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o CHEGA dos 10%

por Olympus Mons, em 31.01.22

Capture mapa CHEGA.PNG

 

O chega, o Chega.
Tornou-se um partido nacional.  De certa forma ao contrário do que acontecia com os partidos de esquerda fetiche como o BE ou o LIVRE e agora junta-se o IL. 

Ser fetiche, como IL ainda é também, tem as suas vantagens porque como todas as empresas que jogam em mercados nicho safam-se melhor do quem vai ao jogo mais genericamente.  Vá à Guarda, Vila Real, castelo branco e Coimbra e o IL não significa nada. Vá ao centro de Lisboa, onde se elege muitos deputados, e o IL chegou a ter 13% e 15% em algumas freguesias.

Penso que a matriz do CHEGA não foge muito do que foi feito em Espanha com o VOX e não acredito que consiga fugir ao cordão sanitário que lhe vai ser feito (tal como em Espanha) durante alguns anos.  Todos estes partidos servem para tentar recentrar os espectros políticos, a perceção social da comunidade portuguesa, num centro mais à direita do que aquilo que se assistiu desde o 25 de Abril. O futuro passa por nos libertarmos se não do regime do 25 de Abril pelo menos de o colocar com todas as coisas boas que trouxe como um mero passo na história, mas que chegou a hora de parar de agradecer, parar de deixar que quem saiu dele seja o dono disto tudo.

Penso que não adianta continuar a repetir as mesmas coisas. O CHEGA terá que encontrar forma de se continuar a afirmar sociologicamente, por vezes irritando um bocado porque o fará de forma insonsa até se calhar concordando com algumas das guerras de sindicatos que o PCP agora começará a fazer, mas penso que terá que ser assim. 

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É comparar este mapa, votação no IL, com o de cima do CHEGA para perceber que muitos dos pontos fracos do CHEGA são os pontos fortes geograficamente do IL. O litoral norte ainda não é terra do CHEGA mas é onde o IL se manifestou mais forte. A  Grande batalha do CHEGA terá que ser conquistar estas zonas mais populosas e isso implicará criatividade na forma política da qual esta campanha destas legislativas foi um exemplo muito pobre.

 

Capture Chega Lisboa.PNG

Assim como olhando para este mapa da votação do CHEGA da região de Lisboa se verificará o mesmo, que onde o IL foi mais forte, como freguesias no centro de lisboa (como no parque das nações) onde o IL teve votações bem acima dos 13%, também são precisamente os conselhos onde o CHEGA teve votações mais baixas.

Fica esta curiosidade de perceber num país economicamente de esquerda que poderá mesmo fazer mesmo o IL (nada a não ser falar para gente dos príncipes reais, Lumiar e Parques da nações) , mas num país que ainda é sociologicamente conservador como conseguirá o CHEGA continuar a afirmar esse identitário de Portugal (que por exemplo eu sou sensível) ao que é muito importante as explicações do Mithá Ribeiro, agora eleito deputado, sobre essa portugalidade ou ocidentalidade vs a tanga do colonialismo nefasto.

 

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Rosa

por Olympus Mons, em 31.01.22

capture rosa.PNG

Não vou perder tempo a dizer o que outros dirão e desenvolverão bem melhor que eu como análise política. Vamos ter disso em quantidades binge nos próximos dias.

No meu post original de previsão de outubro aventava essa possibilidade de Costa ganhar com maioria absoluta, mas na verdade não era essa a minha aposta. Fora isso não falhei assim tanto, pelo menos se o que se considerar como comparação for as sondagens. 

Capture votaçao (2).PNG


Nem é isso que me preocupa. O que me preocupa é o falhanço do que eu queria! Isso sim é que me preocupa. Aliás ninguém gosta de não ter o que quer, não é?

Estão a ver, o único verdadeiro perdedor desta tanga, fora o óbvio que é Rui Rio o knockoff de Costa que nunca assumiu que era de direita até ao discurso da derrota, foi na verdade o CDS. O CDS, não tendo bandeiras, porque as que eram suas já são do CHEGA e do IL não consigo ver um caminho fácil. E a perda de bandeiras do CDS não foi do Chicão foi primeiramente por opção da Assunção Cristas, convém lembrar.

Já o BE, para minha irritação, esta maioria absoluta do PS não representa o descalabro. Mesmo com o dinheiro do PRR o PS vai virar à direita, como sempre vira quando tem essa oportunidade, e isso significa que o BE e o PCP vão poder brandir as suas bandeiras de sempre e o povo português, que é de alma e coração de esquerda (direita são 10-15% dos portugueses), irá ter saudades, e muitas, da sua querida geringonça. - Dentro de 4 anos, à custa do PS primeiramente, o BE tem a possibilidade de voltar a ser uma força política de 8-10% de votos do eleitorado porque pode estar 4 anos a dizer “estão a ver, sem nós os avanços sociais pararam!”. Não me surpreenderia uma votação até mais expressiva!

Volto a dizer, mesmo com o PRR, vem aí dias complicados a nível de contas publicas visto a europa querer meter as suas contas na ordem. Isto vai significar coisinhas daquelas que a esquerda não gosta, mas que o PS vai ter que fazer sem abrir o bico.

Eu teria preferido uma geringonça 2.0 , mesmo que significasse a entrada do protagonista mais perigoso para Portugal, Pedro Nuno Santos, mas significando que dentro de 4 anos a direita esmagaria  a esquerda e isso seria talvez uma das ultimas hipóteses de refundar o regime. Assim, garanto-vos que dentro de 4 anos a conversa vai ser mais do mesmo. Do mesmo, mas igual aos últimos 6 e não aos 4 que se vão seguir agora.  Infelizmente é essa a via escolhida pelos Portugueses.

O CHEGA e o IL poderão ter um outro papel.  Mas ficará para outro post.

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E pronto, chegou o dia

por Olympus Mons, em 30.01.22

Dia de relembrar.  Chegou o dia.
Ao final do dia verei quão errado ou certo estava em Outubro de percecionar o que o tuga é politicamente:

Capture votaçao (1).PNG

Claro que continuo a achar que pessoal vota como clube que é uma representação do seu fenótipo cognitivo. O resto é conversa. Em março ou em outubro teria colocado exatamente as mesmas percentagens o que não signifique que esse sentir não oscile ligeiramente.

Contudo posso já dizer pequenos desvios que acho que vão ter mais impacto do que aquilo que eu antecipei, logo são detalhes que devo reter porque são mais voláteis do que aquilo que eu, nomeadamente em outubro, antecipei. As campanhas existem por alguma coisa e senti quão palpável era a reação dos media aos fenómenos das campanhas logo a capacidade destes de influenciar.
Achei que por exemplo as sondagens ancorou muito mais as pessoas do que aquilo que era ou foi normal em eleições anteriores. E achei isso positivo. A cobertura dos media foi diariamente muito pior do que a mensagem que a seguir era passada pelas sondagens, especialmente o tracking poll da TVI, que mitigou um bocado aquela coisa habitual de ligar as televisões e parecer que a Catarina Martins ou que o Jerónimo era quem se candidatava a PM. Ver o PCP e o BE muitas vezes atrás do CHEGA e até do IL, trouxe muita gente de volta à realidade.

Mas, ao final do dia, tal como eu previ, vai ser o PS a ganhar e a haver maioria parlamentar da esquerda. E ainda mais ao final do dia deverá representar um orçamento aprovado e a saída de António Costa ainda antes do próximo orçamento para preparar a entrada do Pedro Nuno Santos.
De resto, ficou-me as seguintes “impressões”:

a. Acho que o CHEGA perdeu a oportunidade de dar a tal abada (10%) que poderia ter conseguido se tivesse preparado estas eleições como tinha obrigação de fazer. Uma referência que sempre tenho, que é slack, ronha e jantaradas é tugice bacoca que nunca resulta. O CHEGA foi muito isso. Será que é sistémico ou meramente perca de foco porque se envolveu demasiado nas suas convenções e questões internas? Nota = 7%

b. O IL preparou-se bem com um ou dois temas, como a TAP, que soube cavalgar muito bem. Se a votação extraordinária do IL for meramente no Porto então sabemos que foi meramente a circunstância TAP muito bem aproveitada. Se em lisboa tiver mais de 4% então além do tal fenómeno Porto (betinhos do insurgente) temos uma preferência política urbana nova. Se tiver bom resultado (> 3%) no resto do país, temos uma asserção libertarian nova no país que eu de todo anteciparia. Nota: 5%

c.O CDS passou de morto mortinho para uma possíveis razoes pela qual o CHEGA poderá não ter atingido o seu potencial nestas legislativas. O Chição a quem as espectativas estariam a rondar o zero vírgula zero revelou-se um homem com garra e com capacidade de surpreender por aquilo que já aqui disse ser o tal "gajo que gostamos de levar às jantaradas" porque tem um humor excecional. Se o CHEGA gosta de jantaradas, copos e bocas…Então não se queixe que o Chicão lhes roube votos. Nota = 2.5%

d. PAN e LIVRE devem dar os tais 3% que tinha dado (2.8%) ao PAN. A mesma gente. A descida do PAN foi o aumento do LIVRE. Tudo a mesma gente. Juntos, nota =3%

 

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Ser Kuban

por Olympus Mons, em 29.01.22

Bom dia de reflexão.
Vou desanuviar de questões políticas.

Capture kuban girl.PNG

Esta imagem, deste vídeo, com este link, https://www.youtube.com/watch?v=zw8jyWS2Fjw&t=37s é quase irrelevante para este post.

Fui dar a este vídeo do youtube e achei piada ouvir esta miúda russa a dizer que é de Kuban region junto ao mar Negro, ao Black sea, e isso trouxe um inundar de pensamentos que achei piada visto para qualquer outra pessoa isso não terá grande para não dizer nenhum significado. -  Quando muito para o comum dos leitores poderá lembrar que esta será umas das regiões no sul da Rússia que será impactada caso a Rússia ataque a Ucrânia, ou se lembre de Krasnodar e como jogou com o FC Porto e depois, penso que no ano passado, com o SL Benfica.

Para mim, toda a aquela região é mágica.
Quem estiver a ler isto e não quiser saber para nada de arqueologia e genética pode parar de ler, porque vai ser boring.

Como contexto. Ainda há dias numa discussão na minha outra vida (o maluco dos Shulaveri-Shomu) me atiravam à cara que eu me devia juntar a David Reich porque ele também acha que a etnogéneses dos Yamanaya e por arrasto de todos nós tem ligações à Arménia. Uma forma de me irritar, porque eu não defendo a Armenian Hypothesis que no detalhe, porque a hipótese Armenian é temporalmente muito depois e não tem nada a ver com a minha Shulaverian Hypothesis que é centrada na Georgia (acima da arménia) pese embora os sites (dos) mais antigos dos Shulaveri-Shomu seja na Arménia em Aratashen.  Para ser sincero, sempre que alguém junta o meu nome ao do David Reich, pese embora eu discorde dele em muita coisa, é um orgulho. Pelos timings e se no futuro se vier a confirmar que a o CHG das estepes da Ucrânia veio dos Shulaveri no sul do Cáucaso significa que na generalidade a minha hipótese estará vingada.

Na minha diatribe (desde 2015, em perspetiva haveria muito que teria alterado), no meu ranting, sobre toda a história das etnogéneses, eu explico como os Shulaverian (que não sabemos ainda o ADN) quando desapareceram, inexplicavelmente, deixaram um mistério mas podemos no entanto encontrar os seus passos precisamente no Kuban river, que dá nome á região da Rússia onde vive a miúda do vídeo.
O desaparecimento dos Shulaveri foi rápido e em cataclísmico. Mas podemos encontrar registros que eu considero ser os resquícios dos mesmos a fugir junto ao Mar Negro, por ali onde mora a miúda, conseguiram subir o rio Kuban e parar em sítios como Svobodnoe e  Mesokho sítios arqueológicos que podem ter sido pedras angulares nesse caminho para as estepes onde encontraram pessoas que eram cheios de ADN EHG e assim, na combinação dos dois, nasce a genética Yamanya que depois invadiu a europa e que hoje faz parte do nosso admix genético. E as pessoas não tem a perceção correta do que isso significa.
Por exemplo a nossa ideia que Deus vive no céu, que os deuses estão lá em cima, ou os montes olimpos que são coisas muito antigas porque derivam do proto indo-europeu, da língua PIE, e isso advém do facto, pela perspetiva de um Shulaveri o sol nasce, rebentando sobre os montes da cordilheira. Eles viviam nos sopés e era um explodir de luz sobre os cumes que os dominavam. Como estão a ver, ainda hoje todos os povos indo-europeus mantém essa imagística, certo?

E escrevo isto porque esta região possuiu muita genética EHG e não estando a dizer (porque é muito cedo para isso) que os branquelas loirinhos de olhos azuis vieram dessa genética EHG, até porque os Yamnaya eram no essencial de olhos escuros e cabelo preto e tinham uma componente EHG. Aliás já se sequenciou EHG que eram assim como os Yamanya e EHG que eram branquelas, loiros e de olhos azuis.
Isto lembra-nos que os Europeus, porque sempre tiveram fenótipos autossomais muito variados, com as mesmas tribos com pessoal loiro e olhos azuis e de cabelo preto e olhos castanhos e todas as combinações possíveis dos acima, são até prova em contrário as etnicidades mais tolerantes para com pessoas de raças diferentes. Por outro lado, visto que entre russos e ucranianos nenhuma diferença genética verdadeiramente existirá também nos mostra que isso não será impedimento de andar à cacetada sempre que a oportunidade de proporcionar.

PS: para quem quiser perceber in a nutshell o que é a shulaverian hypothesis.
https://shulaverianhypothesis.blogs.sapo.pt

 

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Partido Dejá vu

por Olympus Mons, em 28.01.22

Por vezes vejo a dificuldade das pessoas ao meu redor em perceber o que é politicamente o IL.

Já manifestei a ideia de que o IL não traz nada de novo ao pêndulo. IL é uma versão do PSD mas não tanto na formula que as pessoa acham, visto ser um pedaço do PSD mais á direita mas também, e para mim mais importante, um pedaço do PSD mais à esquerda que o centro do PSD.

Mas, mais importante que isso tudo, é aquilo que o IL representa nível de fenótipo humano. Parte do que assisto como fenómeno político relativo ao IL é claramente criação da Imprensa e das elites urbanas, as mesmas elites urbanas, que acharam e em parte acham ainda piada ao BE. - São os mesmos.

Mas gostava de explicar de outra forma. Da forma Haidtiana.
Nos estudos de Jonathan Haidt havia inicialmente as pessoas que só tinham (valorizavam) pilares sociomorais normativos (pessoas de esquerda) e pessoas que valorizavam todos os 5 tanto os normativos como os descritivos (pessoas de direita).  

Mas havia um glitch nos dados. Havia pessoas que não se enquadravam nem num nem noutro e eles voltaram ao drawing board e perceberam que eram pessoas que verdadeiramente só possuem uma afinidade com a liberdade (liberty) como pilar moral, daí que sejam libertarians, e para o efeito a teoria Haidtiana dos pilares morais teve que acrescentar liberty como o 6 pilar moral. Fora a liberdade individual, os Libertarians, os ILs, estão-se verdadeiramente a cagar para qualquer outros dos pilares morais essenciais às sociedades humanas, sendo caracterizados por uma forte tendência utilitarian assente na razão e por isso assente no erro de Decartes.  Na verdade os ILs desta vida denotam pouca valorização em todos, todos, os outros pilares morais: Harm/care, Fairness/cheating,  Loyalty/betrayal, Authority/subversion; sanctity/degradation.

Não se iludam. – tirando o apelo á liberdade, que concordo é um déficit em Portugal, o IL vai votar ao lado do BE e do PS em inúmeras coisas, curiosamente não porque acredite fortemente mas unicamente porque como se consegue colocar a questão como uma de liberdade e isso será sempre o suficiente para um libertarian. Mas não se iluda, se você quiser saltar de uma ponte um libertarian está pouco a marimbar-se nem isso elicitará qualquer reacção da parte deste. A adesão de um libertarian mesmo ao Harm/care é baixíssima, mesmo quando comparado com um chimpanzé.  Isto é pessoal que positivamente se está a marimbar. O utilitarian está-lhes no sangue e qualquer ilusão que esta gente irá perceber aquilo que nos une e nos cega enquanto seja o que for, enquanto identidade, enquanto país, enquanto civilização é pura ilusão.  Fica-lhes que num mundo de harm/care e fairness/Justice muita das questões podem ser colocadas sob a forma de liberdade ou opressão e neste mundo de esquerda (porque a esquerda também adere ao pilar da opressão muito rapidamente) os IL conseguem entrar dentro do mainstream com facilidade porque não estão a tentar introduzir nos conteúdos, na linguagem, os outros pilares banidos, os tais que bind and blind e que ao final do dia são o que cria capital social.

Tradicionalmente as pessoas da família política do IL, sentam-se politicamente entre as famílias políticas do PS e do PSD. Muita gente acha que o IL (e de certa forma aceita-se) é a ala de direita do PSD mas a verdade é que uma leitura mais atenta, uma observação mais atenta da sua atividade, mostra que por norma, na Europa, eles atuam entre os socialistas e os Populares e não há direita como se pode pensar. Não tenho dados que o suportem, ainda, mas tenho para mim que muito do crescimento do IL assenta em pessoas que votaram no PS ainda não há muito tempo e que agora querem mudança e a sua passagem segura não é votar no PSD mas sim votar no IL. – Sociologicamente para pessoas de esquerda votar no IL não ofende em nada as suas sensibilidades.
Aliás, até acho que o IL poderá ser, ainda mais, a surpresa destas eleições porque se apresenta como a coisa de cara lavada, sei que muito promovido pela imprensa, mas ainda assim um partido em perfeita consonância como o socialistão e com o regime e aí assenta a propaganda free que obtém por parte dos opinion makers do regime.  Como coisa nova num país sociologicamente de esquerda deve conseguir muito mais do voto jovem do que os restantes partidos. Existem ainda muitos jovens que vão votar e que possuíam ainda há pouco tempo dúvidas sobre em quem votar sendo que acho que uma inclinação notória deverá pender para os IL. O suficiente para bater os 5%? Talvez.

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Racista

por Olympus Mons, em 27.01.22

Gabriel Mithá Riberio é vice-presidente do CHEGA e seu ideólogo primeiro.

Não existe falta de pessoa a alertar para o facto do professor Mithá Ribeiro ser o ideólogo do partido CHEGA e não ser possível entender o partido sem entender o pensamento intelectual deste senhor.

Moçambicano, o homem que tem uma avó negra, uma avó Síria, uma avó indiana. Filho de pai católico e mãe islâmica. … Logo um postal card de racismo com certeza. - Aliás bastará olhar para esta fotografia do senhor para lembrar logo o klu klus klan…
Tem piada ver partidos como o BE ou o PCP que se atiram, conjuntamente com os seus fãs nos media, nas ruas e nas nossa salas de jantar chamando de racista e xenófobo ao partido ou a quem se associar a este, quando nós vemos tanto as suas estruturas, as suas peças e agentes, os seus congressos e reuniões e aquilo sim parece reuniões do Klu Klux KLan. 
Lá está, aquela coisa que só a esquerda consegue, que é olha para o que eu digo e se eu o disse sou dono da moral e razão , esquece lá o que eu faço.

Numa entrevista ouvi à tempos Mithá Ribeiro dizer que até debates onde participavam pessoas como Mamadu bá e que este o visava pessoalmente a ele, Mithá Ribeiro, ficava surpreendido porque a imprensa se recusava a entrevista-lo ou a convida-lo para ir aos ditos programas porque olhando para ele e apresentando-o como vice-presidente e ideólogo do CHEGA revelaria o ridículo dos seus epítetos.

Quem ouvir com atenção Mithá Ribeiro percebe o perigo que aquele tipo de pensamento, que ele tão eloquentemente se delicia a decorrer, representa para o fascismo Cultural de Esquerda que hoje nos domina. 

Podem, começar por aqui, pese embora já exista vários videos com o pensamento do senhor. - https://www.youtube.com/watch?v=0dN4CCs_7MM

 

PS: Não sei se já aqui disse isto, mas deve ser fetiche do CHEGA ter em todos os seus vídeos um som horrível.  Sinceramente começa a parecer de propósito. Será??

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O grande artista

por Olympus Mons, em 26.01.22

Ouvi vários dos 120 minutos, um programa da TVI, sendo que ontem foi António Costa.

A irrelevância que é para todos, inclusive para António costa, assim como para a generalidade da imprensa e opinion makers que António Costa diga que tem seguro de saúde (privado) e que os filhos andaram em escolas privadas é daquelas coisas que já por aqui alertei.
No dia em que a esquerda conseguiu esse feito verdadeiramente incrível que é estipular, não é garantir o direito de, é mesmo estipular, que o que dizes não tem nada a ver com o que fazes, foi o dia da capitulação da direita que nunca foi bem esclarecido como aqui chegámos. Porque foi o dia em que a vergonha deixou de existir. Dizia alguém que quando perdes a vergonha perdeste-a para sempre.

António Costa, como o grande artista que os portugueses gostam, passa os tais 120 segundos a responder, nunca, tudo, nada, não me lembro… sem verdadeiramente revelar nada. Mas nas perguntas acima mencionadas não teve pejo nenhum em responder que sim, tem seguro de saúde privado (que SNS é bom mas não é para ele e a família) que sim os filhos andaram em colégios privados (que Escola publica não é para a família dele obviamente).

Digo repetidas vezes que RAP, Ricardo Araújo Pereira, é os píncaros deste consentimento que é dado a alguém de esquerda de poder ter dois gelados nas mãos, lambendo avidamente cada um deles, enquanto faz uma predileção inflamada sobre os malefícios de comer gelados!

É mesmo assim. Enquanto esta dissonância cognitiva for permitida temos zero hipóteses de voltar a ter proporção na razão. – Sim, essa é a razão pela qual se deve votar no CHEGA. Só este partido parece, parece, estar disposto a não aceitar os ditames da esquerda, os axiomas permitidos e proibidos pela esquerda. – todos os outros, PSD, CDS e IL; aceitam tudo isto, toda esta hipocrisia, desde que possam continuar a ser convidados para ir às festas.

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Temperamentos e têmperos

por Olympus Mons, em 24.01.22

Estava a ler um artigo sobre o facto de estudos mostrarem que a esmagadora maioria de assassinatos em Washingon DC ser por motivos menores, motivos até triviais, que resultam de um descontrolo emocional.  Até os problemas entre gangs por norma começam por pequenas e inconsequentes disputas por qualquer coisa estúpida, nem que seja uma boca mandada por alguém nas redes sociais.

Este facto, de a maioria dos crimes serem então motivados por coisas que um pouco e mais eficiente controlo da raiva e agressividade teria evitado, sempre me deixou curioso sobre os detalhes dessa evidência.

Capture Hsuspects (1).PNG

Não deixa de ser relevante que a população civil mais armada do mundo,  os americanos, se excluir os assassinatos por parte da população negra que representa somente 12% da população do pais teríamos um ratio de assassinatos por 100 mil habitantes de qualquer coisa como 2.3 o que tornaria os EUA (ao invés dos 5.3) com números muito parecidos com o Canada de 2.0 onde a população negra é somente de 2.9% e onde as armas de fogo são muito menos comuns e a legislação anti-gun muito mais apertada.  
Meça unicamente a população branca nos EUA e fica com um número de assassinatos por 100 mil habitantes relativamente próximo de outras populações europeias de 1/100.000.
Esta imagem ao lado é de Washington, onde a populaçõa negra é 42% e mesmo sendo de 2000 as proporçoes se mantém igual aos dias de hoje.


Essa dissonância sempre me suscitou muitas dúvidas sobre toda a histeria anti-gun nos EUA e aquilo que tenta esconder.

 

Como sabem, sou daquelas pessoas que acham que os grupos populacionais tem temperamentos, ou se quiser as raças têm temperamentos, e que fingir que somos todos iguais sendo que tudo é nurture e não nature, acaba por ser uma forma de racismo desrespeitosa para com pessoas, de minorias no ocidente mas maiorias nos sítios de onde originam, que são obrigadas a ter vergonha do seu temperamento porque existe uma ideologia que ignora as suas diferenças. Temperamentos diferentes deveriam ter estratégias de educação e formação civil distintas no seu foco. Poder dizer que não é aceitável a cultura do badass mother fucker culture dos negros nos EUA porque cria o problema acima mencionado devia ser dito sem qualquer tipo de punição social e trabalhado na sociedade para reduzir tais comportamentos. A correta abordagem evitaria, por exemplo, os comportamentos agressivos dos interpelados negros para com as forças policiais (tantas vezes eles próprios minorias) tendo em conta que estes estão a fazer um trabalho que nunca sabem quando se vai tornar perigo para a sua integridade física. Fingir que são os policias que são uns psicopatas sem controlo emocional é que é receita para o descalabro.

Por outro lado, quando deixas um grupo populacional entrar numa sociedade tens que perceber que eles vão acabar por ser iguais a si próprios, enquanto identidade, sendo que devia ser do senso comum que isso terá um preço para o capital social que é muito difícil de gerar.  Eu entendo. O meu grupo de ocidentais no centro de Pequim, naquela altura, porque falávamos muito alto deixou os chineses nervosos.  Não deixei de reparar no facto e achar que devíamos respeitar melhor os costumes locais.  Da mesma forma, que devia ser óbvio que a existência da islâmica Molenbeek no centro de Bruxelas constitui um problema que durará gerações. 

A espécie humana tem dificuldade em criar ambientes onde o default mode do cérebro está descansado porque não encontra salient modes que o alertem.
O mundo divide-se de pessoas que até aceito por vezes exageram na reação à disrupção e violação  da norma, à intrusão do saliente,  e outras pessoas que infelizmente hoje dominam o munto para quem nada lhes suscita ameaça até ao dia em que lhes bate à porta. E quando te bate à porta há muito tempo que já passou a altura de ponderares, pensares e planeares o teu futuro.
mais tarde ou mais cedo existirá um desenrolar, um escalar, de metanorms (gossip, ostracism, confrontation) que atira tudo para o lixo. – Veja-se o que se passou nos EUA.

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Sequelas

por Olympus Mons, em 23.01.22

Quase uma sequela do post anterior.

Para que fique claro. O meu ponto em relação à campanha do CHEGA é que tinham a obrigação de antecipar os eventos e preparar melhor a campanha. E preparar a campanha não será só andar em almoçaradas e jantaradas. Lá está, essa é a parte que me irrita um bocado.

O CHEGA tinha que preparar ao detalhe os memes que queria. O CHEGA tinha que ter antecipado que iria ser ridicularizado pelas jornalistas e que iria ser ignorado em conteúdo com arte e engenho por uma maioria da sociedade Portuguesa que por ela o CHEGA estaria tão ilegalizado quanto o Partido Comunista no anterior regime. 
Competia-lhes ser competentes. 
Um exemplo: Compete-lhes, ainda, mostrar quantas vezes e com que duração tem a campanha do CHEGA aparecido comparado com os outros partidos nos segmentos dos canais por cabo (que tem maior audiência onde se elege mais deputados). Comparado com o CDS, com o IL, com o PAN, CDU, BE. – Tenho para mim que a discrepância é enorme e isso seria um meme que resultaria. As pessoas com potencial para votar no CHEGA não gostam que os tomem por parvos ou que lhes tentem negar a liberdade de decisão.  Esse era o trabalho do CHEGA, Trabalhar! Neste caso trabalhar dados ao invés de trabalhar almoçaradas. Esses que vão às almoçaradas já vão votar no CHEGA de qualquer maneira. 
A promoção que está a ser feita ao CDS e ao IL, ou mesmo ao PAN ou ao Livre, por vezes alternadamente no enfase parece-me demasiado descarada.

Eu percebo a ideia do “não te fazeres de vítima” que é tão cara ao André Ventura, mas o que me começa a parecer é que André Ventura está mais preocupado em parecer coligável do que em manter a liberdade de expressão que o trouxe até aos 7% de intenção de voto. Manter o tom que o trouxe até aqui, que é assinalar a Portugal que a sua discordância é com o regime, com o sistema de valores que nos está a dominar. – Ser coligável com o PSD em quê que altera o status quo que se implementou em Portugal após o 25 de Abril? Nada, rigorosamente nada!

Por outro lado, se tens dados para mostrar, então não te estás a fazer de vítima. Logo basta medir (trabalhar, ele que gosta tanto da palavra) e medir a forma, tempo e conteúdo dos segmentos dedicados ao CHEGA que passam nas televisões. Simples, não é? Se não jogar a cartada que o regime o está a tentar silenciar, se não jogar a cartada que nada muda se o Primeiro-Ministro for o Rui Rio o PSD mais socialista desde a criação do partido… Vai pagar o preço que merece.

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IL à porta do bairro alto

por Olympus Mons, em 22.01.22

Não sei até que ponto esta imagem corresponde verdadeiramente á realidade. Mas sei que é a minha perceção do IL.

O IL é a vertente libertarian do PSD de resto sendo perfeitamente alinhada com as posições societais da extrema-esquerda.  Diz-se que um libertarian ao final do dia não passa de um esquerdista que foi mugged pela realidade económica. Por isso se vê as posições do IL focada unicamente nas alternativas económicas e em tudo o resto mantém a mesma alegria pelo progressismo atavio e woke e alergia que partidos como o BE e a CDU possuem ao CHEGA.

Percebam que eu também sou, sei lá e vamos ao mais polarizado, a favor do aborto. Ou pelo menos não é algo a que seja contextualmente alérgico mas sim sou contra a ausência de maturação nas definições e explicações à sociedade sobre o que significa dizer a uma sociedade que a concepção de seres humano não é algo de extremamente importante  porque nós celebramos a existência de individuos e não adequamos a sociedade ao hedonismo da conveniência. - Fora isso, acho que 90% deste pessoal já os avós deviam te abortado os pais deles, quanto mais eles abortarem os possíveis descendentes.  Já vem tarde, diabos.

O meu problema é que como a maioria das pessoas que aborta já tem filhos e os que não tem por norma vão acabar por os ter mais tarde, esta conversa do aborto é demasiado parecida com método contracetivo. E, convenhamos, uma sociedade que acha normal acabar com a viabilidade de um feto como método contracetivo é uma sociedade que obviamente não estará à espera que as pessoas em geral interiorizem quaisquer deveres para com essa sociedade, certo?  Partidos como o IL tem piada, muita piada para as pessoas, confesso como eu, que vivem na selva da luta por rendimentos, lutando com concorrência internacional, com risco, vitórias e derrotas, altos e baixos e depois chegar ao final do dia, nas vezes em que ganho as batalhas aparecer no fim o estado a dizer “passa lá para cá a nossa parte… “que são eles que decidem qual é. Tem que se estar nesse barco para se perceber e o IL representa esse estado psicológico que é tão querido a quem está para além da jorna mas que em nada traz para os cuidados que todos nós temos, ou devíamos, ter para com os tais pilares e tenets morais que são descritivos, que são bind and blind nas sociedades. É que o facto de uma sociedade existir há muito tempo não significa que não acabe em pouco tempo. A existência de algo num determinado contexto geográfico é muito, muito mais frágil do que as pessoas pensam.

E ao final do dia a realidade tributária e económica dos portugueses vai ser definida nos sucessos e imposições da União Europeia, das medidas necessárias para impedir o colapso das dividas na Itália e na França e as nossas ausências de liberdade por fazermos parte do EURO…. E, assim e nesse caso, que interessa então votar no IL?

Votar no IL é votar no PSD, no PSD das intenções, no CDS do pragmatismo de Paulo Portas, na versão beta do regime saído do 25 de Abril e que numa convenção entre todos pertence por direito próprio ao Partido Socialista. És só mais modernaço. Serias aceite nas tertúlias do bairro alto. São só a última versao do Iphone.

André Ventura não se saiu mal nos debates. 
Mas isso não obsta a uma outra realidade. - A campanha do CHEGA, aquilo que nos chega (pun) está a ser um desastre.  Também pode ser porque quem define os segmentos, no tempo, no conteúdo e na duração, são as televisões e já não o próprio partido.  Contudo também não tenho visto ações do CHEGA nas redes sociais que demonstre inteligência para gerar conteúdos que se transformem em conceitos miméticos de sucesso. Nisso o IL parece estar bem mais preparado e pela ajuda que tem das televisões não me admira que esteja a ter os resultados que as sondagens tem demonstrado na última semana.

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Reality is a bitch

por Olympus Mons, em 21.01.22

A realidade é uma cabra insidiosa.

Tenho para mim que não adianta lutar contra uma narrativa se não souberes a verdade, e em alguns casos é obviamente impossível de declarar que temos a verdade, ou mesmo só porque consegues elaborar uma hipóteses alternativa.  Uma questão de honestidade intelectual.
Jurei também a mim próprio que não deixaria que as minhas obsessões arqeo-genéticas inundem, como aconteceu no passado, este blog.

Quer isto dizer que não adianta, aliás como nas questões relacionadas com as alterações climáticas, lutar contra as ondas. Quando a onda é enorme mais vale submergir e sair mais tarde do lado de lá da onda.

Mas existem coisas que vale a pena porque são comunicáveis.
Quando Reich, Haak, Johannes Krauser, Petterson (estão a ver o nomes e apelidos, certo) nos “mostram”, aliás com a ajuda de por exemplo o Rui Martiniano em Dublin, que apesar de todo o carbon dating nos dizer que os potes Bell Beaker (campaniforme) mais antigos de todos serem os da região de Lisboa (Torres Vedras, Oeiras) e também de longe onde são mais abundantes (basta ir pelos nossos museus ver) dizem-nos eles que “estranhamente” os Bell beakers originais da Iberia não eram as pessoas que se transforam nos pais genéticos de todos os Europeus. A europa existe há muito tempo, a Europa é os Bell Beakers, até por isso nós nos associamos como arqueiros e a imagem deste senhor da imagem nos é tao familiar como Europeus.
 Dizem eles que foi algo como uma religião que pessoas saídas da Península Ibérica passaram a um novo grupo na europa central e que esse grupo, esses sim os Bell beakers (de segunda geração) na sua essência os tais filhos do R1B_L51 e cheios da componente das estepes da Ucrânia (30-40%), essa nossa componente Yamnaya, a tal última componente genética da formação dos Europeus, teve uma explosão demográfica .Tanto um portugueses como um sueco são essencialmente feitos deste admix.

E pronto este é a verdade que é aceite por todos e ai de quem se atreva a levantar dúvidas.

Depois, depois aparecem papers como este. Nick, o famoso Nick Petterson de Berkeley, um dos nomes acima mencionados, tem este pre-print no biorxiv (https://www.biorxiv.org/content/10.1101/2022.01.18.476710v1.full.pdf)

Não vou entrar por este paper a dentro mas é genial o modo como se está a conseguir fazer zoom-in às datas de origem genética de alguns destes eventos genéticos que são a formação dos grupos populacionais. Não vou sequer entrar pela maravilha que é quando eles afirmam que esta componente Yamnaya na verdade surge primeiro cerca de 4500BC e essa componente criada nessa altura é o que vemos depois ser os tais yamanya (3500BC). Especialmente a componente de agricultor do Irão, na forma CHG, que combina comos Eastern Hunter gatherer e forma assim essa componente das estepes ou Yamnaya porque isso reforça as minhas crenças. -  Ainda hoje em dia considero que a urheimat dos proto-indoEuropeus foram os Shulaveri-Shomu. Novamente vou esperar o desenrolar do tempo e da verdade.

Não, não. A parte no topo da cereja é na linhas 448 até á linha 452.  Está lá, esta pérola das pérolas, este diamante dos diamantes!

Capture steppe Iberia.PNG

E tanta porrada eu levei por me opor à versão oficial.

Eh pá. Kid you not. – Quando eles modelam, nas milhares de samples de indivíduos que eles tem o ADN sequenciado, qual então é o ADN Yamanya mais antigo encontrado na europa? …. Sai-lhe um gajo em Mallorca, espanha, no meio do mediterrâneo, que está relacionado com os Bell Beakers, ainda antes dos Bell Beakers sequer existirem e tem uma data de 3200BC (3600-2800BC), que é quando a Ibéria se enche de pessoas. Os Bell beakers surgem depois em 2800BC em Oeiras e depois a sua explosão na europa ocorre de 2600bc em diante. Pouco depois encontramos na bohemia (republica Checa), na Alemanha e subitamente 90% dos britânicos são descendentes deles.

…. Isto nem encomendado. É como uma chapada na cara das assumidades todas.
Isto só dá para grizar até às lágrimas.

PS: sorry a quem achar estes assuntos assim mais chatos.

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Alucinados

por Olympus Mons, em 21.01.22

Por vezes esta coisa não convém deixar no ar…
Uso por vezes o argumento que mesmo lendo AR (6), o Assesment Report das Nações unidas sobre as alterações climáticas que o mesmo é enfático ao estabelecer que não é possível detetar nesta altura nenhuma tendência muito menos fazer attribution ao CO2 nos fenómenos climático-Meteorológicos. Furacões, secas, cheias, tornados, tempestades de inverno,  etc, etc … na esmagadora maioria um enfático nada.
Com uma exceção das heat waves. – Realmente estas estão a ser mais frequentes e com maior duração de dias. Problema seria fazer atribuição, mas também não interessa para nada.

Surge-me esta questão porque me mandaram um clip do Michael mann, este pulha da imagem e o homem do hockey stick, que continua a ser referenciado como “leading scientist on climate change” pese embora seja de todos o mais errado e desonesto.  Mas ao mesmo tempo emblemático de toda esta área das alterações climáticas onde , a bom exemplo da greta Thumberg, quando mais estapafúrdio e mentalmente desarranjado forem as tua afirmação mais te impões como uma assumidade.

Este pateta afirmou numa entrevista que as alterações climáticas matam mais por ano do que o COVID já matou. Estão a ver, o numero de mortes climáticas é mesurável, 21,500 contra os 18,000,000 de pessoas que já morreram de COVID.  Ainda há um século morriam 500,000 por ano e agora com as terríveis alterações climáticas morrem 21,500??

O problema das heat waves, e das mortes que provocam, é que veio acompanhado de uma redução das cold waves que matam 9 vezes mais que as heat waves!. Sim, feitas as contas, o tal aquecimento terá salvado a vida a 300 mil pessoas este século.

Este é o estudo publicado na Lancet a que me tenho referido por aqui e que se deu ao trabalho de modelar as mortes de um e de outro e concluir que , oops, afinal nesta questão da heat waves até tem salvo vidas.
https://www.thelancet.com/journals/lanplh/article/PIIS2542-5196(21)00081-4/fulltext

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As estrelas da companhia

por Olympus Mons, em 19.01.22

Tenho deixado passar estes dias para ter algo semelhante a confirmação. Confirmação que a imprensa deliberadamente tenta minar o partido CHEGA com todo o descaramento. Quem começa a ver os segmentos que são alinhados nas TV, especialmente por cabo que o fazem mais amiúde durante o dia, não pode deixar de notar que deliberadamente deixam o CHEGA para o fim. Sabemos que as pessoas têm uma capacidade limitada para seguir esses segmentos por isso ficar sempre para o fim significa que muitas das pessoas não te vai ver/ouvir porque mudaram muito de canal.

Alinham IL e CDS bem antes do CHEGA e depois entra o segmento do CHEGA que na maioria das vezes vem com um tom genérico de gozo e contento como se fosse a ovelha negra da família.

Podia-se dizer que ao final do dia é isso que as pessoas dispostas a votar no CHEGA estarão já à espera mas eu sou dos que acreditam que estas coisas tem impacto. Ao final do dia resultarão em qualquer coisa como menos 1-2% dos votos que teria o partido se o tratamento fosse mais equitativo. Há pessoas que não suportam ser associadas ao mau da fita. Tem a ver com a personalidade e quem estuda manipulação sabe que isso, isso de manchar, resulta e bem.

Seja como for, dificilmente o CHEGA terá menos de 6% do votos. E com esse número de votos será difícil bloquear a sua presença e emanação sociopolítica pelos media.   
Mas também se deve dizer que 6% nao é o mesmo que 9%.  Muito menos quando se verificar o que esse valor percentual significa em termos de deputados eleitos.

O IL corresponde aquela direita que, como aqui digo amiúde, sendo irrelevante historicamente e sociologicamente, não deixa de ser a direita dos factos, a direita dos facts dont care about your feelings que eu confesso me ser tao próxima.  No Votometro do Observador respondendo à queima sou claramente do IL, respondendo com racionalidade sobre aquilo que é relevante para o ponto em que nos encontramos sou claramente do CHEGA. E essa é a diferença.  Ter o IL coligado com o PS não está fora do reino das possibilidades e coligado ao PSD não passará de uma das sensibilidades do PSD que existem há 40 anos lá e nunca verdadeiramente marcou nada da governação. O IL é irrelevante. Serve para feel good do pessoal mas ao final do dia não mexe sequer o ponteiro.

 

O CDS do chicão não deixa de ter piada. Dando corda ao rapaz ele liberta aquele ar de beirão dos copos que todos nós gostamos de levar aos jantares de grupo. O gajo que até nos diverte. Um verdadeiro tuga mas completamente vazio de qualquer conteúdo ideológico ou até coragem politica. A culpa foi, como já aqui escrevi , da Assunção Cristas que achou que o espaço mais ao centro estaria vazio para ela e a sua versão do CDS ocupar. Como se não bastasse o PS e o PSD.

O CDS do chicão não é nada. E se alguma coisa é, ainda e assim, será um dos partidos do regime, o tal regime que já passou de validade.

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Perdedores....

por Olympus Mons, em 18.01.22

O que esta imagem nos mostra é que o futuro seria de homens brancos e mulheres asiáticas.

Capture dating (1).PNG

Fosse o futuro assim adivinhável.

Esta imagem é de um estudo de 2013, sobre preferências das pessoas que vão às dating apps com o Tinder ou Facebook, etc. Gostava de saber se e até que ponto isto ainda é uma realidade em 2020. Desde essa altura que muito esforço foi feito para mudar algumas destas variáveis. Mas mesmo assim, pelo que li, muitas destas apps passaram a proibir filtros por raça. Contudo estudos mais recentes que este de 2013 reportam essencialmente que as preferências ali reportadas eram ainda a norma.

Presentemente quando vemos um conteúdo, um filme, uma série, uma anúncio de tv vemos muita interracialidade mas não é propriamente esta do homem branco com a mulher asiática. - Nos idos anos 90, era eu um miúdo, lembro-me numas férias estar a fazer passeios (sim passeios físicos), a trabalhar no duro, em bairros ricos nos arredores de Toronto, às 7 da manhã com zero graus e quando os paizinhos saiam com os filhos para os levar à escola já nessa altura ficava surpreendido a olhar para a quantidade de casais que eram de um homem branco e uma esposa asiática.

Claro que eu sei que a esmagadora maioria das pessoas mantém preferências românticas por pessoas da sua própria raça, mas também sei, porque interessado em etnogéneses e em arqeo-genética que todos nós somos o resultado de uma combinação destas, de pessoas que em determinada altura eram de raças diferentes.
E nessas combinações, alguém ganhou e alguém perdeu. Desta vez não será diferente.

A distância, o fst genético, entre um WHG (western Hunter gatherer) e um EEF (agricultor do neolítico) era similar à que existe entre um homem branco e uma mulher asiática. A distância entre os agricultores do neolítico de anatólia e o agricultor do neolítico do Irão, ali até Nagorno karabah e com toda a sua genética de CHG (Caucasus HG)  que viveram milhares de anos perto um dos outros era tão grande como um homem branco e uma mulher asiática. – E arqueologicamente, com o apogeu do aquecimento global do neolítico quando olhamos de novo já estão miscigenados.  Ou seja, todos nós somos o resultado de miscigenação. Desta vez não será diferente. E desta vez é, com o presente aquecimento global, novamente altura de grande alteração etno-cultural e grandes alterações sociais.

Mas como das outras vezes todas alguém ganha e alguém perde.  No passado linhagens inteiras de cromossomas Y foram dizimadas e sobrou os vencedores, os homens vencedores desse encontro entre raças diferentes, desse encontro que foram imigrações. No caso da europa os tais R1b, na verdade o R1b…L51, que foi um homem que viveu arqueologicamente ontem (3500-3300BC, não mais que isso) é ele, ele um homem, o pai ancestral de 80% dos Europeus!  Percorra o mundo inteiro e aconteceu o mesmo por todo o lado.

Ao final do dia, ao contrário dos conteúdos hoje produzidos, o futuro homem com elevado capital social será muito provavelmente essa combinação de asiáticos com europeus e preferencialmente irá ser essa componente europeia a entrar no gene pool na asia e o mesmo no ocidente com a preferência por mulheres asiáticas.  
Quem perde, e interessante o estudo brasileiro, país onde a miscigenação decorre há mais tempo, e que nos mostra que a mulher negra é quem vai perder mais que todos os outros grupos como já hoje em dia ocorre no Brasil. Ao final do dia, mesmo com o esforço que a woke culture coloca em criar uma realidade alternativa, este será um grupo que será perdedor nestas revoluções do futuro.
Aliás, curioso a perspectiva de pessoas como Eric Kaufmann que nos diz que essas pessoas provavelmente se identificarão como brancos, como acontece com ele próprio que tendo ascendência alemã, judaica e chinesa se identifica como branco. Uma coisa que ainda estou por perceber é que os casos que encontro de casais bi-raciais Europeus/Asiáticos os descendentes mantém por norma muitas caracteristicas, uma predominância, Europeioide. Como o caso do próprio Kaufmann.

… ou não. Nestas coisa não é de todo fácil de identificar caminhos. Nada fácil.  A não ser a certeza que haverá vencedores e haverá perdedores. Isso, caros, podem levar para o banco e eu se depender de mim, fuck that, os meus filhos branquelas é que não vão ser dos perdedores.

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O meu tem 31 centímetros

por Olympus Mons, em 17.01.22

Fica a peculiaridade daquilo que provoca, ou não provoca de todo, dissonâncias cognitivas.
Hoje a notícia é que esta erupção provocou um aumento do nível do mar de 39 centímetros em Peniche (40 centímetros em Ponta Delgada). Eu gosto dos 39.

E gosto dos 39cm porque as melhores previsões do aumento do nível do mar até ao final do século é de precisamente 39 cm.  Matematicamente será esse o valor.
Evidente que em determinadas geografias será um pouco mais e noutras um pouco menos.

Na prática podíamos, e podemos então, medir hoje quais as catástrofes, quais os impactos desse aumento de 39cm em Peniche como um vislumbre das catástrofes que as terriveis alterações climáticas irão provocar no planeta com o aumento do nível do mar.  E encurtando isto, a verdade é que em Peniche nem notaram!

Pode ter havido um pescador, um, que por lá estaria a pescar numa rocha que deve ter notado, heish! Esta maré hoje está alta. Mas fora o avô Manel e as suas galochas, presumo que pode ir perguntar a todos os penicheiros se sequer notaram esse aumento terrível do nível do mar e de certeza que eles não saberão de que estará a falar. Tal como o nível do mar subiu 24 cm no último século e ninguém verdadeiramente viu a sua vida minimamente incomoda. Nem nenhuma espécie para ser verdade. Desejavam elas que fosse o nível do mar as pressões nos seus habitats nos últimos 100 anos.

O ponto do meu post é que, mesmo quando uma correlação como esta acontece, neste caso devido à erupção, traz as pessoas à realidade. Na verdade, o nível do mar até ao final do século não irá aumentar 39cm, porque isto resulta da aritmética da extrapolação dos últimos 40 anos até ao final do século, esquecendo de nos dizer que já houve alturas no passado em que o aumento anual foi similar a este mas que depois reduziu (o aumento do nível do mar não é uma constante). Minha aposta estará nos 31cm.

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A ver vamos

por Olympus Mons, em 16.01.22

Terminado os debates fica aquilo que era óbvio.

Tudo na mesma. As pessoas votam nos seus clubes. Seja esse o clube de sempre ou no caso do IL, CH, Pan nas versões novas dos seus antigos clubes. É assim aqui como será presumo na maioria dos países no ocidente.
Se excluirmos as sondagens da conveniência que sabemos como dá para fazer, a verdade é que temos o PS a ganhar, o PSD no osso dos 29% e o CHEGA como terceira força.

Vistas as últimas sondagens (como esta acima diária na CNN) não se distanciam da minha previsão feita em Outubro.

Relembro a minha previsão:
PS= 34 - 37%
PSD = 28 - 31%
CHEGA = 8.0 - 10%
BE = 5.1 -6.5%
PCP =4.4 - 5.5%
IL= 4%
CDS = 2.1%
PAN = 2.8 %

Espero sinceramente que as minhas previsões se concretizem dentro de 15 dias, que o CHEGA elega um número decente de deputados, que esses deputados sejam decentes, que o partido se mantenha decente. André Ventura já provou que caminha perfeitamente o arame do trapezista mas nada nos dirá que não seja Joacinado por algumas das pessoas que escolher. Ouvi as perguntas de um tal Jorge Moreira Pires que parece em tempos foi do CHEGA no fórum da TSF a André Ventura e fica claro que, como sempre acontece nestes partidos, os patetas gordos narcisistas de calcinha apertada e sapato bicudo ainda por lá andarão e prontinhos para minar o partido em prol dos seus egos. Gente pequenina. Leva anos a escorraçar este pessoal. Perguntem a Santiago Abascal. Por cá tenho a certeza que muito gente no CHEGA ainda lá está por causa das suas paranoias, dos seus complexos, frustrações. Gente que não quer nada mais que não seja um palco para berrar a sua pequenez e tacanhez (desde que votem, é só calar-lhes a boca).  

A importância do CHEGA está exclusivamente na preparação de alguma resistência de uma parte da população europeia que tem orgulho na sua identidade, na sua ethnogenesis, na sua história.
O valor do CHEGA está, na minha interpretação, exclusivamente nos parâmetros sociológicos que tenta introduzir na imagística diária das pessoas e no discurso social e político em que se distância do fascismo cultural de esquerda.
Que fique claro, só aceito votar no CHEGA, como mecanismo de luta contra o tal FCE.

E este fascismo instalado, por cá muito contextualizado pelo 25 de Abril, estando completamente hierarquizado em todos os estrados da nossa sociedade, mas sendo uma network fascizante nonetheless, é frágil (como todas as redes muito hierarquizadas) a partir do momento em que resistes, no momento em que não permites que sejam eles a definir o verbo tem a tendência para não conseguir montar uma resistência perseverante. Não desistas e os nódulos começam a trair-se uns aos outros.
E essa é a primeira métrica, o modo como contestas as normas do discurso permitido. Permitido pelo FCE. Não contem com o PSD ou o CDS para defender esse direito da esquerda definir o que é permitido, e claro muito menos o IL que são aquelas pessoas para quem identidades valem tanto como para alguém do BE.

 O mais importante é que o FCE é frágil mas, como todas essas hierarquias, é paranoica e muito reativa ou se quiser intempestiva. – A paranoia nota-se a cada comentário por parte de comentadores, politólogos e jornalistas no fim dos debates, nas palavras de qualquer convidado para analisar nos pasquim aqui do burgo.
Lembrem-se sempre disto. Uma rede demasiado hierarquizada está sempre mais podre quanto mais paranoicamente os seus elementos reagirem.  Nessa métrica, este regime apodreceu muito rápido, convenhamos.

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Colina

por Olympus Mons, em 12.01.22

Esperei pelo debate entre André Ventura e Francisco Rodrigues dos Santos, após o debate com Cotrim de Figueiredo do IL, para voltar a comentar os debates do CHEGA para as legislativas.

Para mim é claro que o PS vai ganhar as legislativas e também é claro que a esquerda vai ter a maioria dos parlamentares.  Por isso, muito do folclore a que se assiste sobre o que CHEGA vai viabilizar ou não é irrelevante. Mas para mim ficou claro a razão pela qual se deve votar no CHEGA a 30 de Janeiro sendo de certeza uma das decisões pivot na história política portuguesa recente.  -  Porque a decisão importante não é económica, nem verdadeiramente política, é acima de tudo SOCIOLÓGICA!

A minha decisão no sentido de voto centra-se unicamente no imperativo que sinto da necessidade das pessoas acordarem e votar nos partidos de direita que representam valores descritivos (vs valores normativos), no sentido haidtiano do termo, da Moral Foundation theory. Os pilares morais que sustentam o nosso mundo, todo,  porque até a China é Europa (até o direito implementado na China é com base no direito alemão) e essa legado tem que ser preservado porque não está descrito por ninguém uma alternativa. Ninguém nunca!

Os tais pilares descritivos que bind & blind da europa estão completamente abandonados à sua sorte. Ingroup, authority e purity, como não são sentidos pelas pessoas de esquerda foram removidos do discurso. Aliás, ouvi essa crítica do André Ventura ao CDS que deixou de ter coragem de defender aqueles pilares morais e alinha com o discurso permitido, pela esquerda, do harm/care e fairness/justice que é a inteireza da linguagem da esquerda.

Se votar fosse uma questão económica claro que votaria no IL. Se fosse uma questão da preservação do status quo claro que votaria no CDS/PSD. Claro que sim.  - Pois, mas não é!

Só André Ventura e o CHEGA têm um discurso que quebra o fascismo cultural de esquerda que nos envolve e só o CHEGA e André Ventura alerta em Portugal para os perigos de deixarmos, o mundo ocidental, de ser WEIRD (western, educated, industrialized, rich, and democratic), os perigos de perdermos a identidade que na verdade é a identidade do mundo inteiro.   O CHEGA está muito longe de poder verdadeiramente decidir politicamente o futuro dos portugueses. O CHEGA está muito perto de se tornar a voz que quebrará o fascismo cultural de esquerda.

Não se iludam. Estamos no todo da colina prontos para essa batalha, essa específica, e não ainda nenhuma outra!

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As correntes do Alqueva

por Olympus Mons, em 11.01.22

Ouvi a Helena Matos no programa contra-corrente que presumo que sabem é um programa liderado por José Manuel Fernandes. O programa de ontem era sobre energia nuclear e sobre o facto de a União Europeia se estar a preparar, ou  não, para considerar a energia Nuclear como energia limpa e verde. - Ora, eu não vou falar sobre nada disso! – Pachorra.

Eu vou falar sobre algo que ela, a Helena Matos, disse e que, no contexto do programa foi um fait-divers, aliá pelo qual ela até pediu desculpa, porque era algo que a deixava em brasa.

Mas que deixava a Helena Matos tão irritada? – Que na construção da barragem do Alqueva, porque interessava ao PCP a construção da barragem, não ouve laudas ou choradeiras, não ouve canções, tertúlias, artigos de rasgar vestes no jornal Público ou crítica mordaz no expresso… aliás, não ouve críticas de nada nem sobre nada relativo ao crime arqueológico que foi a construção do Alqueva.
É nestas coisas que se vê o poder da esquerda. O tuga guincha e chora por aquilo que a esquerda permite ou quer e mais nada. De resto é um pateta bebedor de bejecas e camarazito nas festas de anos.

Sim também é verdade que a construção do Alqueva ajudou arqueologicamente a estudar alguns dos sítios relevantes mas ao fim do dia, todo a imensidão de pequenos settlements e povoados, fortificados ou não, ficaram debaixo de água para nunca mais ser estudados.

Deixem-me tentar explicar:
No fim do neolítico, na transição do calcolítico, entre os anos de 3300 BC e o fim da idade do cobre com a chegada da segunda leva dos Bell Beakers em 2500 BC, nestes essencialmente 800 anos foi quando se formou a península ibérica. Até então era praticamente um deserto e de repente ficou cheio de gente, tanta gente que a peninsula ibérica se transforou numa das regiões da europa mais populosas, se não a mais populosa de todas. Essa gente pese embora se encontre alguns sítios populacionalmente relevantes em Espanha, o seu principal destino foi precisamente toda a extensão do guadiana e especialmente no lado que hoje é Portugal.


Quem me conhece, sabe que acredito que a formação de Portugal, Portugal nasceu, em sítios como Porto carretas, Mercador e Paraíso  que foram os povoados, fortificados, que selaram a entrada para aquilo que hoje é o Alentejo.- Estes sítios, no topo de morros em locais estratégicos onde seria possível passar o rio Guadiana para o lado de , esse lado de que hoje é Portugal, eram as fronteiras originais de Portugal, foi ali que se decidiu que só passava para o lado de , quem eles quisessem e pouco depois surgiu a cidade de Porto torrão que em extensão era maior do que a cidade de Ur na mesopotâmia e que teria perto de 20 mil a 30 mil habitantes! Ou que Perdigões (na herdade do José Roquete) era o sitio para onde vinha pessoas de todo o lado, algumas de sítios longínquos, para ser enterradas (ainda não se percebe bem porque).
Ora fora os sítios que mencionei acima, todos os outros, e devem ser muitos, muitos muitos, cheios de inhumations com ADN que deveria ser sequenciado para percebermos quem eram estes habitantes originais, ficou debaixo de água.

O público quincha, guincha como um porco, quando agricultores começam a plantar oliveiras em sítios onde existem habitações ou resíduos destes tempos, porque as raízes danificam algumas destas estruturas, e na minha opinião guincha bem, mas ficou calado na construção e inundação do Alqueva, não foi? Se alguém conseguisse pelar, deixar a descoberto, os primeiro 2 metros de terra de toda aquela região, ficaria siderado, pasmado para além do crédulo, com a visão arqueológica do calcolítico e idade do cobre. Agora tem que tirar a água também!

E ninguém piou, porque a esquerdalhada queria o Alqueva.

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Dar-lhes o AMOC

por Olympus Mons, em 10.01.22

No estágio onde eu estou estas coisas das alterações climáticas já só dão pica por peculiaridades.

"Francois Lapointe, Raymond S. Bradley. Little Ice Age abruptly triggered by intrusion of Atlantic waters into the Nordic Seas. Science Advances, 2021; 7 (51) DOI: 10.1126/sciadv.abi8230”

Este paper é interessante porque diz: Houve um aquecimento global no século 15 que levou uma idade do gelo no século 16-18!

Este paper é sobre o LIA, sobre o Little Ice Age, a pequena idade do gelo que ocorreu entre algo como 1500 e 1850. Até há bem pouco tempo ninguém se atrevia a publicar papers sobre o LIA, especialmente pelo poder hegemónico do gráfico do Hockey stick que estava por todo o lado e claro que falar de uma pequena idade do gelo a meio do stick de hóquei não fazia sentido, não é?
Quanto ao fenómeno em si, desde sempre a razão do LIA foi atribuída ao sol e ao pequeno glitch chamado Maunder Minimum, uma altura em que o sol deixou de ter sunspots e isso ocorreu em simultâneo com os períodos iniciais do LIA, levando a que sempre tenha sido considerado a melhor explicação. Alias, dos últimos textos que me dei ao trabalho de escrever sobre alterações climáticas foi precisamente para mencionar que nos últimos 2 a 3 anos parece que já é permitido começar a publicar estes trabalhos que mostram estes LIA por todas as regiões do planeta, especialmente no hemisfério norte.

A permissa é que houve um aquecimento global muito grande no período anterior. O que qualquer pessoa que procure nos livros de estudo era consensual no mundo falar desse período quente que por exemplo correspondeu à reconquista, às cruzadas e à formação de Portugal. Quem ler esses registos históricos sente, cheira nos textos uma época muito quente de invernos amenos.

Mas voltando a este interessante estudo.
De facto o que eles apontam  é uma explicação que tem muito, muito mesmo, a ver com as exatas condições climáticas que vivemos nos dias de hoje, e que pode levar a um arrefecimento geral das temperatura do planeta durante alguns séculos.

Para eles, a principal razão é a quebra, a interrupção do AMOC (Atlantic Meridional Overturning Circulation) que tem a ver com circulação de aguas quentes para as correntes polares e depois afunda e volta para sul… etc., etc.
Se há coisa que os cientistas nos alertam hoje em dia é que o aumento de águas quentes no mar de Beaufort no Alasca, o degelo e aumento de altas pressões sobre a Gronelândia podem levar à quebra do AMOC…esperem, mas é exatamente a descrição que estes cientistas fazem das origens do LIA (!). Será que no século 14, aquele aquecimento que levou a um degelo tal que provocou a quebra do AMOC também foi provocado pelas emissões do CO2? O CO2 viajou no tempo e provocou aquele aquecimento?

Estão eles a dizer que no século 15, após o Medieval warm period, tal como agora temos o modern warm period, vai acontecer uma quebra do AMOC e vai voltar o arrefecimento global?
Será possível uma coisa destas? Será possível que ainda se vá chorar pelo aumento das temperaturas?
Este mundo já viu de tudo.

Enfim, mundo de patetas.

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Kriptonite

por Olympus Mons, em 07.01.22

Não se concretizaram os meus receios sobre o perigo que António Costa trazia para o CHEGA… nem para ser honesto as minhas melhores expectativas.

Também percebo os cuidados de André Ventura para não estragar tudo mas custa-me, imenso, acreditar que não saiba qual a kriptonite de António Costa.

Para que os avaliadores do Expresso tenham tido uma votação repartida sobre quem ganhou o debate, que o mesmo tenha acontecido nos avaliadores da CNN Portugal não deve restar dúvida alguma que a prestação de André Ventura foi positiva.

E falava eu da Kriptonite e quem ouvi logo a seguir dizer qual era esse veneno para António Costa foi esta senhora, Manuela Ferreira Leite, num dos programas de debate em que participa com Fernando Medina. Ela deixou claro que acha que António Costa está mortinho por sair daqui, que não quer ganhar nada e quer ir ter com os seus amigos que estão na Europa. Em qualquer debate com António Costa esse seria o veneno, o kriptonite, que é dizer que não era ele que devia estar a fazer os debates mas sim Pedro Nuno Santos, porque esse será efetivamente o candidato a primeiro Ministro.

Capture AV obse.PNG

Mas ok, overall, André Ventura cumpriu. Melhor ainda, já hoje, onde cumpriu muito bem foi aqui.
"Sob escuta" programa do Observador de 1 hora. - https://www.youtube.com/watch?v=-G26mRPeJn0
Dada a possibilidade a André Ventura ele não tem receio de explicar o seu pensamento. E pese embora eu ache que por vezes é pouco desenvolvido e deixa alguma dúvidas ao final do dia nao é de todo menos substantivo do que aquilo que oiço dos outros lideres partidários. 

 

Capture obser.PNG

São vários os posts que coloquei sobre a posição de Miguel Pinheiro e seus minons no observador. E hoje ouvi André Ventura no “Sob Escuta” com Miguel Pinheiro e alguns dos seus meninos e no momento em que começaram com o truquezito do sarcasmo intelectualmente superior e André Ventura não esteve para brincadeiras e respondeu à altura. E à altura fez com que Miguel Pinheiro ficasse com esta cara e no resto da hora já não foi por “esse caminho”. Depois um dos seus minions tentou a mesma coisa e aí André Ventura usou aquela que é a arma que usada contra um jornalista o desarma a maior parte das vezes…” o caro não fez o seu trabalho,  Està a ver, o caro não fez o trabalho de casa e depois não sabe…”. Se há coisa que cala um jornalista em Portugal é isto porque ele, o jornalista, tem a certeza que não fez o trabalho de casa, não fez o seu trabalho e tem raiva de quem o faça.

Mais uma vez, se o CHEGA tiver um resultado mau (abaixo 7%) nas legislativas não será de todo pela performance do seu líder.

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Res_Publica

por Olympus Mons, em 06.01.22

O debate que vai decidir qual a votação que o CHEGA vai ter nas legislativas vai decorrer hoje à noite.

E eu gosto de falar antes, porque depois de sucedido toda a gente sabe tudo, hindsight is always 20/20. Quem puder que assista hoje, o debate que vai decidir se o CHEGA tem 7% de votos ou 10%.
 Não foi o debate com o BE ou com o PSD que vai ter o maior, o maior, impacto na votação do CHEGA. Com o Livre foi para queimar calendário – A capacidade que o André Ventura tenha de colocar hoje à noite no debate em check António Costa vai decidir a quantidade de pessoas de determinado segmento do PSD irá votar no CHEGA. E isso vai definir a votação do CHEGA nestas legislativas.

Se André Ventura sair do registo a que assistimos até agora e conseguir (que tem risco) atacar António Costa como o senhor do pouchochinho, o senhor do golpe palacianos no PS o senhor que está só a segurar a vela para a chegada do Pedro Nuno Santos porque se quer ir juntar ao seu amigo António Guterres ou ao amigo António Vitorino, um homem que já queimou o seu tempo e agora segura a velinha do outro, que já prepara a geringonça 2.0… existe um segmento do PSD, enorme, que é capaz de dar o grito do Ipiranga e votar no CHEGA. aliás, se as próximas sondagens derem o PSD a cair, podem crer que o CHEGA estará a subir e se isso acontecer e houver um bom debate de André Ventura com António Costa, bastando que o belisque, só beliscar, já dará para um salto nas sondagens.

Mas o receio que o CHEGA deve ter de uma hecatombe, como mencionei no post anterior sobre o tema, poderá materializar-se hoje. Nunca nos debates anteriores.
 António Costa é de outro calibre relativo a todos os oponentes que André Ventura enfrentou até agora… Mesmo considerando Marcelo Rebelo de Sousa!

 António Costa dirá a maior das mentiras do mundo como se fosse a palavra de Deus e toda a imprensa irá proteger a mentira ou as mentiras dele até ao dia 31 de Janeiro. Só tenho dúvida de qual a tanga ardilosa que António Costa irá descarregar no debate e que imprensa embelezará como uma bomba atómica que dizimou André Ventura. - Aliás, acredito que nem precisa de ser uma tanga muito elaborada que os media se encarregarão de montar as peças nas horas seguintes e dias seguintes que farão daquilo a maior joia política desde os debates da primeira república ou algo do género.

Se André Ventura não trouxer algo de novo e que perturbe António Costa será muito difícil sobreviver incólume ao trabalhinho preparado por quiçá dezenas de assessores que prepararam este debate. E não se surpreendem com nada que possa acontecer hoje, nem que seja insinuações trazidas, sei lá, pelo SIS ou outra manigância só ao alcance e privilégio do PS.

Boa sorte a André Ventura hoje, porque para um homem que se insurge contra o regime, e acima de tudo contra o regime dono disto tudo e que é pertença bem acima dos outros ao PS, irá enfrentar o representante máximo desse regime dos gabinetes de advogados e dos conselhos de administração de faz figura de tudo o que é res publica.  E esta é a república da Res_Publica (daí a palavra) do compadrio e do país do historicamente desenhado para ser poucochinho de forma a que eles tenham mais. Que nem ter muito conseguem, só mais. E isso CHEGA-lhes.

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emily in Paris

por Olympus Mons, em 05.01.22

Não vi!

Mas escrevo sobre esta série da Netflix porque li uma critica que me chamou à atenção sobre a série ou sobre a falta de qualidade da mesma pelo menos no gosto e percepçao do autor desse review. De alguma forma indiciava que a season 1 teria sido muito melhor que esta segunda.

O mais importante, e que me chamou a atenção, foi nessa review o autor insistia que “…bla bla bla, sobre uma jovem que passa a vida a tomar decisões que se revelam erradas e contraproducentes para a sua vida.

E entre a quantidade enorme de peculiaridades dos dias de hoje é exatamente essa infantilização de já adultos que domina muito dos conteúdos de ficção dos dias de hoje.

Não vi aquela série mas vi esta, Maid, aliás com uma jovem atriz que considero das mais talentosas da nova geração Margaret Qualley, baseado pelo menos loosely em factos reais.
Sobre as críticas desta série não li nada sobre o processo de decisão que o personagem principal denuncia mas, por muito empática que ela fosse, passei a série a pensar, mas como raio alguém consegue ser uma fuck-up a toda a hora como a personagem da série. A Jovem teve inúmeras oportunidades dadas por pessoas e ela conseguiu sempre fuck it up! - ¨claro que como terá sido a autora a personagem principal consegue, mais denunciado ou menos, culpar outros pelos seus erros. Mas ao final do dia isso mesmo… “que fuck up que esta gaja é” devia ser o theme da série.

Mas vivemos num novo pathos, agora numa persuasão das pessoas que cometer erros atrás de erros é que é bom e milénios a empurrar as pessoas a crescerem a ter cuidado com as suas decisões porque tudo tem consequências pessoais foi atirado para o lixo. - Obviamente que elogiar responsabilidade pessoal é coisa de direita, da maldosa e cruel direita ideológica, e isso é o que está fora de moda, é o que caiu quando a esquerda tomou conta da criação de conteúdos, seja no cinema, na TV, literatura (até a científica), marketing ou social media.

Esta gente, estas novas gerações, acha mesmo que não há problema em fazer a proverbial bosta a toda a hora porque a aldeia está lá para fazer com que não se estatelem no chão.  Eu não consigo dizer quais as consequências para o nosso futuro mas sei dizer que o incutir de responsabilidades resultou de milhares de anos a preparar as pessoas para o futuro e não para prazer hedonístico do presente.  – Quem não prepara o futuro, não se queixe depois.

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O próximo estágio

por Olympus Mons, em 04.01.22

Não comentei aquando do debate entre André Ventura e Catarina Martins. Esperei pelo debate com Rui Rio.
Queria ter a certeza.

E tenho a certeza que à exceção de uma hecatombe nas performances de AV, o objetivo está alcançado. 
Confesso que tive algum receio que se registasse desde o início, por muito pequenos que fossem, deslizes no discurso do líder do CHEGA que fossem deteriorando as bases do partido e se revertesse nos valores das sondagens. Não aconteceu. De todo.

Chega a ser patético assistir, tanto num caso como no outro, comentadores durante as horas seguintes e até dias seguintes a dizer o que Rui Rio devia ter dito, o que Catarina não disse, etc., etc., como se fosse um de-briefing do canto de um pugilista depois da derrota. – Esta gente, gente das televisões e rádios, nem se apercebe do ridículo que isso é!
 E isso ajuda o CHEGA porque as pessoas, as pessoas que poderão votar no CHEGA pelo menos, conseguem ver para além do truque. Quer se queira quer não o chega vai de certeza fazer uma racha na barragem do FCE, do fascismo cultural de esquerda, que vigora em Portugal. Aliás, como  no 25 de Abril e na democracia seremos meramente os últimos a faze-lo quando por toda a europa já existe este segmento por vezes há décadas.

Para mim é claro que a grande vitória do CHEGA será manter os valores que tem nesta altura nas sondagens. 7% ou 8% é muito bom porque consegue criar um grupo parlamentar e consegue colocar um conjunto de pessoas na ribalta dos media. Esse será o estágio 2 do CHEGA que é garantir que essas pessoas tenham acesso a debates, tenho poder para ter impacto nas atividades parlamentares que só o grupo parlamentar tem e não os deputados únicos.

Este estágio 2 terá que ser acompanhado pelo mais importante nos chamados estágios 2 da afirmação política para passar aos estágio 3.  - Agora vão-se chocar: O CHEGA tem que começar a colocar pessoas com tachos. Sim tachos. Se o Chega não conseguir colocar pessoas em cargos de administração publica que depois, pagas as contas do supermercado lá para casa deles, se possam dedicar ao combate político, não terá a capacidade de ter voz, nem unidade, nem lealdade. Quem tiver uma visão romântica do mundo ficará chocada, quem souber como o mundo funciona sabe que ou é assim ou nenhum partido vai lá, nenhum partido passará da cepa torta.
O PS, e em parte o PSD mas em menor dimensão, obtém o seu poder porque possuem um mar de gente que faz o trabalho politico que dá dimensão. E todas elas têm cargos na administração pública. Também não é por mero acaso que os partidos vão adquirindo imóveis e património para gerar receitas. bem atirou AV à cara de Catarina Martins sobre o património do BE, não foi? – Tem que ser assim!

Após o dia 31 de janeiro veremos até que ponto o CHEGA conseguirá criar esta forma essencial ao acesso ao poder. No início, durante os próximos 2 anos basta ter os deputados e manter a coluna vertebral. Coluna vertebral neste caso é manter as vértebras todas no lugar sendo que no lugar é a não cair no que se assistiu no PAN e no LIVRE com os deputados a trair o partido seja por invejas, ciúmes ou meramente narcisismo.  – garanto-vos que é bem mais difícil do que pensam. Leva anos a separar o trigo do joio.
Mas depois, aos poucos, tem que criar pessoas cuja função é morder e criar conteúdos sem ter de se preocupar como vão pagar as contas lá de casa. Essencial. Porque o CHEGA, como o VOX em Espanha, só consegue vencer os debates se tiver gente que não faz mais nada que não seja preparar-se para vencer decididamente esses debates!

Mas fiquemos por aqui, por hora este estágio 2 parece, parece, estar atingido.

Parabéns ao André Ventura.

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Noites das facas longas

por Olympus Mons, em 02.01.22

Começamos o ano com sol e isso traz algum otimismo. Observamos a omicron com a sua infecciosidade mais ou menos inofensiva como sendo uma possibilidade de aceitarmos que entrámos numa endemia com o COVID após a fase da pandemia. Infelizmente parece que dentro de algum tempo será a Delta, bem mais mortífera que vai ser a vencedora dessa batalha com a ómicron. Vamos ver.

Não deixa de ser curioso o podcast de Joe Rogan com Robert Malone no dia 31 de Dezembro, o inventor da vacinas Mrna a ser tirado de plataformas como o youtube à mesma velocidade com que outros utilizadores fazem upload lá do vídeo completo. 
Ou assistir ao histerismo dos empregados do Spotify a exigir a remoçao imediata deste episódio. Claro que rapidamente se tornou o mais partilhado. 
Eu com toda a calma consegui ver (3 horas é obra) - https://odysee.com/@BannedYouTubeVideos:4/JOE-ROGAN-AND-DR-ROBERT-MALONE:c ) e ele mantém intacto as críticas que faz desde o primeiro minuto à ausência de informed consent no caso das vacinas. Faz sentido o pessoal investir em ver coisas no Odysee porque tudo o que o youtube censura é fácil ir lá e ver as coisas na integra.  Enfim, não que as pessoas queiram saber porque naturalmente preferem que lhes contem uma narrativa e lhes digam o que fazer. Não estou propriamente contra. Estou sim contra o modo como toda a gente cover their ass, e esse fenómeno de cover their ass parece estar normalizado e standardizado porque por todo o lado e em quase todas os temas hoje em dia o fazem. Seja nas vacinas, seja em assuntos como as alterações climáticas, ou mesmo sobre eventos corriqueiros… é sempre feito de modo a que ou seja de todo impossível imputar responsabilidades no futuro ou pelo menos muito, muito difícil faze-lo. Criaram a linguagem correta, criaram os pathos pelos quais tudo é aceite porque normalizado.

Por cá vacinamos como se não houvesse amanhã e caminhamos felizes e aos saltinhos para a terceira e quiçá quarta dose da vacina. Sendo à borla, tuga quer e mais nada. Claro que por um lado vamos salvar pessoas com comorbidades e com um sistema imunitário suscetível de não resistir ao SARS-COV mas por outro lado estamos a fazer esta experiência com pessoas a quem o vírus não é propriamente uma ameaça. Aquela coisa, que aliás Robert Malone insiste, da acumulação dos Lipid nano-particles, logo as spike proteins também, nos ovários ainda vai dar muito que falar. Como ele diz… as meninas nascem com todos os óvulos que vão ter no resto das suas vidas. Rezemos todos para que as piores preocupações de pessoas como ele não se concretizem. Porque a concretizar (bater na madeira) vamos ter toda uma geração de ocidentais a passar as passas do algarve ainda mais duras com problemas de fertilidade, natalidade e deformações. – Pessoal, evidente que é receios e receios é para ter fé e esperança que não se concretizem.
Mas ao final do dia pergunto-me se esta gente que hoje controla essas mesmas instituições tem a noção que a concretizar estes medos, desejando todos nós que não se concretize, o modo como as instituições se comportaram não deixam outra hipótese que não seja a completa destruição das mesmas? O arrasar até ao chão de toda e qualquer instituição política, regime, governação ou administração?
Eu sei que este pessoal acredita mesmo que basta dizer “pandemia, era uma pandemia… pandemia, pandemia…” e a maralha vai atrás do kayfabe que na altura eles concitarem nas pessoas.  Contudo… - Contudo tenho um feeling que nisto, nestas coisas, o pessoal tira a faca da bainha e faz noites das facas longas bem mais rápido, bem mais rápido do que esta gente julga e aposta nesta altura.

 

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