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Tudo hoje em dia é uma eulogia a conversas sobre o mundo, sobre o estado do mundo, que me deixa na maioria das vezes completamente baralhado. - Toda a estrutura comunicacional é um tratado onde alguém faz uma conversa na TV, na radio ou escreve um artigo que suscita a eles próprios ativação do striatum e em quem me vê, lê ou ouve o mesmo efeito (provavelmente por mirror neurons).
Se calhar este é o truque do século XXI. Em que se descobre que as pessoas consomem conteúdos digitais como se consome longas linhas brancas de cocaína. Tudo o que nos é servido é uma fórmula de se drogar pessoas de forma endógena através da ativação do Striatum e Basal ganglia e o seu efeito Reward system. – Junkies!
Um dos programas que mais o faz na minha opinião é o “Mundo sem muros” uma coisa que de vez em quando ouvia “en passand” na rádio e achava uma coisa pateta e que agora pode ser visto na RTP3. Mas enfim não vou falar do programa em si, mas to take que ouvi sobre um dos assuntos e que me levou a escrever este post.
Seja falando sobre o problema cigano, seja sobre questões como o racismo ou similares a questão que se aborda não é o problema per se mas sim os truques mentais usados para não ver o que está em cima da mesa. Para mim é o tal “pretend not to see” que é um dos apanágios do mundo de esquerda, do tal fascismo cultural que nos foi imposto.
Não perdi tempo a ler o “manifesto” que o jovem deixou antes do ataque em Buffalo. Não perco tempo com textos deixados por malucos. – Mas pelo que li sobre o mesmo o manifesto não é sobre a supremacia branca. Aliás, já não o era o do assassino de Christ Church. Estas pessoas usam muito mais o pretexto do “great replacement” do que qualquer referência a supremacia seja do que for. O que esta gente se queixa é que o seu mundo está a ser destruído, está a ser substituído e não que eles ou a sua identidade é superior a qualquer outra.
No modo como se aborda este assunto nota-se muito no debate que não há “great replacement” nenhum que é tudo uma manigância da Direita local… num país que em 30 anos passou de uma população de 200 milhões para 300 milhões e nesses 30 anos a sua população passou de 87% branca para 59%? – E não há great replacement!?
Ou quando se fala do “problema cigano” num país em que 0,3% da população, a cigana, é 5% do RSI (15 vezes a sua representação na população) 7-9% da população populacional (20 vezes a sua representação) e fica toda a gente chocada por alguém o referir?
E não se chega sequer a falar de qualquer solução. Imagino que solução para estes problemas, tal como em todos os problemas socias, não são fáceis. - Mas não reconhecer um problema é sempre o primeiro problema do problema. Sim, fica tudo assim confuso.
O fator de reparo neste caso é que mais de uma semana depois do sucedido ainda se escreve e vê conteúdos sobre este caso, mesmo em Portugal como noto no início deste post, mas no caso de waukesha o senhor de raça negra com inúmeros conteúdos (manifestos) racistas desapareceu rapidamente e os seus conteúdos racistas nunca foram noticia. Ou o senhor que ainda há duas semanas entrou no metro e tentou assassinar utentes tem horas e horas de vídeos racistas. Mas isso nunca foi o “tema” das notícias sobre si, pois não?
No entanto...
Por outro lado, bizarro e estranho é que quem fala em “Great Replacement” decida matar pessoas de raça negra, quando estes eram 12% há 50 anos atrás e 12% hoje em dia, com certeza não serão estas pessoas a fazer o “Great Replacement”. Mas enfim estamos a falar de gente que claramente não fica a dever nada à inteligência. A questão que fica não é se nos EUA houve ou está em curso um “great replacement” da sua identidade europeia por outra população porque aí já aconteceu. Agora é observar as consequências e resultado desse evento. A questão que fica e bem mais importante é se vai ser permitido à população indígena Europeia, nós, podermos observar os tais efeitos dessa alteração populacional e precavermos o nosso futuro de forma avisada. Isso, isso sim, é o que está em cima da mesa (!) e que não nos vai ser permitido fazer, nem comentar, nem observar, nem alertar para, nem sequer ter opinião sobre.
Essa é a conversa da Modernidade das Democracias Liberais que de liberais pouco começam a ter porque a referida Modernidade, a amada e fascista modernidade que aí está em toda a sua potência e esplendor, está toda assente na imposição de metanormas bem desenhadas, da supressão de tenets básicos do tal liberalismo com que se dizem identificar como o da liberdade de expressão. - A permissão de fazer “xixi” fora do penico da modernidade é muito próximo de tolerância zero. Aliás, tal como o foi em todo o fascismo e totalitarismo imposto até hoje.
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