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Acho muito bem. Também acho muito bem que se coloquem neste dia questões relacionadas com situações que sejam relevantes para as mulheres.
Por exemplo as disparidades salariais entre homens e mulheres. Só me espanta que não tenha ouvido falar uma vez, uma vez que seja, algo próximo daquilo que seria uma discussão com a mais elementar aderência à verdade.
Sabem , é que todos os estudos que eu conheço, dos bons, aqueles que como já expliquei são longitudinais, meta-data ou neste caso das disparidades nos ordenados são que são multivariáveis nos demonstram que o género não é um fator particularmente relevante. Muitas pessoas nem a capacidade de perceber isto têm. Mas explicando: Existem determinadas características que as pessoas que recebem mais, e que são promovidas mais rapidamente, têm. E se fores do sexo feminino e tiveres essas características recebes mais. Mais do que os homens que não possuem essas característica. Por exemplo, pessoas que são low em agreeableness (um dos big five) por norma ganham mais do que as pessoas que são high em agreeableness. Acontece que existem mais homens com essa característica do que mulheres. Mas, mulheres com essa características ( e não são tão poucas assim) ganham mais do que os homens que são high em agreeableness. Simples. Simples. Outro exemplo desses multivariables nos estudos, de caracteristicas para o sucesso, será a assertividade e até agressividade também corelacionam muito bem com rendimentos mais altos. Inclusive, para cargos de topo, como CEO, tem um elevado índice de psicopatia é essencial. Existem muito mais homens com ele índice elevado do que mulheres.
Pessoalmente conheci mulheres cujo nível de agressividade as levou ao topo da sua área e, num dos casos, os outros chamavam-lhe cowboy. No entanto, fora do contexto profissional tinha um humor tramado e ainda me lembro do espanto de todos ao conhecer o marido que era assim tipo modelo (ela não). No entanto, no local de trabalho tinha todas os traits que leva as pessoas ao topo. Posso garantir, uma reunião com ela era tudo menos agreable!
Esta conversa da psicopatia também é muito curiosa. Eu quando trabalho com pessoas e é para longa duração procuro perceber se essa pessoa tem pendor para psicopatia, narcisismo ou maquiavelismo. O maquiavelismo é cansativo e a médio prazo corrói e a psicopatia é de longe, longe as pessoas preferíveis para atingires um objetivo. Este pessoal não se ofende, tem um código moral (falso mas funcional) muito bem definido no seu cérebro que os autocontrola e ao final do dia está-se a marimbar seja para o que for que não seja o objetivo que está em cima da mesa. Um sossego. Não temos que aturar nem o dedo no umbigo do narcisista nem as longas pausas do maquiavélico. São focados, focados...! – No entanto, o número de mulheres com elevado índice de psicopatia é muito baixo. Porque raio alguém desejaria às mulheres competir com psicopatas para cargos de topo?! Só quem lhes queira mal.
Voltando ao tema, é de considerar que não abordar a questão, a verdadeira, pela qual existe essa disparidade é como dizer que vamos legislar que pessoas com o mesmo nome não podem ganhar mais do que pessoas com outro nome qualquer. O modo como atirar com desigualdade, a tal "inequality" , para a frente e para trás tornou-se num mero artefacto político que ganhou preponderância no mundo esquerdoide. E não se iludam, é tudo sobre poder e política (que são a mesma coisa). Esta ausência de profundidade nas observações vai ser o enterro do Ocidente.
E é só estranho, não tem contexto nem parâmetros pelos quais se aborda a realidade, qualquer realidade. talvez se possa antes revelar as verdadeiras razões e partir daí para percebermos o que realmente queremos como futuro. Se calhar podemos tentar perceber se existe alternativa sem impactar na performance no local de trabalho. - Mas mentir não vale e não acaba bem. Sabe, aquela coisa dos esquerdoides do “pretend not to see”?
Convém lembrar também que países que há muito tempo trataram de disparidades sistémicas de diferenças entre sexos, como a Noruega, Suécia e Islândia, acabaram com uma muito maior clivagem de características entre homens e mulheres. Nestes países, com todas as liberdade, incentivos e proibições as mulheres acabaram por optar por profissões como enfermeiras e os homens acabaram por optar por todas as formas de engenharia. Estudado o caso, foi revelado que a maior característica que diferencia homens e mulheres é o interesse que as mulheres têm por pessoas e os homens por coisas. Sendo livres é assim que tanto homens como mulheres preferem viver a vida. Se deres liberdade às pessoas elas vão...ser livres para serem o que são. Naqueles países provou-se isso. E se há coisa que percebi desde a primeira vez que cheguei a reykjavik é que as islandeses são estranhamente senhoras de si próprias e auto confiantes e dizeram-me logo que "aqui" quem manda são as mulheres, não te iludas pelos cargos. point taken.
Talvez seja necessário desafiar os papéis mas muito mais importante é garantir a realização pessoal porque essa sim promove a felicidade das pessoas.
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