É curioso. Esta coisas ainda são muito anedóticas e para ser honesto o volume de estudos ainda não é suficiente para gerar ciência robusta.
Mas tem o seu valor no sentido em que sempre que os estudos corroboram uma coisa que “anedoticamente” as pessoas já afirmam a algum tempo, e logo tem mais probabilidade de se tornar “ciência” no futuro que o inverso.
Este estudo é simples. – Entre 2002 e 2012 (imaginem agora) o número de homens sem atividade sexual cresceu, o número de parceiros para o top 20% mal cresceu mas o número de parceiros do top 5% cresceu imenso (de 38 para 50 parceiros em média).
E para que não reste dúvidas – O número não cresceu para uma mulher heterossexual, cresceu para o top 5% de homens heterossexual. – Ou seja as mulheres cada vez mais, e tem-se estado a intensificar, tem atividade sexual com os mesmos homens. É sempre o “mesmo”!
E posso garantir que não são os pouco atraentes, os mais pobres, os mais inseguros ou simplesmente mais “nice guys”. Nope. O top 5% a quem as mulheres dão acesso a sexo fácil são o oposto daquela descrição. São os top G ou pelo menos são homens financeiramente bem, bem acima dos 30 anos e estruturados. - E o número de homens que não tem acesso a qualquer atividade sexual está a atingir o máximo!
“Sex is concentrated within a small, yet sexually active, group of people. In one study, it was reported that the 5 % of the population with the highest number of vaginal sex acts (penile-vaginal-intercourse) accounted for more vaginal sex acts than the bottom 50 % of the population with the lowest number of vaginal sex acts.”
Curioso não é? – Esta hipergamia que se está a instalar é a hipergamia do passado distante, das estruturas sociais altamente hierarquizadas. Eram sociedades onde um número pequeno de homens tinha a paternidade de grande parte da população (daí sermos todos filhos do L51) ou porque as elites descendentes de Genghis Khan são a patrilinhagem de uma parte considerável da Ásia Central sendo que ele morreu nem há 8 séculos.
Muita gente nos dias de hoje não entende que tinha sido uma criação da modernidade controlar a distribuição da procriação por um número maior de homens, havendo quem diga que terá sido uma criação da religião. E efetivamente antes destas monoteístas era a norma. Esta domesticação dos homens pela normalização do casamento e do “rearing” feito pelos dois à sua prole foi o que nos trouxe até aqui.
Têm a certeza que se vai conseguir fazer melhor?
Outro estudo recente (dias) também demonstra que na Noruega, o país de igualdade de género, a hipergamia do sexo feminino não diminuiu antes pelo contrário aumentou. Que significa isto? Se as mulheres tem essa hipergamia inerente que as empurra para escolher homens que possuem status e estatutos financeiramente mais elevados do que elas, e tendo em conta que cada vez mais são elas que ocupam posições de status e financeiramente assumem posições de predominância, imaginem pois quantos parceiros existe há à sua volta que cumprem com os requisitos? – Será sempre o mesmo homem. Todas elas escolhem o mesmo e esse personagem, legitimamente, tendo tantas opções disponíveis tem a tendência para não assumir compromisso com nenhuma. De certa forma serão os War lords do futuro.
Mais curioso é que as mulheres nascem… os homens constroem-se.
Parece incrível tendo em conta que os homens estão sempre a queixar-se da inconsistência emocional das mulheres mas esta são “hormonalmente” muito estáveis com exceção de uma altura do mês. Já os homens são muito mais sensíveis na sua formatação ao ambiente hormonal a que estão sujeitos. A subjugação dos homens a hormonas, especialmente a testosterona, significa que os homens são para ser produzidos. As sociedades criam os homens que vão ter. O número de circunstâncias que tem impacto no tipo de homem que se é são incrivelmente variadas. Se a equipa de futebol ganha ou perde, se acelerou o carro ou esteve em fila, as coisas mais bizarras. E acima de tudo o resto o “basking” hormonal a que está sujeito durante longos períodos é essencial ao tipo de homem que ele vai ser. Todas aquelas atividade em grupo, as dinâmicas de grupo por vezes agressivas a que estava sujeito, etc são essenciais. Mas hoje em dia convencionou-se chamar de masculinidade tóxica e toda uma sociedade decidiu que são comportamentos para ser combatidos.
Claro que este assunto não pode ser corretamente abordado num post de um blog. Isto é matéria de livros ou pelos menos de formatos de conteúdos bem mais longos.
Mas fica a dúvida se era mesmo isto que as mulheres queriam ou se meramente se tá a “fucked up” a sociedade sem nenhum plano alternativo.