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Não é novidade de que gosto “disto”!
Este novo estudo de Daniel Gómez-Sánchez (PLoS ONE 9(8): e105105. doi:10.1371/journal.pone.0105105) vem mostrar que existia uma diversidade enorme de DNA mitocondrial (pelo menos deste) no tempo do Neolítico e que não se pode assumir uma continuidade ibérica na disseminação da Cultura e genes Bell beaker (que eu adoro) pela europa fora porque existe essa aparente descontinuidade ou falta de homogeneidade genética no Mtdna (mitocondrial DNA).
Os Bell Beaker tinham uma componente muito acentuada de haplogrupo mtdna H (as Helenas) que não se encontram por exemplo nas amostras de DNA das caves de El Matador no norte de Espanha nas amostras de há 4.5 mil anos atrás. A punchline do estudo é que não é assim tão simples falar da disseminação a partir da península ibérica dos bell Beaker…. ao que muitos estão a chamar a atenção imediatamente para as amostras de NPO (neolithic Porttugal)! – Mais de 50% do DNA é H!
Olhem para a imagem acima e mais ao menos a meio para o lado direito encontram NPO (Neolithic Portugal) com uma percentagem de mtdna H brutal! Se e marca dos bell beaker (BBC… do lado esquerdo) era a marca genética das Helenas (haplogrupo H .. e já agora dos R1b) então o que muitos estão a notar é que estes realmente partiram de Portugal (do estuário do Tejo) e foram seguindo uma rota junto ao mar, pais basco, Aquitânia, Britanny , e ilhas britânicas (… ou o percruso dos R1b) não tendo necessariamente de ter ido logo para este, para o resto da península ibérica. Sim Mtdna H, Y-R1b e a cultura dos Bell beakers… Tudo a partir de Portugal.
O grande mistério continua por isso a ser quem eram as Helenas e como é que os R1b aqui (aqui é Portugal!) apareceram. Se o seu ponto de origem é no Mar cáspio, mar negro… como aparecem subitamente há 6-7 mil anos atrás em Portugal e como é que a partir de aqui se tornaram a linhagem genética dominante na Europa Ocidental e EUA!
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