Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
Estava no carro, no outro dia, e ouvia na radio Observador um programa sobre alterações climáticas. Penso que o programa se chama Convidado Extra e apresentava nessa noite Filipe Duarte Santos como “…catedrático e investigador, é provavelmente o nosso maior especialista no tema” . - Penso que sempre que alguém quer apresentar uma autoridade no assunto e Portugal muito dificilmente fugirá deste personagem.
Ouvia filipe Santos, ouvia os entrevistadores numa excitação muito típica das novas gerações entediadas com o mundo.... e muito do que diziam era mentira, ou parcialmente mentira ou perspetivas juvenis de insustentáveis sobre factos.
A parte em que me prendi era todos eles, todos, Filipe e entrevistadores falavam sobre o impacto das alterações climáticas na atualidade nos atuais estados metereológicos a cada estação. Filipe e os entrevistadores falavam dos furacões, falavam de secas e cheias, falavam de fenómenos extremos que já impactavam o planeta… e no entanto é algo que não existe. – N Ã O E X I S T E! o facto de não existir, não é uma questão de opinião. É… Não existe!
Para abordar este aspeto das alterações climáticas eu gosto de fazer o seguinte argumento:
Para demonstrar, ou provar, este ponto, basta ler o AR, o assessment Report do IPCC , o ultimo saído há poucos meses, o AR6 (mas também pode usar o AR5 de há 6 anos que dizia o mesmo). Aliás, eu já escrevi sobre isso mesmo mas noto que estas coisas tem que ser repetidas porque por vezes sinto a realidade a esfumar-se, como se vivêssemos numa Twilight zone qualquer. Para alguém que tem dúvidas sobre a honestidade de quem tem produzido e liderado tanto a ciência por detrás desta questão como estruturado as respostas política, citar o AR6 é o equivalente a entrar numa discussão sobre economia e só ser permitido citar o jornal avante! do Partido comunista sobre o tema… E mesmo assim, basta ler o AR e reproduzir o que lá está escrito preto no branco para perceber que não, não existe realmente impacto das alterações climáticas nos fenómenos meteorológicos. Não nos fenómenos e eventos que ouvimos estas pessoas aqui referenciar. De todo. Como já mostrei num post anterior, o único fenómeno meteorológico que o AR afirma com certeza que existe deteção e atribuição é nas vagas de calor, que curiosamente como também significa que as vagas de frio tem diminuído e estas matam muito mais gente o saldo é positivo em 300 mil pessoas. Impressionante, não é?
Nos fenómenos que as pessoas gostam de referenciar como furacões, tornados, secas, cheias… a resposta da ciência é zero! Zero. 50/50 de probabilidade de que existe precipitação mais intensa (que o próprio capítulo refere que não é necessariamente mau) o resto é nada.
O mais curioso é que qualquer perito nestas áreas digno do nome vos dirá que não só não há impacto como que não era previsível haver (!). Sim, mesmo assumindo os pressupostos de desequilíbrio radiativo do planeta esse impacto nos fenómenos meteorológicos só deverão ser sentidos a partir da segunda metade do século.
Mas então, porque “cientistas” como Filipe Duarte, conseguem fazer programas que se dizem científicos em que afirmam coisas que as suas bíblias, o ARs, dizem não ser verdade?
Como se consegue justificar uma coisa destas???
E jornalistas que se dizem peritos sobre o tema não leem um documento como o AR? Não leem o documento mais importante produzido pelo IPCC?
Não me passa pela cabeça que Filipe Duarte Santos, o grande climatologista português não conheça os factos a que aludi acima. Não me passa sequer pela cabeça… Então o que leva esta gente a mentir?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.