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barradeferro

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19 Fev, 2022

LUGs e GUGs

A aceitação das opções sexuais da pessoas, homossexualidade e bissexualidade já é aceite há bastante tempo. Não se pode usar a discriminação e pressões como sendo uma constante na vida de qualquer pessoa que tenha opções sexuais diferentes da norma. Há muito tempo que essas opções te impedem em génese de rigorosamente nada.

Diria a lógica que se esbateria ao longo destas últimas décadas essa brutal diferença de doenças mentais, depressões e tendências suicidárias das pessoas dessas minorias sexuais quando comparado com as pessoas heterossexuais. – Contudo isso não acontece!

  
Passeie num dia de sol nos jardins de lisboa e percebe que vivências e manifestações de homossexualidade são comuns e na verdade ninguém sequer repara ou indicia desconforto perante essas exteriorizações. Passeie-se pelas artérias mais centrais de Lisboa e o número de pessoas do mesmo sexo de mãos dadas é revelador de liberdade que felizmente estas pessoas já gozam. A prova disso é todo uma geração, a geração do tik-tok que se assume em valores consideráveis como BI ou homossexual… aos 15 anos, claro.

E… e, e tudo tem consequências.
Eu temo, ou tenho uma suspeita, que esta nova geração vai pagar um preço por essa moda. - Primeiro vai pagar um preço social porque as marés, tal como as modas viram, e nada é verdadeiramente eliminado do mundo digital

Mas mais importante um preço psicológico.

Já aqui escrevi no passado que por um lado considero errado alguma da pressão sexual que era exercida sobre os adolescentes, especialmente sobre as adolescentes, para que assumissem o seu papel na sociedade. Considero que os jovens crescem a um ritmo muito mais lento hoje em dia e isso deve ser tido em conta. Até prova em contrário considero que muito dos Homo e Bi-sexuais da gerações mais novas o são só até à primeira experiencias homossexual mais intensa e um número ainda maior na esmagadora maioria será nada mais nada menos de LUGs e GUGs. Termos que eu não conhecia e que significam Lesbian until Graduation ou Gay until Graduation.

Sim, a maioria será brincadeiras de LUG e GUGs!  - Mas num mundo bem diferente do período universitário das gerações anteriores.

E, especialmente as jovens que se assumem como lésbicas ou BI que como sabemos na sua quase totalidade acabam com vidas heterossexuais irão, no entanto, no futuro ter que lidar com a insegurança dos rapazes e homens que irão entrar na sua vida. Estes registos digitais, tiktoks, instagram,  etc  ficarão para sempre e legitimamente, e muito legitimamente diria eu, irão em números mais elevados do que seria de esperar perder parceiros românticos com quem tinham profundos sentimentos e expectativas de relação duradoura . – E escrevo estes parágrafos todos sobre um assunto destes, porque esses jovens heterossexuais também terão todo o direito do mundo, após os primeiros encontros sexuais (especialmente se foram do sexo masculino) ou um período relativamente curto não querer aprofundar uma relação com alguém que se assume (ou assumiu) como ambivalente sexualmente. Perfeitamente legitimo que o façam! É uma valorização do direito destas pessoas a terem também as suas inseguranças e atuar no sentido do melhor dos seus interesses que passará sempre por minorar as ditas inseguranças sexuais.

Viver com outra pessoa já e suficientemente difícil sem haver esses fantasmas.

Que fique claro, como já aqui demonstrei diversas vezes no passado, o número de homossexuais é muito pequeno quando comparado com chamemos-lhes jovens ambivalentes ou não definidos. Estes jovens que se identificam como Não-100% hétero ou bissexuais, que aliás a maioria acaba por não ter qualquer relação homossexual, mas quando avaliados passados 10-20 anos esmagadoramente identificam-se como heterossexuais e vão viver o resto da sua vida como heterossexuais. Ou seja, o tal fenómeno LUG e GUGs é o que é! -  Os grupos e identidades que serão gerados no futuro também serão o que é!

E, curiosamente e ao final do dia, se isto tudo criar um número inusitado de pessoas com graves dificuldades com doenças mentais, graves depressões e um número impressionante de suicídios será notado:

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1111/acps.13405?campaign=wolearlyview

E qual o problema que resultará do fomentar destas indefinições que até ao suicídio podem levar? -  Nenhum!   
Já nesta altura, ninguém gives a shit!

Quando alguém como eu se insurge contra a atual ciência, porque a atual ciência se politizou e quando assim é somente fica política e pouca ciência restará, fá-lo porque os exemplos são perturbantes.

Deixe-me dar-vos um outro exemplo.
Nesta altura falamos dos perigos da guerra na Europa. A posição de tropas russas junto á fronteira este da Ucrânia ou na Bielorrússia coloca a europa em perigo!  A Europa, às portas da Europa, Guerra pode chegar a Europa, segurança da Europa... mas, mas afinal não é asia central?
Porque quando falamos de ciência, eu passei o ano passado a concordar com as pessoas, e são muitas fora da academia mas com vastos conhecimentos das matérias em discussão, que se passavam dos carretos, que se revoltavam, com a publicação de papers, livros e apresentações internacionais que se referem a certas componentes do nosso ADN como sendo vindo da Asia Central com os tais Yamanya.  Não que eu seja particularmente sensível, porque não gosto de muita da atenção dado aos Yamnaya durante os últimos 10 anos, mas sempre concordei que raio de panca era essa de os colocar na Asia.  

Veja-se ainda há semanas, por isso um paper recente,  (Marnetto et al. 2022) que leva a artigos como este do Dailymail. (https://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-10489451/Europeans-owe-height-Asian-nomads-blue-eyes-hunter-gatherers.html)  -  Como esta gente da elite comunicacional , com a ajuda da academia,  quer alterar a história e pré-história Europeia em algo indefinido, inconsequente e aleatório, não se cansa de dizer coisas em paragonas como: Europeus devem a sua altura a nómadas asiáticos, os seus olhos Azuis aos caçadores recolectores originais (WHG) e o cabelo loiro (e cor de pele) aos agricultores da Anatólia (EEF).

A ideia é que europeus não existem porque são um bocado de caçadores recolectores que por aqui viviam, mas o resto e a sua maior parte de Agricultores que vieram do levante e do que hoje é Turquia e de outros ainda que eram os nómadas que vieram da Asia. Sendo que isto tudo ocorreu há muito pouco tempo, logo os Europeus não existem mesmo. – Esta é a narrativa que está subjacente a esta tanga toda.

Os Europeus até podem dever a sua altura, os mais altos pelo menos, aos Yamnaya mas considerar que as estepes da Ucrânia, é a Asia é só estranho e bizarro . Mas é assim o mundo de hoje. Tudo é fluido. Quando as tropas russas chegam ali é a Europa quando chega á academia, a cientistas e investigadores, sem qualquer vergonha, sem vergonha tipo Bernadinho do poligrafo ou cientista tipo Luísa Pereira, passa a Asia Central. Hoje em dia tudo é permitido. O mundo é dos incultos e burros.

Os Yamanya eram realmente altos. Algumas da ossadas encontrada eram até bastante altas. Sinceramente não me lembro qual se a Dnieper–Donets culture ou a  Sredny Stog culture, (do sitio onde estão agora as tais tropas russas!) mas uma delas era composta por pessoas altíssimas mesmo para os dias de hoje, culturas estas que junto com a caucasiana fundaram a tal steppe admixture, ou Yamanya admixture que é a terceira e ultima componente genética dos Europeus. – Mas esta gente toda vivia na Europa do Leste! Não é na Asia!

Até se podia argumentar se fosse junto aos Urals ou algo do género, mas esta gente habitava zonas que são claramente Europa seja por qualquer métrica que se analise a não ser que se queria argumentar que moscovo e Kiev é na Asia.

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E sim, em grande medida podemos considerar que o tom de pele mais claro e a cor de cabelo mais claro se deva aos Agricultores do neolítico. Até porque em nenhuma outra cultura se encontra tantos alelos relacionados com a cor de cabelo muito clara e os genes associados á cor branca dos europeus como a cultura LBK (genes SLC24A5 rs1426654, SLC45A2, rs16891982)  e realmente estas pessoas eram geneticamente quase 100% EEF, Agricultores da Anatólia. -  Esquecem sempre de dizer que os EEF sim que vieram da Anatólia e a nossa ancestralidade é essencialmente dos Barcin (do oeste da Turquia junto ao mar de marmara) e que esta ancestralidade é das pessoas que habitavam esta região, ou regiões, mas que foram substituídas por outras pessoa. Houve uma altura em que vieram colonos de outras zonas e por isso hoje em dia a genética das pessoas que habitam estas regiões do que hoje chamamos Turquia não tem nada a ver com a genética dos europeus nem dos EEF originais como os Barcin, etc.  Os colonos vieram e ocuparam fazendo com que, com o tempo, essa ancestralidade muito grega e troiana tenha desaparecido.  Foi sempre assim.
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Já os WHG, os tais caçadores recolectores originais da Europa, que seriam mais como esta imagem e não negros como por aí se vê escrito muitas vezes (veja-se as diferenças) tinham realmente os alelos todos dos olhos claros e pele escura e por isso muitos, mas muitos deles deviam ter olhos azuis. E também eram bem altinhos. Especialmente se comparado com os EEF que até poderiam ser branquinhos, lourinhos e pequenotes.

Este meu post não é sobre qualquer uma destas culturas que são pedras angulares do nosso passado. Cada uma delas daria um livro e viria cheio de nuances. O meu post é sobre o facto de vivermos num mundo onde pilares da sociedade perderam o tino e não existem árbitros para nos ancorar a qualquer realidade ou verdade. Vivemos mesmo na era em que os politburos da esquerdalhada define o que é a verdade e essa verdade passa a ser dogma tenha ou não qualquer aderência ou verosimilhança ao que factualmente se sabe. Não interessa, interessa sim as suas agendas e mais mada.

Cara Luísa e caro Bernardinho… Estamos fod*d*s!

Eu não me conformo.
Isto no seguimento do post anterior, porque não consigo digerir o trabalhinho do Bernadinho do polígrafo.

Em variadas outras áreas ao longo dos últimos 20 anos tenho assistido a todo o tipo de destruição do que era ciência tão mais saliente quanto mais essa ciência se alinhou com a política. Como dizia o outro, junta ciência e política, chocalha e no fim fica… política. Digo eu, junta ciência com ideologia, chocalha e no fim fica …. vergonha!
Aliás vergonha alheia é o que sinto ao ler as declarações de Luísa Pereira. Ou do outro senhor que nem me vou dar ao trabalho de ver para aqui reproduzir outra vez.

Estava a ler um paper de guo et al de 2020 e entre as imagens do paper está este heatmap com o fst fixation index que mede a distância genética entre populações. Aliás o paper é para mostrar que com um número incrivelmente pequeno de SNPs do ADN o programa deles consegue descobrir a ancestralidade de um criminoso.

Capture heatmap.PNG

Esta imagem acima, vale a pena ver com atenção.
Se os peritos, os cientistas que o poligrafo pediu para comentar as declarações tivessem razão esta imagem não existiria!

Reparem a imagem são 4 colunas e 4 linhas. No topo tem umas cores que significam os continentes. Amarelo asiáticos do este, vermelho Africanos, Azul Europeus, e verde indianos (subcontinente com punjabs, paquistaneses etc).

E como podem ver, um programa informático agarra em genomas de pessoas reais do 1000 genome project e coloca-os, arruma-os por continente! A mancha azul mais escura na diagonal mostra que a coluna dos amarelos alinha com a linha dos Amarelos a coluna azul alinha com a linha azul e restantes grupos populacionais. Se Caucasianos não existisse, se europeus não existisse, se fossemos de todo o lado então não haveria esse alinhamento de colunas com linhas, não era?

Um programa informático sabe instantaneamente e sem falhas a que continente aquela pessoa pertence, mais curioso ainda a atribui a que grupo populacional inclusive ele pertence - Foram buscar Africanos, de várias áreas, mas também Afro-americanos do sudeste dos EUA e o programa sabe quem é quem.  Ou que o programa sabe que as pessoas do CEU (Utah residents with Northern and Western European ancestry) lá no meio dos EUA são europeus e não se distinguem dos Europeus da Europa, dos caucasianos da Europa!
Que esta gente ache que o futuro deva ser como os negros norte-americanos (ASW) que em média possuem mais de 30% de genes europeus, daí que apareçam a azul (clarinho) no heatmap é uma questão de crença pessoal e que obviamente podem e devem defender as suas visões de futuro. Mas uma coisa diferente é negar aquilo que é uma realidade aos dias de hoje e especialmente negar a discussão sobre esse futuro se é o futuro que as pessoas realmente desejam. Aliás primeiro podem ir perguntar aos chineses se eles acham bem que as suas etnias se extingam.  

Se a Dra Luísa Pereira tivesse correta esta imagem acima não existiria e os azuis estariam por todo o lado na imagem e não concentrados no seu continente como de facto acontece. E bem alinhadinhos estão genéticamente as pessoas.
E não se iludam com os números.  - 1 é a distância de um humano para um chimpanzé! Logo 0,? Alguma coisa indica que estamos a falar de populações há demasiado tempo separados para criar uma quantidade enorme de polimorfismos, SNP e alelos, e essas… mutações, é aquilo que também é usado para se perceber se aquela população é lactose intolerante ou não, se é loira ou morena, etc.

Esse isolamento cria pessoas não só com genética diferente como muitas outras coisas que hoje em dia não sabemos. E essas diferenças devem ser interpretadas como força da espécie humana e não fingir, e mais grave, proibir inclusive qualquer referência a essas diferenças. Fingir realidade nunca resultou e não irá resultar nunca.

Fst.
“The fixation index (FST) is a measure of population differentiation due to genetic structure. It is frequently estimated from genetic polymorphism data, such as single-nucleotide polymorphisms (SNP) or microsatellites. Developed as a special case of Wright's F-statistics, it is one of the most commonly used statistics in population genetics.”

Esperei porque sabia que havia de vir. -  Tão certo como o destino e tão pertinente hoje em dia como nos perguntar-mos quem é que fact-check os fact-checkers?

Capture falso poli (1).PNG

O Bernardinho, uma pessoa que me começa verdadeiramente a criar reações alérgicas, lá apresentou o seu programinha com as diretrizes e tarefas e afazeres que lhe mandaram fazer (e quem mandou nem deve estar em Portugal) ele é só um executante. Tal como nos outros países, estas coisas existem como parte de uma propaganda ou como enforcer das tais meta-norms que tenho falado nos últimos tempos.

Mas primeiro, começo por referir as pessoas que ele apresentou como fact checkers. 

Luísa Pereira - Geneticista Inst. Investigação e inovação em saúde.
“O que é ser caucasiano?”É um tipo standard da região do Cáucaso. Estas populações são muito enriquecidas em ancestralidade da Asia Central e da  Asia  do Sul. A população portuguesa assenta nesse tipo? Nem por isso.”

Nem devia perder tempo com este tipo de resposta mas faço-o porque este tipo resposta tem muita piada. Verdadeiramente muita piada pela deflecçao que ela introduz á partida. Como se não soubesse o que se quer dizer com o “ser Caucasiano” ela pergunta e responde que bem caucasianos serão “as pessoas do Cáucaso que…bla bla…”  e que corretamente, hoje em dia tem um admix genético muito diferente do nosso. - Ora, como se Luísa Pereira não soubesse ao que se refere a expressão caucasiano e muito mais ela que está envolvida em estudos arqueo-genéticos.  Não deixa de ser freudiano a defeção que ela faz á partida.
O que ela refere a seguir sobre judeus sefarditas tanto quanto sei mantêm os haplogrupos do cromossoma Y originais (judeus) mas autossomas são iguais aos restantes portugueses (mantiveram a religião, mas foram casando sem critério).

Ou a conversa das invasões árabes/berberes que ela não sabe se foram via essas invasões que aquela pequena percentagem de ADN norte-africano (bérber e não árabe) que por aqui anda, 5%, ou se via originalmente de populações que vieram no 4 milénio antes de cristo.  Mas enfim…

Ou a outra “testemunha”…

Paulo Rodrigues Santos. -Inst. Imunologia da universidade de Coimbra.
“Não temos uma população homogénea. Somos uma mistura de populações que foram passando pelo território.”

Bullshit! - Claro, mas que populações?

Ao final do dia, pouco interessa este tipo de resposta. De um e de outro. Uma desilusão ou meramente foram escolhidos a dedo.  São pessoas que respondem dentro de lógicas como por exemplo da teorias woke, de géneros que não existem e são todos fluidos, etc.

Mas, novamente, ao final do dia que somos nós mesmo?
Quando Pacheco Amorim diz o que disse, seja qual for o significado que se atribua depois a isso, sejam necessárias as clarificações que forem necessárias, ou as definições que nos ajudem a construir um futuro… Isto primeiro e acima de tudo é o que nós somos.

capture PCA world 1 (1).png


Estão a ver aquele circulo? Aquilo são os europeus. Todos. Aquela Bola são todos os europeus, aquela bola são os caucasianos que podem reparar é um grupo muito compacto de pessoas e que representam 20% da população mundial.  Em baixo a vermelho tem os Africanos, a verde os Asiáticos e no meio a América (do sul e norte) que como são um continente multiétnico se expandem para todo o lado, ou se quiser manifestam pull para variados Admixtures.
Mas pronto, aquela mancha, no circulo que coloquei são os Europeus todos, são os caucasianos e dentro dos conceitos ainda aceites se chama a raça caucasiana.

 

Capture pca europe (1).PNG

Aliás, baixando a resolução daquela bola, como esta imagem, brincando com os eixos como fez o paper publicado na revista nature, podemos ter a europa inteira e como estão a ver em baixo os PT a roxo, os portugueses, não se distinguem autosomalmente sequer dos espanhóis e não se afastam dos restantes europeus como italianos e franceses que por sua vez também não se afastam dos restantes europeus. Os tais caucasianos. Pese embora já vos tenha dito que do ponto de vista da linhagens masculinas nos distingue dos espanhóis porque não existem Z195 em Portugal pese embora as populações originais devam ter sido as mesmas. Aliás como temos alguns genes HLA que só os Portugueses possuem.

Não, os Portugueses não são de todo o lado e as populações que foram passando pelo território eram como já expliquei, EFF+WHG+Yamnaya, sim eram os caucasianos que ainda hoje em dia somos! 

Como se chama às pessoas que se odeiam a si próprios e fantasiam ser outra coisa qualquer? Como se chamará essa patologia?

Quase em consequência do que escrevi no post anterior, fica estas referências que a tentativa de apagar a nossa identidade está em curso. Está em curso e se não tiveres identidade és fraco e dos fracos pouco mais tem ficado nessa ancestralidade que os autossomas das mulheres violadas, ou escravizada, ou quiçá voluntariamente em hipergamia escolhendo descaradamente os vencedores.- Dos outros, tem ficado muito pouco para rezar histórias.

 

Mais do que eu esperava, algo que me tem sido perguntado desde as eleições do dia 31 de Janeiro pelas poucas pessoas que ainda falo de politica é: “porque votaste no CHEGA?”.
E dar resposta a esta pergunta num jantar ou no passeio de uma rua é bem mais difícil do que se possa pensar.

Não posso dizer, porque as meta-normas saídas do 25 de Abril e em vigor em Portugal tem que ser desafiadas porque já são tão dogmáticas que se parecem demasiado com fascismo. Não é uma resposta que colha grande entendimento.  - Aliás, obviamente que as meta-normas do antigo regime também tinham que ser desafiadas exatamente pela mesma razão.

Um bom exemplo foi a reação geral contra o deputado Pacheco Amorim por ter dito que Portugal era originalmente composto por pessoas brancas de raça caucasiana. Não passaria pela cabeça de ninguém exercer punição sobre uma pessoa por ela dizer (esqueça até o originalmente) que a China é composta por asiáticos da etnia Han. Ou que os Camarões são compostos por pessoas negras de etnia Bantu. Nada. Coisa mais banal e verdadeira do mundo. Nem num sítio nem no outro as pessoas são todas com aquela característica! Certo? – Pacheco Amorim falou fora do kayfabe por isso não é o que disse que gera contestação é a quebra da norma que diz que são coisas que não se pode falar.

Há uma regra, uma meta-norm, saída do 25 de Abril que não se deve abordar a etnia ou raça das pessoas. Por isso seremos um dos poucos países do mundo que não sabe a composição étnico-racial da sua população porque, tanto quanto sei, é proibido perguntar até em inquéritos e sensos. O resto do mundo não estão todos errados. O CHEGA diz que isso tem que ser corrigido e temos que conhecer a composição étnico-racial-religiosa da nossa população. Que outra forma no futuro entenderemos os fenómenos sociais a tempo?- Ou seja até abordar determinados temas que na maioria do mundo ocidental ainda é banal, em Portugal já é tabu saído do 25 de Abril. E, reparem, 25 de abril bom, como o partir de uma parede, mas depois era preciso construir uma cozinha decente o que não ocorreu de todo. O CHEGA vem para corrigir isso.

Não se iludam. Foi a extrema-esquerda que impôs a multiculturalidade como meta-norma do discurso (ou seja não a podes contestar como bem) porque sabe que a melhor forma de destruir uma sociedade é injetar multiculturalidade. Novamente é só ler Robert Putnan para perceber que multiculturalidade no mesmo espaço físico é como cancro stage 4 no corpo de alguém. Como tudo o que vem da esquerda a narrativa que alimentam é unicórnio. Nunca se viu a funcionar, mas eles passam a vida a contar o conto.  Não estou a dizer que a decisão das pessoas depois fosse A ou B, mas sim que as pessoas deviam ser informadas e decidir sobre o que querem em relação a algo que não é de todo benéfico para criar capital social. Multiculturalidade nunca resultou como produto social. Nunca. O CHEGA vem para desafiar isso.

Se olharmos, analisarmos, a sociedade Portuguesa dentro de um jogo de teoria de jogos, seja em public goods game, seja em Norms game ou meta-norms game (no sentido de Axelrod) rapidamente concluímos que somos funcionalmente defeituosos mesmo na abordagem que fazemos aos free-riders (ciganos, Rendeiros, Ricardo ES, caciquismo,  etc.) que aceitamos como o inevitável fado. O CHEGA vem para alertar para isso.

Assim, “porque votaste no CHEGA?”
a. Porque não foram corrigidos os defeitos do 25 de Abril e da constituição e isso transformou-se num problema para a Democracia, enviesando sociologicamente o país.

b. Porque os fascistas nunca se apercebem que são fascistas.  Acham sempre que quem os desafia é que é fascista.  E exercem impiedosamente a punição correspondente se não forem desafiados a lidar com oposição ideológica.

c. Porque Portugal é politicamente tão enviesado que o Iniciativa Liberal se quer sentar à esquerda do PSD como se o PSD fosse um partido de direita conservador (quando é do centro esquerda). País politicamente desfigurado.

Em resumo. Mesmo achando que “já fomos” não consigo deixar de apoiar quem ainda vai tentar (cá como na Europa) porque a solução em qualquer sociedade começa por ser sociológica e só depois político-económica. – Quem além do CHEGA luta contra o FCE (fascismo cultural de esquerda)? – Ninguém!

 

PS:  Se este CHEGA têm estofo, vontade e estabilidade nos valores, para produzir esta alteração é outra conversa e algo que só o futuro o dirá. Isto quer dizer que dependerá da influência que Mithá Ribeiro tiver na definição, ou sedimentação, do discurso do CHEGA nos próximos anos.

12 Fev, 2022

Spin, spin?

Não escrevo este post para prever ou deixar de prever se a Rússia vai invadir a Ucrânia nos próximos dias.  – Não faço a mínima ideia.
Não é uma daquelas coisas em que me arme em Nostradamus, pese embora tenha desafiado uma data de gente ao intervalo  do jogo ontem Porto-Sporting para apostar que o Sporting teria um dos seus defesas expulso antes dos 10 minutos da segunda parte… levou 3 minutos. 

Sobre a invasão não sou perito no assunto por isso fico na expectativa. Considero que nas zonas da Ucrânia em que a maioria das pessoas se identifica como russa será difícil não haver uma tentativa, e provavelmente com sucesso, de anexar essas partes no futuro próximo. Como aconteceu na Crimeia e irá acontecer em muitos dos Oblast da parte Este e Sudeste da Ucrânia. -  Aliás, na minha opinião, os ucranianos deviam era preocupar-se em manter as outras partes onde não é assim tão manifesta a aversão dos locais aos russos. Num país onde quase metade da sua população fala russo em casa ao invés de ucraniano… está-se a ver o problema, não é?
Eu escrevo este post pela eventualidade de esta conversa da invasão ser uma daquelas distorções da perceção pública que até há poucas décadas não passaria e seria matéria de risos, atirar couves e ovos e shunning sem dó nem piedade para quem tentasse sequer considerar os outros assim tão estúpidos.

Aparentemente hoje Putin irá ter uma conversa telefónica com Joe Biden e se durante a próxima semana surgir o spin de que “Biden demoveu Putin de… “, ou “Biden consegue que…” , ou algo deste género, então estaremos perante aquilo pelo qual escrevo o post. -  É que esse truque, esse gimmick de spin político, ainda há não muito tempo seria imediatamente gozado pelas elites políticas, media e população em geral porque não é antecedido de momento interno (Ucrânia e europa do Leste) de alerta e aflição, nem de provas ou demonstrações de indícios por parte dos EUA.

Hoje tenho sinceras dúvidas se não estaremos mesmo a viver uma época em que o publico em geral é tão gullible, tão dentro de Kayfabes que até vai aceitar que isto seja feito meramente para desviar a atenção do momento politicamente frágil de Biden e dos Democratas na política interna onde Biden tem das taxas de aprovação mais baixas para um presidente nesta altura do mandato, com uma inflação surrealista, com uma maioria esmagadora dos americanos que mudou de sentimento e está contra os confinamentos, obrigatoriedade de vacinas e mask mandates, isto precisamente na altura em que se acelera para o midterm elections a 8 de Novembro.

Enquanto os americanos fazem alertas, com as ajudas dos destaques da CNN, NBC, BBC, etc, para o mundo que a invasão está eminente, dizem que vão retirar pessoal diplomático e pedem aos seus concidadãos que abandonem o país, não deixo de observar que todos os que vivem na “casa”, no país como nas regiões vizinhas, estão estranhamente calmos a fazer a sua vidinha com a maior das calmas.  Aliás, deixemo-nos de tangas, se a Rússia invadir as regiões onde a sua aceitação, e porque não dizer desejo, por parte da população até é bastante maioritária, não me parece que os restantes ucranianos se deixem chacinar para reconquistar essas regiões.

A lógica, que suporta que será extemporâneo este histerismo, diria que a estratégia correta por parte da Rússia seria aguentar esta pressão que faz nas fronteiras, aproveitar o verão que será mais fácil de manter as tropas com o animo elevado e só fazer a sua incursão na Ucrânia no próximo ano assim que a terra congelar. Por essa altura já toda a gente terá aceite o facto mesmo antes de acontecer e nem vai abrir telejornais mais do que um ou dois dias.  Diz essa mesma lógica dos dias de hoje que o pessoal papa tudo desde que lhe seja dado tempo para se habituar. Aliás lição bem dada pela pandemia.

10 Fev, 2022

Que valores mesmo?

Vivemos na Europa de valores, nesta Europa de valores, que ao final do dia não se entende muito bem quais são esses valores mesmo. Já nem falo de as pessoas passarem ao lado de Molenbeek em Bruxelas e fingir que aquilo não existe. 
O último caso, e aparentemente está a ter impacto na campanha eleitoral em França, tem a ver com uma reportagem de uma jornalista que apresenta um programa que tanto quanto sei aborda há 30 anos todo o tipo de temas controversos na sociedade francesa e nunca os elementos da equipa do programa teve que ficar sob proteção.

Ophélie Meunier é uma jornalista francesa que decidiu fazer uma reportagem sobre a vivência islâmica na secular frança.  Logo, Ophelie está sobre proteção policial. Gostava de perceber mesmo que europa é esta de valores que as pessoas tanto gostam de falar quando lhes dá jeito. Uma jornalista sob protecção por uma reportagem?  

Na europa dos valores há sítios como a cidade de Roubaix no norte da frança junto à fronteira com a bélgica onde os restaurantes têm cubículos para as mulheres comerem sem se juntarem aos seus maridos.
Sítios na Europa onde uma cidade de 100 mil habitantes tem 4 mesquitas com mais algumas em construção onde se advoga e, como visto no exemplo acima se vive, nas formulações mais radicais do islão, uma cidade onde existem muitos sítios onde até os bonecos e bonecas à venda não possuem cara para cumprir com as versões mais redutoras do islão como forma de educar desde cedo as crianças.
São sítios no planeta, em que os direitos humanos e mesmo os direitos protegidos na lei da terra (frança) não são aplicados.  O Jovem advogado que se deixou entrevistar pela Ophelie sem esconder a cara também já estará sob proteção policial. Já agora, André Ventura não tem que viver sob proteção ( e neste caso privada) por ser de extrema-direita. Tem proteção pessoal, tal como a família, porque disse o que disse sobre uma comunidade especifica.  

Tal como assistimos em Portugal à perseguição de quem se atreve a evidenciar algo sobre determinadas comunidades, como a cigana, ocorre não só o mesmo tipo de ostracismo pela maioria que por norma não convive de todo com essa comunidades, mas em França este assunto já é relevante sobre quem ganhará as próximas eleições.  

E isso é relevante. – Alertar alguém para a norm violation ( e escrevi imenso sobre isso) se essa pessoa não lidar com o fenómeno pessoalmente é desagradável.  A nossa vida é simples e agradável se não tivermos que enfrentar ou ser alertado para as norm violations que é aquilo que o cérebro reconhece e que instintivamente nos desassossega.  Por exemplo o cérebro não sabe o que é racismo mas sabe o que é Norm violation seja ela cometida por seja que pessoa for. Xenofobia é assumir imediatamente uma determinada etnia ou nacionalidade a norm violation. Só aí é que é xenofobia porque não existe descritivo para além de que essa pessoa é de outro sítio ou é outgoup.  Dizer que a comunidade cigana tem esse comportamento fora da consistência de normas previsto é relevante pese embora haja a mesma reação se não disser a etnia ou religião da pessoa. Deste ponto em diante fica se estás certo ou errado em relação ao grupo populacional que referiste. Se estás então é útil a descrição porque não o fazes meramente por correspondência. Ponto final.

Vivemos numa sociedade em que larga fatia da sua população não sabe, não gosta e tem raiva de quem alerte para as tais norm violations que provoca a necessidade do cérebro se sossegar, digamos assim.  O mundo tem que ser consistente e sempre que alguém nos alerta para determinada comunidade que tem um comportamento que se considera desviante ou reages procurando ser punisher ou reages sendo colaborator (dentro da game theory).  E lembrem-se, os free-riders nunca derrotam a psicologia punisher, é a sabotagem dos collaborators que consegue destruir o sistema. Isto é o que estamos a assistir nas sociedades ocidentais. -  Não se iludam, é só disto que falamos hoje em dia nas sociedades ocidentais com estas aversões a tudo o que nos é chamado a atenção e provoca uma reação desagradável.    

Em França, que parece estar mais avançada no alerta para o norm violation que estas comunidades representam e procura quase em desespero soluções para lidar com um vasto grupo populacional que assume vivências que são a negação dos progressos e identidade francesa/Europeia.
Identidade francesa, ou qualquer outra europeia, que claramente entra em conflito com comunidades, colonos, que ocupam determinado espaço geográfico e vivem a sua vida como obviamente a sentem. – Sim, estas comunidades são uma forma de colonização. Pensei que colonizações era uma coisa inaceitável no século XXI.

Capture mapa CHEGA (3).PNG

Uma das curiosidades desta discussão da novas forças politicas ou da sua representação, o CHEGA e a IL, acabo frequentemente a dizer que o valor do CHEGA é a sociológico e não na economia (porque essa não depende verdadeiramente de nós) e que o maior valor do CHEGA na sociedade portuguesa nesta altura está no “verbo”. -  O CHEGA é o único partido político em Portugal que consegue ter um discurso que não é o sancionado pela esquerda.Capture PA.PNG

Passámos de o CHEGA ser o partido de um único homem, André Ventura, para passarmos o dia a falar de outra pessoa, Diogo Pacheco de Amorim. Só isto daria para nos fazer ver quão sagazes são as pessoas que nos comunicam realidades políticas.

E agora assistimos ao Diogo Pacheco de Amorim e as declarações dele como reportado no observador.

Diz ele: “A nossa cor, nós de origem… a nossa cor de origem é a cor branca, todos nós sabemos” e “a nossa raça é a raça caucasiana“. -  Sim, está correto. E então?

O problema obviamente não está no facto de Amorim dizer que os portugueses de origem são brancos de raça caucasiana, mas sim porque o CHEGA e nesta caso Pacheco Amorim tem a ousadia de dizer algo fora do kayfabe oficial e sancionado pela esquerdalhada.  Foi só esse o problema. Claro que não é por ele afirmar uma coisa que de tao evidente até é patético que alguém o dispute.
Aliás toda a esta gente desde as mortáguas aos deputados do PS que atacam assim o CHEGA é tudo gente que podes ir vê-los a deixar os filhos todas as manhãs nos colégios privados de Lisboa e Porto, ou nas jantaradas dos restaurantes de luxo de 60 euros por pessoa. -  Não os apanhas no meio da diversity e multiculturalidade da Musgueira ou da Venteira nem sob ameaça de arma de fogo não!

Quando eu discuto com amigos que o valor do CHEGA começa por querer quebrar este fascismo cultural de esquerda sobre que “verbo” é permitido ou não no discurso é destas coisas que eu estou a falar. Nem que fosse só por isto, esta coragem de afirmar o óbvio, já a existência e atual representatividade dos mesmo terá valido a pena.  – Nota 20!

Já agora, eu não seria eu se não entrasse pelo tema a dentro. 'bora lá:
Primeiro dizer que fomos brancos que é uma construção social alicerçada em milhares de anos de história é uma evidência… tal como facto de sermos caucasianos é uma evidência genética (sort of).  Esta parte dos "caucasianos" dá-me sempre arrepios porque na verdade só conhecemos o papel do CHG (Caucasus Hunter gatherer) na nossa etnogéneses há pouco mais de 5 anos e no entanto há séculos que nos denominamos caucasianos. Sendo que seja pelas estepes da Ucrânia (onde se juntou ao Eastern Hunter Gatherer) seja simultaneamente, e anteriormente até, pelo mediterrâneo (Minoans, mycenaean e depois antiga Grécia e Roma…), o raio da genética CHG, caucasiana, acaba por merecer bem o epiteto que nos define… mas só provado nos últimos 5 anos e desde a sequenciação da genética do Kotias klide e do Satsurblia.

E, dando força ao que o Diogo Pacheco Amorim disse, não só somos, Portugal, de origem como ele diz, caucasianos como na verdade somos um grupo isolado de início, na origem como ele diz, há mais de 4500 anos. 
Sim, quem me lê atentamente sabe do que eu falo. Sendo que praticamente todos os europeus são R1b (L51) e que os ibéricos são descendentes do filho DF27 e além disso acresce que praticamente todos os espanhóis são Z195 (mesmo os bascos ou catalães), tem essa mutação no cromossoma Y e nós portugueses não temos. De todo. Não existe praticamente Z195 em Portugal que tendo em conta que o Z195 conheceu o pai, o DF27, porque têm praticamente a mesma idade, isso implica que esse isolamento dos portugueses mesmo em relação ao Espanhóis definidos como aqueles que vivem para lá daqueles rios ou daquelas montanhas, tem 4500 anos!  
O mesmo se pode dizer de outros, por exemplo os britânicos (mais na parte longe da costa e Irlanda) serem desde essa mesma altura definidos pelo S21 (um dos irmãos do DF27) e assim sucessivamente.

No fim fica que um europeu é uma genética muito especifica e antiga que se define, se pudéssemos fazer uma média, por 35% EE,  35% Yamanya e 20% WHG. …e isto tem 5000 anos! - Sendo que existem povos com percentagem um pouco mais alta de Early Eastern farmers e outros com percentagem maior de Yamnaya (CHG+EHG) e outros ainda com percentagem maior de Western Hunter Gatherer  do que outros , sendo que este  eram os do paleolítico, os tais com pele um pouco mais escura, veddoid e não negroide, e de olhos azuis. Mas todo o europeu é feito disto.
E não só somos feitos da mesma genética, que é muito diferente de outras, como somos em 80% descendentes do mesmo homem, do tal L51. Um único homem, nascido há pouco mais de 5000 anos é pai da esmagadora maioria dos europeus.

Sim aquela soma de percentagens acima não dá 100% para dar espaço para que nas fronteiras haja o remanescente de outro tipo de admixtures porque as pessoas sempre incorporaram parte das admixtures do que lhes está adjacente mas não mudaram a sua essência genética a não ser em processos milenares (ou sendo over runned). No nordeste europeu possuem uma pequena percentagem de genética ANE (Ancient north Eurasian) como os índios e nós portugueses com os berberes.
O que define alguém da médio Oriente ou alguém do norte de Africa é aquela forte componente autosomal Levantine  e que por exemplo, apesar da proximidade antes da expansão do neolítico, os Europeus não possuem. Por isso os programas informáticos conseguem construir PCA que separam completamente estes grupos populacionais.

Mas seja um sueco seja um português, os tais brancos caucasianos a que esse refere Pacheco Amorim e que são das admixtures mais antigas da humanidade, acaba por ter um fst (fixation index) ou distancia genética bastante pequena. Porque há muito tempo que andamos a misturar-nos entre aqueles 3 admixtures. Ao contrário do que as pessoas intuitivamente acham, não é?. Já vos expliquei que aquilo a que chamamos de japonês tem somente 1500 anos e toda aquele grupo populacional que vive no subcontinente indiano, onde vivem 2 mil milhões de pessoas, não terá mais do que 2000 anos! Não existiam sequer antes disso. Mais curioso ainda é que partes enormes  de Africa, os Africanos que lá vivem são o resultado de colonização Bantu e não tem mais do que 1500 anos, como toda a parte sul de Africa. A genética Europeia é bem mais antiga e tem pouco menos de 6000 anos.

Um português é caracterizado por uma percentagem de cerca de 5% da genética do norte de Africa, da genética dos berberes, que ainda não se definiu se das invasões árabes (uma gaita, berberes!) ou se ancestral a isso tudo (como eu acredito) que advém da chegada em massa de pessoas à Península Ibérica durante o 4º milénio e que alguma dessa gente veio das populações originais do norte de Africa, a tal genética berbere, que foi substituída pela atual genética que é bastante recente… também.  

Como diz Pacheco Amorim, são todos bem-vindos. Num mundo em que se viaja de Nairobi a londres em 6 horas nem pode ser de outra maneira.  Agora, lá porque as mãezinhas das Mortáguas, Ana gomes ou Cotrim de figueiredo os/as pariram esta gente acorda uma bela manhã e decidem que Portugal é Multirracial e multicultural...Esperem lá, não podemos falar um bocadinho sobre isso?

08 Fev, 2022

Não o façam!

A novela do Pacheco Amorim irá unravel a seu tempo e ritmo sendo que eu muito pouco ou nada poderia adicionar ao que já foi dito ou irá ainda ser dito na próxima semana. Aliás, não se consegue ligar os canais generalistas sem continuar o CHEGA como o tema do dia.

Mas lembrei-me de Pacheco Amorim porque estava a ouvir Jordan Peterson e Sam Harris e dizia Harris que “…se não valorizas lógica não há nenhum argumento lógico que a outra pessoa aceite, se não valorizas factos e evidencias não há nenhuma prova que possas oferecer à outra pessoa que ela aceite..” algo assim do género.  E este é o drama da epistemologia, não é?
A hipótese que temos de chegar a conhecimento alinhando as crenças de cada um com a asserção de verdade é praticamente zero em sociedade como as portuguesas.

Existe cartilha do que podes pensar ou dizer e não é aceitável que te desvies um milímetro.  Fascismo é o outro nome para isto. Por isso o que assistimos é normativos que foram impostos à sociedade portuguesa pós 25 de Abril e que agora as pessoas dizem ser “os nossos valores” – Nossos de quem?

Para pessoas para quem o CHEGA é mau, impoluto e marginável, não adianta pedir a essas pessoas que expliquem em quê, porquê, que provas apresentas.  É como a história do CHEGA é racista, porque identifica problemas com uma determinada comunidade pese embora grupos populacionais, como etnia cigana, ser identificada a toda a hora no discurso político, académico, administrativo e social no estado por todo o lado do mundo… desde que seja no contexto de vitimização ou como grupo passivo de tratamento especial.


Pessoal, esta maledicência e difamação do CHEGA e das pessoas ligadas ao CHEGA é normal dentro da lógica que acima vos descrevi. Oiçam… até é positivo enquanto se cingir a isso!
É por isso que o que se preparam para fazer ao CHEGA é do ponto de vista da lógica, factos e conhecimento uma coisa estupida, estupida a nível que só tuga papa. Para ser justo assiste-se a um conjunto muito alargado de gente na sociedade portuguesa a avisar dos perigos de se fazer ao CHEGA aquilo que se preparam para fazer ao partido de André Ventura.

Mas não a dizer a lição que verdadeiramente interessa!

Explicando  – As sociedades são evoluídas porque usam o gossip como forma de regulação dos comportamentos na sua população. Ou seja, as sociedades mais evoluídas usam o gossip de forma abundante para impor uma penalização aos grupos que eles assumem não estar a cumprir com os seus normativos sejam eles quais forem.  Com isto quero dizer que é aceitável que o FCE, o fascismo cultural de esquerda em que vivemos use o gossip, ou se quiser em português a maledicência para criticar o CHEGA e manter as dificuldades de afirmação do CHEGA na sociedade Portuguesa. Até emotivamente impor um custo às pessoas que votem no CHEGA que até isso é aceitável dentro das metanorms  - Nas sociedades menos evoluídas, passa-se muito rapidamente para o Ostracism, para negar a essas pessoas coisas  e esse passar rápido para o Ostracismo é um sinal fortíssimo de atraso societal dessa sociedade!..E o passo a seguir é confrontation! Violência seja verbal seja física. 

Oiçam dummies de esquerda que por acaso aqui passem:  Não existe correlação nessas sociedades mais evoluidas entre gossip e qualquer tipo de violência. Existe uma correlação muito forte entre o Ostracism e a confrontation. Aliás, o uso e abuso de Gossip curiosamente não leva a que essas sociedades queiram ostracizar essas pessoas  o que até é curioso porque a lógica de quem estudou esses fenómenos era que seria assim e foi com surpresa que se descobriu que de forma alguma essas sociedades mais evoluídas aceitavam qualquer ostracismo a essas pessoas que quebravam a metanorm.   - Quando a esquerda insiste em passar das metanorms gossip como combate politico e quer atirar Portugal para qualquer, qualquer, forma de OSTRACISMO do Partido CHEGA, das pessoas representantes do partido e das centenas de milhares de pessoas que eles representam estão a comprar briga. E estão a comprar CONFRONTAÇÃO que além de verbal até pode chegar ao ponto de ser física.

Cordão sanitário ao CHEGA? 

Isto é entendimento 101 das sociedades humanas. Num mar de sociólogos que são todos esquerdoides não vão poder fingir que as pessoas de esquerda que apelam a este ostracismo não saibam quais as consequências a médio prazo, certo?

07 Fev, 2022

Sabotador

Gregory Christainsen é um caso raro.  Raro porque todas as circunstâncias que envolve este post são destoantes com a atual realidade naquele país/estado.  Este professor, num país como os EUA, num estado como a Califórnia e numa universidade como Cal State East Bay que é das universidades mais multirraciais e diverse dos EUA publica papers sobre economia… raça e inteligência, já estaria cancelado há muitos anos.
Perante os alunos que na sua maioria são não-brancos, ele aborda este tema aparentemente com a maior das normalidades. O seu cancelamento já vem in the making há algum tempo mas estranhamente, e este estranhamente é porque escrevo este post, ainda não aconteceu, pese embora pelo nível histriónico a que a woke/CRT já atingiu não deve tardar esse canceling do senhor.

 Durante alguns anos, até as queixas dos alunos não conseguiram ter efeitos pese embora após os protestos com a morte de George Floyd já tenha atingido proporções dignas da histeria de massas que por lá graça e se tenha entrado numa nova fase. A descrição do factos que os alunos fazem das coisas que ele afirma e mostra é de coçar a cabeça mas depois parece abordar o assunto como casual e explicando.

Por exemplo, as queixas que fazem de ele recorrentemente mostrar uma foto de Obama com a sua equipa de campanha que o elegeu e fazer notar aos alunos que são todos brancos ou asiáticos. – Ele explica que sim, mostra a foto, mas para mostrar aos alunos que o racismo não pode ser sempre por imposição sistémica porque não passará na cabeça de ninguém que a equipa de Obama fosse racista.

Mas e depois, tudo o que ele fala, está publicado por si próprio em jornais científicos de referência, que são peer review, e mesmo assim ele nunca teve dificuldade em publicar os seus trabalhos.

Muito disto tudo virá do seu último trabalho publicado em 2020 no mankind quarterly - Rushton, Jensen, and the Wealth of Nations: Biogeography and Public Policy as Determinants of Economic Growth  em que ele advoga pelas diferenças de inteligência dos grupos étnicos e raciais no sucesso das nações.

Reparem o trabalho dele é cheio de referência a outros trabalhos publicados, alguns há muitos anos outros estudos realizados há menos de 5 anos e que comprovam os pontos dele. E quem o contesta e escreve artigos sobre ele (e novamente é por estas coisas que escrevo este post porque para discutir essa diferenças vamos a  Charles Murray e ficamos por lá) usa o truque dos dias de hoje da esquerda que é basta dizer que és uma coisa passas a ser e pronto. Dizer que Christainsen está errado ou que Christainsen usa referencias e dados que são debunked logo é uma irresponsabilidade o que diz, implicando isso logo “acaba lá a conversa” e vamos lá despedir esse gajo… quando quem o ataca e critica não dizem que dados, estudos ou papers é que desprovam aquilo que ele descreve (!). Não podemos viver num mundo em que eu acuso logo és. E esse é um dos factos relevantes desta conversa e deste post é que, ao contrário do que é normal neste mundo de cobardes, Christainsen tem colegas que dizem que a forma de o contestar é mostrar ou publicar papers que o contradigam, e que curiosamente não encontram esses estudos. Muito bem, a forma correta de se contrariar alguém é publicar um paper que demonstre onde estão os erros. E isso não há  tal como quando se lê Murray chamam-lhe nomes mas ninguém verdadeiramente demonstra que ele esteja errado.
Das maiores lutas do dia de hoje é a luta contra os "sabotadores da antiga uniao soviética". Bastava essa acusão e a vida da pessoa estava arruinada logo o medo de dizer ou fazer algo que desagradasse a alguém do partido era letal. Assim se domina pelo medo.

Porque este post ficaria muito grande, não vou abordar o facto de um dos que aparecem (porque contactado) para atacar este professor ser precisamente David Reich (arqueo-genetica) que como também já aqui escrevi foi uma das pessoas que “queimou” James Watson que descobriu a estrutura do ADN. Watson perdeu tudo! E somente porque Watson a brincar terá dito a Reich “quando é que vocês Askhenazim assumem que são mais inteligentes que os outros todos?” levou a que Reich publicamente o atacasse.  -Sobre o que Christainsen diz sobre a genética e sobre o que li dos comentários de Reich daria um outro post.  Cada vez admiro profissionalmente mais o trabalho de Reich mas cada vez mais asco tenho por académicos como ele pela desonestidade.

Enfim, é refrescante que num sítio como o meio universitário na Califórnia, vários dos colegas usam a defesa da liberdade de expressão que o assiste e que essa é sagrada.