chegou a hora de parar de agradecer, parar de deixar que quem saiu dele seja o dono disto tudo.

Penso que não adianta continuar a repetir as mesmas coisas. O CHEGA terá que encontrar forma de se continuar a afirmar sociologicamente, por vezes irritando um bocado porque o fará de forma insonsa até se calhar concordando com algumas das guerras de sindicatos que o PCP agora começará a fazer, mas penso que terá que ser assim. 

Capture IL.PNG

É comparar este mapa, votação no IL, com o de cima do CHEGA para perceber que muitos dos pontos fracos do CHEGA são os pontos fortes geograficamente do IL. O litoral norte ainda não é terra do CHEGA mas é onde o IL se manifestou mais forte. A  Grande batalha do CHEGA terá que ser conquistar estas zonas mais populosas e isso implicará criatividade na forma política da qual esta campanha destas legislativas foi um exemplo muito pobre.

 

Capture Chega Lisboa.PNG

Assim como olhando para este mapa da votação do CHEGA da região de Lisboa se verificará o mesmo, que onde o IL foi mais forte, como freguesias no centro de lisboa (como no parque das nações) onde o IL teve votações bem acima dos 13%, também são precisamente os conselhos onde o CHEGA teve votações mais baixas.

Fica esta curiosidade de perceber num país economicamente de esquerda que poderá mesmo fazer mesmo o IL (nada a não ser falar para gente dos príncipes reais, Lumiar e Parques da nações) , mas num país que ainda é sociologicamente conservador como conseguirá o CHEGA continuar a afirmar esse identitário de Portugal (que por exemplo eu sou sensível) ao que é muito importante as explicações do Mithá Ribeiro, agora eleito deputado, sobre essa portugalidade ou ocidentalidade vs a tanga do colonialismo nefasto.

 

31 Jan, 2022

Rosa

capture rosa.PNG

Não vou perder tempo a dizer o que outros dirão e desenvolverão bem melhor que eu como análise política. Vamos ter disso em quantidades binge nos próximos dias.

No meu post original de previsão de outubro aventava essa possibilidade de Costa ganhar com maioria absoluta, mas na verdade não era essa a minha aposta. Fora isso não falhei assim tanto, pelo menos se o que se considerar como comparação for as sondagens. 

Capture votaçao (2).PNG


Nem é isso que me preocupa. O que me preocupa é o falhanço do que eu queria! Isso sim é que me preocupa. Aliás ninguém gosta de não ter o que quer, não é?

Estão a ver, o único verdadeiro perdedor desta tanga, fora o óbvio que é Rui Rio o knockoff de Costa que nunca assumiu que era de direita até ao discurso da derrota, foi na verdade o CDS. O CDS, não tendo bandeiras, porque as que eram suas já são do CHEGA e do IL não consigo ver um caminho fácil. E a perda de bandeiras do CDS não foi do Chicão foi primeiramente por opção da Assunção Cristas, convém lembrar.

Já o BE, para minha irritação, esta maioria absoluta do PS não representa o descalabro. Mesmo com o dinheiro do PRR o PS vai virar à direita, como sempre vira quando tem essa oportunidade, e isso significa que o BE e o PCP vão poder brandir as suas bandeiras de sempre e o povo português, que é de alma e coração de esquerda (direita são 10-15% dos portugueses), irá ter saudades, e muitas, da sua querida geringonça. - Dentro de 4 anos, à custa do PS primeiramente, o BE tem a possibilidade de voltar a ser uma força política de 8-10% de votos do eleitorado porque pode estar 4 anos a dizer “estão a ver, sem nós os avanços sociais pararam!”. Não me surpreenderia uma votação até mais expressiva!

Volto a dizer, mesmo com o PRR, vem aí dias complicados a nível de contas publicas visto a europa querer meter as suas contas na ordem. Isto vai significar coisinhas daquelas que a esquerda não gosta, mas que o PS vai ter que fazer sem abrir o bico.

Eu teria preferido uma geringonça 2.0 , mesmo que significasse a entrada do protagonista mais perigoso para Portugal, Pedro Nuno Santos, mas significando que dentro de 4 anos a direita esmagaria  a esquerda e isso seria talvez uma das ultimas hipóteses de refundar o regime. Assim, garanto-vos que dentro de 4 anos a conversa vai ser mais do mesmo. Do mesmo, mas igual aos últimos 6 e não aos 4 que se vão seguir agora.  Infelizmente é essa a via escolhida pelos Portugueses.

O CHEGA e o IL poderão ter um outro papel.  Mas ficará para outro post.

Dia de relembrar.  Chegou o dia.
Ao final do dia verei quão errado ou certo estava em Outubro de percecionar o que o tuga é politicamente:

Capture votaçao (1).PNG

Claro que continuo a achar que pessoal vota como clube que é uma representação do seu fenótipo cognitivo. O resto é conversa. Em março ou em outubro teria colocado exatamente as mesmas percentagens o que não signifique que esse sentir não oscile ligeiramente.

Contudo posso já dizer pequenos desvios que acho que vão ter mais impacto do que aquilo que eu antecipei, logo são detalhes que devo reter porque são mais voláteis do que aquilo que eu, nomeadamente em outubro, antecipei. As campanhas existem por alguma coisa e senti quão palpável era a reação dos media aos fenómenos das campanhas logo a capacidade destes de influenciar.
Achei que por exemplo as sondagens ancorou muito mais as pessoas do que aquilo que era ou foi normal em eleições anteriores. E achei isso positivo. A cobertura dos media foi diariamente muito pior do que a mensagem que a seguir era passada pelas sondagens, especialmente o tracking poll da TVI, que mitigou um bocado aquela coisa habitual de ligar as televisões e parecer que a Catarina Martins ou que o Jerónimo era quem se candidatava a PM. Ver o PCP e o BE muitas vezes atrás do CHEGA e até do IL, trouxe muita gente de volta à realidade.

Mas, ao final do dia, tal como eu previ, vai ser o PS a ganhar e a haver maioria parlamentar da esquerda. E ainda mais ao final do dia deverá representar um orçamento aprovado e a saída de António Costa ainda antes do próximo orçamento para preparar a entrada do Pedro Nuno Santos.
De resto, ficou-me as seguintes “impressões”:

a. Acho que o CHEGA perdeu a oportunidade de dar a tal abada (10%) que poderia ter conseguido se tivesse preparado estas eleições como tinha obrigação de fazer. Uma referência que sempre tenho, que é slack, ronha e jantaradas é tugice bacoca que nunca resulta. O CHEGA foi muito isso. Será que é sistémico ou meramente perca de foco porque se envolveu demasiado nas suas convenções e questões internas? Nota = 7%

b. O IL preparou-se bem com um ou dois temas, como a TAP, que soube cavalgar muito bem. Se a votação extraordinária do IL for meramente no Porto então sabemos que foi meramente a circunstância TAP muito bem aproveitada. Se em lisboa tiver mais de 4% então além do tal fenómeno Porto (betinhos do insurgente) temos uma preferência política urbana nova. Se tiver bom resultado (> 3%) no resto do país, temos uma asserção libertarian nova no país que eu de todo anteciparia. Nota: 5%

c.O CDS passou de morto mortinho para uma possíveis razoes pela qual o CHEGA poderá não ter atingido o seu potencial nestas legislativas. O Chição a quem as espectativas estariam a rondar o zero vírgula zero revelou-se um homem com garra e com capacidade de surpreender por aquilo que já aqui disse ser o tal "gajo que gostamos de levar às jantaradas" porque tem um humor excecional. Se o CHEGA gosta de jantaradas, copos e bocas…Então não se queixe que o Chicão lhes roube votos. Nota = 2.5%

d. PAN e LIVRE devem dar os tais 3% que tinha dado (2.8%) ao PAN. A mesma gente. A descida do PAN foi o aumento do LIVRE. Tudo a mesma gente. Juntos, nota =3%

 

29 Jan, 2022

Ser Kuban

Bom dia de reflexão.
Vou desanuviar de questões políticas.

Capture kuban girl.PNG

Esta imagem, deste vídeo, com este link, https://www.youtube.com/watch?v=zw8jyWS2Fjw&t=37s é quase irrelevante para este post.

Fui dar a este vídeo do youtube e achei piada ouvir esta miúda russa a dizer que é de Kuban region junto ao mar Negro, ao Black sea, e isso trouxe um inundar de pensamentos que achei piada visto para qualquer outra pessoa isso não terá grande para não dizer nenhum significado. -  Quando muito para o comum dos leitores poderá lembrar que esta será umas das regiões no sul da Rússia que será impactada caso a Rússia ataque a Ucrânia, ou se lembre de Krasnodar e como jogou com o FC Porto e depois, penso que no ano passado, com o SL Benfica.

Para mim, toda a aquela região é mágica.
Quem estiver a ler isto e não quiser saber para nada de arqueologia e genética pode parar de ler, porque vai ser boring.

Como contexto. Ainda há dias numa discussão na minha outra vida (o maluco dos Shulaveri-Shomu) me atiravam à cara que eu me devia juntar a David Reich porque ele também acha que a etnogéneses dos Yamanaya e por arrasto de todos nós tem ligações à Arménia. Uma forma de me irritar, porque eu não defendo a Armenian Hypothesis que no detalhe, porque a hipótese Armenian é temporalmente muito depois e não tem nada a ver com a minha Shulaverian Hypothesis que é centrada na Georgia (acima da arménia) pese embora os sites (dos) mais antigos dos Shulaveri-Shomu seja na Arménia em Aratashen.  Para ser sincero, sempre que alguém junta o meu nome ao do David Reich, pese embora eu discorde dele em muita coisa, é um orgulho. Pelos timings e se no futuro se vier a confirmar que a o CHG das estepes da Ucrânia veio dos Shulaveri no sul do Cáucaso significa que na generalidade a minha hipótese estará vingada.

Na minha diatribe (desde 2015, em perspetiva haveria muito que teria alterado), no meu ranting, sobre toda a história das etnogéneses, eu explico como os Shulaverian (que não sabemos ainda o ADN) quando desapareceram, inexplicavelmente, deixaram um mistério mas podemos no entanto encontrar os seus passos precisamente no Kuban river, que dá nome á região da Rússia onde vive a miúda do vídeo.
O desaparecimento dos Shulaveri foi rápido e em cataclísmico. Mas podemos encontrar registros que eu considero ser os resquícios dos mesmos a fugir junto ao Mar Negro, por ali onde mora a miúda, conseguiram subir o rio Kuban e parar em sítios como Svobodnoe e  Mesokho sítios arqueológicos que podem ter sido pedras angulares nesse caminho para as estepes onde encontraram pessoas que eram cheios de ADN EHG e assim, na combinação dos dois, nasce a genética Yamanya que depois invadiu a europa e que hoje faz parte do nosso admix genético. E as pessoas não tem a perceção correta do que isso significa.
Por exemplo a nossa ideia que Deus vive no céu, que os deuses estão lá em cima, ou os montes olimpos que são coisas muito antigas porque derivam do proto indo-europeu, da língua PIE, e isso advém do facto, pela perspetiva de um Shulaveri o sol nasce, rebentando sobre os montes da cordilheira. Eles viviam nos sopés e era um explodir de luz sobre os cumes que os dominavam. Como estão a ver, ainda hoje todos os povos indo-europeus mantém essa imagística, certo?

E escrevo isto porque esta região possuiu muita genética EHG e não estando a dizer (porque é muito cedo para isso) que os branquelas loirinhos de olhos azuis vieram dessa genética EHG, até porque os Yamnaya eram no essencial de olhos escuros e cabelo preto e tinham uma componente EHG. Aliás já se sequenciou EHG que eram assim como os Yamanya e EHG que eram branquelas, loiros e de olhos azuis.
Isto lembra-nos que os Europeus, porque sempre tiveram fenótipos autossomais muito variados, com as mesmas tribos com pessoal loiro e olhos azuis e de cabelo preto e olhos castanhos e todas as combinações possíveis dos acima, são até prova em contrário as etnicidades mais tolerantes para com pessoas de raças diferentes. Por outro lado, visto que entre russos e ucranianos nenhuma diferença genética verdadeiramente existirá também nos mostra que isso não será impedimento de andar à cacetada sempre que a oportunidade de proporcionar.

PS: para quem quiser perceber in a nutshell o que é a shulaverian hypothesis.
https://shulaverianhypothesis.blogs.sapo.pt

 

28 Jan, 2022

Partido Dejá vu

Por vezes vejo a dificuldade das pessoas ao meu redor em perceber o que é politicamente o IL.

Já manifestei a ideia de que o IL não traz nada de novo ao pêndulo. IL é uma versão do PSD mas não tanto na formula que as pessoa acham, visto ser um pedaço do PSD mais á direita mas também, e para mim mais importante, um pedaço do PSD mais à esquerda que o centro do PSD.

Mas, mais importante que isso tudo, é aquilo que o IL representa nível de fenótipo humano. Parte do que assisto como fenómeno político relativo ao IL é claramente criação da Imprensa e das elites urbanas, as mesmas elites urbanas, que acharam e em parte acham ainda piada ao BE. - São os mesmos.

Mas gostava de explicar de outra forma. Da forma Haidtiana.
Nos estudos de Jonathan Haidt havia inicialmente as pessoas que só tinham (valorizavam) pilares sociomorais normativos (pessoas de esquerda) e pessoas que valorizavam todos os 5 tanto os normativos como os descritivos (pessoas de direita).  

Mas havia um glitch nos dados. Havia pessoas que não se enquadravam nem num nem noutro e eles voltaram ao drawing board e perceberam que eram pessoas que verdadeiramente só possuem uma afinidade com a liberdade (liberty) como pilar moral, daí que sejam libertarians, e para o efeito a teoria Haidtiana dos pilares morais teve que acrescentar liberty como o 6 pilar moral. Fora a liberdade individual, os Libertarians, os ILs, estão-se verdadeiramente a cagar para qualquer outros dos pilares morais essenciais às sociedades humanas, sendo caracterizados por uma forte tendência utilitarian assente na razão e por isso assente no erro de Decartes.  Na verdade os ILs desta vida denotam pouca valorização em todos, todos, os outros pilares morais: Harm/care, Fairness/cheating,  Loyalty/betrayal, Authority/subversion; sanctity/degradation.

Não se iludam. – tirando o apelo á liberdade, que concordo é um déficit em Portugal, o IL vai votar ao lado do BE e do PS em inúmeras coisas, curiosamente não porque acredite fortemente mas unicamente porque como se consegue colocar a questão como uma de liberdade e isso será sempre o suficiente para um libertarian. Mas não se iluda, se você quiser saltar de uma ponte um libertarian está pouco a marimbar-se nem isso elicitará qualquer reacção da parte deste. A adesão de um libertarian mesmo ao Harm/care é baixíssima, mesmo quando comparado com um chimpanzé.  Isto é pessoal que positivamente se está a marimbar. O utilitarian está-lhes no sangue e qualquer ilusão que esta gente irá perceber aquilo que nos une e nos cega enquanto seja o que for, enquanto identidade, enquanto país, enquanto civilização é pura ilusão.  Fica-lhes que num mundo de harm/care e fairness/Justice muita das questões podem ser colocadas sob a forma de liberdade ou opressão e neste mundo de esquerda (porque a esquerda também adere ao pilar da opressão muito rapidamente) os IL conseguem entrar dentro do mainstream com facilidade porque não estão a tentar introduzir nos conteúdos, na linguagem, os outros pilares banidos, os tais que bind and blind e que ao final do dia são o que cria capital social.

Tradicionalmente as pessoas da família política do IL, sentam-se politicamente entre as famílias políticas do PS e do PSD. Muita gente acha que o IL (e de certa forma aceita-se) é a ala de direita do PSD mas a verdade é que uma leitura mais atenta, uma observação mais atenta da sua atividade, mostra que por norma, na Europa, eles atuam entre os socialistas e os Populares e não há direita como se pode pensar. Não tenho dados que o suportem, ainda, mas tenho para mim que muito do crescimento do IL assenta em pessoas que votaram no PS ainda não há muito tempo e que agora querem mudança e a sua passagem segura não é votar no PSD mas sim votar no IL. – Sociologicamente para pessoas de esquerda votar no IL não ofende em nada as suas sensibilidades.
Aliás, até acho que o IL poderá ser, ainda mais, a surpresa destas eleições porque se apresenta como a coisa de cara lavada, sei que muito promovido pela imprensa, mas ainda assim um partido em perfeita consonância como o socialistão e com o regime e aí assenta a propaganda free que obtém por parte dos opinion makers do regime.  Como coisa nova num país sociologicamente de esquerda deve conseguir muito mais do voto jovem do que os restantes partidos. Existem ainda muitos jovens que vão votar e que possuíam ainda há pouco tempo dúvidas sobre em quem votar sendo que acho que uma inclinação notória deverá pender para os IL. O suficiente para bater os 5%? Talvez.

27 Jan, 2022

Racista

Gabriel Mithá Riberio é vice-presidente do CHEGA e seu ideólogo primeiro.

Não existe falta de pessoa a alertar para o facto do professor Mithá Ribeiro ser o ideólogo do partido CHEGA e não ser possível entender o partido sem entender o pensamento intelectual deste senhor.

Moçambicano, o homem que tem uma avó negra, uma avó Síria, uma avó indiana. Filho de pai católico e mãe islâmica. … Logo um postal card de racismo com certeza. - Aliás bastará olhar para esta fotografia do senhor para lembrar logo o klu klus klan…
Tem piada ver partidos como o BE ou o PCP que se atiram, conjuntamente com os seus fãs nos media, nas ruas e nas nossa salas de jantar chamando de racista e xenófobo ao partido ou a quem se associar a este, quando nós vemos tanto as suas estruturas, as suas peças e agentes, os seus congressos e reuniões e aquilo sim parece reuniões do Klu Klux KLan. 
Lá está, aquela coisa que só a esquerda consegue, que é olha para o que eu digo e se eu o disse sou dono da moral e razão , esquece lá o que eu faço.

Numa entrevista ouvi à tempos Mithá Ribeiro dizer que até debates onde participavam pessoas como Mamadu bá e que este o visava pessoalmente a ele, Mithá Ribeiro, ficava surpreendido porque a imprensa se recusava a entrevista-lo ou a convida-lo para ir aos ditos programas porque olhando para ele e apresentando-o como vice-presidente e ideólogo do CHEGA revelaria o ridículo dos seus epítetos.

Quem ouvir com atenção Mithá Ribeiro percebe o perigo que aquele tipo de pensamento, que ele tão eloquentemente se delicia a decorrer, representa para o fascismo Cultural de Esquerda que hoje nos domina. 

Podem, começar por aqui, pese embora já exista vários videos com o pensamento do senhor. - https://www.youtube.com/watch?v=0dN4CCs_7MM

 

PS: Não sei se já aqui disse isto, mas deve ser fetiche do CHEGA ter em todos os seus vídeos um som horrível.  Sinceramente começa a parecer de propósito. Será??

26 Jan, 2022

O grande artista

Ouvi vários dos 120 minutos, um programa da TVI, sendo que ontem foi António Costa.

A irrelevância que é para todos, inclusive para António costa, assim como para a generalidade da imprensa e opinion makers que António Costa diga que tem seguro de saúde (privado) e que os filhos andaram em escolas privadas é daquelas coisas que já por aqui alertei.
No dia em que a esquerda conseguiu esse feito verdadeiramente incrível que é estipular, não é garantir o direito de, é mesmo estipular, que o que dizes não tem nada a ver com o que fazes, foi o dia da capitulação da direita que nunca foi bem esclarecido como aqui chegámos. Porque foi o dia em que a vergonha deixou de existir. Dizia alguém que quando perdes a vergonha perdeste-a para sempre.

António Costa, como o grande artista que os portugueses gostam, passa os tais 120 segundos a responder, nunca, tudo, nada, não me lembro… sem verdadeiramente revelar nada. Mas nas perguntas acima mencionadas não teve pejo nenhum em responder que sim, tem seguro de saúde privado (que SNS é bom mas não é para ele e a família) que sim os filhos andaram em colégios privados (que Escola publica não é para a família dele obviamente).

Digo repetidas vezes que RAP, Ricardo Araújo Pereira, é os píncaros deste consentimento que é dado a alguém de esquerda de poder ter dois gelados nas mãos, lambendo avidamente cada um deles, enquanto faz uma predileção inflamada sobre os malefícios de comer gelados!

É mesmo assim. Enquanto esta dissonância cognitiva for permitida temos zero hipóteses de voltar a ter proporção na razão. – Sim, essa é a razão pela qual se deve votar no CHEGA. Só este partido parece, parece, estar disposto a não aceitar os ditames da esquerda, os axiomas permitidos e proibidos pela esquerda. – todos os outros, PSD, CDS e IL; aceitam tudo isto, toda esta hipocrisia, desde que possam continuar a ser convidados para ir às festas.

Estava a ler um artigo sobre o facto de estudos mostrarem que a esmagadora maioria de assassinatos em Washingon DC ser por motivos menores, motivos até triviais, que resultam de um descontrolo emocional.  Até os problemas entre gangs por norma começam por pequenas e inconsequentes disputas por qualquer coisa estúpida, nem que seja uma boca mandada por alguém nas redes sociais.

Este facto, de a maioria dos crimes serem então motivados por coisas que um pouco e mais eficiente controlo da raiva e agressividade teria evitado, sempre me deixou curioso sobre os detalhes dessa evidência.

Capture Hsuspects (1).PNG

Não deixa de ser relevante que a população civil mais armada do mundo,  os americanos, se excluir os assassinatos por parte da população negra que representa somente 12% da população do pais teríamos um ratio de assassinatos por 100 mil habitantes de qualquer coisa como 2.3 o que tornaria os EUA (ao invés dos 5.3) com números muito parecidos com o Canada de 2.0 onde a população negra é somente de 2.9% e onde as armas de fogo são muito menos comuns e a legislação anti-gun muito mais apertada.  
Meça unicamente a população branca nos EUA e fica com um número de assassinatos por 100 mil habitantes relativamente próximo de outras populações europeias de 1/100.000.
Esta imagem ao lado é de Washington, onde a populaçõa negra é 42% e mesmo sendo de 2000 as proporçoes se mantém igual aos dias de hoje.


Essa dissonância sempre me suscitou muitas dúvidas sobre toda a histeria anti-gun nos EUA e aquilo que tenta esconder.

 

Como sabem, sou daquelas pessoas que acham que os grupos populacionais tem temperamentos, ou se quiser as raças têm temperamentos, e que fingir que somos todos iguais sendo que tudo é nurture e não nature, acaba por ser uma forma de racismo desrespeitosa para com pessoas, de minorias no ocidente mas maiorias nos sítios de onde originam, que são obrigadas a ter vergonha do seu temperamento porque existe uma ideologia que ignora as suas diferenças. Temperamentos diferentes deveriam ter estratégias de educação e formação civil distintas no seu foco. Poder dizer que não é aceitável a cultura do badass mother fucker culture dos negros nos EUA porque cria o problema acima mencionado devia ser dito sem qualquer tipo de punição social e trabalhado na sociedade para reduzir tais comportamentos. A correta abordagem evitaria, por exemplo, os comportamentos agressivos dos interpelados negros para com as forças policiais (tantas vezes eles próprios minorias) tendo em conta que estes estão a fazer um trabalho que nunca sabem quando se vai tornar perigo para a sua integridade física. Fingir que são os policias que são uns psicopatas sem controlo emocional é que é receita para o descalabro.

Por outro lado, quando deixas um grupo populacional entrar numa sociedade tens que perceber que eles vão acabar por ser iguais a si próprios, enquanto identidade, sendo que devia ser do senso comum que isso terá um preço para o capital social que é muito difícil de gerar.  Eu entendo. O meu grupo de ocidentais no centro de Pequim, naquela altura, porque falávamos muito alto deixou os chineses nervosos.  Não deixei de reparar no facto e achar que devíamos respeitar melhor os costumes locais.  Da mesma forma, que devia ser óbvio que a existência da islâmica Molenbeek no centro de Bruxelas constitui um problema que durará gerações. 

A espécie humana tem dificuldade em criar ambientes onde o default mode do cérebro está descansado porque não encontra salient modes que o alertem.
O mundo divide-se de pessoas que até aceito por vezes exageram na reação à disrupção e violação  da norma, à intrusão do saliente,  e outras pessoas que infelizmente hoje dominam o munto para quem nada lhes suscita ameaça até ao dia em que lhes bate à porta. E quando te bate à porta há muito tempo que já passou a altura de ponderares, pensares e planeares o teu futuro.
mais tarde ou mais cedo existirá um desenrolar, um escalar, de metanorms (gossip, ostracism, confrontation) que atira tudo para o lixo. – Veja-se o que se passou nos EUA.

23 Jan, 2022

Sequelas

Quase uma sequela do post anterior.

Para que fique claro. O meu ponto em relação à campanha do CHEGA é que tinham a obrigação de antecipar os eventos e preparar melhor a campanha. E preparar a campanha não será só andar em almoçaradas e jantaradas. Lá está, essa é a parte que me irrita um bocado.

O CHEGA tinha que preparar ao detalhe os memes que queria. O CHEGA tinha que ter antecipado que iria ser ridicularizado pelas jornalistas e que iria ser ignorado em conteúdo com arte e engenho por uma maioria da sociedade Portuguesa que por ela o CHEGA estaria tão ilegalizado quanto o Partido Comunista no anterior regime. 
Competia-lhes ser competentes. 
Um exemplo: Compete-lhes, ainda, mostrar quantas vezes e com que duração tem a campanha do CHEGA aparecido comparado com os outros partidos nos segmentos dos canais por cabo (que tem maior audiência onde se elege mais deputados). Comparado com o CDS, com o IL, com o PAN, CDU, BE. – Tenho para mim que a discrepância é enorme e isso seria um meme que resultaria. As pessoas com potencial para votar no CHEGA não gostam que os tomem por parvos ou que lhes tentem negar a liberdade de decisão.  Esse era o trabalho do CHEGA, Trabalhar! Neste caso trabalhar dados ao invés de trabalhar almoçaradas. Esses que vão às almoçaradas já vão votar no CHEGA de qualquer maneira. 
A promoção que está a ser feita ao CDS e ao IL, ou mesmo ao PAN ou ao Livre, por vezes alternadamente no enfase parece-me demasiado descarada.

Eu percebo a ideia do “não te fazeres de vítima” que é tão cara ao André Ventura, mas o que me começa a parecer é que André Ventura está mais preocupado em parecer coligável do que em manter a liberdade de expressão que o trouxe até aos 7% de intenção de voto. Manter o tom que o trouxe até aqui, que é assinalar a Portugal que a sua discordância é com o regime, com o sistema de valores que nos está a dominar. – Ser coligável com o PSD em quê que altera o status quo que se implementou em Portugal após o 25 de Abril? Nada, rigorosamente nada!

Por outro lado, se tens dados para mostrar, então não te estás a fazer de vítima. Logo basta medir (trabalhar, ele que gosta tanto da palavra) e medir a forma, tempo e conteúdo dos segmentos dedicados ao CHEGA que passam nas televisões. Simples, não é? Se não jogar a cartada que o regime o está a tentar silenciar, se não jogar a cartada que nada muda se o Primeiro-Ministro for o Rui Rio o PSD mais socialista desde a criação do partido… Vai pagar o preço que merece.

Não sei até que ponto esta imagem corresponde verdadeiramente á realidade. Mas sei que é a minha perceção do IL.

O IL é a vertente libertarian do PSD de resto sendo perfeitamente alinhada com as posições societais da extrema-esquerda.  Diz-se que um libertarian ao final do dia não passa de um esquerdista que foi mugged pela realidade económica. Por isso se vê as posições do IL focada unicamente nas alternativas económicas e em tudo o resto mantém a mesma alegria pelo progressismo atavio e woke e alergia que partidos como o BE e a CDU possuem ao CHEGA.

Percebam que eu também sou, sei lá e vamos ao mais polarizado, a favor do aborto. Ou pelo menos não é algo a que seja contextualmente alérgico mas sim sou contra a ausência de maturação nas definições e explicações à sociedade sobre o que significa dizer a uma sociedade que a concepção de seres humano não é algo de extremamente importante  porque nós celebramos a existência de individuos e não adequamos a sociedade ao hedonismo da conveniência. - Fora isso, acho que 90% deste pessoal já os avós deviam te abortado os pais deles, quanto mais eles abortarem os possíveis descendentes.  Já vem tarde, diabos.

O meu problema é que como a maioria das pessoas que aborta já tem filhos e os que não tem por norma vão acabar por os ter mais tarde, esta conversa do aborto é demasiado parecida com método contracetivo. E, convenhamos, uma sociedade que acha normal acabar com a viabilidade de um feto como método contracetivo é uma sociedade que obviamente não estará à espera que as pessoas em geral interiorizem quaisquer deveres para com essa sociedade, certo?  Partidos como o IL tem piada, muita piada para as pessoas, confesso como eu, que vivem na selva da luta por rendimentos, lutando com concorrência internacional, com risco, vitórias e derrotas, altos e baixos e depois chegar ao final do dia, nas vezes em que ganho as batalhas aparecer no fim o estado a dizer “passa lá para cá a nossa parte… “que são eles que decidem qual é. Tem que se estar nesse barco para se perceber e o IL representa esse estado psicológico que é tão querido a quem está para além da jorna mas que em nada traz para os cuidados que todos nós temos, ou devíamos, ter para com os tais pilares e tenets morais que são descritivos, que são bind and blind nas sociedades. É que o facto de uma sociedade existir há muito tempo não significa que não acabe em pouco tempo. A existência de algo num determinado contexto geográfico é muito, muito mais frágil do que as pessoas pensam.

E ao final do dia a realidade tributária e económica dos portugueses vai ser definida nos sucessos e imposições da União Europeia, das medidas necessárias para impedir o colapso das dividas na Itália e na França e as nossas ausências de liberdade por fazermos parte do EURO…. E, assim e nesse caso, que interessa então votar no IL?

Votar no IL é votar no PSD, no PSD das intenções, no CDS do pragmatismo de Paulo Portas, na versão beta do regime saído do 25 de Abril e que numa convenção entre todos pertence por direito próprio ao Partido Socialista. És só mais modernaço. Serias aceite nas tertúlias do bairro alto. São só a última versao do Iphone.

André Ventura não se saiu mal nos debates. 
Mas isso não obsta a uma outra realidade. - A campanha do CHEGA, aquilo que nos chega (pun) está a ser um desastre.  Também pode ser porque quem define os segmentos, no tempo, no conteúdo e na duração, são as televisões e já não o próprio partido.  Contudo também não tenho visto ações do CHEGA nas redes sociais que demonstre inteligência para gerar conteúdos que se transformem em conceitos miméticos de sucesso. Nisso o IL parece estar bem mais preparado e pela ajuda que tem das televisões não me admira que esteja a ter os resultados que as sondagens tem demonstrado na última semana.

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