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barradeferro

barradeferro

06 Jan, 2022

Res_Publica

O debate que vai decidir qual a votação que o CHEGA vai ter nas legislativas vai decorrer hoje à noite.

E eu gosto de falar antes, porque depois de sucedido toda a gente sabe tudo, hindsight is always 20/20. Quem puder que assista hoje, o debate que vai decidir se o CHEGA tem 7% de votos ou 10%.
 Não foi o debate com o BE ou com o PSD que vai ter o maior, o maior, impacto na votação do CHEGA. Com o Livre foi para queimar calendário – A capacidade que o André Ventura tenha de colocar hoje à noite no debate em check António Costa vai decidir a quantidade de pessoas de determinado segmento do PSD irá votar no CHEGA. E isso vai definir a votação do CHEGA nestas legislativas.

Se André Ventura sair do registo a que assistimos até agora e conseguir (que tem risco) atacar António Costa como o senhor do pouchochinho, o senhor do golpe palacianos no PS o senhor que está só a segurar a vela para a chegada do Pedro Nuno Santos porque se quer ir juntar ao seu amigo António Guterres ou ao amigo António Vitorino, um homem que já queimou o seu tempo e agora segura a velinha do outro, que já prepara a geringonça 2.0… existe um segmento do PSD, enorme, que é capaz de dar o grito do Ipiranga e votar no CHEGA. aliás, se as próximas sondagens derem o PSD a cair, podem crer que o CHEGA estará a subir e se isso acontecer e houver um bom debate de André Ventura com António Costa, bastando que o belisque, só beliscar, já dará para um salto nas sondagens.

Mas o receio que o CHEGA deve ter de uma hecatombe, como mencionei no post anterior sobre o tema, poderá materializar-se hoje. Nunca nos debates anteriores.
 António Costa é de outro calibre relativo a todos os oponentes que André Ventura enfrentou até agora… Mesmo considerando Marcelo Rebelo de Sousa!

 António Costa dirá a maior das mentiras do mundo como se fosse a palavra de Deus e toda a imprensa irá proteger a mentira ou as mentiras dele até ao dia 31 de Janeiro. Só tenho dúvida de qual a tanga ardilosa que António Costa irá descarregar no debate e que imprensa embelezará como uma bomba atómica que dizimou André Ventura. - Aliás, acredito que nem precisa de ser uma tanga muito elaborada que os media se encarregarão de montar as peças nas horas seguintes e dias seguintes que farão daquilo a maior joia política desde os debates da primeira república ou algo do género.

Se André Ventura não trouxer algo de novo e que perturbe António Costa será muito difícil sobreviver incólume ao trabalhinho preparado por quiçá dezenas de assessores que prepararam este debate. E não se surpreendem com nada que possa acontecer hoje, nem que seja insinuações trazidas, sei lá, pelo SIS ou outra manigância só ao alcance e privilégio do PS.

Boa sorte a André Ventura hoje, porque para um homem que se insurge contra o regime, e acima de tudo contra o regime dono disto tudo e que é pertença bem acima dos outros ao PS, irá enfrentar o representante máximo desse regime dos gabinetes de advogados e dos conselhos de administração de faz figura de tudo o que é res publica.  E esta é a república da Res_Publica (daí a palavra) do compadrio e do país do historicamente desenhado para ser poucochinho de forma a que eles tenham mais. Que nem ter muito conseguem, só mais. E isso CHEGA-lhes.

05 Jan, 2022

emily in Paris

Não vi!

Mas escrevo sobre esta série da Netflix porque li uma critica que me chamou à atenção sobre a série ou sobre a falta de qualidade da mesma pelo menos no gosto e percepçao do autor desse review. De alguma forma indiciava que a season 1 teria sido muito melhor que esta segunda.

O mais importante, e que me chamou a atenção, foi nessa review o autor insistia que “…bla bla bla, sobre uma jovem que passa a vida a tomar decisões que se revelam erradas e contraproducentes para a sua vida.

E entre a quantidade enorme de peculiaridades dos dias de hoje é exatamente essa infantilização de já adultos que domina muito dos conteúdos de ficção dos dias de hoje.

Não vi aquela série mas vi esta, Maid, aliás com uma jovem atriz que considero das mais talentosas da nova geração Margaret Qualley, baseado pelo menos loosely em factos reais.
Sobre as críticas desta série não li nada sobre o processo de decisão que o personagem principal denuncia mas, por muito empática que ela fosse, passei a série a pensar, mas como raio alguém consegue ser uma fuck-up a toda a hora como a personagem da série. A Jovem teve inúmeras oportunidades dadas por pessoas e ela conseguiu sempre fuck it up! - ¨claro que como terá sido a autora a personagem principal consegue, mais denunciado ou menos, culpar outros pelos seus erros. Mas ao final do dia isso mesmo… “que fuck up que esta gaja é” devia ser o theme da série.

Mas vivemos num novo pathos, agora numa persuasão das pessoas que cometer erros atrás de erros é que é bom e milénios a empurrar as pessoas a crescerem a ter cuidado com as suas decisões porque tudo tem consequências pessoais foi atirado para o lixo. - Obviamente que elogiar responsabilidade pessoal é coisa de direita, da maldosa e cruel direita ideológica, e isso é o que está fora de moda, é o que caiu quando a esquerda tomou conta da criação de conteúdos, seja no cinema, na TV, literatura (até a científica), marketing ou social media.

Esta gente, estas novas gerações, acha mesmo que não há problema em fazer a proverbial bosta a toda a hora porque a aldeia está lá para fazer com que não se estatelem no chão.  Eu não consigo dizer quais as consequências para o nosso futuro mas sei dizer que o incutir de responsabilidades resultou de milhares de anos a preparar as pessoas para o futuro e não para prazer hedonístico do presente.  – Quem não prepara o futuro, não se queixe depois.

04 Jan, 2022

O próximo estágio

Não comentei aquando do debate entre André Ventura e Catarina Martins. Esperei pelo debate com Rui Rio.
Queria ter a certeza.

E tenho a certeza que à exceção de uma hecatombe nas performances de AV, o objetivo está alcançado. 
Confesso que tive algum receio que se registasse desde o início, por muito pequenos que fossem, deslizes no discurso do líder do CHEGA que fossem deteriorando as bases do partido e se revertesse nos valores das sondagens. Não aconteceu. De todo.

Chega a ser patético assistir, tanto num caso como no outro, comentadores durante as horas seguintes e até dias seguintes a dizer o que Rui Rio devia ter dito, o que Catarina não disse, etc., etc., como se fosse um de-briefing do canto de um pugilista depois da derrota. – Esta gente, gente das televisões e rádios, nem se apercebe do ridículo que isso é!
 E isso ajuda o CHEGA porque as pessoas, as pessoas que poderão votar no CHEGA pelo menos, conseguem ver para além do truque. Quer se queira quer não o chega vai de certeza fazer uma racha na barragem do FCE, do fascismo cultural de esquerda, que vigora em Portugal. Aliás, como  no 25 de Abril e na democracia seremos meramente os últimos a faze-lo quando por toda a europa já existe este segmento por vezes há décadas.

Para mim é claro que a grande vitória do CHEGA será manter os valores que tem nesta altura nas sondagens. 7% ou 8% é muito bom porque consegue criar um grupo parlamentar e consegue colocar um conjunto de pessoas na ribalta dos media. Esse será o estágio 2 do CHEGA que é garantir que essas pessoas tenham acesso a debates, tenho poder para ter impacto nas atividades parlamentares que só o grupo parlamentar tem e não os deputados únicos.

Este estágio 2 terá que ser acompanhado pelo mais importante nos chamados estágios 2 da afirmação política para passar aos estágio 3.  - Agora vão-se chocar: O CHEGA tem que começar a colocar pessoas com tachos. Sim tachos. Se o Chega não conseguir colocar pessoas em cargos de administração publica que depois, pagas as contas do supermercado lá para casa deles, se possam dedicar ao combate político, não terá a capacidade de ter voz, nem unidade, nem lealdade. Quem tiver uma visão romântica do mundo ficará chocada, quem souber como o mundo funciona sabe que ou é assim ou nenhum partido vai lá, nenhum partido passará da cepa torta.
O PS, e em parte o PSD mas em menor dimensão, obtém o seu poder porque possuem um mar de gente que faz o trabalho politico que dá dimensão. E todas elas têm cargos na administração pública. Também não é por mero acaso que os partidos vão adquirindo imóveis e património para gerar receitas. bem atirou AV à cara de Catarina Martins sobre o património do BE, não foi? – Tem que ser assim!

Após o dia 31 de janeiro veremos até que ponto o CHEGA conseguirá criar esta forma essencial ao acesso ao poder. No início, durante os próximos 2 anos basta ter os deputados e manter a coluna vertebral. Coluna vertebral neste caso é manter as vértebras todas no lugar sendo que no lugar é a não cair no que se assistiu no PAN e no LIVRE com os deputados a trair o partido seja por invejas, ciúmes ou meramente narcisismo.  – garanto-vos que é bem mais difícil do que pensam. Leva anos a separar o trigo do joio.
Mas depois, aos poucos, tem que criar pessoas cuja função é morder e criar conteúdos sem ter de se preocupar como vão pagar as contas lá de casa. Essencial. Porque o CHEGA, como o VOX em Espanha, só consegue vencer os debates se tiver gente que não faz mais nada que não seja preparar-se para vencer decididamente esses debates!

Mas fiquemos por aqui, por hora este estágio 2 parece, parece, estar atingido.

Parabéns ao André Ventura.

Começamos o ano com sol e isso traz algum otimismo. Observamos a omicron com a sua infecciosidade mais ou menos inofensiva como sendo uma possibilidade de aceitarmos que entrámos numa endemia com o COVID após a fase da pandemia. Infelizmente parece que dentro de algum tempo será a Delta, bem mais mortífera que vai ser a vencedora dessa batalha com a ómicron. Vamos ver.

Não deixa de ser curioso o podcast de Joe Rogan com Robert Malone no dia 31 de Dezembro, o inventor da vacinas Mrna a ser tirado de plataformas como o youtube à mesma velocidade com que outros utilizadores fazem upload lá do vídeo completo. 
Ou assistir ao histerismo dos empregados do Spotify a exigir a remoçao imediata deste episódio. Claro que rapidamente se tornou o mais partilhado. 
Eu com toda a calma consegui ver (3 horas é obra) - https://odysee.com/@BannedYouTubeVideos:4/JOE-ROGAN-AND-DR-ROBERT-MALONE:c ) e ele mantém intacto as críticas que faz desde o primeiro minuto à ausência de informed consent no caso das vacinas. Faz sentido o pessoal investir em ver coisas no Odysee porque tudo o que o youtube censura é fácil ir lá e ver as coisas na integra.  Enfim, não que as pessoas queiram saber porque naturalmente preferem que lhes contem uma narrativa e lhes digam o que fazer. Não estou propriamente contra. Estou sim contra o modo como toda a gente cover their ass, e esse fenómeno de cover their ass parece estar normalizado e standardizado porque por todo o lado e em quase todas os temas hoje em dia o fazem. Seja nas vacinas, seja em assuntos como as alterações climáticas, ou mesmo sobre eventos corriqueiros… é sempre feito de modo a que ou seja de todo impossível imputar responsabilidades no futuro ou pelo menos muito, muito difícil faze-lo. Criaram a linguagem correta, criaram os pathos pelos quais tudo é aceite porque normalizado.

Por cá vacinamos como se não houvesse amanhã e caminhamos felizes e aos saltinhos para a terceira e quiçá quarta dose da vacina. Sendo à borla, tuga quer e mais nada. Claro que por um lado vamos salvar pessoas com comorbidades e com um sistema imunitário suscetível de não resistir ao SARS-COV mas por outro lado estamos a fazer esta experiência com pessoas a quem o vírus não é propriamente uma ameaça. Aquela coisa, que aliás Robert Malone insiste, da acumulação dos Lipid nano-particles, logo as spike proteins também, nos ovários ainda vai dar muito que falar. Como ele diz… as meninas nascem com todos os óvulos que vão ter no resto das suas vidas. Rezemos todos para que as piores preocupações de pessoas como ele não se concretizem. Porque a concretizar (bater na madeira) vamos ter toda uma geração de ocidentais a passar as passas do algarve ainda mais duras com problemas de fertilidade, natalidade e deformações. – Pessoal, evidente que é receios e receios é para ter fé e esperança que não se concretizem.
Mas ao final do dia pergunto-me se esta gente que hoje controla essas mesmas instituições tem a noção que a concretizar estes medos, desejando todos nós que não se concretize, o modo como as instituições se comportaram não deixam outra hipótese que não seja a completa destruição das mesmas? O arrasar até ao chão de toda e qualquer instituição política, regime, governação ou administração?
Eu sei que este pessoal acredita mesmo que basta dizer “pandemia, era uma pandemia… pandemia, pandemia…” e a maralha vai atrás do kayfabe que na altura eles concitarem nas pessoas.  Contudo… - Contudo tenho um feeling que nisto, nestas coisas, o pessoal tira a faca da bainha e faz noites das facas longas bem mais rápido, bem mais rápido do que esta gente julga e aposta nesta altura.

 

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