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Decore este nome – Shulaveri-Shomu… outra vez Shulaveri-Shomu.
Se eu estiver certo, e posso não estar, e até aceito todos os graus de variabilidade dessa hipótese e, tendo eu tempo, até vou picar os gurus como Maju, ou Chad, ou Jeanl (que no mundo real tem nome no mercado cientifico) para me provar errado. Eu duvido e aposto que o consigam! – Mas, se eu estou certo que fique aqui escrito que eu disse primeiro:
* A ocorrência do haplogrupo dominante na europa ocidental, R1b, tem origem numa cultura muito específica do Cáucaso, denominada de Shulaveri-Shomu. Não é Yamna, não é Maikop ou Kura-araxes… não. Sítios como Kwemo-Kartli e até Mentesh tepe são a Urheimat (homeland) de todos os europeus ocidentais. E o começo milenar dessa ocidentalização genética e cultural começou na península ibérica, porque após o fim da SSC não milénios mas séculos depois R1b (M269) puros estavam a habitar a península ibérica surgindo daí depois as subclades que fizeram a europa ocidental (L11 e L51).
*the European dominance of Y-dna Haplogroup R1b had its origin in a very specific culture of the Caucasus the Shulaveri-Shomu, Not Yamna, nor Maikop, nor Kura arexes… no! Places like Kwemo-Kartli and Mentesh tepe are the true Urheimat (homeland) of all western Europeans. And the spread of that cultural and genetic trait started in the Iberia peninsula, because after the immediate ending of the SSC not millennia but centuries later pure r1b (M269) inhabit the peninsula making the downstream clades that populate western world (L11 and L51).
E para mim (e malucos há em todo o lado) é perfeitamente óbvio que assim é. E eu não tinha a mais pequena ideia há uma semana atrás. Por isso é que se for verdade… é assustador a burrice humana. Se for mentira, bem, fico em boa companhia que o que não falta é malucos e idiotas.
Assim, uns dias (na verdade horas) de lógica que alimentaram o meu feeling:
Nota: não resisto a contar algo. Faz pouco mais de um ano estava a almoçar com um amigo em lisboa e um senhor de idade, distinto, sentou-se na mesa ao lado. O sorriso dele levou a que fala-se-mos da cor do vinho dele. E ele ofereceu para provar. E ele a dado passo começa a falar de castas e mencionava o Cáucaso. A conversa desviou mas ficou algo no meu cérebro que me perseguiu durante um ano.
Foi assim que cheguei a esta teoria:
Sim! – Estou a dizer que os Shulaveri-Shomu, cultura neolítica, são os pais ancestrais dos R1b que colonizaram a europa. Posso estar completamente errado e não quero convencer ninguém. Escrevo isto porque pela lógica acima descrita me parece tão lógico, tão lógico que assim é que até me assusta. E sei o suficiente sobre o assunto para saber que nesta altura não existe nenhum antropologista que me prove errado. O que não quer dizer que eu esteja certo. Somente que é integro o que escrevi. E se no futuro surgir esta teoria, ou descobertas futuras impulsionarem para aí, quero que se saiba que este assunto (a procura mais fina da origem dos R1b) me levou uma semana. Aí deles todos se algum dia se provar que eu estou certo.
A minha história é, e para que fique escrito, descrita assim:
R1b antecessores dos europeus ocidentais eram as pessoas da cultura Shulaveri-Shomu no sul da Geórgia e arménia. Eram altos e braquicéfalos. Agricultores e pastores e cavaleiros. Por alguma razão, seja por causa de alterações climáticas, ou porque não se deram bem com os fenómenos subjacentes à emergência de algumas culturas que claramente são proto civilizacionais tanto a sul (Uruk e Sioni) como a norte (Maikop e Yamna) abandonaram subitamente a sua região e entraram numa diáspora nómade. Claro que ficaram vários R1b na região, e claro que foram deixando bolsas de pessoas com a sua genética na anatólia (que mais tarde deram em Hititas), e claramente ficaram na região mais a sul do crescente fértil, em muito contribuindo para o aparecimento dos sumérios (eram um dos povos que fundou sumer) e eram claramente os habitantes da cidade de Ur, e que depois se transformam nos Assírios (40% de frequência de R1b), etc, etc.
Estou a dizer que os Shulaveri-Shomu eram Rb1-M269 (mutação antiga, anterior a mutações posteriores, e a aquela que é avô dos europeus) e que após o seu fim vamos encontrar em Portugal, séculos depois e não milénios, R1b-M269 puros ficando assim claro o que digo que depois sofreram as mutações de L11 e talvez a L51 e por aí a adiante espanhando R1b através dos bell beaker a partir de Lisboa e na sua maior representação que é a Civilização VNSP(deviam arranjar um nome mais bonito).
Não faço ideia do que originou esta debandada e loucura de um povo que era muito neolítico e até bastante sedentário. Se calhar os 32 corpos numa única supulturaque se encontrou num dos povoados, o de Mentesh tepe, nos dê respostas (será que eram todos dos sexo feminino?) mas estes abandoaram o local de forma abrupta. Eram claramente diferentes dos outros, eram altos branquicéfalos, barbudos e em cima dos seus cavalos (turpans), com os seus enormes cães (mastiffs) e gado e bebedores de vinho, armados de arcos e flechas que na certa devem ter provocado muito medo e terror nos sítios por onde passavam. Não quero ir por aí, mas de certeza muitos mitos dos livros antigos, inclusive a bíblia, devem ter origem nesta serpente de gente, cavalos, gado e cães que se moviam apressadamente para algum lado.
Tenho a certeza que os primeiros a chegar à península vieram pelo norte de Africa e há algo como 5,5 mil anos atrás. Foi nessa altura que em Portugal passou-se de utensílios completamente descaracterizados e podre abundancia de liticos para muitos achados arqueológicos de Cerâmica, facas e setas, muitas setas, muitas e muitas. Tal como o norte de africa está apinhado dessas mesmas setas….
Querem uma aposta da razão porque vieram para cá tão rápido? – Porque ouviram falar de uma terra prometida lá para o oeste (pela voz de agricultores do neolítico) que tinha muitas vinhas selvagens, muitas, muitas como nunca visto... e cavalos, não pequenos como os seus Turpans mas grandes, rápidos e doceis… E isso provo num post a seguir porque foi por aí que tudo começou para mim!
E isto que fique claro: Um dia a genetica vai conseguir extrair material de amostras antropologicas suficiente para demonstrar este axioma muito simples: Vai-se encontrar R1b M269 puros em Portugal datando de há 5,500 atrás e só depois se verificou as ocorrencias de mutações L11, L51, etc (que são posteriores a essa data).
Papers que encontrei e li:
http://www.science.org.ge/moambe/6-2/153-161%20Pitskhelauri.pdf)
http://www.persee.fr/docAsPDF/paleo_0153-9345_2008_num_34_2_5258.pdf
https://www.researchgate.net/.../273789666_Mentesh_Tepe_an_early_settlements
Mas a seguir vou então explicar os cães, vinho e cavalos.
Após os 3 posts sobre os portugueses geneticamente:
* I - Portugueses… (primeiro os europeus atuais) (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/i-portugueses-primeiro-os-europeus-28285)
*II - Portugueses… (Esperem! ....primeiro os europeus originais (sort of)) (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/ii-portugueses-esperem-28901)
*III - Portugueses… Finalmente! (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/iii-portugueses-finalmente-32254)
Voltamos á imagem do post inicial. Portugueses...( http://barradeferro.blogs.sapo.pt/portugueses-27716)
Por vezes quando se menciona às pessoas que somos um bocado North European, um bocado Gedrosia e um bocado Africa do Norte as pessoas pensam que nos referimos que há pessoas que são um coisa e outras que são outra. O que esta imagem mostra é que para estes 6 Portugueses que mandaram os seus dados do 23andme para o Dodecad (base de dados de genética populacional) todos temos aqueles bocados em proporções mais ou menos similares e depois alguns têm pequenas componentes de umas coisas e outros de outras ou até das duas ou 3 percentagem minúsculas mas que mostram a nossa diversidade gerografica… aliás como se nota noutros europeus como os holandeses, belgas, franceses, ingleses etc.
Assim, de baixo para cima:
… Podemos ver que o primeiro começa por ter uma proporção de West Asian (caucaso - azul bébé) de cerca de 7 a 12 porcento…
… depois tem um bocado de Northwest African (africa do Norte) cujos marcadores nos SNP (single nucleoides…) são essencialmente berberes o que cria algumas dúvidas sobre se são o resultado das invasões islâmicas ou se são muito, mas muito, anteriores porque representam bem as populações paleolíticas do norte de Africa (como os mozabites) e não propriamente uma réplica fiel das populações que os substituíram posteriormente….
… Depois o verde clarinho que é a nossa maior e mais marcante elemento e que é similar ao maior load genético agricultores do neolítico (Atlântico- mediterrânico)…
… e depois vemos que a proporção do Southwest asian (Gedrosia) que partilhamos com o pessoal do Afeganistão e irão e até partes do extremo norte da india e que até parece aumentar ou diminuir na proporção inversa à quantidade de genética Norte Africana. …
… 2 ou 3 tem uns residios de East Asian (do este Asiático ) que não faço a mínima ideia de como cá chegou essa componente e também parece ser inverso ao facto se ter East asian ou south asian o que é estranho visto os portugueses ou tem resticios da India ou da china como dizia o outro mas não os dois em simultâneo (não faço a mínima ideia porquê)…
... a seguir o amarelo torrado, que em alguns destes é quase tão grande quanto o substrato do neolitico e que é a North European, há quem lhe chame Hyperborean, correspondendo ao material genético dos caçadores recolectores que habitaram a europa no paleolitico...
… Vemos uma componente East African (Egipto e Judeu) que veio com essa migração dos sefarditas e das invasões africanas (roxo claro)….
… E vemos por fim que um deles tem uma pequena percentagem de material genético da Africa subsariana (west african) , o segundo a contar da esquerda, mas os outros não tem.
E pronto... assim se criou este povo. para o bem e para o mal.
Entender o português primeiro é preciso entender o europeu, porque nós somos intrinsecamente europeus. E entender os europeus atuais primeiro é necessário entender as matrizes genéticas que nos compõem e que têm dezenas de milhares de anos.
Deixem-me apresentar-vos alguns dos meus mais velhos amigos. Alguns tem entre 8 e 10 mil anos, outros entre 5 a 8 mil anos e outros ainda são uns jovens entre 4 e 6 mil anos. Isto para não falar do mais velho, o Kostenki-14 de 37…mil anos!
Assim entender um europeu é entender que ele é feito na globalidade de 3 materiais no essencial (analise em K3): WHG, EEF e ANE. ANE é fixo nas percentagens, mais ou menos 10% (excepto os estonios que tem muito) mas a diferença entre um europeu do norte e um europeu do sul é a percentagem de WHG de uns (mais a norte) e de EEF noutros (mais a sul) e o ANE é mais ou menos similar.
Mas cada uma destas componentes pode-se partir em vários outros subgrupos genéticos (K7, K12, etc) e aí sim, vamos depois aos portugueses.
Nota: Não estou nada convencido da Kurgan Hypothesis. Mas fica para outro post.
Gostava imenso de ter mais tempo para escrever um pouco mais sobre estas questões de genética populacional. Tanto a nível pré-histórico (Paleolítico, neolítico, idade do ferro, Bronze, etc.) como numa perspetiva inovadora sobre eventos históricos, estas análises estão a mudar a nossa visão do mundo.
Até para aliviar um bocado as temáticas abordadas nos últimos dias. Ok.
Escrevo isto porque tive a ler the Italian genome reflects the history of Europe and the Mediterranean basin e na verdade a diferença, o fixation Index, entre um italiano do Norte e um italiano do sul é por exemplo maior que a diferença entre um Português e um alemão. Ou entre um irlandês e um alemão (ou pelo menos parte considerável da Alemanha). Fst 0.0013 é igual ou maior que a maioria (mais de 50%) de todas as combinações entre os povos europeus.
Já escrevi no post (De Catalães a Bascos. Duas coisas bem diferentes) sobre a independência da Catalunha que estes não se diferenciam geneticamente em nada (ou quase) dos espanhóis de Madrid. Mas, na verdade num mundo de incertezas em que vivemos existiria no futuro hipoteticamente um “Pais” que seria composto por Portugal, Espanha e…. Norte de Itália. Aliás, existe em várias análises PCA (principal componente) de genes e polimorfismos comuns que criam este cluster de pessoas.
Ethnicity | Gedrosia | Siberian | NW_Afric | SE_Asian | Atlantic_Med | North_Europ |
Espanha | 6.00 | 0.50 | 3.25 | 0.20 | 54.35 | 21.95 |
Norte Italia | 5.76 | 0.28 | 2.80 | 0.26 | 39.36 | 24.61 |
Portugal | 6.33 | 0.21 | 6.24 | 0.28 | 47.14 | 22.28 |
Ethnicity | S_Asian | E_Afric | SW_Asian | E_Asian | Caucasus | S_Saharan |
Espanha | 0.20 | 0.05 | 5.20 | 0.00 | 7.75 | 0.60 |
Norte Italia | 0.06 | 0.39 | 5.44 | 0.29 | 20.20 | 0.54 |
Portugal | 0.73 | 0.77 | 4.89 | 0.09 | 10.58 | 0.46 |
Com estas percentagens de genes destes clusters geográficos, como apresentado no quadro acima, as analises de principal components criam um cluster de pessoas que são geneticamente “mais” parecidas. Assim haveria um país de pessoas geneticamente "mais próximas" composto pela peninsula ibérica e norte de itália (Pidmonte,lombardia,romangna, etc). Aliás como outros "paises" podem surgir noutras areas geográficas da europa.
Alias, nota-se em Portugal o numero elevado de genes do norte de Africa, que na verdade ninguem sabe se são antigos (paleolitico/neolitico) ou da invasão arabe sec. VII-X (só por si isto dava um post enorme). Sendo sempre esse o traço distintivo que uso mesmo sem ver a nacionalidade no 23andMe se é português (procuro cerca de 6% de genes do norte de Africa), assim como uso a percentagem de genes negros (S_Saharan) para saber se estamos perante um Portugues (0.5%) ou um Brasileiro de origem portuguesa (3.5%).
Deste ponto em diante dava para escrever um livro....
Uma curiosidade.
Nada na Catalunha, na minha forma de ver o mundo, justifica a intenção de independência destes. Não é porque num determinado momento na história a minha região detém mais recursos que a média do meu país que eu devo pedir a independência. Penso, verdadeiramente, ser esse o fator motivador preponderante na Catalunha. Nem a língua é assim tão diferente, nem a sua história (pode ser ignorância minha) nem a sua genética é em nada diferente do resto da Espanha, pelo menos da Espanha “Madrilena” . Nada.
Dito isto se querem mesmo ser independentes basta que se estabeleça o preço a pagar e pronto. Sair do Euro e da União parece-me ser o preço ajustado para se justificar, pelo menos nos mínimos olímpicos (já não há pachorra para sangue), essa alteração das fronteiras de um país…
Olhando para o quadro abaixo, sobre cluster de genes em análise autosomal vemos que não existe praticamente diferença. O Fst populacional (um dia falamos nisto), a diferença nos genes entre eles é mínima (deve ser algo como 0.0001) ou algo do género.
Ethnicity | Gedrosia | Siberian | NW_African | SE_Asian | Atlantic_Med | North_European | S_Asian | E_African | SW_Asian |
Espanha | 6.00 | 0.50 | 3.25 | 0.20 | 54.35 | 21.95 | 0.20 | 0.05 | 5.20 |
Catalunha | 6.35 | 0.00 | 2.15 | 0.25 | 47.33 | 28.48 | 0.20 | 0.08 | 3.73 |
E_Asian | Caucasus | S_Saharan |
0.00 | 7.75 | 0.60 |
0.05 | 11.08 | 0.25 |
Ora, já se passarmos para os Bascos, ui, isso sim, já é uma história diferente. Os Bascos são mesmo, mesmo, um “país” à parte. Em qualquer análise PCA (principal componente) que se analise os genes dos Bascos eles aparecem sempre como um cluster à parte. Nem se juntam à Europa do Norte nem do Sul.
Neste PCA são as mancha castanha avermelhada na parte central mais para baixo, por cima do Amarelo. Reparem como não possuem traços comuns ao admixture que encontramos nos outros povos da europa e do mundo.
Ethnicity | Gedrosia | Siberian | NW_African | SE_Asian | Atlantic_Med | North_European | S_Asian | E_African |
País Basco | 8.70 | 0.00 | 0.00 | 0.00 | 71.10 | 20.30 | 0.00 | 0.00 |
SW_Asian | E_Asian | Caucasus | S_Saharan |
0.00 | 0.00 | 0.00 | 0.00 |
Os bascos nunca se misturaram com ninguém em 5 mil anos, a sua língua é a única língua europeia que não é PIE (proto indo europeia), mistério dos mistérios, são quase todos descendentes do R1B (tem quase todos esse polimorfismo nos genes) como linhagem de sangue patriarcal (Y-DNA).
Não entendo como os bascos (espanhóis e franceses) não são um país independente, se o quiserem ser claro.
Colocar um post com uma imagem destas não será a forma mais apelativa de ser lido.
E este borrão de cores pode à partida não significar nada para si, mas ele representa a beleza da diversidade humana.
E sendo este um blog com instancias algo politicas não posso deixar de dizer que enquanto o FCE (fascismo cultural de esquerda) continuar a impingir essa visão de que somos todos iguais somente contextualizados por pequenas diferenças, irrelevantes e sem significado, vamos continuar a não ver, a não apreciar na sua real extensão, a beleza da diversidade humana. Enquanto esse FCE tiver reacções alérgicas à saliência, à proeminência de alguns fenótipos em determinadas características vamos viver num mundo alternativo e altamente abstractizado sem verdadeiramente vermos o outro. Até ao dia.
Almoço com um judeu Askenazim, sem me sentir diminuído ou inferior, e sinto-me fascinado com a inteligência, com o fraco hiperbolic discounting, percebendo com satisfação o modo como ele encara a realidade. Quando estou com asiáticos repara no recato e na timidez sem me sentir de alguma forma superior por ser mais desinibido e quando navego a mundo, o meu mundo, de forma alguma procuro amizades e vivência do meu precioso tempo tentando aferir a inteligência, ou mesmo o status, das pessoas que me rodeiam. ou me sinto bem junto deles ou não. Certo?
Mas dizia eu que cada uma daquelas cores significa um conjunto de marcadores genéticos que populações humanas estiveram sujeitas e que tem que, tem que, ter marcado de forma profunda, diferenciada e diferenciadora, cada um deles! – Tem que.
Este mapa tem o admixture das populações humanas. Admixture é a mistura de marcadores genéticos, que todos nós transportamos, e que quando duas populações diferenciadas começam a reproduzir se introduzem então essas novas linhagens na população.
AFRICA
os verdes. curiosamente os verdes escuros correspondem a culturas Dad, a culturas de elevado investimento parental. E os claros a culturas de mais baixo investimento parental (cads)... mas deve ser uma coincidencia...!
NORTE AFRICA
Depois estamos no norte de africa e médio oriente. por exemplo os beberes Mozabites (azul) do haplogroup E1b1b1 , E3, etc ...
MÉDIO ORIENTE
E os amarelos do médio oriente, dos haplogrupos J...
LEVANTE e CÁUCASO
E começamos a ver os Roxos (escuro), levantinos originais, perto do haplogrupo G2a3 que trouxeram a agricultura para a Europa...
INDO... dos INDO-EUROPEUS
E começa o Lilás, o mar negro, cáspio, do irão, Afeganistão, os Arianos cavaleiros da parte asiática do nosso load genético...
OS EUROPEUS
Chegando aos europeus concentramos no lilás, no roxo e no vermelho. O vermelho é a base do europeu, é a genética dos caçadores recolectores do mesolítico (12,000 – 7000 anos), essa passagem do Paleolítico para o neolítico, sendo a genética que prevalecia na europa antes da chegada do neolítico. Há quem goste de lhes chamar Hyperboreans. O roxo é a genética do neolítico, dos agricultores do Sul, dos homens que trouxeram e disseminaram a agricultura na europa, a cultura Cardial, a cultura Linear Pottery (LBK – Linearbandkeramik) há 6-7 mil anos atrás. E o lilás é a genética da Asia que existe em nós, é a genética que veio com os indo-europeus. Curiosamente todas as nossas línguas são essencialmente indo-europeias (3-4,000 anos atrás) daí que estes malucos bebedores de leite, esta cultura Kurgan vinda das estepes, entre o Mar negro e o cáspio, do ponto de vista linguístico eliminam todos as outras línguas, são omnipresentes na europa… mas o load genético que aqui deixaram, na vertente asiática, é muito pequeno. O que só poderá significar que já vinham cheios de genética Hiperborean, que não será de espantar porque estes estenderam-se até o lago baikal lá junto à Sibéria e na verdade é o mesmo load genético dos… ameríndios (!). Incrível, não é?
DE VOLTA Á ÁSIA
Voltamos à Ásia com os lilazes onde o mais claro nos leva á India.
SOL NASCENTE
e damos um salto brutal para as terras do sol nascente (Azul escuro), com os HAN, chineses e japoneses vendo o rasto genético que os Mongol e outros povos ali de junto à russia deixaram (o laranja)
Que pena não haver uma história escrita sobre estes tempos, antes dos egipcios, gregos e romanos. Resta a genética para nos ir dando pistas sobre a vida nesses 8,000 anos. Será um tema ao qual voltarei algumas vezes.
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