Victor: The Professional
Não tenho escrito sobre a actualidade portuguesa porque confessadamente não tenho grande paciência para palhaçadas. E, acima de tudo, porque os portugueses estão a milhas de distância de estar fartos da referida palhaçada. No outro dia divertia-me ouvir já não sei onde que o pai de Marcelo Rebelo de Sousa no anterior regime tinha começado algo que já nem me recordo o que era, mas que é das tais coisas que hoje as metanormas ditaturiais saídas do 25 de Abril obriga a dar à revolução todo o crédito do mundo por tal invenção ... ou que o um tal de Arnaldo Sampaio, sim pai de Jorge Sampaio, tinha criado a DGS e cujos normativos foram o começo do SNS portuguê. Nisto tudo eu só pensava como na verdade foram os filhos de pequenos números 2 do anterior regime que continuam por aí a mandar nisto tudo… memes que acho estranho até o CHEGA não pegar.
Enfim, seguindo em frente, eu tenho dificuldade em aceitar que as conspirações resultem pela simples razão que basta 3 para que 2 traiam o primeiro, quanto mais quando é uma coisa que deverá envolver uma elevada catrefada de gente. Mas abro uma excepção no caso de imprensa e do modo como funciona. Lógica das redes (networks) à parte aquilo tem que ter alguma concertação e tem que ter gente no topo que faz jantarada... e decide nesse momento qual o estágio político em que a sociedade portguesa deverá entrar.
Um dos maiores indícios, para mim para mim, é quando o Victor Moura Pinto volta a ser chamado à televisão. Quando isso acontece, já sei que a jantarada ocorreu.
Lembro-me do trabalhinho dele, da sátira de Moura-Pinto, contra Cavaco Silva nos governos de Sócrates em que eu acordava todos os dias de manhã e assim que ligava a TV a sátira dele era quase uma âncora matinal da SIC noticias. Depois voltaram durante os Governos de Passos Coelho e desta vez obviamente muito mais centrados no Governo e não tanto no Presidente… e depois, silêncio total durante os anos da governação de António Costa.
Por isso quando começo a ver as peças do referido senhor a emergir na TV portuguesa, agora na TVI, sei que os “power that be” já tomaram a decisão de mudar o estágio do regime.
António Costa que se cuide, que não é Marcelo Rebelo de Sousa que ele mais tem que temer porque com esse o PS consegue lidar, é com as peças do menino Victor Moura Pinto que aparemente recebeu ordens para fazer o “trabalhinho” do sniper assassino politico profissional.