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barradeferro

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O F  (fascismo!):

Talvez o mais fascinante de todos. Vamos a uma versão simples.

 Fascism : a way of organizing a society in which a government ruled by a dictator controls the lives of the people and in which people are not allowed to disagree with the government.

No século XXI a vida organizada das pessoas já se estendeu muito para além do conceito de submissão a um goverment e constitui-se como formulas mais elaboradas de viver e vivências.

Ditadura já não precisa de ser personificada num Dictator, podendo ser organizada de forma descentralizada, mais em rede, pese embora não se consiga fugir (não durante muito tempo) aos fenómenos de hierarquização e no topo reside esse dictatorship.-  Os nódulos rapidamente se hierarquizam e alguém, ou um conjunto de alguéns e elites, está no topo da pirâmide. O Facebook, Twitter ou o Google mostrou que esse fenómeno ocorre em menos de uma década! Começa horizontal e quando abres os olhos está perfeitamente verticalizada. Lindo!

Mas isto também não explica nada.  Primeiro é preciso perceber isto:
Como se chegou ao fascismo cultural/Social de Esquerda?

Se eu, como explicado na primeira parte, tenho uma tendência para construir a minha visão moral do mundo com base nos pilares Harm/care, fairness/equality, tudo pilares normativos e prescritivos completamente esculpidos na nossa natureza mais fundamental e primaria como humanos, então, se me for dado ascendência sobre, crio soluções que são por natureza normativas e que prescrevem uma receita. Quem é normativo na sua moral não aceita nuances dos outros, não aceita a perspetiva a, b ou c como igual à sua. Porque a sua é a receita que resolve, é a boa, dos bons.

 Mas não é. E não é a boa, a esquerda, porque tem uma falha fulcral!

Acresce que a esquerda observa… logo cria empatia. Quando essa esquerda cultural ou social, verborreia boca fora qualquer um de nós percebe eles sentem o que os coitados do outro lado da história sentem. I “feel what you feel”. Estou a sentir, estou revoltado, estou assustado como tu estás… ora…isto é conversa de criança!
No fim da adolescência, normalmente, já se deve operar primariamente com ToM, com theory of mind, uma forma mais evoluída cognitivamente e por isso mais útil para entender o mundo.

Ou seja, a criança vive em empatia o adulto já consegue avaliar com base em affective ToM e sim mais tarde se a pessoa quiser ir por esse caminho mais intelectual ir pelo Cogntive ToM. Mas ToM adultos … empatia crianças. Certo?

O que é importante perceber no FCE é que as pessoas de esquerda não são crianças. São deficientes. Eu sei que é agressivo dizer isto. Mas é o que é.  E que quero eu dizer com isso?

Um ser equilibrado seria assim: durante um segundo “sente o que tu sentes”, durante uma hora percebe que tu “sintas o que sentes” e o resto do dia “entende o que tu pensas” e porque o pensas.
A Esquerda é deficiente porque passa da empatial infantil para o cognitve ToM, sem passar pelo “affective” ToM. E o que nos ensinou o nosso António Damásio com o erro de descarte? Se não o entendes primeiro “affective” nunca vais conseguir tomar decisões acertadas. Não é essa a lição? Que pessoas com danos na parte ventral, logo deficiente “affective”, parecem normais, inteligentes, mas quanto tomam decisões aquilo só sai disparate?

Ora, por razoes que não interessa dissecar, a esquerda do FCE passa directamente para estados emotivos de empatia para a criação de conceptualizações racionais sobre a sociedade sem nunca criar os mecanismos tão importantes a quem vive no mundo real em que entendes o que a outra pessoa sente. Não é o sentes, é o “percebes” porque consegues inferir que ela sinta o que sente mas não estás obrigado a sentir o mesmo que ela ou até concordar e aceitar o estado emocional dessa pessoa. Mas tens compreensão. – E quando percebes o que o outro sente já mitigaste todas e quaisquer eventos nefastos em situações na vida real.

Se passas da empatia por aquela pessoa ou  grupo de pessoas para as conceptualizações sem entender o estado affective dessas “outras” pessoas não as vais entender nunca. Daí que se possa dizer que não as estás a ver, que elas não são pessoas de verdade, que não são reais para ti.
Se tens ToM affective consegues inferir o que a outra pessoa sente e por isso ao inferir sobre a crença, intenções e desejos o “outro” tens uma base bem mais real porque assente no entendimento affective que tens sobre o “outro”. Ou seja se isto não existir, estamos no realm do puto Erro de Descarte do António Damásio, provavelmente a descoberta das últimas décadas mais desvalorizada.

O fascismo, que é o tema deste post,  é quando crias mecanismos através do quais não permites que quem discorda de ti, quem pensa diferente, possa experienciar a sua maneira de ver o mundo e dessa forma possa debater contigo as contingências de um lado e do outro.

Este é o mundo do cancel culture, dos safe spaces (como as crianças) e da imposição doutrinária (racional mas defeituosa) usando o estado, which people are not allowed to disagree with the government. Não ganham a guerra das ideias, impõem os normativos, as meta-normas. Primeiro foram as fórmulas culturais e agora estamos na fase do ataque a algumas instituições como a liberdade de expressão. Mais se seguirá. - Estás perante a versão de fascismo do século XXI.

 

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