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barradeferro

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Mário Centeno, Ministro das finanças de Portugal, 2 de Dezembro de 2015:

 

Não podemos "transpor conclusões de artigos científicos para a legislação nacional, porque se tentar fazer isso é um passo para o desastre"

 

Aqui está a afirmação de Mário Centeno que provavelmente alguma vez concordarei a 100%... Mas se pensam que este post é sobre política nacional estão enganados. É sobre política mas internacional e mais propriamente política climática. E no mundo real não no mundo dos artigos científicos da AGW as coisas são ligeiramente diferentes. Ligeiramente

Nem vou repetir algumas das coisas que já aqui escrevi noutros posts relacionado com este assunto. Mas vou lembrar um pequeno facto. Aliás podem usar como remate para qualquer debate sobre alterações climáticas. E se quiserem entender porque cientistas (sim climatologistas, meteorologistas, físicos, etc) tem tantas dúvidas este é um exemplo de antologia. Aqui vai.

 

Inale e agora exale. Esse CO2 que exalou aí está e por aqui há de ficar muitos séculos. Não se esconde, não vai a lado e está ai para fazer a sua coisa maléfica ao clima:  Agora, o século XX viu um incremento de temperatura sensivelmente de 1 grau. Esse aumento teve o seguinte padrão: de 1910 a 1940 aumento de temperatura de 0.4C (primeiro aquecimento), de 1940 a 1970 (a longa pausa) 0.0C e de 1970 a 2000 (aumento que AGW adora) um aumento de 0.6C.  Ora o aumento do CO2 de partes por milhão ppm foi o seguinte:

 

      a. De 1910-1940 o conteúdo de CO2 na atmosfera foi de 300ppm para 311ppm (aumento de 11%) e assistiu a um aumento temperatura 0.40ºC ( 40%).

 

      b. De 1940 – 1970 com o advento da industrialização passou de 311ppm para 325ppm e a temperatura do planeta nem mexeu. Mais, nós emitíamos quantidades brutais de CO2 para a atmosfera e de 1940 a 1960 e as partes por milhão ficaram exatamente iguais (311ppm). Para onde foi esse CO2 todo?  De 1960 a 1970 passaram de 311ppm para 325ppm (em 10 anos) e a temperatura nem mexeu!

     

     c. De 1970 – 2000 passou de 325ppm para 370ppm (45%) e temperatura aumentou 0.6ºC (60%).

 

Já estou a ouvir alguns a dizerem… veja como o ponto c. demonstra a correlação… pois mas então expliquem também o ponto d.

 

     d. De 2000 – 2015 passou de 370ppm para quase 400ppm (30% aumento das emissões) e o aumento da temperatura foi de 0.0ºC.

 

 

Por amor de Deus… estão a ver o problema? Estão a ver porque o Mário Centeno tem razão?!