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Uma coisa curiosa. De manhã, no telemóvel como faço todos os dias ao acordar, tinha notado um artigo penso que do National review (vejo todos de seguida numa determinada ordem) mas também poderia ter sido no Washington Examinar que se referia a um outro artigo do the Atlantic e que me chamou a atenção. Li ambos enviesado e à pressa com o intuito de ler com cuidado mais tarde mas passou o dia e não consegui. Quando fui no dia seguinte à procura já não consegui e também não estive para perder muito mais tempo.
O que achei interessante era que o artigo do National Review (direita) concordava na aferição da realidade do The Atlantic (esquerda). E concordava no seguinte. O artigo do Atlantic dizia que se estava a perder tempo a atacar os apoiantes de Trump como os ignorantes dos red states que eram os blue colar da classe média baixa que eram disenfranchised da nova América e blá blá blá, quando na verdade os estudos e estatísticas sobre apoiantes de Trump nos demonstram que até eram pessoas bem economicamente e que na verdade o inimigo nesses estados, na maioria do interior dos EUA, e no movimento de suporte a Trump em geral e à direita republicana vinha da imensidão de milionários que existiam nesses estados e que não são Elon Musk ou Jeff Bezos, que esses são bilionários, mas sim o mar imenso de milionários, e esta era a parte importante nos artigos, que na verdade são a poderosa elite do interior dos EUA e são o Old Money americano e o real alvo a abater nesta nova guerra cultural. Ah finalmente!
– Eu já aqui escrevi que a América foi construída pela emigração alemã, pela Ordnung, pelo Ordnung muss sein” (“there must be order”) que está por detrás da psique alemã e que na verdade está subjacente ao sucesso económico dos EUA, cavalgando alguma criatividade e inventividade anglo-saxónica e porque não dizer pisando até cheap labour dos outros todos.
Era uma questão de tempo até a esquerda americana decidir ir atrás desta gente. Esta gente como elite, cheia de fuck-you Money e que se está pouco a marimbar para as modas e modinhas dos outros. Agora sim, quando esta gente se sentir ameaçada vão começar verdadeiramente os jogos nos EUA. Os jogos da, à falta de melhor, desagregação final dos EUA. Não será como as secessões dos séculos anteriores nomeadamente na Europa, mas será ainda assim uma destruição do país, chamado EUA, que na verdade só obteve o sucesso que obteve porque esteve construído sobre o backbone daquela gente (sim europeus centrais) e que até há bem pouco tempo representava, e bem na minha opinião, a elite americana que contava e mandava para a vivência interna do país deles que é muito regional e local.
Como já disse, Let the games begin.
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