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barradeferro

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10 Mar, 2022

Bolinho para vocês

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Mariana Mortágua não seria tema de conversa para mim. Não por si.

Mas o facto de alguém com o posicionamento ideológico que sustenta o BE, sim, sim,  tal como o Robles, não lhe cair a ficha que ser deputada e andar a receber remunerações pelos trabalhinhos que faz nos media é no mínimo bizarro quando simultaneamente eviscera a prática.

Este blog, sobre neuropolítica, é uma referência do argumento que ser de esquerda é não viver nos pathways neurológicos que são autorreferenciais. Ou seja viver no pathway Amygdala-VMPFC-OFC (AVO) que controla os nossos comportamentos e depois logo se vê conforme as necessidades por onde mais o pensamento vai. Ser de esquerda é não viver, pelo menos em default mode, nestes nódulos e nestes pathways. – Logo quando a Mariana defendia a exclusividade na AR não estava a falar dela. Mas não estava mesmo. Estava a falar de uma abstração em que na maximização do benefício na atividade de deputado a sua concentração na entrega do trabalho nobre de deputado deverá ser total.  Claro que sempre que a Mariana, ou o Robles ou a Catarina é chamada a decidir coisas sobre a sua vidinha, aquilo passa pelo AVO à velocidade da luz e claro, claro que faz todo o sentido que lhe paguem se ela presta um serviço, não é? Mas, diria a Mariana Mortágua no seu monólogo interno ao avaliar o impacto na sua continha bancária e nas próximas férias, alguém no seu perfeito juízo dirá que não?

Até este paradoxo na vivência de pessoas de esquerda ser perfeitamente identificado, no sentido de marcado nas “costas ideológica” deles como um símbolo que os embaraça a toda a hora, temos zero hipóteses de reverter o FCE (fascismo Cultural de Esquerda) em que infelizmente vivemos.