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barradeferro

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Dia de relembrar.  Chegou o dia.
Ao final do dia verei quão errado ou certo estava em Outubro de percecionar o que o tuga é politicamente:

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Claro que continuo a achar que pessoal vota como clube que é uma representação do seu fenótipo cognitivo. O resto é conversa. Em março ou em outubro teria colocado exatamente as mesmas percentagens o que não signifique que esse sentir não oscile ligeiramente.

Contudo posso já dizer pequenos desvios que acho que vão ter mais impacto do que aquilo que eu antecipei, logo são detalhes que devo reter porque são mais voláteis do que aquilo que eu, nomeadamente em outubro, antecipei. As campanhas existem por alguma coisa e senti quão palpável era a reação dos media aos fenómenos das campanhas logo a capacidade destes de influenciar.
Achei que por exemplo as sondagens ancorou muito mais as pessoas do que aquilo que era ou foi normal em eleições anteriores. E achei isso positivo. A cobertura dos media foi diariamente muito pior do que a mensagem que a seguir era passada pelas sondagens, especialmente o tracking poll da TVI, que mitigou um bocado aquela coisa habitual de ligar as televisões e parecer que a Catarina Martins ou que o Jerónimo era quem se candidatava a PM. Ver o PCP e o BE muitas vezes atrás do CHEGA e até do IL, trouxe muita gente de volta à realidade.

Mas, ao final do dia, tal como eu previ, vai ser o PS a ganhar e a haver maioria parlamentar da esquerda. E ainda mais ao final do dia deverá representar um orçamento aprovado e a saída de António Costa ainda antes do próximo orçamento para preparar a entrada do Pedro Nuno Santos.
De resto, ficou-me as seguintes “impressões”:

a. Acho que o CHEGA perdeu a oportunidade de dar a tal abada (10%) que poderia ter conseguido se tivesse preparado estas eleições como tinha obrigação de fazer. Uma referência que sempre tenho, que é slack, ronha e jantaradas é tugice bacoca que nunca resulta. O CHEGA foi muito isso. Será que é sistémico ou meramente perca de foco porque se envolveu demasiado nas suas convenções e questões internas? Nota = 7%

b. O IL preparou-se bem com um ou dois temas, como a TAP, que soube cavalgar muito bem. Se a votação extraordinária do IL for meramente no Porto então sabemos que foi meramente a circunstância TAP muito bem aproveitada. Se em lisboa tiver mais de 4% então além do tal fenómeno Porto (betinhos do insurgente) temos uma preferência política urbana nova. Se tiver bom resultado (> 3%) no resto do país, temos uma asserção libertarian nova no país que eu de todo anteciparia. Nota: 5%

c.O CDS passou de morto mortinho para uma possíveis razoes pela qual o CHEGA poderá não ter atingido o seu potencial nestas legislativas. O Chição a quem as espectativas estariam a rondar o zero vírgula zero revelou-se um homem com garra e com capacidade de surpreender por aquilo que já aqui disse ser o tal "gajo que gostamos de levar às jantaradas" porque tem um humor excecional. Se o CHEGA gosta de jantaradas, copos e bocas…Então não se queixe que o Chicão lhes roube votos. Nota = 2.5%

d. PAN e LIVRE devem dar os tais 3% que tinha dado (2.8%) ao PAN. A mesma gente. A descida do PAN foi o aumento do LIVRE. Tudo a mesma gente. Juntos, nota =3%