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Junkies

por Olympus Mons, em 05.01.16

 

 

Dizia à dias Jonathan Haidt que um Libertarian não passa de um Liberal que foi assaltado, que foi  Mugged, pela realidade.

Não deixa de ser verdade. Muitas vezes os libertarian, que tanto se lê por exemplo no Insurgente, não passam em alguns dos casos de pessoas mais próximas do bloco de esquerda na perceção dos cânones sociais mas sem toda a tónica na sensibilidade do harm/care e do Fairness/reciprocity ou equality.

 

Veio me isto à memória porque há dias li o recente estudo de Van de vyer et al How the

July 7, 2005, London Bombings Affected Liberals’ Moral Foundations and Prejudice.

 

O estudo é curioso porque tendo acesso a questionários de cerca de 2500 pessoas no reino unido demonstra com uma clareza impressionante como, após um atentado (no caso o de londres), as posições politico-morais de pessoas de extrema-esquerda (liberals) ficam exatamente iguais às das pessoas de direita. Que curiosamente não se alteram em nada. Após um atentado as pessoas de esquerda tem valores de cânones morais descritivos iguais às pessoas de direita, tem o mesmo endorsement de in-group que as pessoas de direita sempre tiveram, a mesma posição de fairness Foundation nas atitudes politicas e até a atitude e preconceito para com muçulmanos.

Mas talvez o mais incrível é que a posição das pessoas de direita não muda. Em nenhuma das barras. A sua posição matem-se exatamente igual antes e depois de um atentado.

 

Eric kaufman já nos tinha demonstrado que as pessoas de extrema-esquerda são as que mais endorsement dão por exemplo à multiculturalidade mas curiosamente são as primeiras a abandonar o bairro quando essa multiculturalidade chega com a carrinha das mudanças ao sítio onde vivem.

Agora percebemos todo o postering moral que a esquerda gosta de se intoxicar com (endorfinas, ou seja opiáceo endógeno) não passa de incapacidade de avaliar a realidade. Mas tal como no caso da multiculturalidade, quando esta realidade lhe bate à porta acordam de maneira estrondosa.

 

Fica a pergunta. Se a esquerda não passa da direita vivendo numa bolha de ilusão com o intuito de se auto endorfinizar… porque lhes damos tanta atenção nas sociedades modernas?

 

 

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13 de Novembro de 2015

por Olympus Mons, em 14.11.15

 

 

Estamos a enfrentar o Estado Islâmico ou o Islão?

 

 

Nem é assim tão difícil de descobrir. É só não confabular, o que em termos práticos significa calar a esquerda. A frança tem já quase 10% da sua população muçulmana, cerca de 5 milhões, basta ignorar tweets, opinion makers, líderes religiosos na europa, lideres políticos de países de maioria muçulmana e, em geral, estados de alma do momento…. E basta meramente ir perguntar a essa população o que acha dos atentados de ontem. Estes e outros. E não deve ser agora. Deve ser feito dentro de um ano. - Aquilo que depois de tratados os dados estatísticos dessa sondagem resultar será a resposta se enfrentamos o ISIS ou o Islão.

 

Também não interessará particularmente a resposta dos muçulmanos mais velhos que esses não fazem atentados. Tem que ir perguntar aos jovens entre os 16 e 35 anos o que eles pensam dos atentados.

 

E já que falamos da diferença entre grupos, visto que de acordo com os estudos da Pew Global que tenho lido (especialmente o de Julho de 2015), o receio mais acentuado do extremismo islâmicos nos seus países está grandemente enraizados nas pessoas mais velhas ou ideologicamente mais à direita (com diferenças de até 30pp) , convém também, já agora, perguntar aos franceses de idades entre os 18 e 30 anos e ideologicamente mais de esquerda se… e agora? já sentem o receio?

 

Este post terá continuidade... 11:21h

 E esta pergunta é importante. Porque logo a seguir aos atentados ao Charlie Hebdo e ao mercado Kosher, a opinião dos franceses em geral e em particular as de franceses de inclinação ideológica de esquerda aumentou de forma considerável. Por isso estes escalar não são um crescendo de resposta dos extremistas a um incremento por parte da sociedade francesa de islamofobia.

O que nos reserva o futuro?

O que fizermos dele, desde que se mantenha em mente que a diversidade cultural é tóxica e funciona de forma muito semelhante às células cancerígenas.

Por norma não referencio autores de direita, até porque em algumas das vertentes e áreas de investigação que aqui abordo nem existe outra espécie que não seja de esquerda. Seja Eric kaufmann, seja mesmo Jonathan Haidt ou Joshua green.  Nesta altura convém mencionar Robert D Putnan , que já mencionei no A REALIDADE É UMA “BITCH” (http://barradeferro.blogs.sapo.pt/6497.html) .

Putnan é dos , se não o, mais influente sociologo politico vivo. Desde Obama até todo e qualquer instituto social, tem-no ou aos seus trabalhos como referência. 

Já agora, Putnan foi muito criticado por ter publicado dados em 2000 mas só em 2007 publicou as conclusões. Porquê? Porque os dados demonstravam que tudo que andava a ser publicado, todas as teorias e tangas esquerdoides do contact hypothesis  e da Conflict theory eram invalidadas pelos seus dados. Como tal fez aquilo que qualquer esquerdoide faz, porque pode e só eles o podem fazer sem perder completamente a reputação científica, escondeu dados.    Mas escrevia eu sobre os trabalhos da psicologia comunitárias que assentam muito sobre os trabalhos de Putnan:

 “….O problema é que todo o output desta disciplina vai no sentido contrário aos objectivos da própria disciplina. Desde os trabalhos de Steve Sailer até Robert Putnan todos, para espanto total das suas mentes politicamente correctas descobrem que não se consegue de todo ter o melhor dos dois mundos. Ou tens uma comunidade coesa ou tens uma comunidade diversificada.  Diversificar étnico-culturalmente determinada comunidade leva invariavelmente à redução da confiança (mesmo dentro de pessoas da mesma raça), do altruísmo, cooperação, etc.  – Agora até andam às voltas com modelos computorizados que invariavelmente retornam resultados perfeitamente óbvios:

 

These findings are sobering. Because homophily and proximity are so ingrained in the way humans interact, the models demonstrated that it was impossible to simultaneously foster diversity and cohesion “in all reasonably likely worlds.” In fact, the trends are so strong that no effective social policy could combat them, according to Neal. As he put it in a statement, “In essence, when it comes to neighborhood desegregation and social cohesion, you can't have your cake and eat it too.

 

Reparem, isto é escrito por pessoas que em Portugal votariam no Bloco de esquerda, se é que isso serve de referência para alguma coisa.

A minha pergunta inicial era se estávamos a enfrentar o ISIS ou o islão.  A nossa sobrevivência cultural depende da resposta. E é bom que não confabulem no momento de a ouvir (!). Se é que alguém vai verdadeiramente alguma vez fazer a pergunta.

 

Mas sobre Putnan não ficaremos por aqui.  Antes de "ler" a reposta à pergunta infra mencionada, temos que perceber o que Putnan nos diz com “Diversity and trust within communities “ - Mas isso fica para outro post.

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White FLight em Spanish Lake

por Olympus Mons, em 13.06.14

 

 

 

 

 

 

 

Hoje, dia 13 de Junho, estreia um filme (documentário) de um jovem realizador (ou activista… como usualmente são todos) sobre white flight em Spanish Lake nos Estados Unidos.  O nome do documentário é precisamente Spanish Lake de Phillip Andrew Morton.

 

Muito provavelmente vamos assistir à resolução de dissonâncias cognitivas, patéticas como usualmente acontece,  por parte de um realizador que ou detém processos cognitivos de esquerda ou é alguém suficientemente inteligente para saber que ou o faz ou as hipóteses do seu documentário ter qualquer divulgação é praticamente 0%. Pelo menos parece que já deu uma entrevista ao Huffington post… o que é sempre revelador. De uma ou outra das opções inumeradas.

 

 

Saint louis sempre foi uma das all american cities, uma cidade que representou durante um século o sentir e viver da América tradicional (e sim branca). Com a chegada ao poder nos anos 60/70 do esquerdismo activista, primeiro na academia e posteriormente à administração pública e consequente ao poder político,  St Louis tinha que ser outra coisa. Aquilo é que não podia ser.  Naturalmente.

Hoje, tão pouco tempo depois (!), no espaço de poucas décadas,  é um dos top das American dying cities, hoje a sua zona Este é considerada uma zona de guerra e spanish lake é uma wasteland. Daí o filme.

 

Spanish lake foi outrora uma orgulhosa township de classe média, média baixa, e branca (pecado) nos subúrbios, onde se promovia entre pares a cultura do trabalho, os proper maners entre vizinhos, as regras como convenções entre pessoas que se identificavam umas com as outras com a correspondente colaboração e entreajuda… e claro não escondiam que não queriam mais governo para nada e quanto menos o estado se imiscuísse na sua vida melhor.  Logo era algo abjecto e nojento a resolver.

Foi resolvido com o Section 8 onde o estado pagava ( e paga) a renda de pessoas de baixos rendimentos (por vezes até 2200 USD) , no essencial pessoas de raça negra, precisamente  para se deslocarem para estas zonas. O Documentário, supostamente, relata a vida que as pessoas lá tinham antes destas medidas do Section 8 e todo o processo de white flight. Hoje Spanish lake é uma zona miserável e abandonada.

 

Quem achar que o aquilo que escrevo  pode servir para se sentir superior a quem quer que seja, na medida que for, é um idiota. Qualquer raça ou fenótipo que aqui no tempo tenha chegado é um tributo à espécie humana… qualquer cultura é um tributo ao que de melhor o ser humano tem.

A minha guerra é com a dissonância cognitiva da esquerda. Entre as suas deambulações teóricas e anúncios a apps para Iphone do huffington Post existe um mundo real.

É esse interminável pretend not to know que eu considero execrável. Especialmente porque muito desse pretend é para as consequências nefastas dos que postulam e do qual tem a tendência para nunca aplicar a si próprios ou fugir de a 7 pés.  A esses que fogem … fuck you very much!

 

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White Flight… Olá Mrs Brace!

por Olympus Mons, em 12.12.13

                "I'm gone," said Mrs. Brace, who on Tuesday requested and was granted a transfer for her first-grade son out of Harding and into the more affluent Hope School, within the nearby Hope Elementary District. "I've just got to the point where, 'Sorry guys, I need what's best for my kids and there's a school that's two miles away that offers all those things I want.' "

 

 

Já vos digo quem é Meridith Brace.

Pessoalmente, quando o “D” entrou para a primária passei por uma Mrs Brace. Na turma dele

havia um miúdo problemático (muito!) e na primeira reunião perante a inquietação dos pais uma das mães, por acaso professora na escola, encarregou-se dos grandes discursos de defesa da multi-qualquer-coisa com chavões sociológicos e flama de Bloco de Esquerda.  Na segunda reunião onde estava a referida Mãe? A filha tinha passado para a turma da manhã!

 

Meridith Brace, filha de um juiz do supremo americano, adorou ser a figura do multiculturismo em Santa Barbara na califórnia durante anos convencendo inúmeros pais a deixar os filhos em escolas marcadas por elevadas diversidade étnico-cultural …. Até o filho ter idade para ir para essas escolas. Passado pouco tempo,  o filho passou da escola onde a representatividade dos miúdos da raça dela (branca) era de 6% para Hope school onde é de 73%. Convém lembrar que esta é uma área de “liberals” e que 40% dos miúdos que estão em Hope, essa escola de brancos, são pedidos de transferência de elementar districts...

 

Isto é muito o white flight que se assiste por todo o mundo e como  Eric Kaufmann nos mostra é exactamente igual para “conservadores” ou “liberals”. White Flight é global (no mundo ocidental) sendo estudado e observado também na Holanda, Dinamarca, suécia, Noruega , Reino Unido, Nova Zelandia e não se iludam Portugal… Damaia , Amadora…!

 

Quando em alguns posts me refiro à abstracção que é a vida (intelectual) de alguém de esquerda é a estas coisas que me refiro.  Para Mrs Brace os problemas sentidos pelos seus pares nas escolas de elevada multiculturalidade não passavam de erros computados no seu pensamento teórico. Do ponto de vista formal, do ponto de vista da IAD da Sra Brace estava tudo certo… isso é a DLPFC e a ACC. Mrs Brace conseguia argumentar horas, citar livros, referenciar estudos e como é revelado pelo seu sucesso convencer terceiros muito bem, tudo dentro de linhas de pensamento que contribuem para fortalecer a crença sobre algo.

An abstract object is an object  WHICH DOES NOT EXIST AT ANY PARTICULAR TIME OR PLACE, BUT RATHER EXISTS AS A type OF THING, i.e. an idea, or abstraction.[1]

 

Mas quando chegou ao filho dela, nessa altura, estamos no mundo real, estamos no mundo em que as decisões tornam-se reais, tornam-se emocionalmente palpáveis, em que não há espaço para fictive outcomes  mas sim para os expected outcomes da VMPFC/OFC que são reais como brasas (não fosse a vida dos nossos filhos).

 

Dos maiores falhanços deste sinais dos tempos que vivemos é muitos de nós aceitarmos verborreias de esquerda, darmos atenção, tempo de antena, consideração a conversas que emanam de pathways neurológicos completamente abstractos sem pelo menos um… Então juntem-se ali ao fundo e mostrem lá como é que é! . Não?

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