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Não posso deixar de considerar que isto é tudo cómico. É tudo uma comédia satírica… é uma boa forma de definir Portugal. E em boa medida os Portugueses.
Entre numa sala de reuniões, entre numa argumentação, num projeto, numa iniciativa e pode ter a certeza que andará muito perto deste tipo de coisas, de lógicas aberrantes e tangentes totais ao objetivo ou objetivos, do que aquilo que gostamos, enquanto portugueses, de admitir mesmo que seja como vergonha alheia.
Mas neste caso do terrorismo assiste-se a uma coisa diferente. Esta inépcia, esta incapacidade de lidar com o terrorismo no mundo ocidental tem que ter as suas raízes em algo mais profundo. Seja cá, na França, no Reino Unido, nos EUA ou na Nova Zelândia, estamos sempre a falar de pessoas que estavam identificadas, que estavam a ser vigiadas e já se sabia que estariam perto de cometer atos imperdoáveis e mesmo assim conseguem cometer os tais atos. Presumo que pessoas para estarem a ser vigiadas possuem indícios fortíssimos de estar perto de cometer atos que são dos piores a ser cometidos contra uma sociedade. Certo?
Eu não consigo perceber como nesse mundo de indícios não há crime que se consiga atuar sobre e assim impedir esses atos. É como se as nossas sociedades tivessem esforçado tanto para garantir direitos aos seus cidadãos que não possuem os mecanismos necessários para impedir pessoas com más intenções de nos surfar com a maior das facilidades. Uma sociedade saudável, raios, viável, tem que ter mecanismos que meta medo a pessoas que acham que podem cometer, ou conspirar, para cometer atos terroristas. Não consigo conceber sobrevivência de qualquer sociedade sem essas ferramentas de detração de direito penal. – Fuck you, se já estás a ser vigiado por forças de segurança interna então meu caro, tens que começar a levar na boca já!
Qualquer coisa que leias, qualquer coisa que compres, qualquer viagem de faças… já tens que estar a pagar. Ainda existe gente daquela enxertada em corno de cabra, que se veste de negro e pode esperar-te à porta de casa às 2 da manhã.
valorizar pessoas como o Juiz Ivo Rosa é valorizar o oposto daquilo que garantiria a nossa sobrevivência.
É uma mentira que qualquer sociedade sobreviva sem aquela gente a guardar a porta do castelo. Os romanos aprenderam isso tarde de mais, nós no ocidente aparentemente também.
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