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Eu não peço...

por Olympus Mons, em 11.10.21

Peçam desculpa pela colonização.

Tenho dito por aqui que estrámos numa era ainda mais estranha do que a da desinformação para viver a época de deseducação. – E ao fina do dia educação é “ tens direito à tua opinião mas não tens direito aos teus factos”. Factos são factos.  Não existe a tua verdade existe a verdade.

Factos novos são adicionados praticamente diariamente ao saco de factos que constituem a realidade. E mexendo e chocalhando aquilo de todas as vezes quando se despeja o saco sai o mais parecido com a realidade, com a verdade, que é possível.

Uma das coisas que convém ir lembrando as pessoas é que é verdade, aquilo que chamamos de raças e etnicidade é bastante recente. Até há pouco tempo achávamos que não. Que algures há 70 mil anos algumas pessoas tinham abandonado Africa e surgiram as novas raças caucasiana e oriental… ora a realidade é bem mais complexa.

Não só é complexa a dos que saíram como é as dos que ficaram em Africa. E presta-se pouca atenção. Entender a tal realidade, o tal saco de factos, leva a que por exemplo não se consegue deixar de olhar para a constituição das etnias todas da Africa do sul e parar um segundo e dizer, olha que curioso. Pouco antes dos europeus chegarem e colonizaram partes de Africa, não tanto tempo assim antes, diferentes raças negroides estavam a colonizar!
80% de África do sul é Bantu (como 80% da América era caucasiana e agora é 58%) porque os Bantu colonizaram as outras partes de Africa. 

É curioso como já Roma tinha caído quando os Bantu colonizaram na parte sul de África a terra que era dos !kung, dos !xun dos karretje, etc em resumo dos Khoe-San. E os agricultores Bantu, tal como os europeus meramente 10 séculos depois, vieram e colonizaram.  Por isso hoje falamos dos Zulus, xhosa, etc. -  Os originais, os indígenas, foram para as “reservas” dos desertos, como o do Kalahari, e sítios mais inóspitos onde ainda hoje vivem como os povos dos filme “Os deuses devem estar loucos” ou como os pigmeus enfiados nas selvas mais profundas.  – Não deixa de ser uma ironia que alguns séculos depois cheguem os Europeus e façam a eles, e logo precisamente dos sítios originais dos Bantu na costa oeste de Africa, o que eles fizeram aos outros povos todos de africa. Com uma diferença. Se você for aos sítios onde os Europeus chegaram ainda hoje lá estão os povos originais. Quando os Bantu iniciaram a sua colonização de Africa a partir dos Camarões (e partes da Nigéria) em toda a aquela região vivam há milhares de anos os Shum laka … que não sobra nem réstia deles no ADN dos conquistadores, quanto mais nas suas formas originais. E era pessoal que já existia há 100 mil anos. – Devem-se ter suicidado todos.

Para quem se quiser divertir, pode começar por aqui  - https://www.nature.com/articles/s41467-021-22207-y

Outros dos factos que por aí andam, e que como não adicionam nada às narrativas da construção do homem branco europeu como fonte de todo o mal do mundo ninguém lhes toca é que a cultura clovis, os índios, os indígenas da América, não são verdadeiramente os originais das américas chegados à 12,000 anos. Não… eu sei, eles sabem, um mar de gente sabe há muito tempo que arqueologicamente existem datações de há 20,000 anos, até mais. E essa gente que tinha uma tecnologia lítica muito diferente dos indios.  Após a colonização por parte da cultura clovis onde estão?  - Tal como os milenares de Shum laka… não estão. Não existem. Quer dizer não existem, mas está-se a encontrar resquícios em algumas tribos da Amazonas de ADN que é relacionado com… aborígenes da austrália de da Papua Nova Guiné que é ADN muito, muito antigo e que os índios, os indígenas da América não possuem de todo! Pois alguém chegou e colonizou fazendo a folha aos que lá estavam, não é?

 Enfim, nesta senda do século XXI em que nos querem convencer que os Europeus inventaram a escravatura, inventaram a colonização e foram os mauzões do mundo, quando curiosamente forma os europeus que acabaram com a escravatura (chiça e foi difícil convencer os outros) que de facto acabaram, ou estão a acabar, com a colonização criando de raiz ou forçando á clarificação de fronteiras que objetivamente irá acabar com a colonização forçada seja de quem for.

Enfim, no deserto ando eu.
Quer dizer a pregar no deserto. É só falar 10 minutos com alguém acabado de sair da faculdade para perceber que a sua idade mental não excede os 12 anos de idade. E, mais curioso e perigoso, o sacaninha vota. 

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