Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Escrevo este texto na esperança que alguém passe por aqui nos próximos anos e me explique qual o rationale por detrás disto tudo.
Já vi esta jovem várias vezes na televisão e na imprensa escrita.
Não sei nada sobre este projecto Mars one. Daí que possa estar completamente errado e vai ser uma surpresa de todo o tamanho vê-la lá pela minha terra (Olympus Mons – Duh)
Mas à partida não entendo. Esta jovem está seleccionada (ou pré) para fazer parte de um grupo de colonos a Marte? Sendo suposto irem para Marte ainda nesta primeira metade do século XXI (eu sei que nos planos está a partir de 2025 --- wtf)?
Esperem lá… Qualquer idiota sabe os seguintes factos sobre exploração espacial.
Colocar uma sonda (estamos a falar de rovers metálicos) em Marte custa acima de 2 biliões (milhares de milhões) de euros e que existe um nível de falhanços enorme nas tentativas feitas em aterrar (amartar?) estas pequenas sucatas em marte por parte dos vários países que o tentaram. Sabemos que o melhor que se consegue fazer para manter humanos durante um período grande de tempo no espaço é na orbita terrestre e mesmo assim com um custo de 100 biliões (a estação espacial internacional). Sabemos que o mais longe que se levou humanos foi à lua, mesmo assim por uns dias e que na verdade o custo foi tão elevado que não se voltou a tentar (ninguém!) já lá indo mais de 40 anos desde que Eugene Cernan por lá alunou na Apolo 17.
Sabemos que assim que se colocar seres vivos para além da magnetosfera do planeta aquilo fica um ambiente dantesco. Não é só o facto de ser radiação é o facto de ser raios cósmicos Ionizados, aqueles restos de estrelas que explodiram e que são travados por praticamente nada. O campo magnético da terra desvia-os. Mas assim que sair desta bolha… fica o inferno. Estimativas ( garantem que numa viagem a Marte mais de 30% das células do corpo serão atravessadas por estes raios cósmicos. Qual o estado a que estas pessoas irão chegar a Marte após um ano a levar uma tareia de radiação destas? Quanto tempo irão sobreviver? Quantos lá chegarão vivos? E os que lá chegarem vivos, após um anos em gravidade zero e enfiados em casulos minúsculos (aquilo não vai ser o big brother, não! – vai ser um espaço exíguo e mal cheiroso!) qual o estado físico, hormonal, sistema imunitário e mental desta gente?
Mas isto é uma coisa que qualquer adolescente sabe. Como é que é possível que um assunto destes, uma campanha publicitária destas, seja tratado nos media como se de coisa real se tratasse?
Alguém me explica? Alguém conhece a referida Gracinda Ferreira e lhe pede para passar por aqui para me explicar? - Bem diz ela no artigo do publico que esta viagem “não lhe parece real” … pois, a única coisa sã nesta conversa toda!
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.