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barradeferro

barradeferro

28 Fev, 2022

Eu duvido

Apesar de só alguns (3 dos 36?) dos bancos Russos terem sido retirados do SWIFT vou assumir que serão os ou dos mais importantes.  Vou também assumir que quando países como a Alemanha ou Portugal se comprometem a enviar armas para a Ucrânia que essas armas ou já lá estão ou estão a caminho. Emocionalmente não conseguiria lidar se na verdade fosse um processo a ser iniciado agora visto estes processos levarem largas semanas se não meses a chegar ao terreno. Esperemos que não.

Por mim, enquanto for possível e detesto que a estejam a banir, a cancelar, a Russia Today news, lá vou vendo largas horas de propaganda russa. E isto é importante.
Porque para quem se dê ao trabalho de ir vendo aquele canal, a narrativa é tao boa ou tao má como a nossa, como aquela que nos é dada diariamente. E eu tenho alguma reação alérgica a narrativas, a tangas.

Sim, na RT news também tem civis a chorar, velhinhas a chorar de medo dos rockets ucranianos, edifícios a arder, sirenes. Explicam com imagens os movimentos Nazis dos ucranianos, os corruptos e menções diárias ao Joe Biden e ao Hunter Biden. Depois são convidados atrás de convidados em direto de Nova Iorque, ou Los Angeles, Londres ou Paris, com pronuncia americana ou britânica a explicar que é tudo uma cabala contra a Rússia, que a NATO provocou isto tudo (já percebo de onde vem a narrativa do PCP), com ONGs e grupos dos direito humanos a criticar os malandros da Ucrânia.  A libertação de criminosos pela Ucrânia para combater tem lá o mesmo tratamento que fizemos quando saddam Hussein libertou os dele. Também tem gente a falar dos libertadores russos, e que fora o mundo ocidental a maioria do planeta entende muito bem o que os russos estão a fazer e reconhecem o direito da Rússia se defender e defender o seu povo que estava a ser oprimido, nomeadamente dentro da Ucrânia…Eh pá aquilo está bem feito!

Por isso é que detesto narrativas. Tanto é a deles como é a nossa, das vítimas, dos heróis e das manipulações.

Gostava bem mais que houvesse constatações.
Algumas delas muito contra-narrativa atual – Grupos populacionais de dimensão considerável de outras identidades dentro das tuas fronteiras é mau. Estás a comprar briga. Essas pessoas não são más, mau é o facto de não pertencerem emocionalmente àquela terra se comparado com as expectativas. Enquanto grupo populacional e não como pessoas, claro. Porque ao final do dia enquanto pessoas têm todo o direito de viver a sua identidade porque ninguém vive, bem, sem viver a sua identidade.
As fronteiras existem por alguma razão.
Tal como nós também já o fizemos, nas próximas décadas não vai faltar gente que tem a certeza que mudar as tuas opções é justificadíssimo e, aliás, até em teu benefício lá bem no fundo!
Não vai faltar gente que teve vivências, cultura e até polimorfismos genéticos de indução de comportamentos e sensibilidades diferentes que vão querer impor esse seu sentir ao mundo e este mundo Ocidental estará no caminho.

A Ucrania é importante porque é um país que, tanto quanto percebo, se quer juntar aos "bons". Pronto simples. Eu gosto do que somos (fomos?) e acho que quem se quer juntar a nós para fortalecer a nossa força no mundo é dos bons. Simples não é? 
E ao final do dia fica aquela coisa nua e crua: Que é ter coragem de dizer, entendo, mas eu também tenho uma espada e se passares esta linha levas com ela. Ou, olha, gosto mais dos meus valores e acho que os teus não valem um boi.  Ou vive lá a tua vida mas nem cá a casa vens para jantar porque nem nada para falar temos.

Isto é passar por cima de narrativas, falsas equivalências morais ou políticas, que tornam tudo um programa de televisão. É o como é!

Sim existem os outros e existimos nós. Qualquer que seja o nós. E temos que afirmar a nossa identidade e dizer que isto tudo, isto tudo, foi inventado, criado e distribuído pelo mundo todo por um "nós" qualquer que saiu do temperamento que criou a civilização ocidental. Sendo que isso só é relevante para dizer que se quiserem mudar este mundo primeiro tem que nos mostrar que a vossa metodologia, valores e princípios é melhor que a nossa. Que o mundo que nos querem vender é melhor do que este criado pelos velhos ocidentais.  Eu dúvido!

26 Fev, 2022

... e mais ...

Capture twitter van der lyen.PNG

Foda-se!!!!

Eu não sei sobre as outras pessoas, mas sei que cada vez mais tenho dificuldades em lidar com isto. Não é a minha gente, não reconheço e muito menos respeito!

Hoje é um bom dia para nos interrogarmos. - Brexit, Espanexit, Portugexit, Francexit, Hungexit, Polonexit….  Fica a sensação que mais vale que comece isso depressa que eu já não aguento. -  Foi projeto giro, implementação de merda.

E a implementação ficou a cargo dos próprios povos. Não caio nessa de culpar os políticos, o eles, eles é que, não, não… fomos nós todos e tendo em conta que não fomos todos por igual, que eu não votei nos merdas antípodas de Trumps, sou mais evoluído que isso, e no dia em precisarem de mim eu reservo-me o direito de responder com as palavras agora imortais dos miúdos das ilhas das cobras no Mar Negro – Go fuck yourselfs!

E, tal como eu disse, a tanga é que interessa. Acabei de ver uma reportagem na CNN Portugal, sobre a força de reação rápida e claro, claro, que a entrevistada era do sexo feminino. 

Aliás, tal como estes soldados no Mali. Isto é gajedo por todo o lado, não é?
Este pessoal que nos governa, que nos encandeia, não tem medo do Putin, tem medo da filha lá em casa ou que alguém diga coisas más sobre eles no twitter e no facebook. É disso que este pessoal morre de medo. O nível de alucinação vai a esse grau.

E não se iludam, quando digo este pessoal,  vai até ao militar que está ali na caserna ao fundo. O militar da jantarada, do haxixe e das férias em vila nova de Milfontes. Isso é que são problemas à séria!
Vivemos a simbologia da derrota. 

 

Capture rute.PNGE quem escreve isto, também terá que aceitar que se diga que se a política europeia nao tivesse tantas mulheres em lugares de decisão e de influência societal, a Europa não seria esta massa amorfa, irrelevante e com claro déficit de cojones que sequer garanta a sua sobrevivência, não é?  
As moedas têm sempre duas faces.


Como vos disse, não tarda muito vamos voltar ao "novo normal" da conversa da tanga em que a fraqueza tomou conta das nossas vidas transvestida de progressismo. E vêm tudo do mesmo lado. - Uma elite, mimada, hedonista e fraca. 

Eu já voto no CHEGA... e vocês?

25 Fev, 2022

....Mas ele disse

Só um pequeno update ao momento que se vive, porque até fico confuso.
A indisponibilidade da Europa não é para lutar ou mandar os filhos correr em direção ao perigo. A indisponibilidade da Europa é para ser importunada com qualquer tipo de sacrifício ao seu bem-estar!

A indisponibilidade dos Europeus é para ter mais uma agrura no verão que se aproxima! Interromper as férias ao Dubai ou bali, Ou para não comprar o carro ou gadget novo que tem em mente porque vai pagar muito mais cara a energia ou vai ter juros das hipotecas mais altos. Ou outra coisa assim. Que isto fique bem claro!

É que com o passar do tempo, porque nem para sentir desconforto emocional um europeu está disponível, haverá a tentação de se bater sempre nesse batente que é, legitimamente argumentar, pelo menos legitimidade para argumentar que existe dificuldades numa sociedade evoluída como as europeias de mandar os filhos morrer pela terra dos outros.  - Aliá sou daquelas pessoas que acha que se houvesse um ataque da Rússia ou China ao território de algum país do leste da NATO, haveria de se encontrar uma desculpa para não se mandar tropas. Mandar refiro-me a tropas  de outros países europeus, não é achar que os jovens do Ohio tem toda a obrigação do mundo de ir levar tiros lá para onde quer que fosse. É mandar os nossos.  Eu entendo isso tudo.

Capture kirin.PNG

Vivemos neste mundo, neste do Konstantin Kisin que é um humorista no Reino Unido, nascido na Rússia, casado com ucraniana e que nos últimos anos tem, conjuntamente com o colega Francis Foster, feito das melhores sátiras à modernidade pequenina e woke das sociedades Ocidentais, o TRIGGERnometry.
Presumo que muitos de vocês conhecem o programa, mas eu alerto para os últimos episódios que tomaram relevância.

Que os últimos que tenham coragem de falar fora do kayfabe, fora das tais, as tais, meta-normas que gerem o que se deve dizer e até pensar, acabem por ser comediantes é em si próprio revelador. Que sejam pessoas como eles, seja Kisin ou Joe Rogan os arautos da liberdade e de sapiência que se revela clarividente também diz muito de nós, no Ocidente, nesta altura do campeonato. Esse era o papel de eruditos, académicos e figuras de respeito que colocavam os políticos na ordem, quando não eram mesmo eles que ocasionalmente ascendiam a fazer realpolitik em situações que o exigiam. Agora são estas pessoas que usando o humor conseguem manter os níveis de discussão minimamente são. Todos os outros ou enlouqueceram ou desistiram!

 Konstantin, até na discussão há dias com Farage dizia, antes dos eventos, que Putin iria invadir a Ucrânia. E quando lhe perguntavam porque, ele em estupefação dizia… “porque é isso que ele disse ontem na transmissão televisiva! – mas alguém no Ocidente ouviu sequer a intervenção dele?? “ Será que num mar de jornalistas, pundits e formadores de opinião do ocidente não tiveram sequer tempo para aturar uma hora de intervenção televisiva do Putin? – Isso interviria com o tempo passado no Twitter e no Instagram? Foi isso?

Aparentemente Konstantin estava correto, quando muitos, para não dizer quase todos, estavam errados.

Vale a pena ouvi-lo aqui!
https://www.youtube.com/watch?v=dNnq8gMAE-8&t=3260s

24 Fev, 2022

Vão precisar!

E não é que o gajo invadiu mesmo?!

Pode soar estranho. Mas continuo a achar que este assunto da invasão russa à Ucrânia não será de todo particularmente importante. Mudo de opinião se amanhã a Rússia for corrida do sistema Swift code, os 36 oligarcas forem corridos da europa e os seus assets congelados.  Aí mudo de opinião.  Já nem estou a falar de conflito armado com as forças armadas Russas, Deus nos livre, ou até fornecimento de armamento de ponta ao exército de defesa. Não, bastaria algo que não fosse a conversa dos “pacote” de sanções que estas, ao contrário das outras 400 anteriores, é que são mesmo à séria. Esta conversa até já dá nojo.

Se nada daquelas coisas mais sérias acontecer, eh pá, não me chateiem com essa conversa. Ninguém quer saber dos ucranianos a uma distância muito pequena das fronteiras daquele país por isso parem com o teatro.

Posso garantir que tudo o que se está a passar por essa europa fora, e pelo resto do mundo para ser honesto, é como mitigar o impacto nas bolsas, como manter o combustível russo barato a escorrer para a Europa, como manter o preço do crude oil em níveis comportáveis e até como não impactar muito algumas das exportações de luxo para a Rússia.

Passei há uma hora ali pela ceviche-aria do príncipe real com os seus menus de 70 euros e aquilo estava a abarrotar de camones dessa Europa fora. Ali, perfeitamente identificados com as suas roupas estilizadas e ornamentos de milhares de euros e ocorreu-me que era aquilo que a Europa quer e vai preservar. A todo o custo.

Não tenho nada a dizer contra. Só que aquela gente do hedonismo (que não os conheço por isso não sei quem são aquelas pessoas, mas é a impressão que me fica) não é a minha gente.  -  Esta é a gente do Kayfabe. Agora vêm as declarações, algumas verdadeiras obras de arte “não é só o barulho das bombas, oiço o barulho da cortina de ferro a mexer…” meu Deus, que poético.  E além das cores LGBTQ, o ajoelhar pelo BLM agora vamos ter as cores da Ucrânia por todo o lado e se calhar durante umas semanas até as cores nas camisolas ou bandas nos braços dos jogos de futebol.

Aliás o mais importante serão as imagens de soldados, aviões e misseis, nos países da NATO que fazem fronteira com a Ucrânia, especialmente porque haverá muitas imagens de mulheres soldado, e não me surpreenderia até alguns transgéneros.  Que isso é que importará nesta agenda de malucos.
Já os caixões, nem por isso.
Já os caixões a enterrar nas próximas semanas será de miúdos CIS com cojones de tamanho equídeo. Tanto russos como Ucranianos. Aliás agora é que devíamos perguntar quais são as quotas ou percentagem de mulheres nos soldados mortos que vamos começar a ver. Igualdade de género é uma coisa tão pertinente no mundo daquela gente, não é?  Quantas são de minorias, quantos são transgéneros ou LGB em geral?

Aos Ucranianos resta desejar sorte, que podem crer que ninguém vai verdadeiramente querer saber do seu destino. Desde que não impacte muito da vida do resto do pessoal ninguém quer mesmo saber e, se continuar a não haver resistência por parte das forças ucranianas dentro de alguns meses o assunto já estará dissipado.  
Fica a noção que não trates do teu país, como identidade, das tuas fronteiras e do modo como te defenderás sem depender dos outros e depois queixa-te.

Nem sei se o que desejaria na Ucrânia era uma resistência real. Resistência aos russos? Resistência a uma nação que se prepara para guerra há 20 anos e a quem tem sido permitido fazer o que quer? Da Geórgia ficaram com a Ossétia do sul e Abkhazia,  depois Crimeia… Eh pá, há 20 anos que ele faz destas e temos na europa dependência energética dele? Ah, ok, mas as centrais nucleares na Alemanha foram fechadas e já nem existe energia a carvão? Então, engulam lá a bala, Ó Ucrânia, que as cotas de CO2 serão cumpridas. – Não espero que os miúdos ucranianos morram por estes arvoamentos todos ou numa guerra que não tem hipótese de ganhar.

Também não acredito, e posso estar errado, que Putin fique verdadeiramente na região. Não me espantaria que como entrou assim sairá Putin mas não mais se falará da adesão da Ucrânia a nada que moscovo não queria.
Ainda assim seria o melhor outcome para todo o mundo.

Boa sorte para todos os impactados na região, aqueles que lá estão no mundo real. Vão precisar!

23 Fev, 2022

De Joelhos

Não considero o tema da Rússia-Ucrânia como um assunto particularmente pivot na atualidade como para o futuro. É o tema do jour mas em si não é relevante e só o comento em pura irritação

Capture trump jens.PNG

Relevante é perceber como um país, a Rússia, que tem o PIB igual à Espanha, que tem um PIB per capita que é um terço do espanhol (11,000€), menos de metade do Português e surpreendente só 3 vezes superior ao de Cabo Verde, consegue ter a Europa inteira pelas bolas. Isso sim devia fazer-nos pensar. 

Fossem outras as circunstancias, ou seja não tivesse sido Donald Trump a dizer estas coisas como se pode ver no vídeo (https://www.youtube.com/watch?v=Vpwkdmwui3k&t=217s)  após o minuto 2 deste tête-à-tête que teve com jens stoltenberg secretário Geral da NATO  em 2018 e este seria dos vídeos mais vistos no último mês. Imaginem que fosse Obama! Seria um insight épico de um ser genial e ungido de beatitude. – Tendo sido o Trump, passeio pelos media americanos e curiosamente a mesma notícia no expresso (olha que surpresa… eles mandam e feito é) que Trump disse que a jogada do Putin foi Genial. Como se não tivesse sido!

Esquecem de acrescentar que Trump disse que com ele Putin não teria coragem de fazer o que fez e veja-se que Putin bem quietinho ficou nos 4 anos do mandato de Trump, não foi?  Que Putin iria fazer alguma coisa com as regiões separatistas não é surpresa. Que ele avaliou e bem que os EUA de Biden pouco ou nada iriam fazer, também foi bem antecipado por ele. 

Mas que a Europa se tenha colocado nesta posição não deixa de ser curioso. Como Trump no vídeo diz, pedem aos EUA que os proteja de Putin e depois despejam biliões na economia da Rússia para os fortalecer?  - Quando se pensa nisto, não lembra aquela coisa dos romanos que já de desmembravam por todo o lado e continuavam a ser incapazes de repensar-se a si próprios, não era?

Não vou fazer análises políticas, ou militares, ou da verborreia que se houve a toda a hora nas TV. Não há pachorra. Mas que bem mais rápido do que se possa pensar lá vamos estar a falar das grandes ameaças das alterações climáticas, ou do metano das bufas das vacas, ou das percentagens de energia limpa da Europa conseguida com a produção de tudo e mais algum metal na Asia e não aqui… como se para o planeta não fosse irrelevante onde o CO2 é emitido.
E lá nos vamos sentar a ouvir dia após dia, após dia, estas lenga-lengas aprovadas pelo apropriado politicamente, em guerras épicas das definições de géneros ou dos pronomes, ou da premência das quotas de cargos de mulheres ou de minorias éticas, ajoelhados em vergonha não se sabe bem de quê ou representados por tudo o que não é Europeu em eventos para europeus, enquanto  aceitam como normal ser esfaqueados ou atropelados nas ruas ao som de Allah é grande…
Outros continuarão a ficar mais fortes. Veja-se como um país de um PIB minúsculo mete a Europa na posição que aparentemente mais gosta de estar… de joelhos.
E de joelhos será um serviço que os Europeus poderão prestar, não é? - Aparentemente cada vez maior é a mão de obra de gente que o sabe fazer.

23 Fev, 2022

Mar de felicidades

“Cross- national and longitudinal evidence for a rapid decline in life satisfaction in adolescence”

Michael Daly et al.

Pode parecer que dedico tempo inusitadamente sobre estes temas relacionados com os adolescentes. Convenhamos que escrever posts sobre a filha de Brad pitt e Angelina Jolie pode parecer tema frugal, mas aquela mesma jovem que já foi poster girl (Boy) para transgenderismos ainda vai acabar como supermodelo feminino ou mega ídolo feminino quando estrear no primeiro filme em bikini. Mas a bulshitada estava lá, até nas palavras da mamã da menina, Deus sabe com que consequência para muitos miúdos com pais com dificuldades em encontrar o outro neurónio.
Mas ao final do dia temos que nos lembrar que o futuro é , e server para, estes jovens. O que os

 Este estudo é curioso, porque nos demonstra, e estudos com quase 1 milhão de pessoas realizadas em 43 países são do real deal, nos mostra que de 2010 a 2018 o nível de felicidade dos adolescentes entre 10 e 16 anos caiu de forma dramática.  -Alguém que nos explique como é que esta asserção do direito dos jovens se manifestarem na plenitude da negação das normas é uma coisa boa e algo que o mundo esperava ansiosamente.  É que os miúdos cada vez são mais infelizes!  -  a ler https://psyarxiv.com/zdhe7/

Especialmente neste mundo em que nas expressões das apps que eles adoram, os Instagram e tik-toks, nos recreios e até salas de aulas, nas ruas e nos parques das cidades por esse ocidente fora existe um asseverar da negação do CIS, da negação da norma e do afirmar do fringe enquanto nova norma saída da tão amada intencional destruição dos status quo que a esquerda dona e senhora do estado do mundo adora… os miúdos, e especialmente, muito especialmente, as meninas estão com um decréscimo tão acentuado da satisfação com a vida? De 2010 para agora esse decréscimo é extraordinário. E isto tudo antes sequer da ocorrência do Covid. - Imaginem quando alguém medir pós-2022. Se já assim estavam em 2018, com os últimos 3 anos devem estar bem pior.

A quem mandamos a conta dessa infelicidade toda?

Quem é esta gente que governa o aceitável?  É a mesma gente que acha normal vacinar crianças para os proteger a eles. É a mesma gente que começou por empenhar o futuro dos filhos e netos com a inflação, quando esta já não dava endividou os filhos e agora vive alegremente a endividar os netos.
Sejam boomers, seja em portugal os comedores do camarãozito hedonístico nas festas e bejecas do ahhhh! ao final do dia, fica a sensação de toda uma geração que se intoxicou com dopamina rasca e nada deixa para quem vier a seguir. Nem uma educação e responsabilização de gente.

Cá em Portugal olhem para eles, que ainda hoje nas salas do elitismo, nao só nacional como Europeu, são os bêbados da aldeia global:

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade…

wink, wink , já vos falei de meta-normas saidas do 25 de Abril,  as tais que apodreceram em sistema, e sobre quem as criou?

22 Fev, 2022

É o depende...

Este post é sobre a situação na Ucrânia. - Porque ao final do dia é tudo igual.

Capture canada convoy.PNG

Quando Putin congela contas bancarias dos seus opositores é fascismo e autoritarismo dos atrasados dos Russos que nunca aprenderam bem o que é democracia. Quando Justin Trudeau congela a conta dos seus opositores, ainda por cima um grupo de canadianos que não tem até atividade política concertada… passa a ser mesmo o quê?

Quem veja o ângulo dado pelos entrevistados na CNN Portugal como eu vi, quem olhe para o que os media, comediantes, pundits, criadores de conteúdos ou opinion makers montaram como narrativa com os protestos dos camionistas canadianos fica com grandes dificuldades em perceber qual a diferença mesmo para a Rússia e propaganda do Putin??

Quando os mesmos camionistas viram as suas doações no GoFundMe roubadas e sob ameaça de serem entregues a outras entidades, quando a GiveSendGo quis entregar o dinheiro das doações na sua plataforma de funding e foi proibido pelos tribunais….. é mesmo o quê?

Quando na Europa dos valores se quis isolar só as pessoas não vacinadas como na Áustria, quando na europa dos valores se retira licenças de transmissão porque não se gosta do que determinada televisão transmite como aconteceu com a RT news na Alemanha, mas estão mesmo preocupados com os NAZIS de botas cardadas e QI abaixo da média? Já quando Orbán retira a licença a uma radio e cai o carmo e a trindade…estamos a falar mesmo do quê?

A lista é infindável. No final do dia é só a chegada da idade em que se perdeu a vergonha. Iremos pagar um preço doloroso por isso.

Oiçam, não vou fazer explicações que de certeza não tenho conhecimentos para fazer sobre o que os russos estão a fazer. Isso de tentares definir fronteiras dos outros é sempre uma coisa que me causa impressão.
Dito isso. Fica-me a sensação de que isto tudo podia ter sido bem mais bem gerido por toda a gente. Já tenho dificuldade em perceber bem o que Rússia é, quanto mais a afirmação de identidades da Ucrânia. Para mim a Rússia (e Ucrânia) é aquela coisa que saiu do fim do Khanate, das grand horde dos mongóis e só nessa altura por volta de 1600, mas que em certas partes durou até 1800, as pessoas daquelas regiões começaram a criar uma identidade reconhecível e até muito marcada pelos traumas desse domínio mongol e das estruturas sociopolíticas impostas por aqueles.

Quem veja imagens das celebrações das pessoas daquelas regiões agora reconhecidas por Putin, com fogo de artificio e lágrimas de felicidade, com gente a chorar os 6 anos de shelling por parte dos ucranianos…digam-me, aquilo é tudo falso?

Com mais de 80% da população que se identifica como russa, em regiões que só se fala russo, como é que queriam mesmo impedir isto que está a acontecer? – reparem aquilo não é a Catalunha onde nem 50% das pessoas querem ser independentes, mas sim regiões onde mais de 80% da população se identifica como pertencendo ao vizinho! 80% dos catalões não se identificam como franceses e querem ser franceses só falando francês… essas situações há séculos que já são frança. Ou Alemanha, ou seja o que for.
Na Ucrânia aquilo assemelha-se mais aos Estados Unidos em que estados do sul não tem particularmente muito a ver com estados do Nortes, ou algo assim do género, mas que acabam por viver sob uma união e bandeira. – A afirmação da Ucrânia, que com todo o direito podemos ler como uma comunidade de pessoas que se quer aproximar do Ocidente e que com todo o direito do mundo o deve fazer…mas isso implica também que deve ter particular atenção aos ucranianos do leste que querem ser russos, não? 

O que eu gostava mesmo era de um árbitro em que pudesse acreditar, munido de dados, estatísticas, sondagens de opinião isentas aos ucranianos e um pouco de isenção e verdade. Disso não vamos ter com os media atuais. Como podemos ver pelo exemplo acima, da imagem, é tudo uma questão de narrativa, de Kayfabe.

Capture vox 20.PNG

Claro que não se verá muitas notícias sobre este facto. O VOX nas últimas sondagens já é a segunda força política em Espanha.
Sabem que desde o início dos comentários que faço sobre o CHEGA tenho sempre dito, e muitas vezes colocado a dúvidas, se o partido de André Ventura conseguirá copiar a estratégia genial de Santiago Abascal.  Muito mais do que esperava tenho assistido a um trabalho notável do partido em emular os passos do VOX Espana.

A razão pela qual escrevo o post é porque aquilo que se tem assistido de forma recorrente, mesmo de pessoas não-esquerda, veja-se a Helena Matos, é dizer que o VOX não se compara com o CHEGA, que as pessoas do VOX não se comparam se podem comparar sendo de uma qualidade completamente diferente.

Não sei há quanto tempo este pessoal segue o VOX em Espanha, mas eu já o faço há muito tempo.
Hoje em dia o VOX apresenta caras jovens e compostas, com aspeto,  cheios de classe, intelectualmente agudos e adaptados aos novos tempos, em determinada altura indo a debates e literalmente limpando o chão com a esquerdalhada que ficava à toa com os seus argumentos e postura serena, com a lição sempre muito bem estudada.
Contudo não nos esquecemos que o VOX foi criado por pessoas velhas, de uma outra geração, como Alejo Vidal-Quadras e José Antonio Ortega Lara e não pelas caras jovens e bem apessoadas que hoje são as referências. Estas pessoas no início do VOX também se envolveram em polémicas. Sim, tal como o Pacheco Amorim com a história da raça caucasiana, que como demonstrei está 100% correto, sendo por declarações sobre o franquismo ou outras coisas do género. – Começa aqui o desafio às tais meta-normas que eu acho que o CHEGA também representa.  E, reparem, não estou a dizer que isto é errado ou certo, estou a dizer sim que numa determinada altura, quem diz que o rei vai nu, que as meta-normas, sim as tais meta-normas, não estão todas certinhas e corretas são sempre pessoas desbocadas que não tem medo do gossip geral do seus pares.  Por isso é esta gente que inicia os movimentos.
E nesta altura, que até possa parecer desagradável ou escusado, tem o CHEGA que dar VOX a esta gente. Tive receio em tempos que Ventura não tivesse conseguido enxotar os extremistas das calcinhas slim que acham que só porque conseguem verbalizar uma opinião, por norma estapafúrdia, esta terá qualquer valor. Mas ele conseguiu. E se tivermos que dar prémios esse devia ser o primeiro prémio a dar ao André Ventura. E muitas mais pessoas o CHEGA do André Ventura ainda irá perder porque se vão desalinhar com a dinâmica. Vereadores, membros os órgãos do partido, etc.  Faz parte da purga e essa ocorreu em todo o lado sempre que os partidos crescem e com o crescimento vem a maturação.

O que ficou no CHEGA penso que terão sido as pessoas corretas para esta fase. Gente que já se está a marimbar para o “olha o que vão dizer” e diz o que incrivelmente um número enorme de portugueses, vote ou não no CHEGA até pensa. Gente que já se cansou, gente que já não está para te aturar. Por isso o VOX foi criado com dinheiro dado pelo National Council of Resistance of Iran (NCRI) and People's Mujahedin of Iran (MEK), quer dizer com dinheiro dos Israelitas, e nem quiseram saber naquela altura – Fucking A, é assim mesmo!
Foram estas pessoas os primeiros a candidatar-se pelo VOX e assumo que foram essas também que foram eleitas pelo CHEGA.

Só depois, muito depois, apareceu as Rocio Monastério ou o marido Iván Espinosa de los Monteros e ainda mais tarde pessoas como Macarena Olona. Lembro-me do Miguel Sousa Tavares que foi a Espanha e o entrevistou ficando com aquela cara de burro que Deus lhe deu sempre que, com classe e tom, lhe respondia às perguntas.

O CHEGA terá agora que fazer esse caminho.  Agora tem que limar, ou polir, os seus bonecos.
Quem são as pessoas que melhor poderão responder às ansiedades das pessoas que votam no CHEGA? Deve o André Ventura criar o fenótipo dessas vivências, como as pessoas os imaginam, e encontrar rápido figuras para o partido que são a personificação ou os personagens que melhor representam aquele papel.

Fazendo isto, em Portugal como em Espanha dentro de poucos anos haverá uma outra conversa.  Uma conversa de gente ancorada na realidade, mais longe de qualquer tipo de hedonismo, longe da tibieza de gente fraca e pronta para olhar para o mundo como ele é ao invés de como ele deveria ser se fosse uma abstração.

20 Fev, 2022

Equívocos

Sobre este artigo do Alberto Goncalves vamos lá fazer uma derivada que me parece pertinente.  

Capture alberto IL.PNG

Quem se tenha dado ao trabalho de ler os post originais ou perto disso deste blog sabe que sempre tive presente a importância de se manter o olho nos mecanismos de game theory para entender a realidade que nos rodeia. Durante 50 anos de experiências bastou juntar as pessoas, voltar a correr o jogo e lá está: Surge a colaboração, dando oportunidade para tal surge na mesma altura e imediatamente os free-riders que cavalgam os outros não contribuindo e assim que é permitido por regras punir os free-riders surge os punishers que são pessoas que até aceitam um custo pessoal para punir os free-riders e com isso manter o jogo a decorrer, só assim existe sequer jogo… Simples e algo a que não podemos fugir.

Isto dito de outra forma, quando o jogo não é por exemplo monetário, ou de teoria dos jogos de bens públicos, mas sim de estruturas sociais passamos a falar de metanorms. - Como postulado por Axelrod nos anos 80 do século passado e que nos mostrou para manter o jogo a funcionar tem que se punir quem seja defectors, os desertores do jogo e só assim o tal jogo sobrevive. Novamente tudo normal.

Como já escrevi, nas sociedades evoluídas assiste-se a gossip (presumo que uma tradução aproximada será maledicência) como o mecanismo preferencial para punir os defectors da meta-norma ao passo que nas sociedades menos evoluídas assiste-se a ostracismo que por sua vez se correlaciona muito bem com o descambar para o conflito. Para que seja claro, as estratégias observadas são gossip-ostracism-conflict.

Mas esta derivada tao grande do artigo do Alberto Gonçalves foi porquê?
Porque, tal como eu disse em outros posts e desde o início da campanha eleitoral para as legislativas passadas, o IL, o iniciativa Liberal, não passa de um partido perfeitamente integrado no sistema de valores que nos trouxe até aqui. O IL morre de medo que ser associado ao CHEGA e com isso ser alvo do tal gossip que se reserva a quem quebra as meta-normas político-sociais que no caso portugueses são as saídas do 25 de Abril e impostas pela esquerda, pela extrema-esquerda, sendo claro que os seus dirigentes assumem que nao tem problema algum com todas as meta-normas da esquerda desde que lhes fosse permitido preservar uma maior fatia dos rendimentos gerados. Quer isso dizer que  O IL vai ser comido no momento em que o novo PSD pousar a sua nádega direita na cadeira do liberalismo económico que sempre foi sua por direito, como aliás me parece ser o caso se o escolhido para a liderança for Montenegro. Nessa altura o IL ficará com o voto de uma camada jovem urbana, betinha e privilegiada, muita dela saída dos colégios privados, para quem perspetivas de ganhar nem que seja 3000 euros ao mês não suportará a sua ideia de qualidade de vida que almejam para o seu futuro. -  De resto o IL é, e nem quer ser outra coisa, essa ala libertarian do PSD que em tudo o que não seja a economia se aproxima da extrema-esquerda com quem se cruza na noite, nas jantaradas e à porta dos pontos cardeais mais elitistas das grandes cidades. Não admira que portanto reclame o direito de se sentar ao lado desta, dos buddies, nas bancadas parlamentares por essa europa fora. 
O IL é parte do sistema que se instalou em Portugal após o 25 de Abril. Como tal será acarinhado e não se prestará a qualquer flagelação por parte desse sistema.

Por fim,
Desde que o CHEGA se afirme como o defector do sistema que resultou do regime e por conseguinte o desafiante da tais meta-normas que nos foram impostas deve perceber o que os espera no futuro próximo.

Quem se assumir do CHEGA deve ter essa noção bem clara. Nesta altura virá o gossip, a maledicência e calúnia em doses gargântuas provindos de todos os lados desse regime e por todos os lados da sociedade. E devem essas pessoas lembrar que ao ser as pessoas que se propõem a quebrar as meta-normas fascizantes saídas da esquerda do 25 de Abril (com o bom vieram essas coisas más) ao final do dia pese embora não seja essa a imagem que assistirão nos media e na comunicação social em geral, as sociedades em geral encaram essas pessoas como sendo mais poderosas. As pessoas do CHEGA já começam a perceber isso, que pese embora a maledicência generalizada nos contactos informais e até pessoais nas suas vidas são abordadas com respeito e até alguma admiração, porque as sociedades civis também reservam essa apreciação e até estima por quem tem coragem de.

E devem essas pessoas assumir que assim terá que ser a sua atuação política debaixo de calúnias (gossip), estando alerta e que devem fazer todos os possíveis para não permitir ou valorizar situações de ostracismo porque não será saudável para a sociedade em geral (porque levará a conflito verbal e se calhar até físico).

20 Fev, 2022

O outro lado...

RT,  Só uma mera nota…

Tenho feito um esforço para ir olhando para a RT news, que como sabem é um canal de propaganda russa que passa no canal 214 da NOS, tanto quando uma CNN ou BBC será de propaganda ocidental desde que esse ocidente confronte aqueles que eles consideram os maus.
O que mais me fascina na propaganda da RT é que eles conseguem emular na precisão a propaganda que durante décadas assisti nas televisões ocidentais e que para mim, como para a generalidade das pessoas à minha volta, fazia todo o sentido.  Aliás essa propaganda é feita com pivots e reporteres que são exactamente iguais na imagem e falam na mesma língua e com os mesmos maneirismos dos counterparts dos canais por cabo anglófonos. Ver as reportagens das regiões separatistas da Ucrânia é como ver, sei lá, as reportagens nos anos 90 no Kosovo. Ou até uma reportagem destes mesmos media ocidentais em partes como a faixa de gaza ou a Cisjordânia. Aquilo é só vítimas, indefesas, alvo de shelling e balas a toda a hora.
Autocarros cheios de gente a ser evacuados e jovens a alistar-se para defender a sua terra.
Sim, a RT também tem reportagens de crianças a chorar e idosos a morrer de medo dos obuses…  tudo igual. Ali não há Ucranianos a dizer que não fazem ideia do que o outro lado está a falar porque as suas tropas nem lá ao pé estão.

E reparem, eu sei que não é noticia pelos “lados de cá”, mas até aquela coisa dos jornalistas expulsos dos países existe, por não querer ouvir a verdade, como o exemplo dado pela Alemanha que baniu, kidyounot, a RT de transmitir na Alemanha.  Sim, na Europa dos dias de hoje, bane-se meios de comunicação social na mesma altura que se rasga vestes e faz-se ameaças ao Orban da Hungria por ter colocado em tribunal um jornalista! É tudo questão de narrativa.

E depois, como manda as regras a RT, salta para a decadência do Oeste como justificação por tais desvaneios.
Para coisas como a repressão dos camionistas do “convoy of Liberty” no Canadá, com agressões da polícia e de parlamentares canadianos a postular que o Canadá já é uma ditadura. Seguido da vergonha que foi o Doxxing das pessoas que doaram dinheiro para o tal movimento… isto visto assim e assumindo que os russos aceitam a narrativa reproduzida ou criada pela RT nada mais justo que invadirem os maldosos dos ucranianos que os estão a agredir os russófilos daquelas regiões, ainda por cima a mando dos maquiavélicos ocidentais.

Não havendo um árbitro, porque a imprensa ocidental já não o é, isto leva a que se consiga criar a narrativa que se quiser com os intuitos que se quiser.  Sem esses pregaminhos de verdade, ou se quiser de vergonha, tudo nao passa de causas e causas sem princípios criam-se às duzias de cada vez.

Isto, o atual estado do mundo, não vai acabar bem de certeza.

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