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Só um pequeno update ao momento que se vive, porque até fico confuso.
A indisponibilidade da Europa não é para lutar ou mandar os filhos correr em direção ao perigo. A indisponibilidade da Europa é para ser importunada com qualquer tipo de sacrifício ao seu bem-estar!
A indisponibilidade dos Europeus é para ter mais uma agrura no verão que se aproxima! Interromper as férias ao Dubai ou bali, Ou para não comprar o carro ou gadget novo que tem em mente porque vai pagar muito mais cara a energia ou vai ter juros das hipotecas mais altos. Ou outra coisa assim. Que isto fique bem claro!
É que com o passar do tempo, porque nem para sentir desconforto emocional um europeu está disponível, haverá a tentação de se bater sempre nesse batente que é, legitimamente argumentar, pelo menos legitimidade para argumentar que existe dificuldades numa sociedade evoluída como as europeias de mandar os filhos morrer pela terra dos outros. - Aliá sou daquelas pessoas que acha que se houvesse um ataque da Rússia ou China ao território de algum país do leste da NATO, haveria de se encontrar uma desculpa para não se mandar tropas. Mandar refiro-me a tropas de outros países europeus, não é achar que os jovens do Ohio tem toda a obrigação do mundo de ir levar tiros lá para onde quer que fosse. É mandar os nossos. Eu entendo isso tudo.
Vivemos neste mundo, neste do Konstantin Kisin que é um humorista no Reino Unido, nascido na Rússia, casado com ucraniana e que nos últimos anos tem, conjuntamente com o colega Francis Foster, feito das melhores sátiras à modernidade pequenina e woke das sociedades Ocidentais, o TRIGGERnometry.
Presumo que muitos de vocês conhecem o programa, mas eu alerto para os últimos episódios que tomaram relevância.
Que os últimos que tenham coragem de falar fora do kayfabe, fora das tais, as tais, meta-normas que gerem o que se deve dizer e até pensar, acabem por ser comediantes é em si próprio revelador. Que sejam pessoas como eles, seja Kisin ou Joe Rogan os arautos da liberdade e de sapiência que se revela clarividente também diz muito de nós, no Ocidente, nesta altura do campeonato. Esse era o papel de eruditos, académicos e figuras de respeito que colocavam os políticos na ordem, quando não eram mesmo eles que ocasionalmente ascendiam a fazer realpolitik em situações que o exigiam. Agora são estas pessoas que usando o humor conseguem manter os níveis de discussão minimamente são. Todos os outros ou enlouqueceram ou desistiram!
Konstantin, até na discussão há dias com Farage dizia, antes dos eventos, que Putin iria invadir a Ucrânia. E quando lhe perguntavam porque, ele em estupefação dizia… “porque é isso que ele disse ontem na transmissão televisiva! – mas alguém no Ocidente ouviu sequer a intervenção dele?? “ Será que num mar de jornalistas, pundits e formadores de opinião do ocidente não tiveram sequer tempo para aturar uma hora de intervenção televisiva do Putin? – Isso interviria com o tempo passado no Twitter e no Instagram? Foi isso?
Aparentemente Konstantin estava correto, quando muitos, para não dizer quase todos, estavam errados.
Vale a pena ouvi-lo aqui!
https://www.youtube.com/watch?v=dNnq8gMAE-8&t=3260s
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