Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]



Cerejas, é o que é.

por Olympus Mons, em 10.02.14

 

E pegando no post anterior uma pequena nota.

Entender o facto que as pessoas de direita são mais dadas aos princípios e as de esquerda mais às causas tem muito a ver com seguinte.

Tem a ver com o “me” e com o “I”. As pessoas de direita são “me” e as pessoas de esquerda são “I”.

O me é narrativo, é o modo como  “construction of narratives that weave together the threads of temporally disparate experiences into a cohesive fabric”. O me é o modo como eu me construo subjectivamente, é o eu narrativo. E não é uma coincidência que este eu narrativo, este eu que tem passado e não só presente, esteja alicerçado, em grande parte, no VMPFC e na Amygdala. Ou seja no AOV da direita.

Num interessante estudo de  Farb et al, Attending to the present: mindfulness meditation reveals distinct neural modes of self-reference  isto é-nos explicado.

Neste estudo Farb demonstra como se desloca alguém deste “me” para o I, mostrando as activações da Insula e do DLPFC (do tal IAD da esquerda). Pegando nas pessoas e obrigando-as a treinar mindfullness, assim como Ioga, assistiu-se a esse abandonar do eu referencial para o eu presencial e do momento, mais interoceptivo.  

 

Pensando sobre o assunto, na verdade, basta fumar canábis que vai dar ao mesmo resultado.  Parece que em certos estados dos EUA já estão a ir por esta via.  Ainda vamos chegar ao ponto em que vai ser obrigatório antes de ir para escola os miúdos fumarem uma ganza…!

 

Autoria e outros dados (tags, etc)


2 comentários

Sem imagem de perfil

De Anónimo a 14.02.2014 às 11:44

Como é que se constrói uma sociedade sem passado e nem futuro, apenas vivendo o presente?!
Imagem de perfil

De Olympus Mons a 14.02.2014 às 23:19

Viva. Não existe! não existe e não existe.
Porque quando tem uma sociedade ela é não só prescritiva (leis) mas também é descritiva e essa moralidade descritiva é muito alicerçada no "me" que tem passado e olha para o futuro.

Esquecer isto vai levar a um estoiro brutal nas sociedades Ocidentais. Eu sou tão dado a tradições e costumes como o próximo... mas entendo que são profundamente importantes, unificadoras e merecedoras do maior dos respeito (mesmo quando não nos diz muito).

Comentar post



Mais sobre mim

foto do autor


Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.


Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  14. 2022
  15. J
  16. F
  17. M
  18. A
  19. M
  20. J
  21. J
  22. A
  23. S
  24. O
  25. N
  26. D
  27. 2021
  28. J
  29. F
  30. M
  31. A
  32. M
  33. J
  34. J
  35. A
  36. S
  37. O
  38. N
  39. D
  40. 2020
  41. J
  42. F
  43. M
  44. A
  45. M
  46. J
  47. J
  48. A
  49. S
  50. O
  51. N
  52. D
  53. 2019
  54. J
  55. F
  56. M
  57. A
  58. M
  59. J
  60. J
  61. A
  62. S
  63. O
  64. N
  65. D
  66. 2018
  67. J
  68. F
  69. M
  70. A
  71. M
  72. J
  73. J
  74. A
  75. S
  76. O
  77. N
  78. D
  79. 2017
  80. J
  81. F
  82. M
  83. A
  84. M
  85. J
  86. J
  87. A
  88. S
  89. O
  90. N
  91. D
  92. 2016
  93. J
  94. F
  95. M
  96. A
  97. M
  98. J
  99. J
  100. A
  101. S
  102. O
  103. N
  104. D
  105. 2015
  106. J
  107. F
  108. M
  109. A
  110. M
  111. J
  112. J
  113. A
  114. S
  115. O
  116. N
  117. D
  118. 2014
  119. J
  120. F
  121. M
  122. A
  123. M
  124. J
  125. J
  126. A
  127. S
  128. O
  129. N
  130. D
  131. 2013
  132. J
  133. F
  134. M
  135. A
  136. M
  137. J
  138. J
  139. A
  140. S
  141. O
  142. N
  143. D


Links

Blogs