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Já nem sei bem onde o ouvi, mas parece ser claro que existe uma estratégia no parlamento, por parte de praticamente todos os partidos, de ignorar o Partido CHEGA! do André Ventura.
Eu já aqui escrevi que encaro a maledicência no sentido de Gossip do Axelrod como algo normal no caso do CHEGA. Podemos dizer que é prova e atestado da sua característica antissistema essa maledicência. Mas também é da literatura que quando passa do gossip para o Ostracism é um sinal acima de tudo e sobretudo um sinal de atraso dessa sociedade – Está nos livros, certo?!
No nosso caso é só o último sinal do regime, o tal regime saído do 25 de Abril, que tem quase 50 anos, tantos como o podre anterior regime e já cheira muitas vezes tão mal como ele.
A ideia de que o ostracismo a um partido com aquele número de deputados eleitos deverá preocupar as pessoas. Especialmente pessoas que passam a vida com a democracia na boca e o liberalismo na cartilha. Claro que concordo que talvez seja muito cedo para tirar ilações desse facto, talvez seja só um processo de normalização, mas não deixa de ser verdade que os exemplos, para uma democracia de 50 anos, começam a ser muitos. - Sei também, e por outro lado, que já ouve agressões a e em manifestações políticas do CHEGA mas nada de monta ou que não possa ser imputado a manifestações espontâneas de grunhos. Eles existem e estão por aí.
Talvez tudo se fique pelo Gossip e não evolua para o ostracismo. - Porque o passo a seguir é o confronto. E que fique claro, que grupos colocados perante o Ostracismo por norma ficam muito perto de aceitar o confronto como próximo passo. Porque se já é duro levar com maledicência que muitas vezes se traduz em calunia e pura difamação, ostracismo será um nível diferente.
Só escrevo este post hoje porque tenho reparado nos últimos dias uma sequência de entrevistas por parte do Observador a deputados do CHEGA. Ainda não vi ou ouvi entrevistas como resultado de convites ao Mithá Ribeiro, estranho, mas vou dar o benefício da dúvida. Mesmo quando as entrevistas parecem mais focadas em falar de Montenegro do que qualquer outra coisa, quando não a catadupa de perguntas sobre os fundadores do CHEGA que tem sido afastados.
Aliás, ainda em relação aos afastamentos no partido de André Ventura, se lerem os meus posts anteriores sobre o CHEGA deixo claro que o mesmo terá acontecido em Espanha com o VOX e que isso era não só esperado como até desejado. Não tenho dúvida de que André Ventura sabe isso, mas também sei que existe muita gente que vota no partido, mas não está disposto a dar a cara porque sabe que as consequências para o seu negócio, carreira, ou emprego serão arrasadoras. Arrasadoras!! – Tal como em todas as formas de fascismo, se estás contra estás coloquialmente tramado. Fascismo é fascismo.
Mas enfim, o que fica será que pelo menos neste órgão de comunicação não estão a praticar o tal Ostracismo. Fica, por hora, os meus parabéns ao Observador.
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