Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

barradeferro

barradeferro

Não tenho escrito sobre a actualidade portuguesa porque confessadamente não tenho grande paciência para palhaçadas. E, acima de tudo, porque os portugueses estão a milhas de distância de estar fartos da referida palhaçada.  No outro dia divertia-me ouvir já não sei onde que o pai de Marcelo Rebelo de Sousa no anterior regime tinha começado algo que já nem me recordo o que era, mas que é das tais coisas que hoje as metanormas ditaturiais saídas do 25 de Abril obriga a dar à revolução todo o crédito do mundo por tal invenção ... ou que o um tal de Arnaldo Sampaio, sim pai de Jorge Sampaio, tinha criado a DGS e cujos normativos foram o começo do SNS portuguê. Nisto tudo eu só pensava como na verdade foram os filhos de pequenos números 2 do anterior regime que continuam por aí a mandar nisto tudo… memes que acho estranho até o CHEGA não pegar.

Capturar moura pinto.PNG

Enfim, seguindo em frente, eu tenho dificuldade em aceitar que as conspirações resultem pela simples razão que basta 3 para que 2 traiam o primeiro, quanto mais quando é uma coisa que deverá envolver uma elevada catrefada de gente. Mas abro uma excepção no caso de imprensa e do modo como funciona. Lógica das redes (networks) à parte aquilo tem que ter alguma concertação e tem que ter gente no topo que faz jantarada... e decide nesse momento qual o estágio político em que a sociedade portguesa deverá entrar.

Um dos maiores indícios, para mim para mim, é quando o Victor Moura Pinto volta a ser chamado à televisão. Quando isso acontece, já sei que a jantarada ocorreu.

Lembro-me do trabalhinho dele, da sátira de Moura-Pinto, contra Cavaco Silva nos governos de Sócrates em que eu acordava todos os dias de manhã e assim que ligava a TV a sátira dele era quase uma âncora matinal da SIC noticias. Depois voltaram durante os Governos de Passos Coelho e desta vez obviamente muito mais centrados no Governo e não tanto no Presidente… e depois, silêncio total durante os anos da governação de António Costa.

Por isso quando começo a ver as peças do referido senhor a emergir na TV portuguesa, agora na TVI, sei que os “power that be” já tomaram a decisão de mudar o estágio do regime.

António Costa que se cuide, que não é Marcelo Rebelo de Sousa que ele mais tem que temer porque com esse o PS consegue lidar, é com as peças do menino Victor Moura Pinto que aparemente recebeu ordens para fazer o “trabalhinho” do sniper assassino politico profissional.

10 Mai, 2023

Verdades da Mentira

Tucker Carlston foi despedido da Foxnews. Penso que a maioria das pessoas que por aqui passam estarão familiarizadas com o personagem.

Não me vou alongar neste ponto, mas eu considero que das estruturas interconectadas,  no sentido das Network (teoria da redes) mais hierarquizadas no mundo inteiro estará  a imprensa. Quanto mais é deixada ao seus próprios mecanismos uma rede,  mesmo que inicialmente muito horizontalizada, mais hierarquizada irá terminar.  E se há rede que foi deixada em paz será com certeza a imprensa até pela sua natureza. – A probabilidade de não ter estruturas de poder e de cúpula será praticamente zero.   
Por isso ao contrário de a esmagadora maioria das outras áreas sociais onde acho que coordenação e conspiração não resulta de todo e tudo é meramente oportunidade e interesse próprio do humano a funcionar… aqui cheira-me a marosca  o despedimento de Tucker (direita) em simultâneo com o de Don Lemon (esquerda)  na CNN e até a publicação de artigos no New York Times e no Washington Post que ainda há um ano não teriam hipótese nenhuma.  – Algumas  destas pessoas do topo desta rede hierarquizada teve uma jantarada e , se calhar muito acertadamente, decidiram que agora seria tempo de arrefecer o ambiente político nos EUA.

 Mas que raios fui eu falar deste assunto.  No fundo quero lá saber…

É que Tucker publicou um vídeo no Twitter, onde vai agora fazer streaming dos seus conteúdos (só essa revolução daria vários posts),  e nele de forma que considero brilhante explica que os conteúdos das Fox, CNN, NYT ou outros não são propriamente “mentira”. Na verdade legalmente ninguém lhes conseguirá sequer tocar. Mas mentem de forma insidiosa porque mentem não revelando, escondendo, factos que possuem e que por contexto ou por enquadramento instruiriam os leitores ou espectadores à verdade.  Assim é só manipulação. E dessa forma vivemos num mundo sem árbitro.

Agora sim.
Ocorreu-me escrever este post porque ouvia na TV que este Abril em Portugal foi o terceiro mais  SECO dos últimos 90 anos… 90 anos… 90 anos que ainda há pouco tempo era 80 anos, 80 anos… e porque era 80 e agora passou a 90?

Capturar Abril.PNG

1931?!?!

Se nos dissesem que nos anos 30 do século passado é o record, claro que nos dá outra perspectiva não era? e contexto é sempre importante. 

Tal como eu já aqui tinha escrito, como o calendário vai avançando os anos 30 do século passado,  a última vez que estivemos num estágio climático igual ao que agora vivemos, vai ficando lá para traz. Era há 80 anos atrás e obviamente que agora é 90 anos e dentro de pouco tempo será ainda melhor porque será 100 anos (aí é que vai soar mesmo bem).

Tal como quando se fala de Abril mais quente se devia explicar que é um record que ainda está em 1945(!) uma época em que os termómetros eram escassos e nem tinham a sensibilidade das décimas dos actuais. Podia ter havido no Alentejo dezenas de sítios onde as temperaturas foram muito mais altas do que agora e como não havia termómetros espalhados por todo o lado como hoje em dia… sabem lá eles. Patético.

Capturar 1945 aril.PNG

Mas tal como Tucker nos avisa, a verdade da mentira ou a mentira das verdades com que hoje em dia somos bombardeados deixaram de ter árbitros porque estes eram a imprensa.  Sem arbitragem não temos formas de jogar o jogo e sem o jogo estamos destinados ao desastre.

07 Mai, 2023

Rasgar as vestes

Lembrar que este blog nasceu como neuro-politica e na sua génese esteve sempre muitos papers publicados. Porque ao final do dia tem que haver alguma epistemologia, tem que haver algures verdade, para que isto tudo faça sentido pelo menos para pessoas como eu com os pathways e estrutura neuronais como a minha.

Capturar shaden.PNG

Sempre fui explicando que ser de esquerda não é opção é determinismo pelos seus pathways neurológicos e no caso de alguém de esquerda pela overdrive da sua ACC (anterior cingulate Cortex) no seu engament com o mundo.  -  Uma das coisas que eu escrevia muito era que a esquerda é movida essencialmente pela inveja e pelo Shadenfreude que por norma é estudado em conjunção. Ou seja não nos iludamos que a Inveja e o prazer em ver cair o outro (shadenfraude) está na génese do ser de qualquer pessoa de esquerda.  

Se alguém alguma vez quiser ter uma prova de que todo este Postering da esquerda pela Justiça social , todo o rasgar de vestes ao final é tudo tanga tem que seguir os estudos que são publicados, os poucos que ainda são, e que nos mostram as verdadeiras motivações desta gente! Apesar de toda a gritaria não é de todo a justiça social que os move!

https://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=4359608

“Overall, the current studies point to the hedonic motive in general and schadenfreude specifically as a key moral emotion associated with people’s shaming behaviour.”

Das maiores lições esquecidas do mundo é o modo como as sociedades se tentam auto regular. Outra vez, Gossip, Ostracism e Violence!  Sabemos assim que os Gossip, ou maledicência é exacerbado nas sociedades mais “desenvolvidas” quando nas sociedades menos desenvolvidas se passa rapidamente para o Ostracismo e nas mais subdesenvolvidas para violência.
Contudo ocorre que esta maledicência está descontrolada. Essa maledicência controla todo o discurso numa tentativa de arrepanhar a carneirada toda no curral das meta-normas e normativos da esquerda.

Houve alturas em que a maledicência era por desvio da norma. Agora a maledicência da esquerda é postering de gente que é viciada em Shadenfreude e nada mais os move. Isso é o que este estudo nos mostra.

A maralha do “cancel culture”, dos ataques à liberdade de expressão e violência verbal a quem não se sujeita à sua agenda não advém de um sentir exacerbado pela Justiça Social, resulta do facto de serem regulados pela sua ACC e esta é em grade parte instruída pela inveja e pelo shadenfreude. Não é de todo moralidade, é mais perto da maldade, mesquinhe e sordidez!

Sempre que os vir rasgar as vestes, lembre-se disto! Puros junkies.

Capturar king.PNG

Neste últimos dias, assistir á coroação do rei Carlos III tem sido, não direi penoso mas uma mistura disto com nostalgia de um mundo que não mais é ou será. Como já tinha acontecido durante o funeral da rainha tudo aquilo é um mar de “whiteness”. Sim, “whiteness”.  E não terão sido pessoas como eu que começaram a conversa nestes moldes, bem mais satisfeitos estariam pessoas como eu em deixar a resolução do novo mundo para uma solução mais “affect” deixando os princípios se adaptarem ao tempo e não esta racionalidade proto-marxista que nos governa endeusando valores que depois nem são particularmente bem definidos. Mas o mundo é como é.

Curioso ver com em alguns dos canais internacionais se acompanha as cerimónias e noutros como a Al-jazerra se dedica um espaço enorme aos protestos anti-monarquia.

E comparem lá este mar de gente contra a quantidade de pessoas em qualquer protesto climático ou político em histriónicos e por vezes violentas manifestações?

Que princípios move esta gente?  

E olhando para o mar de gente, o tal amado povo, que acompanha esta cerimónia não podemos deixar de perguntar, em Londres onde a maioria da população até não é étnica e ancestralmente britânica, onde estão as pessoas todas da “diversity"? -  Diversity, Equity e inclusion vi nos convidados escolhidos a dedo. Vi zero na manifestação espontânea do povo. Que povo?

É um mar de gente branca. Sim, caucasianos. Sim gente descendentes dos Bell Beakers, que se intitularam um dia anglo-saxónicos. Sim, onde está o mar de asiáticos do sul e da Ásia central que hoje em dia já são parte considerável e mesmo o maior grupo étnico de Londres? E os descendentes de Africanos? – Onde está essa gente muitos deles filhos de gente já nada no reino unido? Sim, onde está essa terceira geração de britânicos a celebrar o seu rei? Nada?

Claro que não estão porque mesmo neto de, continua a olhar para uma cerimónia de celebração de uma história que não é a sua. Porque o passado de todos nós conta!
E as tradições representam uma herança que nos assegura um sentimento de continuidade e algo a que determinada pessoa pertence de forma integral. Mas, acima de tudo, as tradições representam soluções encontradas no passado. Assim:

“Tradition is a set of solutions for which we have forgotten the problems. Throw away the solution and you get the problem back.”

E tudo o que eu vi aqui foi tradição milenar. Foi um evento que advém do século XIII e que representa a continuidade de um sentir de algo que aquelas outras entidades não integram como seu intrínseco porque no momento em que elas ocorriam essas etnias e culturas ainda estavam na verdade na idade do ferro ou até da pedra.

Aquela gente que ali se reúne sente “algo” que os outros não sentem, não é? “algo que já em si advém desde a formação da identidade Europeia com os Bell Beakers do 3º milénio AC. De uma formação identitária que era hierárquica, ritual e baseada em “chiefdoms” e que perdura até hoje. É aquilo que somos e curiosamente nem na terceira geração de “outros” se sente esse subconsciente de pertença. 
E quando digo, somos, é esse somos que nos une, ou devia, unir a aquela gente. "aquilo" ali resulta de um conjunto de genes, que gerou um temperamento de gente que criou uma cultura que em si própria é europeia. Sim, outra vez, sim, entre aquele mar de gente ali e você português, se o for, que me lê a distância genética é quase de ... primo. 0.005 de Fst (fixation index) que mede a distância genética entre populações é nada, logo tem tendencialmente um temperamento parecido, logo uma cultura similarmente identificável!  

Mas, não se iludam. A nova geração de britânicos tal como os nossos aqui, e o futuro será sempre dos mais novos, a demografia é destino, 78% deles não se revê na Monarquia. – O futuro é tendencialmente marxista, porque o marxismo é em grande medida narcisismo e este reina no mundo de hoje – Alguém que “nasce” meu “superior” é insuportável para um narcisista. E, não nos iludamos, quem nasce para rei nasce “superior” aos restantes porque nasce com constrangimentos impostos pelas tradições milenares, não é?

Por isso uma pessoa (dizia-se um homem) só se deve ajoelhar perante Deus, o monarca (que representa a sua identidade comum) e pessoa que ama. Tudo valores aceitadamente “superiores”.

Enfim, muita gente, especialmente os mais novos, olham para isto tudo e dizem que não se ali alinha com os meus valores. Os “values”.  Os nossos valores, ou por exemplo como muito se gosta de falar hoje em dia os valores das democracias liberais… Pois, é. Mas valores até podem governar os nossos comportamentos mas não são princípios! E se valores governam ou instruem os nossos comportamentos no dia-a-dia, não se iludam, os princípios governam as consequências desses comportamentos!

Aquilo que se assistiu hoje uma das ainda visíveis manifestações de tradições milenares, mas também é muito o crepúsculo dos princípios que nasceram para ser soluções de problemas que já nos esquecemos quais eram.

Ao longo dos anos fui notando, como vocês todos, que o nível de ativismo climático foi aumentando na proporção da ignorância dessas pessoas tão emotivamente ativistas sobre o assunto.

De todas as surpresas que temos ao tentar um diálogo racional com qualquer alarmista climático a maior provavelmente será o nível hierárquico desta gente, mesmo políticos e até cientistas(!), que nem sabem como é que o CO2 que estamos a adicionar á atmosfera influencia o clima.  O que é surpreendente.

 Por todo o lado ouvimos, até cientistas(!), dizer gases de efeitos de estufa, gases de efeitos de estufa, quando em estupefação tentamos perguntar… "errr, esperem aí, mas sabem que esse CO2 não faz efeito de estuda nenhum, certo?"

 A quantidade daqueles que genuinamente fica a olhar para si sem saber o que dizer é extraordinária.
Estão a ver: todo o “efeito de estuda” destes gases como o CO2 já atingiram a saturação às 280ppm da era pré-industrial, adicionar mais não vai fazer efeito de estufa nenhum. Na verdade, todos os infravermelhos que resultam da refração ao atingir o solo não sobem mais do que 20 metros de altitude.

A verdadeira razão pela qual o CO2 (e outros) tem influência no clima não é a questão deste meu post. - Porque importante é entender que quando se fala com as pessoas em geral a asserção de que não é possível que os cientistas todos mintam é o primeiro ponto de defesa mental dessas pessoas. - E, não só os cientistas mentem como na corrida dos 400 metros que tem sido esta questão das alterações climáticas que fique claro que não só mentem, como mentiram logo nos primeiros 10 metros dessa corrida com a conversa do “efeito de estufa”.
Na verdade o CO2 que adicionamos à atmosfera influencia o clima pelo “Aumento da Altitude Efetiva das Emissões de Infravermelhos” do Planeta e não de qualquer efeito de estufa.
Para o modo como funciona a temperatura do planeta as pessoas tem que perceber que quando entram num avião reparam que  temperatura desce muito rapidamente até aos -50C, mas se o avião continuasse a subir para a estratosfera reparariam que a temperatura começa a subir até voltar a atingir praticamente aos 0 C.
Por isso o CO2 adicionado, tem mais a ver com uma reação de termodinâmica e desequilíbrio radiativo porque essa moléculas e CO2 (e outros) na estratosfera ao ser atingidas pelos raios solares emitem infravermelhos de volta par o espaço arrefecendo a estratosfera, que por sua vez mexe com o termóstato do planeta e dentro da física de “black body radiation”  a troposfera aquece. Isto de uma maneira simples é assim, algo como uma reação do ar condicionado do planeta e não de efeitos de estufa. E isso é importante porque o conhecimento que temos desse sistema de “ar condicionado” é bem menos efetivo do que as pessoas pensam e será um mecanismo bem mais difícil de ser catastrófico do que um “run away greenhouse Effect”.

Fica portanto esta coisa bizarra que até o mecanismo propriamente dito atrás da narrativa e tanga que nos tentam impingir diariamente é completamente desconhecida por 99.9% da pessoas que acreditam “mesmo” que estamos perante uma emergência climática. Puro culto!