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Uma semana sem escrever aqui no blog (que não gosto) mostra que o mundo, pelo menos o meu mundo, começa a voltar a alguma verisimilhança de normalidade e eu não me preparei para esse facto. Uma semana fora e mal tempo tive de dormir quanto mais escrever.
Tenho que me preparar porque de certeza terei outras semanas assim (felizmente) mas basta preparar-me que deixa de ser um problema.
Mas escrevo este post porque um dos meus sócios não é caucasiano. E enquanto jantamos nestas nossas deslocações vamos falando de vários assuntos. Um dos tópicos que ocorreu foi ele achar que a decadência do ocidente e acima de tudo dos ocidentais vá ocorrer com toda a normalidade e que isso não trará mal ao mundo.
Um dos assuntos que falámos, desta vez, foi sobre a escravatura como uma das perversões dos “brancos”. E quando eu contra-argumento que os brancos não inventaram a escravatura, provavelmente foram as maiores vitimas da escravatura desde a sua criação no calcolítico, que a escravatura negra para o norte de Africa já existia á mil anos quando os brancos lá os foram comprar e acima de tudo que não foram os brancos que criaram a escravatura mas foram definitivamente os brancos que acabaram com a escravatura. E, já agora, que o resto do mundo vivia muito bem e feliz com a escravatura quando o enlightement Europeu decidiu que era imoral e insustentável na modernidade. E muito bem! – Mas o meu sócio que nunca desiste de uma discussão fica sem argumentos (pelo menos válidos) o que é curioso porque implica que ele nunca terá processado essa perspectiva que é meramente factual.
Este espanto por se ventilar argumentos que as pessoas não estão habituadas começa a ser um problema grave devido ao facto de não lhes ter ocorrido antes que esta perspetiva e existe e que é assente em factos, meramente factos e como o outro diz facts dont care about your feelings.
Esta imagem aqui ao lado é Shangai... quem diria.
Mas espanto, espanto, é quando eu argumento que percebo o momento mundial que se vive contra os Brancos (leia-se europeus) porque na verdade esteja você em lisboa, paris ou Roma, mas também em Nairobi Kinshasa ou Lagos, Mumbai, Seoul o tokyo, Beijing Shangai ou Schenzhen a verdade, verdade é que Deus ou a natureza pode ter criado o substrato mas tudo o resto, tudo, é uma invenção de um homem velho europeu! E se 95% de todas as coisas foram invenções de brancos europeus como raio vai o resto do mundo gerir isso?
Esse vai ser o tema de um post muito maior do que o tempo que agora tive depois de aterrar em lisboa.
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